Amor e Ódio escrita por Albby Star


Capítulo 21
Consequências




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Ochako se sentia cansada, suas roupas estavam encharcadas e estava com frio. Sua cabeça pesava a cada passo que dava, não sabia há quanto tempo estava andando, mas sentia que estava na hora de voltar, querendo ou não.

 

Durante toda a caminhada, ela realmente tentou entender o porquê de Katsuki ter feito aquilo, por que ele não abriu o jogo logo no começo? Por que esconder? Estava chateada, se sentia enganada e no fundo se perguntava se Bakugou realmente a amava.

 

Já era tarde e ela esperava que não tivesse mais ninguém acordado, não queria dar explicações e nem ouvir broncas, só queria ficar sozinha. Queria tomar um banho quente e se deitar, agradecia por ser domingo, assim ela poderia dormir o dia inteiro.

 

Katsuki a procurou onde podia, estava encharcado também, olhou em seu relógio e já marcava 22 horas da noite, ela provavelmente já devia ter voltado para o dormitório. Tentava pensar em maneiras de se explicar para a garota, fez e refez planos, mas nada parecia bom o suficiente.

 

Se sentou nos degraus da porta da frente, dobrou os joelhos, apoiou seus cotovelos neles e levou as mãos aos cabelos. Como ele poderia se justificar sendo que ela nem queria vê-lo na frente? Teria que dar um jeito nisso, talvez seria melhor deixá-la esfriar a cabeça.

 

O barulho da chuva era a melodia da noite, algumas gotas de água pingavam de seu cabelo e escorriam pelo seu rosto se misturando com algumas lágrimas que faziam o mesmo trajeto. Como ele pode ser idiota a esse ponto? Nunca se perdoaria se perdesse a pessoa que mais o fez feliz em toda a sua vida.

 

Seus pensamentos foram interrompidos por passos apressados e um espirro delicado, ele sabia de quem era aquele espirro, sempre zoava a dona dele. Levantou a cabeça apressado na intenção de enxergar algo através da forte chuva que caia, semicerrou seus olhos e viu um vulto, era ela.

 

Se levantou correndo, pegou um guarda-chuvas que estava ali perto e foi de encontro a ela. Foda-se que ela estava nervosa. Ele a viu ensopada, o rímel que antes enfeitava seus olhos, agora estava borrado em seu rosto e os olhos inchados de tanto chorar. Ele causou isso, ele e somente ele, era o culpado.

 

Se aproximou em silêncio e entregou o guarda-chuvas a ela, a deu as costas e refez o caminho pelo qual veio, deixando que a chuva o molhasse ainda mais. Que diferença iria fazer agora? Estava fodido de qualquer jeito.

 

Uraraka estava estática, vê-lo daquele jeito doeu, por mais que — naquele momento — ele merecesse, ela ainda o amava e não queria o ver mal. Demorou alguns segundos para entender o que estava acontecendo, aquela era a maneira de Katsuki dizer que estava lhe dando um tempo. Ela respirou fundo, aliviada e magoada. Uma boa ação não elimina as outras más ações.

 

Ela passou por ele ao entrar e mais uma vez seu coração se partiu, céus como é difícil brigar com quem amamos. Se direcionou ao seu quarto, tudo o que precisava naquele momento era um banho quente.

 

Abriu o chuveiro e deixou que a água quente caísse sobre seu corpo pesado, aquele dia tinha sido um verdadeiro inferno. Agora sozinha, sentindo a água quente cair sobre seu corpo, recordava cada palavra dita por ele, cada momento vivido com ele.

 

Se recordou do dia em que estavam deitados na cama dele trocando carícias — Eu nunca pensei que fosse capaz de amar alguém — ele a olhou — Você apareceu em minha vida para provar que tudo é possível — beijou sua testa — Eu te amo, minha cara de anjo — sorriu a fitando.

 

Uma lágrima teimosa teimou em cair, foi então que ela se lembrou do dia em que estava chorando e ele a ajudou.

 

— Cara de lua, por que você está chorando? — se desesperou a ver daquele jeito — Quem fala quem foi o maldito que eu vou explodir agora — disse se alterando.

 

— Kats — deu um sorriso ao vê-lo preocupado — Não foi ninguém — respirou fundo — Você já se perguntou se essa é a escolha certa? — ele negou com a cabeça — Sabe, eu não sei se tenho potencial, já pensei em desistir tantas vezes, seria tão mais fácil se eu só desistisse — suspirou — Não sei se levo jeito pra isso — limpou uma lágrima que se formou em seu olho.

 

— Tsc — estalo a língua no céu da boca — Deixa de ser tonta, você tem talento — deu de ombros — Você sempre teve jeito, só precisava aprimorar, igual estamos fazendo. Você nunca foi uma extra — ele viu os olhos dela brilhar — Vamos, eu vou te comprar um mochi.

 

— Sério? — perguntou animada.

 

— Sim, eu sei em que época do mês estamos —deu de ombros.

 

Em meio as lágrimas que escorregaram pelo seu rosto, a castanha sorriu. Como aquilo não poderia passar de uma aposta? Balançou a cabeça negando, estava difícil de acreditar. Foi então que mais um flash de memória lhe veio, o dia em que ela se machucou lutando contra Deku em um treinamento.

 

— EU VOU TE EXPLODIR, CABELO DE MERDA — ele berrava para o menino enquanto caminhava para perto da amada.

 

— Kacchan, foi sem querer — tentava se explicar — Eu já pedi desculpas para Ochako.

 

— Seu idiota, eu vou te explodir ao ponto de não sobrar cinzas para sua família — seus olhos estavam vermelho vivo.

 

— Kats — a castanha o chamou — Meu amor, o Deku já pediu desculpa e outra, faz parte do treinamento, na vida real os machucados serão piores — tentava contornar a situação.

 

— E eu vou atrás de cada filha da puta que te machucar — disse sério — O fato dele ser um herói não iria salvá-lo — o fogo surgiu em suas mãos — Se prepare para morrer, inútil.

 

— Amor, me leva para a Recovery, por favorzinho — pediu fazendo beicinho e piscando os olhos.

 

— Shine! Te arrebento depois — o fogo se apagou e ele pegou a castanha no colo — Vamos cuidar de você primeiro — beijou sua testa.

 

—  Te amo, meu leãozinho — o olhou.

 

— Eu te amo, cara de anjo.

 

Como aquilo não era amor? Bakugou seria tão desumano a ponto de fingir que amava alguém só para ganhar uma aposta? Aparentemente, sim. Ela se sentia tola, como pode não perceber isso antes? Nunca teve sorte no amor, sempre gostava de quem não retribuía seus sentimentos e quando finalmente pareceu que iria dar certo, bom, só apareceu mesmo.

 

Depois de todos esses pensamentos, ela se deitou em sua cama e fechou os olhos. Eles estavam tão pesados, ela estava tão cansada, que não queria acordar tão cedo.

 

Bakugou não estava muito diferente dela, ele sempre achou que fosse imune a essas tolices de amor e sempre julgou quem sofria por isso, mas lá estava ele, sofrendo em um sábado à noite por ter magoado a garota que ama.

 

A única coisa que passava em sua cabeça era: como ele pode ser idiota a esse ponto? Se arrependia amargamente por não ter contado logo de cara, queria tanto ser atingido por uma individualidade que o fizesse voltar no tempo, quem sabe assim ele conseguiria ajeitar as coisas, deixar um bilhetinho ou coisa do tipo.

 

“De: eu do passado

 

Para: eu do futuro

 

Em hipótese alguma aceite o desafio do Denki e se aceitar, não se esconda de Uraraka, vai dar merda ... Escuta o filho da puta que vos fala, no caso você mesmo.”

 

Será que ele conseguiria encontrar alguém com esse tipo de peculiaridade? E de preferência bem rápido.

 

Os dois se remexeram na cama à noite inteira, em alguns momentos até chegaram a acordar, mas sem sair do quarto. Quando os raios de sol invadiram o quarto da castanha, ela encarava o teto, observando os adesivos do sistema solar que brilhavam no escuro. 

 

Ela recordou de uma frase que sua mãe disse "Há duas coisas infinitas: o universo e a tolice dos homens", sorriu ao se lembrar da matriarca, tudo o que queria naquele momento era deitar em seu colo e contar tudo o que estava acontecendo,  sempre se voltava para ela quando estava triste.

 

A claridade começou a incomodar seus olhos, estavam sensíveis de tanto chorar. Suspirou e se direcionou as cortinas, bisbilhotou antes de fechar e viu que mesmo depois de toda a chuva, o sol voltou a aparecer, mesmo tímido, ele voltou — O sol sempre volta a brilhar — forçou um sorriso e fechou as cortinas, soltou mais um suspirou e retornou a cama, era assim que passaria o dia.

 

Bakugou não estava diferente, mas não queria ficar trancado no quarto, não iria aguentar. Quando os primeiros raios de sol entraram em seu quarto, o loiro se levantou e foi em direção ao banheiro, sentia sua cabeça latejar a cada passo — seria peso na consciência? — a água quente caía sobre seus músculos enquanto a realidade voltava à tona, os pesadelos da noite eram reais. 

 

Não aguentaria ficar ali sendo julgado e sem poder revidar, eles estariam com razão. Bakugou foi um verdadeiro cuzão com a menina mais doce do mundo e merecia todo os tipos de punições e julgamentos, mas preferia deixar isso para outro dia.

 

Ele estava decidido, iria para a casa dos pais e retornaria somente na segunda de manhã, já havia avisado Eraser. Respirava o vapor do chuveiro com a intenção de aliviar o chiado do peito, mas foi em vão, quem sabe aquela gripe não lhe renderia um atestado? Assim, ele poderia se excluir do mundo durante alguns dias, pelo menos até a poeira baixar.

 

Arrumou suas coisas e se direcionou em silêncio ao elevador, sua surpresa foi quando chegou ao térreo e deu de cara com Deku e Iida, eles não estavam ali por acaso, estavam esperando por ele. Respirou fundo e passou por eles, fingia não ouvir Deku lhe chamando, só parou quando sentiu uma mão em seu ombro.

 

— Katsuki — o esverdeado lhe parou colocando a mão em seu ombro — Precisamos conversar — seu tom era sério.

 

— Eu não quero conversar, cabelo de merda — retirou a mão de seu ombro,

 

— Você não tem que querer, só precisa ouvir — ainda mantinha o tom sério e baixo.

 

— Por favor, Bakugou — o representante também pediu — Você nos deve isso.

 

— Tsc, que seja — deu de ombros fingindo não se importar — Mas vão ter que ser rápidos e não quero que seja aqui – mas no fundo ele sabia que devia isso a eles.

 

— Vamos caminhar — Tenya disse.

 

Os três caminhavam em direção a saída da escola, Deku esperou se afastar do dormitório para iniciar a conversa.

 

— O que foi aquilo ontem? Você realmente só brincou com Ochako? — perguntou ríspido.

 

— Não te devo satisfações.

 

— Você nos deve, Bakugou! Você partiu o coração da nossa amiga, então você deve sim! — Iida se alterou.

 

— Kacchan — o esverdeado tentou ser menos agressivo — Eu não acho que aquilo fosse uma mera aposta para você — o olhou — Você parecia realmente amar a Uraraka.

 

— Claro que eu amo aquela maldita! — se sentiu ofendido, como eles poderiam duvidar do amor dele por ela?

 

— E por que fez aquilo então?

 

— No começo era para ser só uma aposta, eu e ela já estávamos ficando, só que no fim — suspirou — No fim, eu percebi que sempre fui apaixonado por ela.

 

Deku e Tenya ficaram estáticos, o loiro realmente tinha dito aquilo? Para ele sentimentos foram bobagens, deixa todo mundo vulnerável e idiota.

 

— Kacchan ... Você precisa conversar com ela — Deku tentou o aconselhar — Conta pra ela isso.

 

— Acha que eu já não pensei nisso? Idiota — disse alterado — Já fiz mil planos, mas como vou dizer se ela não quer me ouvir? 

 

— Ela vai querer te ouvir, Uraraka não consegue ficar chateada por muito tempo, mesmo que você tenha feito algo muito ruim, ela vai te perdoar — o representante da sala disse tentando acalmar o garoto — Ela só precisa de tempo, dei tempo ao tempo — disse calmo.

 

— Chegamos ao fim da nossa caminhada — o esverdeado pronunciou — Até amanhã, Kacchan — se despediu do amigo.

 

— Se cuida, Bakugou.

 

O loiro ficou ali parado, observando a figura dos dois se afastar. Nunca pensou que ouviria conselhos de alguém, muito menos de Deku, mas lá estava ele ouvindo tudo o que os quatro olhos e o cabelo de merda disseram.

 

Claro que ele sabia de tudo o que Iida disse, mas era bom ouvir alguém confirmar o óbvio. O caminho inteiro ele pensava em maneiras de fazer a castanha ouvi-lo, contratar um carro de som? Era uma opção, mas depois ela iria o matar com certeza. Mandar um avião de fumaça? Resultaria em morte. Ele aparecer cantando a música que ela gosta durante um treino? Huuum, interessante!

 

Sua mãe sabia que tinha algo errado assim que o viu na porta de casa, teve a certeza de quando ele explicou toda a história. Resultado? A dor de cabeça só aumentou por conta dos tapas da mãe.

 

— Como pode ser burro a esse ponto? — lhe deu um tapa — Moleque burro!

 

— Tá bom, velha — disse passando a mão onde doía — Preciso de remédios, tô doente.

 

— Deveria se fuder, ninguém mandou fazer tamanha burrice — deu um último tapa em sua cabeça — Acho bom resolver as coisas — o ameaçou.

 

— Eu preciso resolver isso, mas antes ela precisa absorver tudo o que aconteceu.

 

— Vê se não faz merda de novo.

 

Que dia de merda, ele simplesmente teve que abaixar a cabeça e ouvir o que as outras pessoas tinham a dizer porque ele tinha feito uma merda muito grande. Percorreu cabisbaixo até seu quarto e se jogou na cama, os efeitos dos remédios logo começaram a fazer efeito e ele adormeceu.

 

{...]

 

Algumas batidas na porta interromperam o sono de Ochako, seus olhos estavam pesados e sua cabeça doía. Fingiu que não tinha ninguém no quarto e continuou ignorando as batidas.

 

— Ocha, não adianta fingir, sabemos que está aí — Mina pronunciou.

 

— Se você não falar nada, eu vou produzir uma chave para abrir a porta — Momo anunciou.

 

Ela amava as amigas, mas naquele momento só queria ficar quietinha. Se levantou resmungando e foi até a porta — Eu estou bem, só quero ficar sozinha — disse abrindo a porta.

 

— Amiga, se tem uma coisa que você não está, é bem — a rosada foi sincera ao ver a aparência da amiga — Quer conversar?

 

— Queria ficar sozinha — disse triste.

 

— Um chá pelo menos — a morena do rabo de cavalo disse sorrindo.

 

— Ocha, só um pouquinho — Tsuyu pediu a ela.

 

— Tudo bem — não iria adiantar negar.

 

Momo produziu o chá enquanto as meninas arrumavam as almofadas no chão, Uraraka deitou a cabeça no colo de Tsuyu e permitiu que a esverdeada lhe fizesse um cafuné.

 

— Como você está? — Mina perguntou.

 

— Acho que vou ficar doente — disse com voz fanha.

 

— Não deveria ter ficado andando na chuva daquele jeito — Momo disse sendo racional.

 

— Eu sei — murmurou — Mas não queria voltar ... Queria ficar sozinha.

 

— Depois você passa na Recovery, ela vai te dar um atestado — a esverdeada disse de forma simples.

 

O silêncio tomou conta do ambiente, as meninas não queriam deixá-la desconfortável.

 

— Vocês o viram? — a castanha perguntou interrompendo o silêncio.

 

Elas se entreolharam, como dizer que o loiro simplesmente sumiu?

 

— Bem, é — Momo tentava achar palavras, mas não conseguia.

 

— Ele não quer sair do quarto também — Mina tentou contornar a situação.

 

— Eu sei quando você mente, Mina — a castanha a encarou.

 

— Ele sumiu — Tsuyu assumiu o controle da situação — Provavelmente foi explodir algumas coisas por aí.

 

Por mais que quisesse negar, ela ficou preocupada. Afinal, não se deixa de amar de uma hora para a outra. Engoliu a seco sua preocupação e fingiu não ligar.

 

— Hum — resmungou — Se eu o ver, juro que vou o mandar para a lua.

 

— Ocha — a rosada queria tocar no assunto, mas sabia que ainda era cedo.

 

— Sem essa Mina, olha o que ele fez com ela — a morena tomou frente — Deveríamos estar linchando-o, magoou nossa amiga, brincou com os sentimentos dela.

 

— Meninas — ela tentou se defender.

 

— Eu acho que ela deveria o ouvir primeiro, só isso — a rosada cruzou os braços brava.

 

— Só diz isso porque é amiguinha dele.

 

— Garotas — a esverdeada chamou a atenção de todas antes que começassem a brigar — Eu concordo com Mina, Ochako deveria ouvir Bakugou — olhou para a menina deitada em seu colo — Não acho que tudo o que vocês viveram seja mentira, acredito que ele realmente te ama — sorriu docemente para ela.

 

A castanha se perguntava se a menina tinha a individualidade de ler mentes também, sempre falava algo que fosse confortar o outro — Obrigada Tsuyu — sorriu — Eu vou ouvi-lo quando estiver pronta — deu o veredito final.

 

As meninas se entreolharam novamente, Uraraka sabia o que era melhor para ele e deveriam apoiá-la, por mais que não quisessem. Logo que terminaram o chá, todas se retiraram, a castanha estava cansada e realmente queria ficar sozinha.

 

Pegou seu celular e checou as mensagens, algumas de Deku e Iida, outras das meninas e até mesmo alguns meninos lhe mandaram mensagens, mas nenhuma dele. Era frustrante aquilo, ela queria contar para o melhor amigo o que tinha acontecido, mas o melhor amigo era ele.

 

A castanha só saiu do quarto perto das 17 horas, quando foi ver a enfermeira, realmente iria precisar de atestados. Durante a caminhada até a enfermaria, sentia o peso de alguns olhares sobre ela, até mesmo alguns cochichos, queria flutuar para outro local.

 

Depois da consulta, ela respirou aliviada, ficaria sete dias em casa, era tempo suficiente para todos esquecerem o que aconteceu e outra pessoa virar o foco dos comentários. Seriam sete dias sem vê-lo.

 

Katsuki também iria se ausentar durante sete dias, feliz e ao mesmo tempo triste. O único horário que poderia ter certeza de que Ochako estava bem seria durante as aulas, pois até no horário das refeições, ele daria um jeito de sumir de sua frente. Até pensou em ficar esses dias na casa de seus pais, mas sua mãe logo o avisou que iria chutar sua bunda até a U.A para ele se acertar com a castanha.

 

Ele até tentou revidar, mas estava cansado e sem saco para isso. A xingou mentalmente por estar sendo tão paga pau da menina. Ochako com certeza era uma bruxa, conseguiu conquistar todos em sua volta, até mesmo sua velha.

 

{...}

 

— Você tem certeza que vai ficar bem? — Mina perguntava para a castanha antes de ir para a aula.

 

— Eu vou — sorriu — Copia tudo para me passar depois.

 

— Okay — abraçou a amiga — Se cuida e qualquer coisa me grita.

 

— Vá logo — a apressou sorrindo e viu a rosada entrar no elevador mandando beijos.

 

{...}

 

— BakuBro, você vai ficar bem? — Kirishima perguntava pela última vez — Posso faltar se quiser, depois pego a matéria com a Mina.

 

— Tsc, vai logo — resmungou — Aquele projeto de demônio não copia nada direito, acho bom você anotar tudo certo — o ameaçou.

 

— Qualquer coisa você liga, não vai exagerar — se despediu preocupado. 

 

— Vai logo, idiota.

 

{...}

 

— Mina, por que a Uraraka não veio? — o ruivo perguntou a namorada.

 

— Ah, ela tá doente — disse preocupada — A coitada está com uma gripe forte.

 

— Huum — murmurou — Bakubro também está, pegou sete dias de atestado — deu de ombro como se não fosse nada.

 

— KIRISHIMA! — a rosada gritou.

 

— Poxa Mina, eu estou do seu lado, não precisa gritar — resmungou.

 

— Pensa comigo, pensa — disse empolgada — Os dois sozinhos no dormitório — o cutucou com o cotovelo.

 

— E o que que tem? — disse sem entender.

 

— Kiri, uma hora eles vão se encontrar — disse dando um peteleco em sua cabeça — Coloca para funcionar — riu — Eles vão evitar almoçar com todo mundo, ou seja, uma hora ou outra vão acabar se encontrando e não vai ter ninguém para atrapalhar — sorriu de maneira diabólica — Só precisamos torcer para tudo dar certo sem precisarmos dar uma forcinha.

 

— Uma forcinha? — perguntou curioso.

 

— Sim, eu já bolei tudo — sorriu para ele — Quando precisar, eu te conto — piscou — Agora vamos, estamos atrasados.

 

— Ai ai, só você amor.

 


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