D: Nossa,  que aconteceu por aqui?

J: Caralho, que bagunça *O*.

D: Pelo amor de Deus, quem fez essa merda? -Duda já estava nitidamente nervoso.

M: É, e cadê a Pitty?

Pararam. Por alguns instantes ficaram como que anestesiados com a ideia de onde pudesse estar Pitty.

J: Péra, ali, atrás da mesa... - Joe apontou e na mesma hora todos olharam. Os semblantes mudaram naquele instante.

D: Pitty?

Afastaram todos os móveis e a bagunça e viram-na caída com os braços sobrepostos e a cabeça virada para a esquerda.

M: Pitty, fala comigo, levanta, acorda!

Parecia inútil.

J: Chama um médico Duda.

D: Claro, mas.. alguém precisa me ajudar a achar o telefone.

V*: Embaixo do sofá.

Duda ainda procurava desesperado... - O que você disse Joe?

J: Não disse nada. Martin disse que está embaixo do sofá. Depressa.

M: Não, não fui eu que disse isso. O_O

J: Não?? o.o

M: Não, não disse. Mas eu também ouvi. Pareceu uma voz diferente.

V: Fui eu, oras. Agora fingem que não se importam comigo?

Os três estavam perdidos. Alucinadamente agora acreditavam estarem sonhando. Mas a voz se fez ver, aparecendo sobre as escadas.

Os três não sabiam se acreditavam em seus olhos ou na própria mente, que dizia "fantasmas não existem".

M: Você...você pode dar uma explicação?

Duda lembrou-se do telefone. Abstraíu a presença do ser e discou.

V: Vocês não se lembram do que fizeram, não é?!?

J: Nós? Nunca te fizemos nada.

M: Não poderíamos, não te conhecemos.

V: NÃO ME CONHECEM? - O vulto se exaltou e aproximou-se deles, descendo as escadas. - Vocês mataram a mim e primeiramente meu filho e agora se desfazem?!? - Cada frase que ele lançava ia descendo um degrau, sorrateiramente, assustando os dois (Duda ainda falava ao telefone).

Os olhos de ambos não acreditavam naquilo que estava diante deles. Com as faces vermelhas, as mentes confusas pensavam um trilhão de coisas as mesmo tempo: fugir??? E deixar a Pitty ali?!? Nunca. Se esconder??? Como? Se o "fantasma" provavelmente era mais rápido que eles. Lutar??? Bem que gostariam, nunca foram de acreditar em espíritos, mas aquele era real e alguém sabe como enfiar uma faca numa garganta sem músculos?!? Impossível. Decidiram apenas dialogar...

M: Ok, nós não sabemos quem você é, como poderíamos matá-lo?

J: Olha só cara, a gente, ou melhor, ele veio morar nessa casa há alguns meses, não tinha ninguém morando aqui.

V: Não me interessa há quanto vocês estão aqui! Meu filho está morto e devo isso à quem reside aqui! Eu sei que vocês queriam morar na casa e por isso nos mataram, mas... - Sua sombra tomava conta dos cantos, dos móveis e sua voz ia se fortificando a cada sílaba, ecoando sob suas cabeças. Até que diminuiu o tom. - ...mas vocês também não vão sair bem dessa. Eu falo sério.

Não tinha como negar e agora eles acreditavam que aquele senhor era o antigo dono.