Maktub escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 4
Capítulo 4




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O dia mal tinha começado e Tasha já esperava que as horas se passassem, de preferência o mais rápido possível, ela estava de serviço para Madeline nesse dia, e seu plano era reunir o máximo de informações sobre o plano e das conversas entre ela e Keaton, isso lhe ajudaria a provar sua inocência, sabia o quão essas informações seriam importantes.

Ela precisava fazer o download de alguns documentos do computador de Madeline, esperou até o final do dia, onde ficaria um tempo sozinha já que a mulher teria algumas reuniões, e Tasha já tinha falado que não estava bem e preferiria não ir com ela, o que causou estranheza de início, mas foi algo passageiro pois a megera tinha outras preocupações.

Reade estava torcendo para que o dia não demorasse, não conseguiu dormir a noite inteira e nem se alimentar direito, na verdade ele não via a hora de está novamente em casa com ela, a Suíça era sinônimo de perigo para Tasha, a cada segundo que ela passava longe dele sua aflição só aumentava.

 

No escritório do FBI Patterson não cansava de buscar informações sobre suas pistas anteriores, o real estava bem na sua frente, mas dentro dela existia um pequeno fio de esperança de que Tasha não estivesse envolvida nisso, e ela iria encontrar o que não se encaixava ali, porém não queria dar falsas esperanças para Reade, Patterson nem fazia ideia do que estava acontecendo há muitas horas dali, estava trabalhava em seu laboratório quando Kurt foi até lá ver no que poderia ajudar.


— Ei alguma novidade?

 

— Não! Isso aqui parece um quebra-cabeças gigante porém falta a peça principal. — Disse ela exausta.

 

— Porque você não para um pouco e descansa?

Eu não consigo, eu fecho os olhos e imagino tudo o que está acontecendo, e se ela não fez nada disso? — Patterson questionou sem esperar Kurt responder. — Ela pode está precisando de ajuda, e estamos todos aqui de mãos atadas.

 

Reade já deu notícias? — Ele quis saber.

 

— Nenhuma, já fazem dois dias.

 

— E ele disse para onde iria? — Perguntou Kurt preocupado.

 

—  Só me disse que uma tia estava doente e ele precisava de uma licença para vê-la. — Explicou a loira. — Mas é estranho, ele não demoraria tanto para falar com a gente, principalmente com essa história da Zapata.


— Patterson para de ficar imaginando coisas. Eu vou tentar falar com o Reade e você tenta descansar um pouco, quando o Rich chegar você pede ajuda a ele. — Orientou ele. — Qualquer coisa eu estou no escritório. — Patterson apenas acenou positivamente, mas ela não pretendia desistir tão fácil.

 

 

A noite já se tornava mais fria, pois já estava próximo as 20:00, Reade estava no local combinado, mas sem nenhum sinal de Tasha, que também não atendeu a nenhum dos telefonemas dele durante o dia, duas coisas se passaram pela cabeça de Reade naquele momento: ou Tasha realmente desistiu e continuaria com a CIA ou então Madeline tinha descoberto todo o seu plano, o que seria muito pior, Reade não tinha outras opções, porque ir atrás dela seria muito arriscado, sabe-se lá o que ele encontraria. Sua única opção era esperar, ela prometeu que iria com ele, então ele a esperaria.

Desde o momento em que a conhecera ele disse que estaria com ela em todos os momentos, que nunca a deixaria sozinha e ele não iria desistir agora, não tinha ido para tão longe a troco de nada.

 

Tasha decidiu passar primeiro na sua casa, ela arrumou e desarrumou a mala algumas vezes, e por fim decidiu que não levaria nada que lembrasse a Suíça, nada que lembrasse o quanto foi difícil estar ali, ela estava há mais de 40 minutos atrasada, com certeza Reade estaria muito preocupado com ela.

Reade saiu do carro, a essa altura estava  ainda mais nervoso, caminhou um pouco pelas ruínas da igreja, olhou para o céu e viu o quão estrelado estava, se lembrou da noite anterior onde ela o levou ali pela primeira vez, de como ficaram admirando o céu, como aquele momento trouxe paz para eles, queria eternizar aquele dia. Ele ouviu passos calmos no local, só poderia ser ela, ele torcia para que fosse ela.

Ao chegar no local, ela observou um carro ali parado, teve medo de se aproximar, e se não fosse Reade? E se aquilo fosse uma armadilha? Ela preferiu observar de dentro das ruínas da igreja, foi quando o encontrou ali parado, num local onde parecia ter sido o altar da velha igreja, o observou olhando fixo pro céu, ele parecia murmurar alguma coisa, mas era tão baixo, quase inaudível, ela concluiu que ele poderia está fazendo uma prece, apenas o deixou terminar e se aproximou com cuidado para não assusta-lo.


Reade? — Ela murmurou baixinho, tocando seu braço delicadamente. Aquele toque fez percorrer nele uma sensação única, que só ela era capaz de despertar.


— Tash você veio? Eu pensei que tinha acontecido alguma coisa. — Disse ele feliz por tê-la ali.

 

Me desculpa a demora, eu precisei pegar alguns documentos e também fui em casa, Reade me desculpa não ter atendido o telefone eu só tive medo... — Ela não conseguia concluir.


— Ei tudo bem já passou. — Ele falou puxando-a e aconchegando ela em seus braços. —  Vamos embora daqui?


— Vamos por favor! — Disse ela.

 

Ele a conduziu até o carro sem soltá-la, seguiram em direção a um aeroporto particular, onde o mesmo jatinho esperava por eles, e logo já estavam acomodados na aeronave.


— Reade como você conseguiu tudo isso? — Ela perguntou já sentada ao lado dele.

 

Eu tinha minhas economias Tash, então eu decidi vim atrás de você. — Ele tentou forçar um sorriso.

Eu realmente não sei como agradecer tudo o que você está fazendo, sinceramente eu nunca imaginei que alguém pudesse se importar tanto comigo, principalmente você. — Confessou ela.

 

 Porque principalmente eu? Achou que eu deixaria você na mão em algum momento?

 

Reade eu te magoei de mais, eu sei disso. Eu fui embora de repente, sem avisar e deixei todos preocupados achando que eu tinha morrido quando a Blake morreu. Eu decepcionei muito você, e todos os nossos amigos. — Confessou ela. — Eu quero dizer, eu não acharia estranho se vocês não me quisessem mais por perto.

 

Tasha você estava fazendo o seu trabalho, o que te mandaram fazer. Eu jamais deixaria você sozinha, você significa muito pra mim. — Ela corou com esse comentário.


— Mais uma vez muito obrigada. — Disse ela forçando um sorriso. Reade a olhava encantado por aquela mulher, mesmo passando por tudo aquilo ela ainda se mantinha forte. — E falando em fazer o meu trabalho, eu consegui por no pen drive as informações sobre o meu trabalho com a CIA e os planos da Madeline.

 

Está perfeito! Mas não vamos pensar nisso agora, porque você não aproveita para descansar? — Questionou ele, as olheiras deixavam evidente o estado que ela estava. — A viagem vai ser longa. Quanto tempo faz que você não dorme bem?

 

Eu nem sei mais se conheço essa sensação de dormir bem Reade, faz tanto tempo que eu não sei o que é isso.

 

Tudo bem, esqueça esses problemas por favor, você já está segura. — Ele lhe passou uma coberta enquanto ela se acomodava numa poltrona. — Tenta dormir, eu estou bem aqui.

 

— Tudo bem! Eu vou tentar. — Disse ela se acomodando.

 

Os dois estavam visivelmente cansados, a tensão dos dias anteriores, se realmente iriam conseguir e o medo de falhar os deixaram exaustos. Tasha não percebeu, mas a sua cabeça estava apoiada no peito de Reade, o seu sono foi embalado por um dos sons que lhe trazia paz, as batidas do coração dele, involuntariamente ou por instinto Reade passou o braço por cima dos ombros dela e se aconchegou na cadeira, tentando deixar o mais confortável possível para ela.

Há muito tempo Tasha não dormia tão bem, e saber que Reade estava ali com ela fez com que as sensações, que ela acreditava estarem adormecidas despertarem, porém ela não queria falar sobre isso com ele no momento, também não sabia se Reade pensava o mesmo.


     Ele despertou primeiro do seu sono, e ficou observando aquela mulher, apoiada a ele dormindo, ela estava tão serena ali, tão diferente da primeira vez que ele a encontrou, e como ele agradeceu por está dando tudo certo, por ter conseguido trazê-la de volta. Já estavam chegando a NY, quando Reade a despertou do sono.


— Ei Tash, acorde, estamos chegando. — Sua voz foi suave para não assustá-la.

 

Nem posso acreditar que dormi tanto. — Ela falou com a voz sonolenta. — Faz tempo que isso não acontece.


Que bom que você descansou, créditos para mim.

 

Bobo! — Ela sorriu, e pela primeira vez foi um sorriso despreocupado, o sorriso espontâneo dela, que ele tanto amava. — Obrigada, eu tive um bom sono, posso me acostumar com isso muito fácil. — Ela tem imaginou a insinuação que continha naquelas palavras.

 

Você quer um café ou um chá? — Ele se levantou para buscar.

 

Pode ser café. — Respondeu ela.

 

Só mais alguns minutos e estariam em terra firme. Reade pegou o seu carro que estava lá desde o dia em que partiu, seguiram para um caminho totalmente diferente ao que Tasha estava acostumada.

 

— Para onde estamos indo? Esse não é o endereço do seu apartamento, o que eu perdi? — Ela perguntou assim que observou por onde estavam indo.

 

Você já vai saber, eu espero que você goste.


— Eu gosto de tudo o que você faz. — Respondeu ela com um sorriso. — Como eu senti falta desse lugar!

Tasha se acomodou do carro para admirar a paisagem, já estavam saindo da área urbana e entrando numas zonas mais afastadas do centro, o local estava se tornando menos familiar, ela tentou buscar em sua memória se já esteve ali, mas nada lhe vinha em mente, levaram mais de uma hora de carro.


Chegamos! — Avisou Reade descendo do carro e indo abrir a porta pra ela.

 

Que lugar é esse? — Tasha olhava encantada, a casa bem acolhedora com flores bem cuidadas na entrada, um pouco deserto, pois não via a movimentação de vizinhos.


Vamos entrar? — Reade abriu a porta, dando passagem para que ela entrasse primeiro. — Sinta-se em casa, o que você precisar pode falar.


Já estou bem aconchegada, que casa linda! — Ela falou dando uma rápida olhada. — Onde estamos? — Perguntou ela.


Essa casa é onde eu cresci, eu acho um lugar seguro. — Respondeu ele. — Você vai ficar aqui por alguns dias.

 

É linda. Onde está todo mundo? Patterson, Jane e Kurt, Rich. Onde eles estão?

 

A situação é um pouco seria, eu precisava tirar você daquele lugar.— Ele começou a explicar.

 

Como assim Reade? Você está me assustando.

 

—  A CIA está atrás de você, eles te querem viva ou morta, falam que você os traiu. — Disse ele tentando resumir tudo.

 

Mas eu não fiz nada disso Reade, você sabe! — Tasha ficou aflita, não tinha noção do que realmente estava acontecendo. — E os outros porque não estão aqui?

 

Tasha eu não falei com eles. É que... — Ele não sabia como contar.

 

Que o que? Eles não acreditam que eu sou inocente? — Perguntou Tasha, no fundo ela já sabia da resposta. — Reade você foi sozinho para a Suíça sem o apoio de ninguém?


Eu não quis envolvê-los, não sabia como seria lá. — Confessou ele.

 

Reade você se arriscou e ainda está se arriscando o que é muito pior. — Disse Tasha. — Você pode perder o seu trabalho por minha culpa. Porque você está fazendo isso? É uma loucura!

 

— Loucura foi eu ter te deixado partir sem lutar por você. — Ela o olhou espantada, não sabia o real significado do que aquelas palavras queriam dizer. — Eu não vou fazer isso novamente, não vou deixar você sozinha Tash.

 

Mas Reade você pode perder p seu emprego ou ir preso, está abrigando uma fugitiva da CIA. Você tem noção? — Ela temia por ele.

 

— Eu não me importo com isso contanto que você estava bem, eles nunca vão te achar, confia em mim. Nós vamos lutar juntos! — Ela o abraçou tão forte como se ele fosse sua única esperança. — Vamos conseguir juntos! — Ele não ousou soltá-la, nem ela quis se mexer.

 

Juntos! — Ela sussurrou sorrindo ainda abraçada a ele.


Ele mostrou as acomodações da casa onde ela ficaria até que tudo estivesse resolvido, ele preparou o jantar enquanto ela estava olhando tudo o que conseguiu sobre o trabalho, eles tinham pouco tempo e poucos recursos, seriam só os dois tentando provar a inocência dela.

Tasha tentava ao máximo pensar positivo, mas sabia que aqueles momentos de paz que estava tento seriam passageiros, assim que Madeline descobrisse o que aconteceu, faria de tudo para encontrá-la, e tudo o que ela mais queria era não ter que arriscar a vida de ninguém, principalmente a de Reade.


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