Red Moon escrita por Tha


Capítulo 7
Um bem necessário


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como estão?
Muito obrigada a Ártemis0224, Stewart Vieira e Danny Silva por favoritarem a fic fiquei bem feliz com os fav ~coraçãozinho~
Agradeço também a todos que estão acompanhando e comentando, pois me motivam a continuar.
Bora para a leitura?



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Castelo Volturi, Volterra- Itália, 21:00

Eu olhava aquele bilhete pensando que estava deixando algo escapar, algo que de certa forma não se encaixava. Lilith não era de fazer aquele show todo e deixar poucas coisas, olhei para as cinzas do vampiro com um profundo pesar não pude fazer nada a não ser ficar olhando enquanto ele morria.

Isso ia contra os nossos propósitos como caçadores e humanos, nós de certa forma protegemos os seres do submundo de demônios ou de outros caçadores que eram contra o Pacto e os Acordos, e vê-lo morrer na nossa frente foi algo extremamente certeiro na nossa índole.

— Aro deve estar puto – falou Alec cortando o silencio – Foi o vampiro da guarda dele que morreu

— Não estou dando a mínima para o que Aro, ou qualquer um dos três pensa – Jace andou até mim e pegou o bilhete – É a vaca da Lilith brincando conosco novamente, ela não ficou satisfeita com tantos caçadores e seres do submundo terem falecido? Até hoje sentimos o rombo que ficou.

Vi uma loira nos observando curiosa, claramente não estava entendendo nada e queria entender a nossa conversa, ela deu um sorriso sem graça quando percebeu que eu estava olhando.

— Desculpe me intrometer, mas o que aconteceu com vocês? – questionou – A proposito sou Kate Denali.

— Prazer e acho melhor conversarmos em outro lugar – propôs Clary

Os vampiros concordaram, mas ainda não me sentia completamente à vontade com os Cullen por perto porem teria que confiar neles, caso estoure uma nova guerra contra demônios teremos que compartilhar a nossa história e o que sabemos.

Todos nós andamos até a biblioteca onde eu e Jasper passamos a maior parte do tempo. Emmett e Jace foram os últimos a entrar, a porta foi fechada e a luz foi acesa.

Izzy me olhou, pegou a sua estela, andou até mim, tirou o meu cabelo da frente e depois senti a fisgada que a pedra de Adamas causou em minha pele ao queima-la. Automaticamente senti uma energia correr por entre minhas veias, sabia o que aquilo significava o meu escudo ficaria mais potente impedindo que qualquer som saísse e caso tiver ataque ele protegeria tanto mentalmente quanto fisicamente, a runa foi desenvolvida por Clary para potencializar qualquer dom.

Me concentrei assim que Izzy se afastou e senti como se algo parecido com um elástico saísse de mim e envolvesse a biblioteca toda não deixando ninguém de fora, os sons vindos de fora não foram mais escutados e fiz um sinal para os meus amigos de que estava tudo ok.

— Impressionante – falou um vampiro olhando ao redor fascinado – Um escudo, o último que eu já vi foi Renata, mas ele não é tão poderoso como o seu.

Senti os olhares dos vampiros em cima de mim e dei um sorriso sem graça.

— Acho que não fomos apresentados – falei estendendo a mão – Isabella.

— Eleazar – o vampiro apertou a minha mão – E essas são Tanya, Irina, Kate e minha companheira Carmem.

Carmem deu um sorriso caloroso enquanto as outras três acenaram. Analisei as três loiras rapidamente e a minha deusa interior aparentemente gostou da Kate, mas isso é uma conversa para depois.

— Vamos direto ao assunto, pois essa coisa de apresentação é chata – resmungou Jace tedioso

— Jace – repreendeu Clary – Mais educação.

— Não liguem para ele – sussurrou Isabelle simpática – Porem acho que quem deva começar é o meu maninho, passo a bola para você, Alec.

Alec revirou os olhos e se encostou na parede confortavelmente.

— Lilith é uma velha conhecida nossa, tivemos duas guerras no mundo das sombras chamadas guerra mortal e a guerra maligna. O irmão de Clary – Alec apontou para Clary que trancou a expressão – que iniciou tudo, ele quando ainda estava no ventre de Jocelyn recebeu o sangue de Lilith que acabou se misturando com o sangue de anjo do bebê e o tornou um caçador de sombras meio demônio. Quando cresceu e virou adulto acabou aparecendo em nossas vidas se disfarçando como amiguinho, mas na verdade nos enganou perfeitamente.

— A guerra mortal aconteceu na nossa cidade mãe, Alicante – Izzy olhou para os vampiros que estava prestando atenção em tudo que falávamos – Era uma época de concelho então tínhamos integrantes do submundo na cidade, Sebastian conseguiu uma pequena brecha na segurança e fez runas demoníacas nas torres de adamas que cercam Alicante, ao fazer isso as barreiras protetoras foram derrubadas possibilitando assim a entrada de hordas de demônios e de Valentim.

— Esse Valentim é um demônio? – perguntou Irina

Olhei automaticamente para Clary que cruzou os braços e olhou para a vampira.

— Valentim era o meu pai – respondeu amarga – E ele é e foi o próprio demônio, além de um péssimo pai. 

Antes que o silencio se restaurasse no recinto, limpei a minha garganta chamando atenção. 

— Graças a Clary que criou uma runa nova possibilitou que seres do submundo como vocês recebessem uma runa que não os machucaria. Iniciando uma parceria entre nós caçadores e os integrantes do submundo, conseguimos conter o avanço dos demônios. Não sei o que aconteceu exatamente com Sebastian já que estava lutando em um dos portões da cidade, mas apenas soube que ele havia morrido. – Contei

Izzy me olhou divertida, ela sabia que compartilhei a runa com Raphael, mas me delimitei a revirar os olhos.

Vi que Edward me olhou com uma admiração contida, quase dei um sorriso eu amava o meu trabalho e sentir o poder que as runas nos proporcionavam era sem preço. Jasper e Emmett nos olhavam e provavelmente imaginavam como a gente lutava, caso chegue uma horda de demônios a Volterra eles descobririam rapidinho.

— E é ai que a demonia entra – Clary revirou os olhos – Ao ver que o filhote havia morrido pelas mãos de Jace e Izzy, a diaba mãe pensou ‘’ olha que interessante o filho de anjos foi revivido pelo próprio anjo Raziel, o criador dos caçadores, acho que vou fazer o mesmo com o meu pupilo’’. Ela enganou e manipulou Jace ao realizar um ritual demoníaco parecido com o nosso ritual parabatai, no fim das contas Simon, nosso amigo que na época era um vampiro e carregava a marca de Caim, torrou Lilith com a marca, mesmo assim o ritual se completou e Sebastian voltou a vida.

Os vampiros abriam a boca a cada parte da história que era contada, quase dei risada com isso.

— Foi então que a guerra maligna começou – a voz de Jace saiu sombria – Eu fui salvo desse ritual um tempo depois graças a uma espada com fogo celestial, ainda tenho a sensação de ter o fogo correndo por entre minhas veias, mas graças ao anjo não tenho mais isso. Sebastian começou a fazer vários e vários ataques aos institutos forçando os caçadores a beberem do cálice infernal.

— O cálice tinha o sangue de Lilith, então ele forçava os caçadores a beberem sangue demoníaco – falou Alec

Percebi que Esme ficou horrorizada com essa informação, e não era somente ela que reagiu assim todos de certa forma ficaram horrorizados. O que passamos nas duas guerras é algo que não desejamos a ninguém.

— Sebastian teve ajuda da corte Seelie das fadas e planejou um ataque a Alicante ao mesmo tempo em que os seus caçadores, ou melhor, os crepusculares sequestravam seres do submundo que de certa forma eram próximos de nós e os levavam a Edom, o inferno. – Continuou Alec – Nós cinco fomos parar lá também, fomos atacados por demônios e quase que minha irmã nos deixa.

— Pode falar, ainda bem que Simon o vampirão da porra toda estava lá, rasgou o próprio pulso com a presa e compartilhou o seu sangue para salvar o amor da vida dele no caso euzinha – Isabelle apontou para si

Soltei uma risada contida junto com Clary e Jace, já Alec em uma atitude muito madura deu a língua para a irmã.

— Simon é o cunhado do Alec e nosso amigo – informou Clary vendo que os vampiros estavam confusos – Ele é um ex-vampiro, atualmente está prestes a se tornar um caçador.

Observei os olhos de Rosalie brilhando, sabia que ela nunca quis ser uma vampira por isso era contra ao meu antigo relacionamento com Edward, achava que estava desperdiçando a minha vida.

— Voltando ao assunto central, Isabelle saiu viva graças a Simon, conseguimos então nos encontrar com os outros e atacamos o covil de Sebastian, perdemos Raphael o líder do clã de vampiros de Nova York na batalha. No fim Clary armou um plano, enganou o próprio irmão e o matou – prossegui - Com a morte definitiva de Sebastian a guerra maligna se finalizou, e agora dizem que no Edom se escuta o choro desesperado de Lilith por conta da morte de seu filho.

Ao finalizar a história ficamos todos em silencio até Carmem levantar a mão pedindo para falar.

— E por que ela quer voltar? Pelo que você e Jasper falaram na reunião mais cedo deu a entender que era ela, mas por que com os Volturi? – questionou

— Não fazemos a mínima ideia, Sebastian não deixou nada na Terra e nem em nenhum lugar – respondeu Jace

— Acha que não aconteceu nada com a rainha Seelie? Eles tinham um caso – Izzy colocou a mão na boca pensativa

— Se tivesse sido gerado algo o labirinto espiral iria nos informar – afirmei – O labirinto espiral é a casa central de conhecimento e pesquisa dos feiticeiros, assim como a Praetor Lupus é para os lobisomens e a Cidade dos ossos é para nós caçadores.

Tive que explicar sobre isso já que era novo para eles que nunca ouviram falar sobre nós e sobre os outros, tinha que esclarecer as eventuais dúvidas.

— Então o que podemos imaginar é que os Volturi fizeram algo que irritou Lilith e agora eles estão pagando por isso – opinou Rosalie – Mas o que eles fizeram?

— Como Jace falou não temos a menor ideia – Edward deu de ombros – Estamos duvidando agora dos Volturi?

— Sempre duvidei deles – revelou Jace – Me desculpe, mas Aro nunca me desceu como diz Bella, meu deus interior não bateu com o deus interior dele. Realmente tem algo que eles escondem a sete chaves principalmente ele.

Torre norte do castelo, 23:00 horas

— Acha mesmo que eles estão fazendo isso? – questionou uma mulher de cabelos loiros acinzentados sentada em uma poltrona

— Provavelmente – respondeu uma mulher morena andando de um lado para o outro – Nossos maridos estão para entrar em uma guerra e a gente aqui presas.

A loira suspirou e olhou para o chão vendo uma das guardas de seu marido desmembrada no canto, graças ao ataque surpresa de Sulpicia, ela conseguiu arrancar a cabeça da vampira com um sorriso no rosto.

— Athenodora, temos que contar com essa guerra para sairmos daqui – Sulpicia se agachou a sua frente – Aro está doido por poder, sempre o avisei que esse lado ambicioso dele ia levá-lo a ruína, mas ele não me escuta.

— Mas e Caius? Sabe que ele é o meu companheiro, não suportaria vê-lo morrer, por mais que queria sair daqui e desse castelo.

— Vamos deixar nas mãos de Lilith hum? Será um bem necessário, os três achavam que ninguém sabia desse lado, mas não somos bobas temos décadas de existência e...

Sulpicia parou de falar ao ver que Athenodora olhava para frente, a morena seguiu o olhar e encontrou uma loira baixinha que olhava os restos mortais da vampira, a garota suspirou resignada antes de encarar suas soberanas.

— Athenodora, Sulpicia como vão? – questionou Jane sorrindo


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Espero muito que sim
É meus caros quem estava achando que era de dentro acertou, quem diria que as esposas estavam pensando nisso.
E agora o que os Volturi aguardam a sete chaves? Parece que o jogo está virando e quanto mais respostas surgem mais duvidas aparecem.

Comentários para o capítulo, dúvidas ou criticas são bem vindas.

Bjs Bjs Tha



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