God save the Prince escrita por Fanfictioner


Capítulo 22
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Depois de dez meses, mais de 130 mil palavras, muitas amizades, e um sentimento de realização que me preenche há uns dias, finalmente chegamos ao final de God Save the Prince.
Eu gostaria de ter muitas palavras para dizer, porque depois de escrever 22 capítulos, é bobo resumir tudo que essa fic representa em apenas uma palavra, mas é a verdade: gratidão!
Sou grata por cada comentário, cada interação, cada nova pessoa que conheci, cada cenazinha escrita, pelas recomendações, e principalmente, grata por ter persistido nessa ideia maluca de escrever uma long-fic de realeza moderna em meio a dois semestres EaD na faculdade.
GSTP acaba do jeitinho que sempre foi, com um pézinho na realidade, debatendo coisas importantes, e nos lembrando que sim, ainda estamos em uma pandemia. Use máscara, se proteja e tome vacina quando puder, você não é imortal!
Sou incapaz de descrever a importância desse projeto na minha vida, tanto pessoal quanto profissional, porque me fez perceber muito da carreira que eu espero seguir, e quem sabe no futuro não venha a existir uma versão Original de GSTP?
Todo meu amor pela Yamilli, por ter inspirado o plot em uma noite de fofocas universitárias, e pela Carter (/u/64635), por ler primeiro, muitas das vezes, por betar, palpitar e aturar todos meus surtos. Vocês são especiais, Chicas.

Chegamos ao fim, estamos bem, e Deus salve a Rainha! (ou o príncipe, vocês quem decidem) ❤❤



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EPÍLOGO

 

— Eu juro que a gente tomou um banho de álcool antes de entrar, Ruiva.

Lily riu, recostada quase no meio da cama de casal. As cortinas da suíte estavam abertas, e um sol ameno de fim de tarde entrava pela janela, e embora houvesse alguma confusão pelo quarto, com coisas espalhadas, ainda não parecia tão caótico quanto Lily imaginava que tudo teria ficado.

— Vocês vão ter que desculpar a bagunça, meninos… eu ainda não consegui dormir o bastante para conseguir organizar tudo. - ela sorriu, falando em tom baixo. - Mas é tão bom ver vocês depois de tanto tempo!

James sorria, encostado no alisar da porta, observando os melhores amigos entrarem no quarto, cuidados. Deitado tranquilamente adormecido ao lado de Lily, e enrolado como um rocambole, estava o pequeno ser humano de apenas um mês de vida, que não deixava mais tempo livre algum para James e Lily.

O pequeno Henry James Philip Louis Potter.

Príncipe Harry, para os íntimos. Segundo na linha de sucessão ao trono inglês, depois do avô, e antes do padrinho.

— Ah, Lily… não começa! - Remo repreendeu em tom de brincadeira. - Oi, Harry… seu padrinho quase colocou todo mundo doido quando você nasceu, sabia? Só porque não ia poder vir ver você logo.

— Eu precisava conhecer meu afilhado! Um mês é muito tempo de espera!  - Sirius explicou, como se fosse óbvio e compreensível, e Lily riu. - Esse vírus arromb-

— Almofadinhas! O vocabulário perto do Harry! - James repreendeu, entrando no quarto.

Sirius levantou as mãos em um pedido de desculpas e voltou à concentração com que observava o rosto serenamente adormecido de Harry, ansioso para chegar mais perto. Os olhos do Duque da Cornualha pareciam brilhar de excitação em ver o afilhado pessoalmente pela primeira vez, emocionado, e não levou muito para ele precisar enxugar os olhos.

— Você pode pegar ele, se quiser, Sirius. - Lily murmurou sorrindo, e a expressão surpresa de Sirius foi impagável.

— Sério? Eu achei que…

— Ficamos isolados três semanas, Sirius. Não tem perigo. - assegurou Remo.

A pandemia havia estourado no final de fevereiro, quando Lily tinha quase cinco meses de gestação, e tinha sido uma decisão difícil de tomar, mas ela e James tinham resolvido se isolar em Northampton Cottage, a casa de campo (embora na zona urbana) que o Príncipe Fleamont recebera da rainha ao casar com a Princesa Euphemia.

James se formara virtualmente no meio de junho, aprovado com louvor em seus exames, e fazia cerca de cinco meses que, em conjunto com Lily, organizavam a Fundação Dover, que tinha a intenção de oportunizar acesso à educação para crianças imigrantes em situação de refúgio. A pandemia estava atrapalhando de tudo ser arranjado mais rápido, mas tanto Lily quanto James estavam dispostos a fazer a fundação dar muito certo, e não tinham pressa.

Tudo estava acontecendo rápido demais, e Lily quase agradeceu poder dar uma pausa em sua vida ainda muito conturbada, trabalhar de casa e planejar os próximos capítulos que estavam por vir em sua vida. Afinal, ela ia se tornar Duquesa de Cambridge!

James havia feito o pedido antes mesmo de Lily saber que estava grávida, em outubro passado, e foi absurdamente chocante todo o apoio e aceitação popular que ela recebeu. Em menos de um ano, Lily tinha passado de ‘amante vagabunda do príncipe’ para ‘futura duquesa que todos amavam shippar com o príncipe’.

— Ele é tão… pequenininho. - a voz de Sirius tinha um tom macio e derretido de afeto.

Contrariando as expectativas, Harry não acordou quando Sirius o pegou no colo e aninhou nos braços, maravilhado de afeto pelo afilhado. Sirius deixou um beijinho suave na testa do menino, e ficou aproveitando a sensação do bebê em seu colo.

— Ele é… - James sorriu, igualmente derretido e apaixonado, sentando-se na beira da cama. - Vocês vão ficar aqui uns dias, não vão? Com a gente…

Remo e Sirius se olharam, aparentemente sem se decidirem.

— Pontas, eu não sei se… não vai ser muita gente? A sra. Evans já está aqu-

— A mamãe vai embora amanhã, voltar para casa. Porque ela perdeu o aniversário de um ano do meu sobrinho, já que estava aqui, e Petúnia anda fazendo um chilique sobre isso. Sobre como eu e James podemos pagar quantos empregados quisermos, esse tipo de coisa. - ela revirou os olhos, impaciente com os estrelismos da irmã mais velha.

A senhora Evans tinha se voluntariado para ficar com Lily no final da gestação, e ajudar no primeiro mês, enquanto a família Real obrigara James a levar, ao menos, dois funcionários de Buckingham, e outros três de Kensington, para trabalharem em Northampton Cottage e ajudar a preparar tudo para a chegada de Harry.

“Meu bisneto não vai ser mal nascido!” dissera Vitória quando James anunciou que iria se isolar com Lily.

Apesar do jeito grosseiro de se posicionar, do autoritarismo e de todas as dissensões e problemáticas do passado, a Rainha gostava de Lily, e tinha seu jeito particular de demonstrar, como colocar uma equipe médica Real à disposição de Lily para o parto, ou pagar um número exagerado de brinquedos e pelúcias para o menino.

No entanto, mesmo com toda a ajuda que os funcionários podiam proporcionar em uma casa, mais a avó da criança como visita, Lily estava com a expressão meio cansada, de quem não dormia direito há semanas. Nada tão pouco elegante e nobre quanto a adaptação com um recém-nascido.

— Eu estou ansioso para conhecer sua irmã, Lily. - implicou Sirius, com uma cara travessa.

— Ela perdeu trinta por cento do amor dela por você depois que soube que você… você sabe, corta para o outro lado. - respondeu rindo.

— Homofóbica! - Remo acrescentou, achando muita graça.

— E quando, mesmo, eu vou ter o prazer de conhecer minha concunhada? A carinha de cavalo?

Lily caiu na risada, e Harry choramingou em protesto por ter sido acordado, fazendo Sirius olhá-lo confuso e atordoado, sem saber o que fazer.

— A melhor parte é poder devolver para a mãe. - comentou, passando Harry para os braços de Lily, que ainda ria.

— Não sabemos ainda… tudo acabou sendo meio adiado, né? Pelo menos até a vacina sair, não temos previsão de coisa alguma. - explicou James. - Seria hipocrisia e irresponsabilidade fazer um casamento no meio de uma pandemia. Além de um desrespeito absurdo…

O casamento tido sido planejado para o fim de abril daquele ano, para que Lily estivesse casada antes do nascimento de Harry, mas a chegada da pandemia acabou por adiar todos os preparativos.

Após a renúncia de James ao trono, o casamento dele deixara de ser um evento de Estado, embora isso de forma alguma significasse que não seria regado de pompa e protocolos reais. Apenas reduzia a lista de convidados da cerimônia de mil e quinhentos para oitocentos, e fazia a recepção íntima ser para cem - e não trezentas - pessoas.

Ah, e claro, tudo ainda seria custeado pela família Real, embora os convites não fossem mais ser em nome da Rainha, mas do Príncipe Fleamont. Todos esses ajustes demandavam explicações, reuniões e planejamento, e Lily não tinha a menor opção de ficar fora da organização, já que depois precisaria repassar todo o protocolo a seus familiares e convidados.

Só para evitar incidentes diplomáticos.

— E, com certeza, casar sem os nossos amigos não é uma opção! - Lily completou, resoluta. - Frank e Alice foram super corajosos em adiantar tudo para antes do lockdown, mas eu não faria.

— A Vitória mataria vocês, se fizessem isso.

Remo constatou uma verdade. James seria o primeiro neto a se casar, e já era escandaloso o bastante para a Coroa que fosse com uma plebeia, logo depois de James ter abdicado da linha sucessória. Agora, não fazer uma celebração, ou fazê-la virtualmente, seria imperdoável. Mesmo que o contexto fosse uma pandemia.

— A mamãe me mataria! Imagina se ela ia deixar o único filho não ter casamento?

— Eu sou o quê agora, Pontas? - protestou Sirius, brincando.

— Adotado. - ele deu de ombros, levantando-se para pegar uma fralda de pano limpa para Harry.

— Casamento só ano que vem, então? - insistiu Remo, ao que Lily assentiu.

— Nem faria sentido, na verdade, ser agora. Com todos os convidados internacionais que não iam poder vir, a Lene presa na Espanha com a Emme, sem data para voltar. A gente não ia expor a mamãe, o papai, nem a Vicky.

— E ainda é muito recente… o que aconteceu com a Mary. - acrescentou Lily, ficando um pouco mais sensível. - Não tenho clima de festa.

Mary tinha contraído o novo vírus no fim de abril, quando o número de casos estava exorbitantemente alto. Como a maioria das pessoas jovens, ela tinha esperanças de convalescer depressa, sem complicações, mas a doença evoluiu rápido. A internação veio dois dias após o diagnóstico, e a UTI três dias depois. A intubação aconteceu no oitavo dia, e no décimo Lily recebeu uma ligação da Sra. MacDonald.

Nem Lily, nem Alice, ambas se encaminhando para o final da gestação, puderam ir ao funeral da amiga.

O mês de maio foi um luto terrível, porque ninguém estava preparado para perder uma amiga tão especial, tão depressa. Mary era nova e saudável, estava se cuidando como qualquer outra pessoa sensata, e seu maior medo era ter contaminado os pais também. Mary tinha acabado sozinha, e vez ou outra Lily se pegava pensando naquilo, em como nunca mais seria a mesma quando todo aquele caos sanitário passasse.

James deixou um beijo e um carinho na cabeça de Lily, porque o clima havia ficado meio tenso e deprimido, e se havia algo que ele já tinha aprendido naquele primeiro mês pós-parto, é que mães de recém-nascidos explodiam em hormônios

— Enfim, gente… - Lily limpou o cantinho do olho, colocando Harry de volta na cama e dando um sorriso suave. - Vamos descer? Tomar um chá, comer uma torta?

— Essa mulher virou uma draga depois do parto, sabiam? - disse James indignado, fazendo Sirius gargalhar

— Ela está amamentando, James… é normal. - riu Remo, dando suas explicações de acadêmico de medicina. - Eu estou surpreso em como você perdeu peso rápido, Lil!

— Viu?! É normal, James! - resmungou Lily, saindo da cama e fazendo uma careta de dor. - Vocês também precisam de um tour pela casa, para conhecer nosso cantinho provisório.

Como Duque e Príncipe, James tinha muitas propriedades, e direito a viver em um dos apartamentos do Palácio de Kensington, assim como seus pais, Sirius, a prima deles, Andrômeda, e a própria Dorcas. No entanto, como nenhum deles ainda havia casado, exceto Ted e Andrômeda Tonks, o palácio estava longe de estar preparado para receber mais novos moradores, e definitivamente não estava preparado para receber um bebê.

— Como vai indo a reforma do apartamento de vocês? - Sirius perguntou, carregando o bebê conforto, em que Harry dormia, escada abaixo, em direção à segunda sala de estar.

— Lenta… - James riu. - Eu fiz questão de que o projeto ficasse por conta da Lene, e depois a pandemia veio…

— A gente só deve se mudar depois do casamento, mesmo. - Lily deu de ombros. - Adam, querido, você poderia trazer chá para a gente? E uma torta também… acho que a srta. Parkinson ia preparar uma torta de maçã… pode servir agora.

Aos poucos, Lily se acostumava à vida de dar ordens e ser atendida por funcionários, embora sempre que possível assumisse as tarefas por conta própria. A sra. Evans, por outro lado, estava adorando a vida de ter tudo feito para ela, com a comida servida quando desejava, e babás atendendo seus requisitos de água morna, fraldas e roupinhas engomadas para o neto a todo momento.

Pelas duas ou três horas seguintes, James, Remo, Sirius e Lily emendaram várias conversas sobre assuntos diferentes, se atualizando das vidas uns dos outros, e debatendo a chegada da tão esperada vacina. Harry acordou uma vez para mamar, e perto das cinco da tarde a sra. Evans desceu e juntou-se à eles para uma xícara de chá. 

Definitivamente a mulher ainda não estava acostumada a conviver com nobres, e após dez minutos em que ela tremia de excitação como um pincher por estar conversando com Sirius e Remo (a James ela ficara habituada), apenas pediu licença para ir tomar um ar no jardim.

Quando Harry acordou pela segunda vez, Sirius aproveitou para fazer uma chamada de vídeo com Marlene, para que ela pudesse ver o menino acordado, e os amigos reunidos.

— Ai, meu Deus! Quem é a coisinha mais gostosa da dindinha? Cadê meu neném? Cadê? - disse ela em tatibitate assim que Harry apareceu na câmera. - Dindinha está quase querendo sair no soco com esse vírus que não me deixa sair de Madrid para ir conhecer você, meu amor! Sabia? É… sabia?

— Marlene, meu filho é neurotípico, você pode falar normalmente, sabia? - brincou James, fazendo ela mostrar o dedo do meio.

— Seu filho é a sua cópia, isso sim!

— Se não fosse o olho verde, e se eu não tivesse visto sair de dentro de mim, teria sérias dúvidas da minha participação nessa criança. - confessou Lily, fazendo Remo e Sirius rirem junto com Marlene e James. - Estou com saudade, Lene…

— Ai, nem fala! To morrendo de saudade de vocês! 

Ela fez um biquinho dramático.

— Tá nada, sua falsa! Tá aproveitando a Emmeline o dia todo, que eu bem sei! - Remo interrompeu, dando um sorriso malicioso.

— Eu enjoei dela. - disse, dando de ombros. - Cansei. 

— Ah, cansou, foi? - a voz de Emmeline soou, mesmo sem que a mulher aparecesse na câmera, e Marlene riu, com uma expressão abobada. - Cadê o pequeno, deixa eu- oiiiii! Coisinha linda da titia! Como que você é uma xerox do seu pai, Harry?

A conversa se estendeu até que Harry começasse a chorar, cansado, e pedisse alimento novamente.

— Eu vou sair para dar mamá, gente… - explicou Lily. - É só o que eu faço, agora!

— A vaca leiteira ruiva mais linda que eu já vi. - brincou James, fazendo um biquinho, e Lily arremessou uma almofada na direção dele, com o rosto vermelho de vergonha enquanto os amigos riam.

— É essa pessoa que vocês vão deixar criar meu filho? Eu preciso de ajuda, parece que eu tenho dois filhos!

— A gente vai chegar logo, Lily! Dorcas e eu vamos sequestrar você para um vale dia-livre assim que estivermos todas vacinadas, eu prometo.

— A gente vai comprar roupas? Cortar o cabelo? - Lily perguntou com uma fingida emoção, que não era tão fingida assim. - Eu vou poder ser uma mamãe radical?

— Vai ser a mãe mais radical e gata que existir! Vamos achar um vestido de noiva suuuper sexy! - brincou Emmeline. - Até a Vitória vai ter inveja de você!

Lily riu, se despedindo, e subiu para o quarto com Harry, indo cumprir seu doloroso e, simultaneamente, prazeroso afazer de amamentar. Os olhinhos verdes de Harry a encaravam, concentrados, e as mãozinhas agarravam alguns fios ruivos, fazendo Lily sentir que explodiria de afeto.

De repente, uma luz forte acendeu em cima de Lily e ela levou um susto.

— Ah, merda! O flash tava ligado! - resmungou James, fazendo Lily rir. - Era para ser uma foto espontânea, Lil…

— As grandes habilidades de discrição de James Potter. - comentou, rindo. 

— No que tava pensando? - James perguntou, pegando Harry no colo para fazê-lo arrotar. - Tava super concentrada.

— Em um monte de coisa, na verdade. 

— Quer falar sobre?

— Só… - ela hesitou, dando um sorriso. - Só é muita loucura, mas uma loucura boa, sabe? Tipo… faz dois anos que eu aceitei carona de um desconhecido para vir para o noivado da minha irmã… e aí, hoje… 

Ela deu uma risada meio incrédula, levantando-se para juntar-se à James e Harry.

— Hoje estou aqui, isolada numa casa da família Real, com um bebê!

— Você está muito mais do que isolada numa casa Real, com um bebê. - corrigiu James. - Você é uma mulher foda, formada, atuando no departamento de imigração do Ministério do Interior, pelo seu próprio mérito! Criou comigo uma ONG para dar oportunidade de estudo para crianças refugiadas… o Harry e eu só orbitamos seu sistema solar.  - ele deu uma piscadinha marota.

O jeito modesto e humilde não mudava, e Lily achava que jamais pararia de se derreter de amores por exatamente essas características de James.

— Não… Você e Harry são, tipo, o Sol, do meu sistema solar. - James sorriu para ela. - Bem no meio, na parte mais importante. E depois vem minha família, a Lice e o Frank, o Sirius, o Remo, a Lene, a Dorcas, a Emmeline. Sua família.

— E a Mary é uma estrela.

— É… bem isso. - mordiscou a boca, pensativa. - Eu amo tanto vocês.

— E nós dois somos os mais sortudos do mundo por termos você, meu amor. Eu amo você tanto… minha Duquesa de Cambridge.

— Futura duquesa. - corrigiu Lily, com as sobrancelhas arqueadas.

— A gente faz de conta que já é casado. - brincou James, puxando Lily pela cintura.

Eram os três ali. James, Lily e Harry, numa bolha de amor e afeto, isolados, mas juntos. Eram os três, depois de idas e vindas, e capas de jornais, e fofocas e mentiras. Eram uma família, com a vida toda juntos só começando.

— Deus salve essa Duquesa, que me aceitou de volta. - disse, beijando Lily nos lábios. - E salve o futuro Rei. - continuou, fazendo carinho na mãozinha gorducha de Harry.

— Deus salve o Príncipe, que insistiu em mim, isso sim. - riu Lily, beijando-o de volta. - Anda, a gente tem que descer para o jantar.

— O Almofadinhas e o Aluado esperam. - brincou, com um riso pouco inocente, colocando Harry no berço e puxando Lily para um beijo longo e demorado, como devia ser.

E que se danassem os protocolos reai


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Notas finais do capítulo

Good night, thank you very much
You do have many more
God bless you
We love you
Good night
— God save the Queen, Queen