God save the Prince escrita por Fanfictioner


Capítulo 1
King's College para o príncipe


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a God save the prince!
Será uma longfic Jily, além de outros shippers, que se passa no século XXI (mais especificamente com referência do ano de 2018). Pode demorar um pouco a, de fato, surgir o Jily, entre outras interações, mas tudo será construído com calma. Estou realmente empolgada, e espero que gostem.
Espero vocês nas notas finais, boa leitura!



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O prédio da faculdade de história era provavelmente um dos maiores do campus, não necessariamente em altura, mas na dimensão em geral. A maior biblioteca ficava ali, com janelões de vidro virados para o jardim, destoando um pouco da estrutura românica clássica dos prédio da Universidade de Cambridge em geral.

E aquele era o local favorito de James Potter na universidade. A silenciosa e agradavelmente climatizada biblioteca do Departamento de Humanidades e Política, 24h aberta aos estudantes, durante os sete dias da semana.

Enquanto aluno, a rotina de James Potter era tão simples quanto a de qualquer outro universitário da graduação em História e Política do Kings’s College. Ele acordaria as 6h, sairia para uma corrida e antes das 7h estaria de volta para tomar café na cozinha de seu andar, e então se preparar para um dia de estudos e leituras, caminhando até a faculdade e começando pontualmente as 8h30min. Suas aulas envolviam, naquele último trimestre do segundo ano de faculdade, Política Internacional Aplicada, História Contemporânea, e Estrutura de Organizações Internacionais, o que era uma absurda e excessiva quantidade de leitura por semana.

Basicamente ele leria durante quase todas as manhã na biblioteca, tomando notas e mais notas, assistiria aulas todas as tardes, variavelmente entre as 13h e as 16h, as quartas e sextas ele teria treino de futebol, às quintas a noite ele participaria das reuniões da Sociedade de História, e todo sábado seus professores faziam sessões de revisão com entregas de artigos das leituras da semana.

E isso tudo pareceria que ele era um jovem com alguma patologia psicológica por estudos.

Mas James estava bem até demais. Suas notas excessivamente altas jamais mostrariam a qualquer um, em uma primeira impressão, que ele era um fanfarrão completo, que bebia mais do que qualquer jovem que conhecesse, tendo fama nos pubs da cidade. Claro que havia testemunhas oculares da vida nem tão nerd de James Potter, como seus colegas de casa Peter Pettigrew e Frank Longbottom, os quais eram bons de copo no mesmo nível, embora muito mais... galantes, para ser educada na descrição.

Extremamente ordinário e nada fora da vida de inúmeros acadêmicos jovens adultos ingleses no século XXI.

— Você só pode estar brincando que não vai estar no próximo final de semana? Pontas, ela vai comer seu fígado na manteiga!

— Você pode não gritar, por favor? Eu estou numa biblioteca, Almofadinhas. – respondeu tentando parecer sério, deitado de barriga para cima em seu quarto.

— Vai se ferrar, eu posso ouvir a música do quarto do Peter aí, seu obtuso.

James riu, sentando-se na cama para continuar a conversa.

— Mas é sério, Sirius. Não tenho como ir semana que vem, tenho supervisões no sábado de manhã, e uma prova oral na segunda sobre um artigo que ainda nem tive aula!

Sirius era primo de James e, após a morte dos pais e do irmão em um acidente aéreo anos atrás, tinha sido criado pelos tios Euphemia e Fleamont, vivendo como o irmão seis meses mais velho de James. De fato a relação dos dois era algo inexplicável até mesmo para a família, já que pareciam duas metades de uma mesma pessoa, o mesmo humor, a mesma rebeldia suave, a mesma visão de mundo.

Havia muito pouco que diferenciasse Sirius de James quando se tratava de personalidade, e na aparência física as semelhanças também eram grandes, embora não fosse explícito o parentesco de sangue. Sirius tinha cabelos castanhos escuros, como James, mas cacheados e sedosos, usados longos, na altura do ombro, enquanto o primo-irmão tinha o cabelo rebelde e desordenado, ficando constantemente espetado e apontado em todas as direções, curto.

Os olhos de James eram castanhos (embora em condições específicas de clima e inclinação do sol parecessem verdes, como Sirius costumava escarniar), enquanto os de Sirius eram de um azul intenso. Havia ainda o adendo de que James usava óculos redondos, o que os fazia mais diferentes ainda.

Juntos, tinham levado parte da família à loucura durante o ensino médio, aprontando de tudo um pouco sempre que possível, e ninguém tinha muitas expectativas de que isso fosse mudar e que, eventualmente, fossem se portar como adultos. Mas quando Sirius escolheu ser piloto da Força Aérea Britânica e James optou por ir para Cambridge, ficou mais aparente a possibilidade de terem uma chance de “virarem gente”.

— Você sabe que isso vai soar ridículo não sabe? Que eles vão cair em cima de você como abutres se você não vier para Londres no sábado, não é?

— Eu acho que pode soar interessante... afinal, eu não vou por razões de estudo, e a imagem de compromissado e aplicado é tudo que eles gostam de ter. E é só um almoço, não é?

— Querem que participemos da ida ao Royal Opera House também, e vai haver uma recepção no domingo...

— Mas essa mulher inventa coisa, eim? – resmungou James rindo, abrindo o frigobar do quarto à procura de um energético.

— Deixa a vovó saber que você anda chamando uma senhora de 78 anos de “mulher” por ai, Pontas!

— E por acaso ela é homem agora? Qual o novo nome social dela? Vitor?
Sirius não pode conter as gargalhadas, enquanto James negava com a cabeça.

— Quem mais vai estar? Marlene? Aluado?

— Vai estar um monte de gente, né, imbecil? Você quer que eu peça para enviarem a lista de convidados confirmados para você? – debochou Sirius em um tom implicante.

— Isso foi uma noite mal dormida ou mal... – interrompeu-se sabendo que Sirius tinha entendido sua malícia.

— Você é péssimo! Aluado virá de Oxford na sexta-feira, Dorcas sai de Yorkshire na quinta e vai ficar hospedada aqui em casa, e Marlene estará aqui de qualquer maneira, não é como se eu pudesse aparecer desacompanhado na festa.

— Eu imaginei... – James parecia ponderar. – Se eu pegar um trem no sábado depois das 11h eu chego aí a tempo?

— Nem se eu buscasse de caça, filhote! – Sirius riu com um tom de incredulidade. – A missa na St. Paul’s vai ser as 9h, depois viemos para a recepção familiar e o almoço. Se você vier de trem, só vai chegar a tempo para assistir aos shows de noite.

— Elton John pelo quinto ano seguido e quem mais?

— Ouvi boatos que vai haver um cover dos Beatles, mas pode ser só que Mcgonagal esteja me zoando, você sabe como ela é. Mas com certeza Shawn Mendes vai tocar, e Drake também.

— Ela escuta Drake?! – Sirius e James escarniaram do gosto musical da avó por um tempo antes de voltarem às decisões práticas.

— Olha, eu vou tentar conversar para ter minhas supervisões na sexta, e levarei o material para a prova para estudar aí, ou não, vamos ver...

— Aceite, Pontas, ninguém se forma sem levar um D em uma prova! – disse Sirius rindo.

— Vou dar um jeito de ir...

— Isso é por ela ou porque você quer ver alguém em especial? – zombou com malícia.

— Eu não me importaria de sair com você para beber e dar uns beijos em alguém, mas estou indo mais por ela... estou com saudades da mãe e do pai também.

Sirius disse que daria um jeito de eles fugirem, com Remo e Marlene, para algum Pub em meio ao show do Elton John e voltarem a tempo para assistir Shawn Mendes, sem serem notados.

— É bom que venha dar suas caras mesmo! Porque eu ia achar realmente divertido ver você sair da saia justa com a imprensa... como James Fleamont Potter, Duque de Cambridge, ia explicar não estar no aniversário de 79 anos da avó, a Sua Majestade Real e Imperial Vitória Potter?

— Ah, vai se ferrar, Sirius! Eu vou chegar aí na sexta de noite só para dar uns sopapos nessa sua cara de bunda, cachorro!

E decidindo que já estava atrasado demais para seus compromissos de domingo, Sua Alteza real colocou o moletom do time de futebol do King’s College e pegou a mochila com chuteiras e garrafa de água, e saindo depressa para o treino extra que tinha sido marcado, correndo rápido demais para o que se espera de um príncipe inglês.

Claro que o treinador lhe fez dar duas voltas a mais em torno do campo.
— Sem parar e sem abaixar a cabeça, majestade! – escarniou Slughorn, o enorme treinador de futebol do time do King’s. – Senão a coroa cai!


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Notas finais do capítulo

Já começamos a conhecer um pouco da realeza britânica nesse AU em que James é um príncipe (e quem vai dizer que ele não é mesmo um, não é?). O que acham, é um roteiro interessante?
Vejo vocês nos comentários para trocarmos ideias sobre esse roteiro!
Beijos, e malfeito feito!