Amor entre irmãos. História de Shun e Ikki escrita por Elaine Cristina


Capítulo 4
Uma Nova Ameaça


Notas iniciais do capítulo

Encerrada a batalha dos cavaleiros negros contra os cavaleiros de Bronze, Seiya se comunica com a Saori e pede para que fosse enviado um helicóptero para resgatá-los.
Agora que os 5 cavaleiros de Bronze estão finalmente unidos, novos desafios surgirão.



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Shun já estava fora de perigo, mas ainda precisava de cuidados médicos por ter perdido muito sangue.  Ele jazia nos braços de Fênix que o protegia com suas “asas” acolhedoras em seu entorno velando o descanso do irmãozinho.  Shun parecia um anjo dormindo encostando a sua cabeça entre o pescoço do mais velho que não o largaria por nada naquele momento.  Ikki queria levar Shun embora com ele, tinha vergonha de voltar para a Fundação por tudo que aconteceu, mas aceitou aguardar o resgate e voltar com os demais para levar seu irmão ao Hospital da Fundação para que ele se recuperasse mais rápido.

Seiya e os outros ficam muito felizes pelo reencontro dos irmãos e pelo Shun que estava a salvo.  Ikki, mais aliviado, diz aos outros Cavaleiros:

— Obrigado por terem me ajudado a salvar o meu irmão.  

Seiya reponde:

— Não precisa nos agradecer.  Ele é nosso amigo e teria feito o mesmo por qualquer um de nós.

Shiryu e Hyoga consentem. 

— Somos como uma família e lutamos uns pelos outros.  – Dizia o Dragão.

Ikki, ainda sentindo remorso pela situação responde:

— Prometo que ainda vou reparar o mau que causei a todos vocês.

Os demais cavaleiros de Bronze recolhiam as partes da armadura de Ouro de Sagitário e da armadura de Andrômeda que estavam espalhadas.

Nesse momento Seiya sente falta do Elmo da armadura de Sagitário e pergunta pra Ikki onde ele estava. 

Ikki responde que a última vez que o viu estava do lado do cadáver do Fênix Negro que fora derrotado por ele.   Seiya vai até o local, mas não encontra o Elmo. Ele encontra uma tábua de madeira com uma escrita que não conseguia interpretar.  Pégaso traz a tábua e mostra para Ikki dizendo:

— Encontrei apenas isso ao lado do Cavaleiro Negro.  Seiya mostra os dizeres...

Ikki entendeu o significado que estava no idioma nativo da Ilha da Rainha da Morte e reponde:

— Os cavaleiros negros ainda não foram todos extintos.  Mas não se preocupe Seiya, vou recuperar esse Elmo para você, eu prometo. -  Ikki decifrou a escrita que significava “Aguardo seu retorno para a Ilha da Rainha da Morte, ass:  Jango” 

Seiya perguntou:

— O que isso significa Ikki?  Ele responde:

— Ainda sobrou um líder acima do Fénix Negro chamado Jango. – Respondia o Fênix.   Eu já o derrotei uma vez quando conquistei a minha armadura sagrada, mas parece que ele quer uma revanche...  De qualquer modo eu te dou a minha palavra que vou recuperar esse Elmo para você, Seiya.   Lamento por ter me descuidado.  Quando derrotei  Ritahoa, só pensava em salvar meu irmão e nem me lembrava mais desse Elmo da Armadura de Ouro que deixei pra trás.

Shiryu compreende perfeitamente e responde:

— Você está certo Ikki.   O Elmo podemos recuperar depois, mas a vida do seu irmão tinha que ser naquele instante.  Não se preocupe, também iremos com você nessa batalha.

 Ikki se sentia muito grato pela compreensão dos companheiros e pela disposição deles estarem juntos para uma próxima batalha.  Apesar dele não gostar de andar em grupo, estava se sentindo bem com a companhia dos demais cavaleiros de Bronze que o aceitaram como mais um membro daquela “família”.  Ikki não estava acostumado a ter companheiros tão leais e acolhedores que se importavam tanto uns com os outros.  Para quem treinou no Inferno, nunca jamais presenciou aquele espírito de fraternidade como daqueles Cavaleiros.

O céu se nublava e começou a cair uma chuva branda naquele local.  Ikki olhava pro céu e agradecia aquele momento. Ele sentia que aquela chuva leve veio em boa hora como sinal de sua purificação. Deitou o irmão de costas para o seu peito e deixava cair a água cristalina sobre ele ajudando a limpar as feridas do corpo do irmão que ainda estava todo ensanguentado.   No peito de Shun estava o pingente com os dizeres “Forever Yours” que Ikki acreditava ser um objeto de sua mãe que deu ao seu irmãozinho quando tinha apenas 1 ano de idade depois que a mãe deles morreu.

Ikki via aquele sangue escuro escorrer deixando visível a pele branca do corpo do irmão mostrando algumas cicatrizes dos ferimentos que o guerreiro sofreu no decorrer de seu  treinamento até se tornar o Cavaleiro de Andrômeda.   Ikki sentiu orgulho de seu irmão e compreendeu que ele não foi o único que passou pelo Inferno.   Todos ali presentes sofreram muito e arriscaram suas vidas para se tornarem Cavaleiros.  Ikki aceitou o destino que o levou a se tornar o poderoso Fênix e falava em seu pensamento “prometo que o seu sangue não foi derramado em vão, eu vou cuidar de você  meu irmão”.  Ikki se recordava de muitas lembranças de sua infãncia com seu irmão e demais companheiros. Parecia que ele tinha acordado de um pesadelo.

Já passava mais de 30 minutos e Seiya, imperativo como sempre,  estava impaciente naquele final de tarde. Ligava a cada 5 minutos para Saori informar sobre a previsão do resgate.  Ele atirava alguns meteoros para iluminar o Céu e mostrar a localização deles até que se ouviu o barulho do Helicóptero chegando.

Os 3 “Bronze boys” juntaram as partes das armaduras de Sagitário e de Andrômeda e levaram até o Helicóptero.  Ikki carregou o irmão nos braços e o entregou aos 2 médicos que estavam a Bordo para acolhê-lo.   Shun estava pálido, e com um pouco de febre, mas seus sinais vitais estavam estáveis.  Por precaução o médico colocou uma máscara de oxigênio para que ele respirasse melhor durante o trajeto até Hospital alertando que o cavaleiro precisaria de uma transfusão de Sangue. O médico tirou o pingente do peito de Shun e o deu para o seu irmão guardá-lo, pois evitavam de deixar objetos pessoais no paciente.  Ouvindo sobre a transfusão  Ikki perguntou:

— Eu sou irmão dele, será que posso doar parte do meu sangue pra ele?

O Doutor respondeu:

— É bem provável que sim.  Normalmente irmãos costumam ter o mesmo tipo sanguíneo. Mas para saber precisamos pegar uma amostra do seu sangue para testar.

Ikki se prontificou a oferecer essa amostra na mesma hora.  O médico tirou um tubo do sangue da veia dele através de uma seringa e disse que chegando ao Hospital eles fariam os testes de compatibilidade.

 Ikki foi durante todo o trajeto ao lado do irmão segurando a sua mão.

Shiryu também se sentia muito fraco depois de ter perdido boa parte do seu sangue para restaurar as armaduras de Pégaso e Dragão e por ter travado várias batalhas em seguida. O médico o examinou e também orientou sobre a necessidade de receber sangue também.

Durante o Trajeto, Seiya se comunicava com Saori e explicava tudo o que ocorreu nas batalhas e falou que Ikki havia se tornado um aliado.  Ela ficou muito contente e pediu para que ele fosse acolhido na sua mansão quando chegasse.

Chegando na Fundação eles saíram do Helicóptero.  Shun e Shiryu foram para o Hospital da Fundação e os demais iriam para a mansão Kido que ficava próximo.  Ikki queria ficar com o irmão, mas não podia entrar junto com os médicos. Ainda precisaria esperar sair o teste do sangue para saber se ele poderia ser doador para o seu irmão e isso ainda ia demorar. Seiya o chamou para irem para a Mansão:

— Venha conosco Ikki , os médicos cuidarão de seu irmão e de Shiryu. Vamos para a Mansão, você também será acolhido pela Saori assim como todos nós.  

Ikki relutou bastante em ir com Seiya e Hyoga, pois não se sentia bem em ter que encarar a Saori e o Mordomo que no passado havia lhe feito mau, mas devido a insistência de Seiya e Hyoga ele acabou aceitando.

Chegando na mansão, Saori os receberam com muita alegria.  Agradeceu a presença de Ikki que ainda estava “sem graça” e ofereceu as acomodações da casa aos cavaleiros. 

Saori disse a Ikki:

— Fico muito feliz por você ter voltado para nós Ikki. Tenho certeza de que seu irmão também está muito feliz e faremos tudo o que for possível para ele se recuperar rápido. Você é a pessoa mais importante na vida dele.   Acredite, não tivemos a intensão de lhe fazer nenhum mau.  Meu avô sempre disse que para alcançarmos um objetivo temos que passar por muitas provações e quanto maior a provação, maior seria o resultado alcançado.

Ikki consentiu e agradeceu a hospitalidade da anfitriã.

— Obrigado   Sra Saori Kido.   Prometo trazer de volta a você o Elmo da armadura de Ouro como prova da minha remissão. Só quero acompanhar a recuperação do meu irmão e partirei para esta missão.

Saori o agradeceu e ofereceu o quarto de Shun para que ele se acomodasse lá enquanto seu irmão ficasse no Hospital.  Ela providenciou roupas ao Cavaleiro recém chegado e disse que ele podia se sentir em sua casa.  Ikki adentrou ao quarto do seu irmão, estava tudo organizado e limpo.  Viu um porta retrato com a foto deles quando eram pequenos.  Ikki se recordava aos poucos de toda a sua infância com seu irmão que havia sido esquecida após a “lavagem cerebral” que ele passou na Ilha da Rainha da Morte.  Ikki deixou o pingente “Forever Your” do seu irmão ao lado da medalha e foi para o chuveiro.

Após tomar um bom banho, Ikki se sentiu renovado.  Aquele era o começo de uma nova vida que ele queria viver com a Integridade de um verdadeiro Cavaleiro da Justiça.

Seiya e Hyoga já estavam prontos para o jantar no andar de baixo da mansão.  Saori chega e ouve Seiya discutindo com Tatsumi sobre o resultado da missão.  O mordomo resmungava que eles haviam perdido a parte do Elmo da Armadura e por isso a missão não foi concluída com sucesso. Seiya respondia:

— Fizemos o melhor que pudemos.  Distraímo-nos quando fomos socorrer ao Shun que quase morreu e não percebemos quando o Elmo foi roubado. Mas, Ikki disse que vai recuperá-lo e confiamos nele.

Ouvindo ao Seiya, chegava Saori dizendo:

— Fizeram muito bem Seiya.  A vida de vocês é mais importante do que a armadura de ouro.  O importante é que vocês estão todos bem. Também acredito que podemos confiar em Ikki.

Ouvindo discretamente a conversa, Ikki descia as escadas da mansão e se encontrava com demais para jantar.   Ao ver Ikki o mordomo tremia de medo, pois se lembrou da ameaça do Fênix quando queria se vingar das surras que levou no passado. Mas Ikki nem o encarou, apenas o ignorou e respondeu aos demais:

— Podem ter certeza que vou trazer o Elmo de volta a vocês, eu prometo.

Seiya estava impaciente e com muita fome. Não conseguia esconder a sua ansiedade sendo sempre o primeiro agitar o jantar.

— Bem, então podemos jantar, não é?  Hoje tivemos uma missão bem desgastante, espero que sejamos bem servidos...  – Resmungava o Pégaso como sempre sem muita cerimônia.

Saori, já acostumada com a espontaneidade do Seiya, respondeu rindo:

— Claro Seiya! Vocês merecem muito mais por essa vitória.  – E assim,  Saori ordenou para que fosse servido o jantar.

Durante o jantar Saori perguntou sobre o Shun. Queria entender como ele se feriu.  Ikki  explicou que o irmão interviu em sua luta para protegê-lo, venceu o oponente, mas devido a sua ingenuidade e bondade, teve misericórdia do inimigo e este se aproveitou da situação para o enganar e o contra atacar.  Ikki disse que ele só foi abatido porque preferiu protegê-lo se expondo ao ataque do inimigo.

Saori se comoveu com a atitude do Nobre Cavaleiro e disse:

— Realmente ele tem um coração muito bom.  Ele sempre foi assim desde pequeno.

Seiya complementou:

— E ele é capaz de fazer qualquer coisa por você Ikki.  

— É verdade – Ikki respondeu se orgulhando se seu irmão. Ele sempre está disposto em se arriscar e até mesmo em se sacrificar pelos outros. Ele prefere sofrer do que provocar sofrimento nos outros. É isso o que mais me preocupa...  – respondia o irmão apreensivo.

Saori elogiou muito a postura do Andrômeda e se prontificou a oferecer tudo o que fosse preciso para a melhora dele.

Voltando ao Hospital, Ikki esperava por notícias de seu irmão.  Seiya e Hyoga também foram para encontrá-lo e também para saber sobre o Shiryu.

O Dragão já havia recebido alta após uma transfusão de sangue e estava em repouso em um quarto tomando soro. Shunrei, sua companheira,  velava o sono do Dragão.

Seiya e Hyoga estavam com Ikki quando o médico retornou e perguntou ao grupo:

— Quem de vocês é irmão do Cavaleiro?

Ikki se anunciou:

— Sou eu Doutor. 

O Médico disse que o sangue dele era compatível ao do seu irmão e autorizou a fazer a transfusão.  Shun já havia recebido transfusão de sangue com o estoque que havia no Hospital, mas ainda não era o suficiente, então o irmão supriu essa necessidade oferecendo o seu próprio.

Seiya e Hyoga voltaram para suas acomodações e Ikki passou aquela noite com seu irmão no Hospital que se recuperava mais rapidamente após receber o seu sangue.


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Notas finais do capítulo

Ikki se prepara para seu novo confronto contra os remanescentes cavaleiros Negros que o aguardavam de volta à Ilha da Rainha da Morte.



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