Cheater escrita por Maga Clari


Capítulo 7
Bilhete número 13 + 14 + 15 + 16


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!

Como estão vocês?

Antes de tudo, quero agradecer pelos comentários tão carinhosos e divertidos que me alegraram durante esse mês de Junho. Escrever essa história foi um desafio pra mim porque foi a primeira vez que escrevi depois de tanto tempo desde que comecei a lutar contra à falta de concentração. Alguns anos atrás, meu cérebro funcionava bem mais rápido e lidar com oposto disso tem sido difícil, principalmente quando prazos são estabelecidos. Gosto de escrever aos poucos, alterando aqui e ali de acordo com a reação do meu público. Vocês funcionam como meu termômetro de tudo. Releio e reescrevo o que parece confuso, tento defender meus garotos quando são incompreendidos, esse tipo de coisa. Tentei o meu melhor e espero que tenham se divertido com Cheater tanto quanto eu.

Obs: Nessa altura do campeonato, se você ainda está sem entender que doidera é essa acontecendo no meu plot, não se preocupe. Tentei fazer do limão uma limonada, apenas pegue um pouquinho e aproveite esse finalzinho de fanfic.

Bisous



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BILHETE NÚMERO 13

Quem sabe você acaba comigo. 

Feitiço de pele. Nível avançado de magia. É sério isso, Malfoy? Cansou de desperdiçar papel? Nesse ponto, até te aplaudo. A natureza agradece e eu também. Entretanto, continuo achando o cúmulo do absurdo que tenha se aproveitado de um mistério para ser o centro das atenções. Você deve estar adorando, não é? Pela primeira vez na vida, protagonizar alguma coisa. Mas deixa eu te falar, meu anjo, se você acha que isso é o suficiente pra eu ficar caidinha por você, sinto informar que o senhor está redondamente enganado, pois não fez mais que sua obrigação.

Observei enquanto ele sumia pelo corredor e acho que ficou bem evidente, porque Albus precisou me sacudir pra confirmar se eu não tinha sido petrificada. Tentando disfarçar, disse que precisava ir ao banheiro. Que era aquele período do mês e eu os encontraria na Sala Precisa. Foi relativamente fácil enganar o casal de pombinhos, e no fundo eu sabia do seu desejo interior de arrumar uma desculpa para se agarrar sem a minha inconveniente presença.

Procurei o meu melhor plano de perseguição e cheguei rápido o bastante para encontrar um cena de novela acontecendo bem no meio do varandão que antecede a Sala Precisa. Scorpius brigava com o vigia da porta, Aurélio Goldstein, que por sua vez brigava com Minus Diggory, o anfitrião, que já estava bêbado o suficiente para tentar colar Lorcan e Lysander com um feitiço de grude, achando que eram uma pessoa só.

Patético.

Respirando fundo, tomei a decisão de encostar na pilastra para ouvir o que acontecia antes de interromper um momento tão peculiar.

— Calma. Eu já tô resolvendo! — foi Diggory, soluçando enquanto erguia a varinha.

— Pelos trasgos da cornuália, alguém traz uma água pra esse garoto?!

— Água?

— É.

— Pra quê?

— Água cura bebedeira, seu burro.

— Burro é a sua mãe!

— Ih, xingando a mamãe agora? Pelo menos nós dois fomos pra corvinal!

— Calem a boca, vocês! Ninguém precisaria de nada se simplesmente deixassem isso pra lá — Scorpius se meteu, tomando o caminho da porta, sendo logo em seguida arremessado para longe, como magnetismo — Tá de brincadeira?

— Normas são normas, Malfoy.

Scorpius.

— Whatever.

Então, Scorpius puxou Goldstein pelo colarinho. Definitivamente, ameaçador. Roí as unhas, assustada, mas quando a coisa ia ficar séria, gritei para chamar a atenção.

 

BILHETE NÚMERO 14

Eu posso ser seu namorado 

Ah, não. De todos os momentos do mundo, o último que eu gostaria de compartilhar com Rose Weasley seria aquele. Em meu pior estado, agressivo, impaciente, o verdadeiro monstro que me pintam por aí. Por reflexo, soltei Aurélio para deixar-me hipnotizar pelos olhos lufanos da menina dos meus sonhos. Ela tinha uma maquiagem em tons de rosa, um vestido florido e meias até o joelho. Meias de abelhinha. Meias da Lufa-Lufa.

— Que confusão é essa aqui?! Eu vou chamar o monitor!

— R-Rose?

— Oi.

— O que está fazendo?

— O mesmo que você. Indo a uma festa.

Ops. Climão. Namorado e namorada tentando conversar pelo pensamento.

— Está tudo sob controle — Diggory apressou-se em justificar, pondo o braço ao redor dos ombros de Rose — Quer uma bebida?

— Ah, pelo amor de Deus!

Lysander pegou o copo de Whisky de Fogo das mãos de Minus Diggory e entornou todo de uma vez. Fiquei chocado, porque eu achava que aquele era o Lorcan. E Lorcan sempre foi sonso em ambientes de exposição. Minha cabeça começou a me confundir mais ainda.

— Por favor, falem baixo antes que o Filch escute a gente...

— Ele vai ver o que vou fazer com aquela gata nojenta. Mas sabe de uma coisa? Eu não preciso de festa nenhuma não. Tenho mais o que fazer. 

Então Lysander era o de jaqueta e a porra do Lorcan o de camisa de quadrinhos.

Entendido.

— Lys… — Lorcan tentou segurar a mão dele, com pena, impedindo que fosse embora — Me desculpa…

— Não tem problema — ele respondeu, em baixo tom — Eu fiz porque quis. Okay? Regras são regras.

— Mas…

— Escuta — Lys puxou-o para outro canto, mas ainda consegui ouvir o que diziam — Você não precisa mais de mim. Esse garoto gosta-gosta de você. Não sei de onde vem tanto medo, irmãozinho.

Ah, não.

Será que…?

— Às vezes eu queria mesmo ser você.

— Bom, você meio que foi.

Aí os dois sorriram. Fizeram um cumprimento de soquinho e tomaram o caminho contrário à festa. Naquele momento, me sentia mais perdido que diabretes enjaulados. Eu nem tinha bebido e começava a imaginar coisas. Naquele meio-tempo, Diggory já estava vomitando numa lata de lixo, corujas passavam por nós em direção ao corujal e Rose me observava sem nem disfarçar. Quando nossos olhos se cruzaram (algo que já havia virado rotina), ela se aproximou de Diggory, procurando entender o ocorrido.

— Lysander chegou depois do último exame e está impedido magicamente de entrar. Todos os broches foram moldados com diferentes senhas para os alunos que fizeram exame. Sem excessão.

— E por que o Malfoy também foi arremessado?

— Porque estava tentando ajudar Lysander entrar. 

— Que regra mais idiota — ela exasperou, categórica, me arrancando um sorriso. 

— As coisas são assim.¹

— Continuo achando idiota.

— Você vai entrar ou não?

Rose espiou pelos ombros de Diggory, curiosa, mas desistiu, como se esperasse que toda a confusão estivesse controlada antes que pudesse se divertir.

É, Rose. Bem-vinda ao mundo dos garotos.

 

BILHETE NÚMERO 15 

Você pode ser meu mundo. 

Por alguns instantes, havia deletado totalmente a informação de que havia combinado de encontrar o pessoal aqui. Minha cabeça doía, os dedos suavam, e foi só colocar os olhos naquela procissão composta por Albus, Alice e Hugo que me lembrei do motivo que me fez vir na frente.

 Os bilhetes, é claro. 

Scorpius parecia saber direitinho o que eu estava pensando porque ele se aproximou, bem de fininho, enquanto os gêmeos iam cumprimentar os recém-chegados. 

— Oi!

— Oi…

— Você já sabe, não é?

— Dos bilhetes? Sei. 

— Me perdoe...

Um aperto no coração quase me levou. Ele tinha a ponta do nariz vermelha e evitava contato visual. O que era muito, muito estranho.

— Tudo bem, sei que a intenção era ajudar.

— Mas meio que… Não ajudou. 

— Esquece isso, Scorpius.

Algo então o fez abrir um sorriso. Pelos cabelos de Morgana, Scorpius Malfoy sabia sorrir! 

— O que foi? — quis saber, procurando algo sujo em mim ou ao meu redor — É o meu hálito?

Instintivamente, pus a mão na boca em forma de concha, me certificando de que não era isso. 

Ele riu.

— Vamos fugir daqui — Scorpius disse de repente. 

— Não posso, eu vim com o Hugo.

— E o Lorcan?

— Prefiro não descobrir.

Olhei para nosso grupinho a poucos metros de distância. Em algum momento, Hugo acenou. Eu acenei de volta. Depois, Lysander me viu e havia tristeza em seu rosto. Pensei em ir até lá, mas uma pulga atrás da orelha me impediu antes que o pensamento se concretizasse.

Juro que não tenho ideia, até hoje, do que me tomou a consciência naquela hora. Só sei que o espírito de aventura, de quebrar as regras, se espalhou como um líquido de energia e irresponsabilidade. Virei para Scorpius, o olhar decidido, a postura quase rija e a mão estendida:

— Vamos fugir daqui — imitei-o, segurando para não demonstrar o quanto o convite começava a parecer interessante.

— Para onde?

— Qualquer lugar.

Deixei que Scorpius aceitasse minha mão para fugirmos pelo caminho da sacada que circunda o castelo. Fomos parar do lado leste, perto da ponte. A vista dando para os jardins, a plantação de abóbora, a casa de Hagrid.

Estávamos recostados na pilastra, recobrando o ar da corrida e tentando fingir que nenhum de nós sentia vergonha. Meu cabelo grudava na testa, mas Scorpius tirou-o sem que eu nem percebesse. Ou melhor, sem que ele achasse que eu tinha percebido.

— Odeio festas — ele diz, cortando o silêncio.

— Eu também. — respondi, no mesmo tom.

E aí os risos se tornaram gargalhadas e as gargalhadas se tornaram o meu som favorito no mundo.

 

 

BILHETE NÚMERO 16

É, eu bem que poderia ser seu namorado.

Confesso que o meu plano era bem diferente daquele. Havia combinado com Hugo de criar uma pequena confusão dentro da Sala Precisa, para que os gêmeos Scamander limpassem os ruídos de tanta conversa mal contada. No entanto, atrasei o suficiente para ter que esperar o bonito do Goldstein resolver o problema da senha antes de me deixar entrar. Era só o que me faltava. Fiquei bem irritado na hora. Tudo estava saindo do meu controle e Hugo chegaria a qualquer instante.

Foi quando o universo inverteu-se para melhor. Consegui um momento sozinho com Rose Weasley e ela segurou a minha mão. Por Merlim, a mão dela era tão macia. Deu pra sentir o cheiro de seu perfume e do seu cabelo também. Pensei ser capaz de me hipnotizar por aquilo, mas graças a Deus, acordei do meu transe a tempo de fugir para bem longe dali com Rose. Corremos como duas crianças arteiras se escondendo dos adultos responsáveis. Senti a brisa leve que nos abraçava feito um velho amigo.

— Odeio festas — confessei.

— Eu também — ela concordou.

E nós dois gargalhamos.

Há muito tempo não existe alguém capaz de me arrancar sorrisos e gargalhadas. Depois de anos, isso tornou-se possível quando escutei aquela voz doce chamando-me de Scorpius. Só Scorpius, sem o Malfoy. 

Talvez tenha sido o melhor segundo de uma vida inteira.

— Sabe de uma coisa?

— O quê?

— Namorar nem é grande coisa assim.

— Interessante…

— É que… É só que... Lorcan nunca esteve “lá” realmente.

— Porque não esteve.

Viramos, os dois, para encontrar o garoto nos encarando com as mãos nos bolsos. Era o de jaqueta. Lysander. 

— Rose… — ele se aproximou, parecendo envergonhado — Preciso te contar uma coisa.

— Tudo bem, eu já sei.

— Sabe?

— Você tem outra. Tranquilo. Cada um segue a sua vida.

Espera. O quê?!

— Rose…

— É sério, eu entendo. Super. Não é como se fôssemos namorado e namorada. Éramos apenas… Como é mesmo que vocês garotos dizem? Amigos com benefícios.

Olhei chocado pra ela. Desde quando Rose Weasley sequer conhece o termo amigo com benefícios? Isso deve ser alguma pegadinha. Não resisti. Tive que me intrometer:

— Rose, esse é o Lysander.

— LYSANDER?! — ela arregalou os olhos, acrescentando, então, para ele: — Você é Lysander?!

— É, eu também confundo às vezes.

— Só um minuto, Scorpius — Rose estendeu a mão para me calar, concentrando-se estritamente no garoto intruso, e sua súbita mudança de atitude acendeu as borboletas no meu estômago, embora negasse até à morte se me perguntassem — Que tipo de brincadeira de gosto questionável é essa?

Rose ergueu as sobrancelhas e Lysander respirou fundo. Esperei que ele contasse toda a história. Aparentemente, ele havia beijado Rose para incentivar o suposto romance que achava ser o sonho de seu irmão-gêmeo. Durante algumas semanas, Lysander fingiu ser Lorcan para ajudar nos exames enquanto o dito cujo estava fora, por questões familiares. Só que ele voltou e passou a se envolver com Hugo.

— Espera, quer dizer que era você todo esse tempo? — Rose ficou momentaneamente confusa, visto que Lorcan e Hugo cruzavam o corredor perto de nós, aos cochichos — Meu irmão já sabe disso?!

— Escrevi pra ele.

Ah, essa parte é meio confusa. Alguns dias depois, Hugo veio me dizer que a carta de Lorcan na verdade era de Lysander fingindo que era ele, para limpar a barra do irmãozinho sem ele saber. Confuso, não é? Eu sei.

— Preciso tomar um ar — ela foi categórica, afastando-se para a janela mais próxima e sentando na namoradeira.

— Rose… Espera, Rose…

— Dê um tempo a ela — olhei-o, com firmeza — Não é todo dia que você descobre que protagonizou um romance de mentira.

— Você nem parece se importar em viver o mesmo.

— Desculpe?

— Qual é, Malfoy. Meu romance é mais real que o seu, que só existe na sua cabeça — ele riu, tirando os últimos bilhetes que pensei ter entregue à destinatária correta — Acha que Rose Weasley vai se apaixonar por você? Oh, pobre menino… Ela prefere príncipes encantados.

Abri a boca, chocado, mas algo me impediu de iniciar outra briga bem ali. Talvez fossem as borboletas procriando em meu coração.

— Quem prefere príncipes encantados?

— Ah, oi, Hugo.

Sim, Hugo tinha que chegar logo agora. Definitivamente, meu anjo da guarda encarnado na Terra.

— Está tudo bem aqui? Cadê a minha irmã?

— Ela precisa de um tempo sozinha — Lysander foi prático, antes que a situação tomasse outro rumo — E eu também.

— Ei — Lorcan tentou segurá-lo pelo braço — Desculpe por estragar tudo. De verdade.

— Lorcan, você já pediu desculpas oito vezes. 

Segurei o riso e Hugo também. 

— Já expliquei o que aconteceu, estão todos bem e felizes para sempre. Pode relaxar agora. — então, dando um abraço com tapinhas nas costas do gêmeo, pude ouvi-lo sussurrar, pouco antes de ir embora: — Contei pra eles que não era você.

Achei bonitinho o jeito que Lorcan sorriu. Ele parecia genuinamente aliviado em escapar do momento de por as cartas na mesa. Sendo bem o estereótipo da Corvinal, Lorcan evitava participar de interações sociais que para ele fossem demandar mais energia do que possuía. 

Aproveitei a oportunidade para sentar perto de Rose, na mesma janela, joelho com joelho. Ela me observava em silêncio e em silêncio ficamos, por toda a eternidade. Sentindo o cheiro do orvalho, o brilho das estrelas, o som das corujas e a presença um do outro.

Ao longe, a troca de carícias entre Hugo e Lorcan, que já haviam se imprensado na parede, mão aqui, mão ali, um beijo na boca e outro no nariz. A cena me trouxe a sensação estranha de nunca entender tal sentimento. Mas eu nunca havia entendido Rose Weasley, de qualquer jeito. E era justamente isso que me deixava caidinho por ela.

Cheguei a pensar que poderia ficar ali pra sempre. Talvez Albus estivesse certo, afinal. Talvez eu fosse só um garoto medroso e esquisito. Ou talvez todos tivessem razão em me descrever de maneira tão nojenta e peculiar. Talvez o problema nem fosse o Malfoy, mas o Scorpius que se envergonhava de si mesmo. 

Eu até poderia continuar esse monólogo interessante sobre a subjetividade da minha vida, mas a história tomaria um rumo desnecessário e sem propósito. Portanto, prefiro ir direto ao ponto.

— Scorpius — Rose me chamou, de repente, sua cabeleira ruiva destacando à luz da lua — Posso te fazer uma pergunta?

— Claro.

— Por que você não tem namorada?

A pergunta me deixou sem resposta. Ela retomou a fala.

— Ou namorado — tentou corrigir, temendo ter sido indiscreta — Eu não estou supondo nada, sou super okay com isso.

Soltei uma risadinha. Os dedos dos pés dela mexiam conforme as batidas do meu coração. É, eu tinha me esquecido de dizer. Rose tinha o estranho hábito de ficar sem sapatos, só de meias, mesmo no frio.

— Está interessada, Weasley? — por fora, um flerte. Por dentro, um tiro no peito.

— O quê? Não! Ficou doido? É só curiosidade.

Continuei sorrindo ao vê-la enrubescer o rosto inteiro. Incluindo as orelhas e o nariz.

— Por sua causa.

E… é quando desaprendo a respirar.

— Por minha causa o quê?

— Estou respondendo à pergunta, Weasley. — a coragem me vem de repente, como uma alucinação por entorpecentes — É por sua causa que não tenho namorada. 

— Minha causa?! E eu lá tenho culpa de ninguém querer você, Scorpius?

Scorpius. Ah, garota. Assim você acaba comigo.

— Em minha defesa, várias garotas já quiseram me beijar.

— É mesmo? — o olhar dela era divertidamente curioso — E por que não beijaram?

— Quem disse que não beijaram?

— Se tivessem beijado, você não estaria aqui comigo. Teria tempo de sobra para beijá-las outra vez em festas de fim dos exames ao invés de solucionar casos de amor, como um Sherlock Holmes obcecado por mim.

— Desculpe — digo, envergonhado.

— Tudo bem.

Rose aumenta o sorriso. Suas sardas se juntam como a via láctea do Paraíso e quase me perco nelas.

Que droga, eu estava apaixonado.

— Se eu tivesse a certeza de que não estaria lidando com um sociopata altamente funcional, você bem que poderia ser meu namorado.

Pela segunda vez naquela noite, nossos risos se tornaram gargalhadas e as gargalhadas se tornaram minha segunda coisa favorita no mundo, vindo depois daquela garota que estranhamente me fazia feliz.

É, Rose. Eu bem que podia ser seu namorado.


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Notas finais do capítulo

¹As coisas são assim = It is what it is. Algumas vezes, escrevo pensando em inglês e tenho dificuldade para traduzir frases incríveis para o momento, então achei legal deixar essa nota de rodapé aqui rs