That's alright, that's ok escrita por RosaDWeasley


Capítulo 4
Baile


Notas iniciais do capítulo

OOOOOI, olha a autora que comemorou semana passada estar em dia, já atrasada!!

como recompensa escrevi bastaaaante hoje, espero realmente que vocês gostem.

Perdoa os erros ai eeee

Boa leitura mores :)



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Scorpius havia aprendido a ser bom, ou isso já fazia parte da sua índole, mas antes de embarcar pela primeira vez em Hogwarts ele teve apenas um conselho do seu pai “foque em fazer somente amigos filho, boa sorte!”, foi isso que ele ouviu ao se despedir. E ele realmente havia se emprenhado nessa missão, não havia sido fácil, Albus foi quem mais o ajudou a se enturmar, já que o preconceito ainda estava enraizado nas pessoas, por mais que seu pai tivesse feito um bom trabalho como Medibruxo, se redimindo da sociedade, o sobrenome Malfoy, em alguns, ainda causava sentimentos como medo ou repulsa. Com onze anos havia sido difícil lidar com isso, mas conforme o tempo foi passando e os Potter e Weasley’s se tornando mais e mais presente na sua vida, ele conseguiu lidar com a rejeição dos demais e com o tempo, passou a ser o queridinho da escola, o melhor jogador do time de quadribol da sonserina...

Você é a estrelinha do time de quadribol da sonserina...

Scorpius sorriu ao se lembrar da fala de Rose, estava deitado em sua cama, semi pronto para o baile e toda vez que pensava na garota a ansiedade lhe tomava. Durante aquela semana eles tiveram a última aula antes do recesso do baile e do natal, na próxima sexta-feira eles estariam voltando para casa para as festas e apesar de estar ansioso, Scorpius se pegou pensando que ficaria duas semanas sem colocar seus olhos na ruiva e isso estranhamente, incomodava.

Durante anos ele viu Rose desabrochar, se tornando cada vez mais bonita, os finos traços da ministra, a pele branca e rosada do pai, assim como os olhos, somente os cabelos se destacavam da maioria dos ruivos, o loiro acreditava que a mistura do castanho com o ruivo permitiu aquela tonalidade de um vermelho mais intenso, sardas salpicavam aqui e ali, seus lábios avermelhados eram composto com um sorriso tímido para muitos, mas quando com os primos e principalmente com Lily, era possível observa-lo sincero e gigante, Scorpius se viu sorrindo quando lembrou da última vez em que esteve na Toca, ele adorou conhecer um pouco mais da garota e forma como ela interagia cheia de brincadeirinhas, sorrisos e gargalhadas com todos quando estava em seu lar. Menos com ele é claro, com o sonserino eram apenas cumprimentos contidos e conversas somente necessárias.

Que bom que as coisas mudam...

Pensou sorrindo, enquanto lembrava do beijo, de como os lábios de Rose eram macios e de como ele queria repetir isso.

Tomara que eu consiga hoje...

Riu, se achando louco, Merlin! Estava extremamente atraído por Rose, a menina linda que fazia a maioria dos caras a olharem e ela nem notava! Rose, que fez seu primo Albus ser suspenso três vezes de jogos pelas provocações dos outros garotos da sonserina por quererem sair com ela, as detenções de James o sonserino já havia perdido as contas, o primogênito dos Potter só era mais esperto que o irmão, engolia as provocações antes dos jogos e quebrava a cara de “quem ousasse mexer com a Rosita” depois.

Ela havia se mantido tímida por todo o período escolar, mas nem imaginava que o que travava os garotos de se aproximarem dela, eram os seus primos, até seu irmão, por isso Scorpius pensava que ela não se enxergava, porque simplesmente ela não sabia o quanto era incrível e admirada.

Suspirou, aquele ano havia sido estranho, desde as férias, não teve mais notícia de seus pais, acreditava que eles haviam se separado de vez, sentiu os olhos marejarem, mas se lembrou das sábias palavras de Minerva “eles ainda se amam, só esqueceram de como é estarem apaixonados”, tomara que eles se reaproximassem, em seu íntimo, torceu por isso. Havia também as cartas, aquilo sim era bizarro, faltava duas cartas, pelo o menos ele acreditava que sim, e ele não fazia ideia de quem era a garota, constantemente se pegava olhando para todas as mesas, procurando uma garota que tivesse olhando pra ele em segredo, mas nada, não desconfiava de ninguém e Albus antes empenhado na tarefa de ajuda-lo, ultimamente se mostrava entediado.

Olhou para o relógio e se levantou, havia chegado a hora, Albus ainda estava no banho, ele ouvia o amigo assoviar e até mesmo cantar dentro do banheiro, atrasado como sempre, Scorpius levantou.

— ALBUS! Vamos nos atrasar! – revirou os olhos ao ouvir um “tá bom mãe!”, vindo do amigo.

Quando puxou o paletó que estava na cadeira ao lado da cômoda com espelho, ele se assustou quando uma carta caiu, tremendo, como todas as vezes que recebia a carta, ele a pegou e abriu.

“‘Amar e ser amado!

Com que anelo
Com quanto ardor este adorado sonho
Acalentei em meu delírio ardente
Por essas doces noites de desvelo!
Ser amado por ti, o teu alento
A bafejar-me a abrasadora frente!
Em teus olhos mirar meu pensamento,
Sentir em mim tu’alma, ter só vida
P’ra tão puro e celeste sentimento:
Ver nossas vidas quais dois mansos rios,
Juntos, juntos perderem-se no oceano —,
Beijar teus dedos em delírio insano
Nossas almas unidas, nosso alento,
Confundido também, amante — amado —
Como um anjo feliz… que pensamento!’

— Castro Alves.

Conheci esse poema nessas férias, fui apresentada a vários escritores e este poema chamou a minha atenção. Nessa noite eu sonhei com você, já tive tantos sonhos com você, mas esse era tão diferente, parecia real, vou contar:

Eu estava de noiva, sentia meu coração aos pulos, estava em um lindo campo de rosas brancas, na minha frente só um tapete vermelho longo, no final, estava o noivo somente, eu não sabia quem era, por isso eu me apressava pelo tapete, mas lembrava que não podia correr, noivas não correm, conforme eu ia, senti meus olhos marejarem ao reconhecer mesmo de longe que o noivo era você. Quando o alcancei, você me olhou, sorriu, um sorriso lindo, emocionado e realmente feliz. Você disse: eu te amo!

E eu acordei.

Como eu queria que você me notasse, uma chance, eu sei que temos só quinze anos, mas eu duvido que esse sentimento louco que sinto seja capaz de ser esquecido pelos próximos quinze.

Eu te amo Scorpius!”

 

— Mais uma? – Albus perguntou assim que saiu do banho, Scorpius apenas confirmou com a cabeça, aquela carta havia mexido com ele, entregou a Albus e observou o amigo ler, franzindo o cenho, de forma totalmente confusa.

— Tem mais algum poema nessas cartas? – Albus estava intrigado, por que ele conhecia esse poema, não era uma novidade pra ele aquelas palavras e isso, não é normal, Albus é o tipo comum de homem, nada muito romântico, não que ele fosse desprovido de sentimento, era um idiota quando se tratava de Alice Longbotton, mas palavras românticas eram muitas vezes desnecessárias para ele. Por isso, a confusão, sendo que quem apresentava outros autores, todos trouxas, a ele e seus primos, era sua tia Mione.

— Não, porque? – Scorpius sentia o coração ao pulo, pois os olhos verdes de Albus não desgrudavam da carta, o menino finalmente deu de ombros.

— Nada, achei que conhecia, mas pode ser confusão minha – respondeu e finalmente devolveu a carta.

— Quinta carta, quinta semana, quinto ano – comentou dando de ombros e o moreno resolveu mudar de assunto.

— Vai falar com quem vai pro baile ou vai continuar o suspense? – o moreno perguntou com a sobrancelha arqueada e Scorpius sorriu.

— Com a Rosie – contou e Albus ficou estático.

— Não brinque com a minha prima Malfoy, senão eu acabo com você! – disse apontando o dedo em riste na cara do amigo.

— Ta me estranhando Al? – Scorpius perguntou irritado

— Que seja, só estou falando, a Rose é sensível..

— Talvez se vocês permitissem que ela se vivesse, ela seria mais forte! – acusou.

— O que você quer dizer com isso Scorpius?! – o moreno perguntou irritado, apertando o paletó de seu smoking em sua mão.

— Nada – deu de ombros e resolveu mudar de assunto – vamos logo que estamos atrasados.

 

**

 

 

Rose se olhava no espelho quase sem acreditar o que ele refletia, Dominique e Lily estava logo atrás dela, até emocionadas com a descoberta de Rose sobre si.

— Gente eu estou...- olhou para as primas que acenaram em concordância – linda! Nunca me senti assim! – declarou sentindo as lágrimas enchendo seus olhos.

— Você está maravilhosa Rosie! – Lily falou animada – Mas sem choro, vamos descer para encontrar os meninos!

— Aliás Rose – Domi perguntou intrigada - com quem você vai já que brigou com Wood?

Rose deu um sorriso tímido.

— Scorpius.

 

 

**

Quando Scorpius a viu, teve certeza que ela nunca esteve mais linda, a máscara preta com pedrarias e trabalhada como renda lhe cobria os olhos e parte do rosto de Rose, ela estava em um vestido rosa claro com aplicações em renda preta, o ar lhe faltou porque ao mesmo tempo que o vestido era discreto, era sensual, um vestido de alças finas, deixando a costa a mostra, moldando-se perfeitamente ao corpo da ruiva, abrindo discretamente do quadril para baixo, fazendo o modelo sereia, o cabelo estava preso na lateral e os cachos desciam perfeitamente, ela tinha um batom vermelho nos lábios e sorria tímida enquanto ela descia as escadas olhando pra ele, Scorpius se sentia hipnotizado, não tirava os olhos dela até a garota estar na sua frente.

— Oi – cumprimentou tímida.

— Oi! Merlin você está linda! – ele sorriu e ela retribuiu, saindo do torpor ele ofereceu o braço pra ela que aceitou e ao lado dos primos eles caminharam até o grande salão.

O Salão Principal, como em todos os anos havia sido aumentado, magicamente é claro, a decoração em gelo estava impecável, mas apesar de gelos por todos os lados, ninguém sentia frio, dava para notar os novos casais que se formariam aquele ano, ou semana, não dava pra saber ao certo, era empolgante ver todo mundo arrumado e aquele clima de festa, mas pela primeira vez para Rose, ela não se sentia descontraída, pelo contrário, estava tensa, pelo seu acompanhante e porque, assim que botaram os pés ali, grande parte dos olhares dos presentes no salão se viraram para eles e para ela. Alguns nem disfarçaram o choque ao vê-la com Malfoy, o loiro riu e a abraçando de lado pela cintura deram voltas pelo salão, cumprimentando amigos e professores e quando ele notou que a tensão não deixaria Rose tão facilmente, ele se encaminhou com ela para as bebidas, serviu a menina de ponche e sentiu um aperto no peito ao ver ela pegando a taça com as mãos tremulas.

— Porque está tão nervosa Rosie?

— Pessoas – ela respondeu simplesmente, Scorpius viu que a máscara não deixava com que ele notasse a expressão dela por completo, mas ele sabia, ela estava pálida, os olhos levemente arregalados por estar assustada em ser o centro das atenções.

— Você devia se queixar com seus pais Rose – brincou.

— Como assim? – ela não havia entendido nada.

— Você é linda Rose, por isso as pessoas estão olhando, porque você está simplesmente magnifica hoje, mas saiba, sua beleza só está realçada – ele riu quando ela riu e deu as costas para o salão, ficando totalmente vermelha.

— Acho que você está exagerando, as pessoas estão me olhando porque estou com você.

— Pode ser, mas não por minha causa – ele a tocou a fazendo se virar pra ele, tomando coragem a abraçou pela cintura, a ruiva segurou em seus braços para olhá-lo – elas estão olhando porque alguém que não é o Wood, conseguiu te levar para o baile – ele falava quase sussurrando, o rosto próximo dela – Isso, é um fato inédito.

— Ninguém nunca me convidou antes Scorpius...

— Você nem imagina o porquê – sem saber como se controlar mais ele colou a testa na dela, segurando seu rosto com uma mão, abraçando a cintura com a outra para enfim colar seus corpos, Rose prendeu a respiração, mas ergueu completamente o rosto para ele e o enlaçou pelo pescoço, eles estavam ao final da extensa mesa de bebidas, no canto próximo a parede, mas isso não impedia de que muitos os olhassem e o casal nem imaginava a pequena briga silenciosa que acontecia entre Lily, Dominique, Hugo, James, Albus, Roxanne, Alice e Lorcan Scamander. Quando Scorpius finalmente a beijou o grupo se dispersou, indo cada par para um lado, enquanto a pessoa calma, tentava acalmar a pessoa nervosa que não estava vendo aquele novo relacionamento com bons olhos.

O beijo era calmo, suave, mas ainda tinha o poder de aquece-los por inteiro, quando o sonserino finalmente se distanciou dela, eles sorriam um para o outro – me deixa falar uma coisa – ele soltou levemente a máscara dela, para ver seu rosto por completo e sua maquiagem bem-feita, sorriu ao ver o brilho nos olhos dela e o sorriso que, por mais contido que fosse, não deixava seu rosto, ele segurava o rosto dela com as mãos – estou me apaixonando por você Rose, eu gosto muito de você, por favor não me afaste – ele falou baixinho e observou Rose fechar os olhos, ela sentiu as lágrimas vindo, mas não queria que ele notasse, o sorriso simplesmente não saia deixava seus lábios.

— Não irei – respondeu e foi beijada novamente, dessa vez com mais paixão, Scorpius que no começo se achava um louco por deseja-la, agora achava estranho não a desejar, a atração era intensa e ele se surpreendeu ao ter o mesmo fogo devolvido no beijo por ela, com direito a um pequeno gemido quando suas línguas se tocaram e a tê-la arranhando sua nuca com as unhas, a agarrava pela cintura com uma certa loucura, quando o beijo, pela primeira vez intenso, terminou, eles ainda assim sorriam.

— Scorp, eu preciso te..

— EI CASAL! – Dominique os interrompeu, a loira era uma das idealizadoras do baile naquele ano e quando se aproximou deles era seguida por uma prancheta e uma pena de repetição rápida – muito lindo vocês, viu! – deu uma piscadinha fazendo Scorpius rir e Rose afundar o rosto no peito dele – mas eu preciso saber, vão participar da valsa principal? Apenas participaram dela casais que forem concorrer ao concurso de rei e rainha – explicou.

— Essa ideia de rei e rainha foi sua? – Rose mais acusou do que perguntou.

— Mas é claro monamour!

— Pode por nosso nome Domi – Scorpius falou e Rose o olhou assustada.

— Quem disse que eu queria?

— Rosie, é só uma valsa linda...

— Que todo mundo vai ficar nos olhando – ela varreu os olhos pelo salão e viu que algumas pessoas os olhavam, outras disfarçavam e as mais caras de pau os olhavam e cochichavam entre si. Ela colou as mãos no rosto e escondeu-se novamente no peito do Malfoy, mesmo que ela usasse salto, ainda assim o loiro era mais alto e agora ela entendia o que Lily falava, sobre garotos mais altos serem confortáveis – tá todo mundo olhando a gente! – deu um tapinha no peito do sonserino quando o sentiu rindo dela.

— Tá tudo bem Rose – ele dispensou beijos na testa da garota, enquanto esfregava levemente suas costas, por mais incrível que fosse pra ela, se acalmou, ele voltou a pôr a máscara no rosto dela e deu um leve selinho em seus lábios – finge que ninguém tá te vendo.

Eles se encaminharam para o meio do salão assim que o anuncio da valsa saiu, Scorpius encontrou o rosto de Albus e sentiu um alivio ao ver o amigo lhe sorrir e acenar com a cabeça, como quem aprovava o novo casal. Quando a valsa começou Scorpius se surpreendeu como Rose dançava bem, era fácil conduzi-la. A jovem explicou que o pai havia lhe ensinado, pois depois de muitos anos ele finalmente entendera que a esposa gostava de dançar e uma ministra da magia precisa ser conduzida devidamente em uma valsa.

Rose finalmente se sentiu relaxada, ela e o loiro não tiveram mais nenhum tipo de afeto em público e ele percebeu que isso a deixou mais relaxada para lidar com o centro das atenções, quando a banda chegou eles realmente dançaram, James, é claro, havia batizado o ponche e mesmo a Granger-Weasley sabendo ela aceitou uma taça, se sentiu mais solta e se permitiu dançar com Scorpius.

O que ninguém notou, que vários sofás atrás deles, Wood os observava, amaçando uma taça de metal em sua mãe, tamanha a raiva.

— Atenção todos! – Minerva interrompeu a música – iremos comunicar os ganhadores do concurso de rei e rainha! – ela chamou Dominique, a loira se aproximou do microfone com um envelope na mão.

— Boa noite gente! – foi respondida por vivas, palmas e boa noite gritados, sorrindo animada continuou – Como vocês já sabem, os critérios para ganhar vão além da beleza, também está sendo colocado em jogo o comportamento como aluno, mais de duas detenções no ano fazem com que você e seu par sejam excluídos automaticamente, primos queridos, todos vocês estão fora – ela explicou e o salão foi as risadas – os prêmios são: cinquenta pontos para as casas do casal, se alguém tiver dificuldade em alguma matéria, o auxílio para concluir o ano E – fez uma pausa dramática em que o baterista rufou os tambores – para quem está no sexto e sétimo ano, um ano de estágio no ministério da magia dentro de qualquer área em que escolherem!

O falatório foi geral, quem não se inscreveu estava arrependido. Minerva teve que pedir que todos se acalmassem.

— Pessoal, essa era a surpresa contida no final do folheto, eu não tive certeza que iria conseguir, MAS o fato de ser sobrinha da ministra ajudou um pouco – ela deu de ombros – a maravilhosa noticia além dessa é que - ela agitou a varinha e um pergaminho com o símbolo do ministério se abriu – essa competição durará enquanto os professores acharem interessante e a excelentíssima ministra da magia, minha tia, deixou um decreto de que todos os anos esse será o prêmio cedido pelo ministério!

As palmas e gritos levaram o salão a loucura, quando todos se silenciaram uma menina morena do quinto ano ergueu a mãe e perguntou.

— E pra quem não está no sexto e sétimo ano?

— Nós preparamos uma cesta da dedos de mel no lugar desse prêmio – Dominique explicou – lembrando que a votação é feita pelos professores e por nós – ela e mais 10 alunos ergueram a mão – que participamos da comissão de alunos e claro, não estamos concorrendo nos concursos – Olhando para o baterista que voltou a rufar os tambores ela abriu o envelope – e os ganhadores são...

O silencio era algo cômico ali, o único som era do tambor e a voz de Dominique, parecia que ninguém nem respirava.

— SCORPIUS MALFOY E ROSE WEASLEY!

Para a surpresa de Rose o salão foi a loucura nos vivas, aplausos e gritos de parabéns, ela ficou vermelha na hora e travou no lugar enquanto muitos a abraçavam e cumprimentavam, ela mal respondia, só teve reação quando Scorpius a alcançou e segurou em sua mão, apenas quando seus olhos focalizaram o dele, ela andou, não era como se ninguém estivesse muito surpreso, eles era ótimos alunos e Scorpius nunca havia entrado em alguma grande confusão para merecer detenção, além de popular, ele era um cara legal, Rose, apesar de não notar, por ser filha de quem era, a popularidade havia nascido com ela e apesar da timidez, nunca havia sido ríspida ou grosseira com quem quer que falasse com ela.

O prêmio causou inveja aos invejosos, mas muita felicidade aqueles que gostavam do casal.

Scorpius sentia a mão gelada de Rose agarrada a sua, a menina agora continha um sorriso tímido e dava poucos tchauzinhos, sua atenção estava mais voltada ao que Scorpius fazia, porque pra ela o mundo estava meio desfocado a sua volta, foi abraçada pelos primos e subiu no palco com ajuda do loiro, o coração a mil, o corpo formigando e ela achava que a qualquer momento iria desmaiar.

Dominique os abraçou, entregou para cada um o pergaminho contendo as orientações e o nome deles para participarem do estágio e colocou a coroa de rei em Scorpius que fez o gesto de vitória recebendo gritos e aplausos de todos e claro, arrancando suspiros de muitas garotas. Rose foi coroada com muitos gritos e vivas, mas se limitou a dar um tchauzinho para todos os presentes, ela tinha seu olhar focado na família, para que não saísse correndo do palco.

Dominique estendeu o microfone na direção dos dois e ela e o loiro trocaram um olhar sugestivo quando Rose negou minimamente em um aceno. O loiro pegou o microfone para agradecer, aguardou fazer silencio.

— Bom, primeiramente obrigado Dominique e a comissão pela ideia do baile de máscaras, a gente consegue ficar até bonito quando tem algo cobrindo o rosto – todos riram da brincadeira – um agradecimento especial a ministra, acredito que a ideia desse projeto é incentivar o estudo, como algo que realmente muda vidas, todos nós sabemos que ela não estaria onde está se não houvesse se dedicado tanto aos estudos, obrigado professores e nossos colegas que votaram em nós!

Aplausos e depois de fotos eles finalmente desceram do palco.

Foi feito um motim em volta deles de quem queria ver as coroas e os pergaminhos, Rose respondia perguntas e sorria para mais fotos feitas pelo fotografo que os seguiu, só que ela foi se sentindo sufocada, não encontrava uma maneira de sair discretamente dali por isso focou seus olhos em Lily e a chamou em pensamento, a menina a olhou assustada e entendendo o pedido mudo, deu a desculpa de usarem o banheiro e tirou a prima do salão.

Rose se sentou em uma poltrona que havia no banheiro mais próximo, que incrivelmente estava vazio, tirou a máscara e fechou os olhos, o mundo rodava e tudo estava preto.

— Rose, você está bem? – Lily perguntou se abaixando na frente da prima, assustada, nunca havia visto Rose tão pálida.

— Vou ficar, muito sentimento, muita atenção... – explicou rapidamente e Lily se levantou num pulo.

— Não vi você comendo, vou buscar alguma coisa para você comer e beber, fique ai – ela apenas maneou a cabeça e ouviu a prima sair do banheiro.

Depois de muita respiração a tontura havia sumido e ela finalmente se levantou e foi até a pia, foi impossível não sorrir para a visão no espelho, estava pálida, mas ainda se sentia bonita, o brilho em seu olhar refletia muito mais que medo, mas ela estava realmente feliz pelos últimos acontecimentos, a coroa era linda e a deixava mais bonita ainda, suspirou, era estranho se sentir assim, plena, feliz, animada, mas era assim que estava, apesar do sufocamento por estar cercada de pessoas. Voltou a se sentar e se deixou relaxar.

— Então era com ele que você vinha? – a voz máscula e conhecida a fez dar um pulo.

— Lucca, que susto, não pode entrar aqui! – falou, mas o garoto a ignorou.

— Só quero conversar com você Rose

— Só que eu não quero conversar com você, não tenho nada pra falar, fiquei muito magoada com o que fez – se colocou em pé, foi sincera com o corvino.

— Porque você não falou que era ele e que estava com ele? Achei que era seu amigo!

— Nem me venha com essa! Primeiro, você se descontrolou quando eu disse que iria com outra pessoa, segundo, você nunca gostou do Scorpius, não ia dar certo eu falar que iria com ele -  ela acusou e o moreno olhou pra baixo, estava chateado com toda a situação.

— Eu só quero pedir desculpas pra você e pedir pra gente voltar a ser amigo – ele pediu e Rose apenas negou, ela podia ser tudo, mas boba ela não era.

— Se você quisesse que a gente ainda fosse amigo, você não teria feito o que fez, eu to bem Lucca, mas não sei se estou pronta a te perdoar – foi extremamente sincera com ele e falou o que estava sentindo, ainda estava magoada com o amigo.

— Não é justo que você me trate assim só por causa daquele Malfoy! – se irritou o corvino.

— Não estou te tratando de forma nenhuma, estou dizendo que você por ora, não tem o meu perdão e não é por causa do que fez ao Scorpius, é pelo que fez a mim, me tratando daquela forma e gritando comigo – Rose não se sentia nem um pouco inclinada a aceitar as desculpas do amigo, estava realmente cansada de ser tratada de qualquer forma pelos outros que supunham que por ela ser tímida e quieta, devia aceitar qualquer migalha.

— O que está acontecendo aqui? – uma Potter irritada perguntou diretamente ao Wood – Aqui é o banheiro feminino Wood, caso não tenha notado.

— Estávamos apenas conversando – ele respondeu entredentes para a mais nova.

— Eu não quero você conversando com a minha prima, quero você longe dela, depois de tudo que fez – respondeu irritada.

— Isso não é uma decisão sua Lily!

— Pode não ser uma decisão minha, mas pelo que ouvi ela também não te quer por perto, ficaremos de olho em você como garantia – respondeu altiva, nada nunca a intimidou, não seria um garoto com dor de cotovelo que iria.

— Isso é uma ameaça? – questionou furioso com ela.

— É apenas um aviso, agora de o fora – falou e o garoto saiu pisando duro – Está tudo bem? – perguntou a Rose que acenou concordando, a palidez estava melhor e Lily esticou na direção dela as frutas e o suco que trouxe – Coma um pouco.

**

— Hey, vocês já vão embora? – Albus gritou para o irmão que arrastava Dominique para fora do salão, o mais velho apenas fez sinal de joia e continuou andando.

— Vocês também já vão? – Scorpius perguntou vendo Albus procurar Alice com os olhos pelo salão quase vazio.

— Vou sim, estou cansado, quero ficar um pouco com Alice, mas suspeito que James irá usar a sala precisa – falou revirando os olhos e arrancando uma risada de Scorpius.

— Ele sempre usa, você quer ir também Rosie? – perguntou a menina sentada ao seu lado, com dor no pé pelo salto, ela apenas sorriu e acenou, não estava cansada, mas não estar mais cercada de pessoas era bem-vindo – Nós já vamos Al – o moreno apenas acenou e deu um beijo no rosto da prima, indo em direção a Alice que falava sem parar com uma amiga da lufa-lufa, já alterada por ter bebido muito do ponche batizado por James.

— Está cansada Rosie? – Scorpius perguntou enquanto andavam em um silencio confortável pelos corredores vazios.

— Não, mas sair do meio de pessoas é bom – respondeu e eles riram, cumplices no entendimento.

— Vamos na torre de astronomia? – sugeriu e a ruiva aceitou, ao chegarem no local, Scorpius lançou um feitiço para que eles não sentissem o frio mesmo da varanda e ninguém os visse ali, conjurou cobertores e travesseiros, quando se deitaram ele puxou Rose para o seu peito e ela se aconchegou a ele. A neve caia incessante do lado de fora, o a lua pouco aparecia e ela sentiu paz ali, sentia-se bem.

— Rosie?

— Hum

— Me responde uma coisa – falou enquanto massageava uma mão da menina – por que você fica tão na sua? – ele perguntou e ela riu, era uma bela forma de descrevê-la.

— Mamãe fala que eu já nasci assim, diz que isso me faz especial, mas se preocupa porque eu sofro, aprendi muito sobre lidar com a minha ansiedade e insegurança, hoje foi uma experiência aterrorizante, mas incrível – ela explicou.

— Você nunca quis ser diferente? – questionou curioso, ela negou.

— Não, por que faço terapia desde muito pequena, e a minha terapeuta sempre disse que a maior forma da mudança seria a auto aceitação e ela tem razão, além de que se eu precisar mudar para ser aceita, o problema vai estar em mim e não nos outros, as pessoas que realmente gostam de mim, tem que aceitar quem eu sou – falou calmamente e o sonserino concordou, se mexendo até estar de frente pra ela.

— Isso é verdade – ele colocou uma mexa atrás da orelha dela – eu gosto de você do jeito que você é, mas gosto muito de beijar você também – falou brincalhão fazendo ela rir, para logo depois cobrir os lábios dela com os seus.

O beijo que começou calmo se tornou intenso, de tanto o loiro a puxar para si quando viu, já estava com seu corpo cobrindo o dela, mas percebeu que Rose não se importava, sendo que tinha suas mãos acariciando a nuca e as costas do sonserino, ele por sua vez, desceu os beijos pelo pescoço da ruiva e ela se surpreendeu em como aquilo era bom, ser beijada daquela forma, com tanto desejo, as mãos de Rose foram para as costas por baixo da camisa do garoto, ela sentia a pele macia e arranhava de leve, fazendo com que ele suspirasse e soltasse gemidos sem nem notar, as mãos dele passeavam pela lateral do corpo dela, logo ele tinha ser pescoço deliciosamente beijado por ela, Rose sentia o coração aos saltos, a emoção tomar seu corpo, como sonhou com aquilo, como quis, mal acreditava que realmente estava vivendo aquilo, tendo Scorpius sussurrando o quanto era linda, o quanto ele a desejava, estremeceu e arqueou as costas soltando um gemido quando ele acariciou de leve o seu seio direito com o polegar, ele a olhou esperando a negativa dela, que não veio, por isso desceu os beijos para o pescoço da ruiva e colo, ela tinha os seios acariciados pelas mãos dele e suspirava, era prazeroso, como estava escrito nos livros de romance que ela lia, aquele prazer era bom.

Scorpius quase engasgou quando ela puxou o vestido para enlaçar a cintura dele com a perna, fazendo com que as intimidades se tocassem mesmo por cima da roupa.

— Rosie, vai me enlouquecer assim – ele sussurrou – não vou conseguir me controlar – ele falou, pois nunca tinha sentido um desejo e uma atração tão insana.

— Não quero que se controle – ela respondeu enlouquecida, ninguém conseguiria vê-los ali, aquilo era mais que o suficiente para ela, quando perguntou a sua mãe sobre sexo, ela havia dito apenas que devia ter essa experiência com quem amava e ela amava Scorpius, muito, cada dia mais.

O loiro voltou a beijá-la nos lábios, mas achou melhor parar, ela merecia mais que um sexo desesperado na varanda da torre de astronomia, merecia mais do que o impulso por desejo, ele queria ter certeza que ela estava gostando dele como ele gostava dela, por isso quando precisaram de ar ele falou – melhor parar por aqui Rose, venha – ele a puxou para se deitarem como antes, ela assentiu, se deitando e tentando acalmar as batidas loucas do seu coração.

O loiro sorriu ao acariciar o rosto da garota e o notar quente – porque está vermelha? – perguntou e riu quando ela soltou um muxoxo escondendo o rosto no peito dele.

— Me excedi, desculpe – pediu e ele puxou o rosto dela para ele.

— Nunca se desculpe por sentir, sentir desejo é normal e desejar é algo bom, só quero que seja mais do que desejo para você entende? – perguntou e ela assentiu, ele deu um selinho e continuou abraçado com a menina, Rose notou que ele logo ressonava e ela não conseguia dormir pensando se devia ou não contar para ele que a autora das cartas era ela.


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Notas finais do capítulo

Vamos lembrar que a assinatura das cartas é um sol?
OK!
Eaiiii, comenteeem!