That's alright, that's ok escrita por RosaDWeasley


Capítulo 2
Empurrãozinho do "destino"


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oiiii povo lindooo!!!

Turu bom com vcs?

Bom, vamos as explicações, siiim, já é o segundo capítulo, serão dois por semana, maaas, como meus finais de semana são abarrotados - me divido entre trabalhar e dar atenção para o meu marido/família - as postagens precisam acontecer de segunda a sexta!

Cedo assim, porque trabalhadores noturnos tem insônia e eu não fujo a regra... haha

Esse capítulo é um pouco da interação dos dois e de como o Scor é um amorzinho...

Espero que gostem!

AH! Estou lendo todos os comentários viu, perdão se não consigo responder, mas estou vendo sim e agradeço, é importante demais pra mim! ♥

É isso.

Boa leitura mores! :)



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Scorpius coçou a nuca intrigado, estava dentro do vestiário saindo do banho após o treino de quadribol e quando abriu a bolsa, outra carta, em três semanas, a terceira.

"Você cresceu no último verão.

Coisa estranha de se dizer, mas é verdade.
E preciso dizer que é engraçado ver seu empenho para tentar entrar no quadribol.
Espere o ano que vem, quem sabe.

Ultimamente notei algumas coisas em você:
— Quando está contrariado ou intrigado coça a nuca.
— Quando está muito animado quase pula enquanto fala.
— É quando está chateado faz bico.

Garotas reparam em muitas coisas.

Seus olhos gentis ainda continuam o mesmo, hoje no almoço quando ergui a cabeça eles me fitavam, logo você voltou sua atenção aos amigos, acredito que não olhava para mim, somente na minha direção, mas foi o suficiente para que eu sentisse meu coração acelerado e as pontas dos dedos geladas.

Estar apaixonada por você é algo real, queria que estivesse de volta."

— Outra carta? - Albus perguntou perplexo, Scorpius apenas estendeu para que o amigo lesse, estava ficando incomodado, mas não de um modo ruim, queria saber quem era aquela garota - Esse está assinado com uma data também, é do nosso terceiro ano, ela escreveu uma carta por ano e agora está entregando?

Scorpius não havia pensado nisso, notou que o amigo tinha razão - Pode ser mesmo

— Você não tá curioso?

— Imagina - ironizou

— A Hannah sabe? - Scorpius bufou irritado, as cartas lhe trouxeram problemas.

— Descobriu e ontem, terminou comigo - contou.

— Mas que garota idiota! - Albus reclamou perplexo.

— Mas ela está certa Albus, essas cartas incomodam! - Scorpius comentou confuso, deixando o amigo irritado

— E daí? Normal incomodar, mas isso é motivo pra ela te deixar? Não passa de uma idiota! - resmungou contrariado e o sonserino apenas ergueu os ombros, não tinha argumentos e não queria comentar sobre o assunto do término, Hannah havia sido a primeira garota que havia mexido realmente com ele, por mais que tivesse outros relacionamentos, realmente acreditava que havia se apaixonado por ela.

— Tanto faz - deu de ombros.

— Senhor Malfoy! - o treinador o chamou indicando sua sala de forma ríspida, Scorpius olhou confuso para Albus que apenas deu de ombros por não entender, com suspiro pesado o loiro jogou a mochila nas costas e se arrastou até a sala do treinador.

— Com licença - falou ao abrir e o homem apenas apontou para a cadeira a sua frente.

— Eu recebi o seu boletim escolar hoje Scorpius - disse sério e o garoto se assustou, se preparando para o que vinha - Você está reprovando em história da magia e aritmancia, você nunca foi um mau aluno, o que está acontecendo? - Scorpius bufou desviando o olhar de seu treinador, tantas coisas, ele quis responder, mas limitou -se a tentar se explicar.

— Eu só não estou conseguindo entender - falou dando de ombros.

— Bom, seu desentendimento fez com que Mcgonagall suspendesse seus treinos da próxima semana.

— O QUE? Não pode fazer isso comigo, não sou um mau aluno, nunca reprovei, só estou... só preciso... - bufou, enquanto o professor lhe olhava.

— É exatamente por isso Scorpius - o treinador agora tinha um tom mais compreensivo - estamos tentando te ajudar, Minerva estranhou realmente seu desempenho, você tirou zero nas provas bimestrais! - explicou o mais velho e vendo que o garoto não iria falar com ele apenas suspirou - Minerva quer falar com você agora, vá até a sala dela


**



Enquanto caminhava a passos largos e extremamente irritados para a sala da diretora Scorpius se lamentavam com Merlin o quanto o mundo é injusto, era um absurdo aquilo.

Assim que a porta da diretora se abriu Scorpius entrou, seu olhar foi diretamente para o quadro de Dumbledore atrás da senhora, a imagem do quadro lhe cumprimentou com um “tchauzinho” e um sorriso, fazendo Scorpius dar um sorriso torto e finalmente fechar a porta atrás de si.

— Pediu para me chamar diretora? - perguntou vendo a senhora assentir e indicar a poltrona em frente à mesa.

— Sim querido - disse simpática e logo lhe encarou nos olhos - Eu gostaria de saber o que está acontecendo Sr Malfoy para seu desempenho escolar ter caído tanto - falou calmamente e Scorpius se empertigou, se movimentando desconfortável na cadeira.

— Nada, é que esse ano está mais difícil de entender - desconversou.

— História da magia sempre foi uma matéria tediosa para a maioria dos adolescentes, aritmancia sempre foi difícil, mas você sempre conseguiu se destacar - ela falou enquanto escrevia em um pergaminho, quando parou o olhou por debaixo dos óculos de meia lua - o que está acontecendo Scorpius?

— É só isso diretora, está difícil... – o menino já sentia o rosto esquentar, não sabia o que dizer.

— Eu quero a verdade querido - ela respondeu firme, mas gentil, esperando que ele falasse, vendo o pescoço do menino enrubescer e suas mãos tremeram levemente.

— Meus pais podem se separar - falou de uma vez, sem olha-la - as férias foram um inferno, eles brigam o tempo todo, só tive paz quando fui pra casa dos Potter e quando cheguei aqui, na segunda semana, minha mãe escreveu que havia saído de casa - desembestou a falar e no fim suspirou tomando o fôlego perdido novamente, quando olhou para a diretora ela tinha uma expressão terna na face.

— Eles já se separaram querido, o que resta saber é se irão se divorciar ou não - comentou terna, mas tinha pena do menino - Sabe Scorpius, as vezes, o amor pede um tempo, a paixão ela é algo passageiro, amor é escolha, mas de tempos em tempos a paixão precisa reacender, ressurgir para relembrar que o amor continua ali, senão ao cair na rotina e problemas do dia a dia, vira costume, comodismo, esfria - ela olhava em seus olhos quando falava e o adolescente ouvia atentamente sua aula - Seus pais já estão separados, mas eles nunca deixarão de serem seus pais e isso que realmente importa, de tempo ao tempo.

— Eles parecem se odiar agora - o garoto sussurrou.

— Mas não se odeiam, apenas esqueceram como é estarem apaixonados - ela ajeitou a postura e logo alguém bateu na porta - Sempre pontual, pode entrar querida! - ela pediu e Scorpius franziu o cenho, para a sua surpresa ao se virar ninguém menos que Rose Weasley entrava na sala, o olhou tão confusa quanto ele.

— Mandou me chamar diretora? - Minerva assentiu pedindo que ela se sentasse na poltrona ao lado do loiro - Oi - Rose respondeu sem graça, não imaginava que o veria ali.

— Oi - ela a questionou com o olhar quando a diretora levantou pegar papéis atrás de si, a menina respondeu com um gesto de desentendimento.

— Bom, sua mãe veio falar comigo essa semana Rose, pedindo para que você desse aulas para os alunos que precisarem - Minerva começou e Rose se assustou.

— Ela pediu?! Porque?! - A menina arregalou os olhos azuis para a diretora.

— Pediu e você sabe o porquê querida, seu primeiro aluno será o Senhor Malfoy que está com dificuldade em história da magia e aritmancia e precisa recuperar suas notas para continuar no quadribol – explicou sem rodeios e Rose sentiu as bochechas esquentarem e as mãos tremerem, não conseguindo dizer uma palavra.

— Não precisa disso professora – Scorpius reclamou – Serio, eu consigo não quero incomodar ninguém – a verdade é que ele sempre achou que Rose não o suportava e vendo a reação da garota, se sentiu rejeitado.

— Não será incomodo, será Srta Weasley?

— Não, mas acredito se ele não quer não podemos força-lo – ela sussurrou com os olhos fixos na mesa, Scorpius enrijeceu o maxilar incomodado, qual era o problema daquela garota com ele?

— Viu professora, não precisa – respondeu azedo.

— Quem decide isso aqui sou eu Sr Malfoy – decretou recebendo um olhar irritado do garoto – Rose, querida, irá te atrapalhar, quer me dizer algo? – A menina a encarou e corou mais, mordendo o lábio inferior em puro nervosismo.

— Não irá me atrapalhar em nada professora, de verdade, eu posso fazer isso – disse por fim, sua mente, a parte racional dela que sabia que ela tinha um problema gritava de volta com ela, se ela queria ao menos perder aquele pânico de estar perto do Malfoy, teria que aproveitar a oportunidade.

— Ótimo, definam os horários entre vocês, daqui quinze dias será sua primeira avaliação Scorpius, esteja preparado, estão dispensados – os dois se levantaram e saíram, Rose continuava cabisbaixa, agarrava seu livro contra o peito e se limitava a olhar o chão enquanto os dois desciam da diretoria, sua mente tentava encontrar uma forma de não surtar cada vez que chegasse perto do Malfoy.

— Não precisa fazer isso Weasley – Scorpius disse secamente, assim que iniciaram a caminhada a caminho das casas. Ele sempre acreditou que Rose era influenciada pelo pai, a falta de aproximação com a garota o incomodou tanto durante aqueles anos, ele era amigo de todos os Weasley’s afinal, que o loiro questionou o pai, que contou sobre as brigas e a rixa entre as famílias, não ajudou muito e causou mais confusão ainda quando o pai de Rose o tratou bem e normalmente durante suas visitas na Toca, eles jogavam xadrez e até quadribol, o problema era diretamente com Rose, concluiu.

— Você ouviu a Macgonagall – Rose parou o olhando confusa, se assustou ao ver a face irritada do garoto.

— É sério, você não precisa fazer isso – passou as mãos pelos cabelos, impaciente – sei que você não gosta da minha companhia, que me odeia, não...

— Eu não odeio você! – Rose o interrompeu alarmada e por um momento os dois apenas se encararam.

— Então porque ficou tão nervosa na sala da diretora? – ele perguntou confuso e viu a menina suspirar e olhar para os lados tentando não o encarar.

— Porque eu tenho vergonha – disse de uma vez, fechando os olhos quando sentiu o rosto esquentar.

— Vergonha de mim? – perguntou perplexo, não era possível, ou era?

— Não... também, mas... – mais um suspiro nervoso – eu tenho vergonha de ensinar, de ter que falar, de ter que estar a frente, de...

— Tã bom Rose, eu entendi – Scorpius a cortou segurando levemente os braços da menina quando ela começou a se agitar em sua própria confusão, viu os olhos dela marejarem e se desesperou, não sabia o que fazer com pessoas chorando – Mas porque sua mãe fez isso então?

— Porque no final do próximo ano já seremos adultos, tenho que descobrir o que eu quero fazer da vida, o que quero ser, pra isso, preciso ser mais do que isso – ela fez um círculo sobre si mesma, Scorpius deu um riso anasalado.

— Você já é muito Rose, precisa só encontrar uma forma de vencer a vergonha – ele não contava que o que ele falou traria um impacto tão grande no coração de Rose, ela era muito? Ele achava ela tão incrível quando ela o achava? – Venha, vou te ajudar, você me dá aulas e eu tento te ajudar nessa sua vergonha descabida.

**

— Você vai dar aulas pro Scorpius? – Lily perguntou boquiaberta, as pernas já balançavam animadas enquanto ela via a prima arrumar a bolsa para a primeira aula com o loiro e ela queria dar pulinho felizes por aí.

— Vou, mas porque você está tão agitada? – Rose a olhou com desconfiança e Lily deu uma paralisada, não podia dar tão na cara assim que seu plano estava dando mais do que certo.

— Nada – pigarreou – é só que é o Scorpius né, o galã da escola, vai que... – deu uma piscadinha para uma Rose de olhos arregalados para ela.

— Por Morgana Lily!

— Não vai dizer que você não acha? – ela perguntou com uma sobrancelha arqueada, rindo ao ver a prima bufar irritada.

— Ele pode até ser o galã igual você diz – resmungou brava com a prima – mas não se esqueça como ele é reservado.

— Bom, então vocês dois combinam muito, porque se for pra falar em ser reservado, você é a reserva em pessoa – provocou para cair na gargalhada depois de ver a prima bufar, jogar a mochila nas costas, mostrar o dedo do meio pra ela e sair do quarto.

**

Rose havia combinado com o sonserino de estudaram na sua mesa preferida da biblioteca, por isso quando entrou no local suspirou, tomando coragem, apesar do coração aos saltos, sorriu ao ver Scorpius sentado na mesa, com o livro de história da magia aberto na sua frente enquanto ele tinha sua cabeça apoiada na mão direita e os olhos fechados.

— Está dormindo? – perguntou divertida, rindo levemente ao ver o loiro se assustar e se ajeitar na cadeira.

— História da magia não te dá sono? – perguntou sem graça e ela o olhou divertida.

— Dá, depois de duas horas de estudo dá – começou a tirar os livros e cadernos de sua mochila e colocar na mesa – sei que você não gosta de acordar cedo, principalmente aos fins de semana, mas como não temos muito tempo, tome isso aqui – ela estendeu uma pequena garrafa térmica para ele e retirou os copos de isopor da bolsa.

“Sabe?” Scorpius pensou com a declaração da menina, mas por fim pegou a garrafa térmica e abriu, sentindo o aroma do chá e algo a mais.

— Chá? – perguntou quanto ela estendeu os dois copinhos de isopor pra ele.

— Sim, com pó de guaraná, vai te ajudar a despertar – comentou enquanto abria seu livro e ele enchia os copos.

— O que é guaraná? – quis saber.

— Uma fruta brasileira – ele arqueou as sobrancelhas e bebeu seu chá, descrente que realmente iria despertar.

Depois de algum tempo ele se deu conta de que seu sono havia sumido e ouvia atentamente tudo que Rose dizia, a interrompendo do nada.

— Tá, calma, serio que esse tal de guaraná tirou meu sono? – indagou ele e Rose sorriu, se pondo a explicar.

— Funciona mesmo, ele tem cafeína, uma variação na verdade, então por isso que desperta – explicou.

— Que tal você me dar um pouco disso? – Sugeriu na cara lavada enquanto levantava uma sobrancelha em divertimento, para logo depois adquirir uma expressão de desanimo quando a garota balançou a cabeça negando, fazendo ela rir.

— Só vai usar nas nossas aulas – ele estreitou os olhos pra ela – sério! Se você começar a usar demais não faz mais efeito, na minha mãe não faz mais!

— Tá, mas é pra trazer todas as aulas de manhã! – pediu e ela concordou.

**

Eles estudavam toda noite após o jantar, ou antes do jantar nas noites que Rose tinha ronda da monitoria para fazer, já havia se passado cinco dias das primeiras aulas e logo Scorpius faria a primeira prova, ele entrou na biblioteca animado, realmente gostava de estar com Rose, ela ensinava de forma fácil, era engraçada, divertida e sempre respondia as brincadeiras dele. Ele não entendia como nesse tempo todo nunca pode conhece-la melhor, havia muito mais do que ele imaginava atrás daquela ruiva que se esquivava dele.

No dia anterior ele surpreendeu Rose ao trazer três crianças do primeiro ano para que ela ensinasse o início de história da magia, ela ficou completamente vermelha e quando olhou brava pra Scorpius ele apenas lhe lançou uma piscadinha, fazendo com que ela risse em seu próprio nervosismo.

Scorpius prometeu acompanha-la, quando viu que ela travou ao se ver em frente as crianças, ele sugeriu que formassem uma roda, Rose aceitou na hora, porque aquela posição de centro das atenções, estar em pé falando para pessoas, a deixava extremamente nervosa e Scorpius teve a sensibilidade de perceber isso, a atenção dele estava voltada para achar formas com que Rose se sentisse mais confortável nas aulas, como a roda, a sugestão de que as crianças desenhassem o que tinham aprendido e os complementos quando ele via que o foco voltava para Rose e sua família. No final, agradeceu o loiro, ela se deu tão bem, que os meninos só faltavam coroá-la por terem entendido a matéria.

Ele se surpreendeu quando viu que Rose ainda não havia chego, seu bolso esquentou e ele tirou o bilhete de la.

“Vou me atrasar alguns minutos, estou com o Wood!

Rose W.”

Scorpius franziu o cenho e nem viu quando amassou o bilhete jogando no cesto de lixo mais próximo, quase havia se esquecido que Rose tinha um amiguinho, Lucca Wood era quase como Rose, só que babaca, ele era quieto e um pouco tímido, tinha se aproximado de Rose no primeiro ano e fora os primos era o único que Rose detinha alguma amizade, o desafeto deles era o quadribol, Scorpius não gostava dele porque Wood era agressivo e falaria com Rose assim que ela chegasse, não gostava daquele garoto.

Soltou uma risada anasalada, o que ele tinha na cabeça? Rose era amiga do garoto, jamais o ouviria! E porque ele queira que ela o ouvisse?

Balançando a cabeça para afastar tais pensamentos o loiro abriu a mochila para pegar seu livro de aritmancia, quando abriu seu coração deu um salto ao reconhecer mais uma carta, elas tinham a características de serem perfumadas, mas um aroma tão leve que Scorpius não soube distinguir e o pergaminho era um pouco rosado, dando a sensação de que foi comprado especialmente para a função das cartas.

Suas mãos tremeram enquanto ele manuseava a carta para abrir.

“O baile de inverno chegou.

Hipocrisia minha falar que não queria que você me chamasse, queria, muito.

Você não me chamou, não me notou por perto, tudo bem.

Helena Dawlish estava linda ao seu lado, aliás, vocês fazem um belo casal.

Não vou mentir que voltei para minha casa chorando.

Não vou tentar me enganar falando que não doeu, que não dói.

O tempo passa de pressa, cada vez mais eu acredito que você nunca me verá.

Já eu, como queria não notar;

Seu sorriso torto,

Seu ótimo desempenho no quadribol.

Seu olhou cinzas avaliativos nas pessoas.

Eu queria, mas não consigo.

Te amar é o que eu vivo, pena que dói!

☼”

— Outra carta? – o sussurro de Rose o tirou de seus devaneios, ele apenas se limitou a concordar com um aceno – Você está bravo?

— Não – suspirou – Eu só queria saber quem é, sério, essa curiosidade está me matando, essas cartas têm tanto sentimento, porque essa garota não chega e fala de uma vez? – ele questionou Rose, sincero em seu desabafo. A menina, contudo, não tinha palavras, aja visto que ela sabia os porquês.

— Talvez falte coragem Scor – ela comentou fugindo do olhar dele ao abrir a bolsa e tirar seus livros, Scorpius ainda parecia perdido em pensamentos.

— Essa carta é do quarto ano, essa garota escreveu uma carta por ano – escreveu muito mais Rose pensou – ou seja, eu tenho apenas mais duas semanas para receber cartas e descobrir quem é! – falou determinado e Rose pensou se não iria desfalecer ali mesmo, precisava sair de perto dele.

— Só vou buscar um livro complementar, já venho – ela falou e correu para as prateleiras deixando o loiro chateado para trás, achando que estava incomodando a garota com o assunto.

Rose se escondeu entre as prateleiras e chorou, nada desesperador, mas as lagrimas corriam livremente enquanto ela sentia o corpo formigar, o coração aos saltos e o embrulho no estomago.

“Ele não vai descobrir, não tem como”

Antes que a sua ausência causasse estranheza no Malfoy, ela pegou um livro de aritmancia avançada e voltou para a mesa.

— Desculpe te encher com esse assunto Rosie -  pediu chateado e a garota o olhou confusa.

— Não me enche, só fui pegar o livro – respondeu, Scorpius resolveu não achar aquilo estranho porque quando se tratava dele, Rose era estranha.

— É que é algo que anda me deixando intrigado, será que essa garota pensa que se eu souber não vou querer nada com ela? – ele queria a opinião da garota, isso estava claro pra Rose, respirou fundo tentando ao máximo controlar suas emoções.

— E porque você iria querer? – perguntou, realmente interessada na resposta dele.

— Não sei – deu de ombros, confuso de repente - porque eu não iria?

— Porque alguém ter sentimentos por você não quer dizer que você os terá de volta – explicou Rose.

Scorpius assentiu pensativo, mas voltou sua atenção a menina quando ela começou a explicar a matéria, trinta minutos depois eles foram interrompidos novamente.

— Oi Camille – Rose falou para a garotinha do primeiro ano que surgiu ao lado deles na mesa.

— Oi Rose, você vai continuar dando aula pra gente? – Camille era uma das crianças que Scorpius havia arrumado.

— Posso dar sim, do que precisam? – respondeu simpática.

— Agora nada, eu não ‘to aqui por isso! – falou balançando a cabeça freneticamente.

— E porque então? – O loiro perguntou divertido, a menina era uma graça.

— A professora Minerva me pediu para entregar os folhetos do baile – ela finalmente estendeu um panfleto para Rose e outro para Scorpius – só que esse ano será diferente, será um baile de máscara!

— Que legal! – Scorpius comentou lendo o folheto.

— Obrigado Camille, boa sorte na sua entrega – Rose desejou e a menina se despediu sorrindo.

Rose ia voltar para a aula quando o loiro a interrompeu – Você vai ao baile Rose? – perguntou vendo a garota dar de ombros.

— Vou todos os anos com o Wood, mas andei reparando nele e acho que está gostando de alguém, talvez esse ano eu vá para a casa mais cedo – respondeu dando de ombros.

— Então vai comigo! – o loiro falou animado fazendo a menina levantar a cabeça tão rápido que deu um estalo no pescoço.

— Porque? E a Hannah? – Agora ela tinha certeza que de todas as coisas que ela esperava daquelas aulas, aquilo era o mais inesperado, seu coração, ah seu pobre coração, parecia que havia parado de vez.

— Hannah terminou comigo por causa das cartas – contou dando de ombros.

— Isso não é alguma pegadinha, é Scor? – a insegurança e o medo, tomaram conta de seu coração.

— Não Rose! Por que você acha isso? – o loiro se assustou com a reação da menina.

— É que nós não somos amigos nem nada, achei estranho – Rose se arrependeu assim que terminou de falar, os olhos de Scorpius de repente estavam tristes e a olhavam sem entender.

— Achei que depois dessas semanas, seríamos amigos – explicou a olhando com o cenho franzido, no rosto a expressão com um misto de mágoa e confusão.

— Eu não achei que fosse querer ser meu amigo – ela respondeu sincera.

— Sou amigo de toda a sua família Rose, você nunca deixou que eu me aproximasse – ela ficou mortificada, porque aquilo era verdade, tinha tanta vergonha do que sentia por ele, que o repelia – se você não quiser e não for confortável para você dar as aulas também, tudo bem...

— Não! Scor, desculpa, é só que... – suspirou trêmula – tem um milhão de garotas atrás de você sabe, você é a estrelinha do time de quadribol da sonserina, você é você, e eu..

— É linda! Inteligente, altruísta, leal, generosa – ela ficou escarlate olhando para baixo, ele tocou levemente o queixo dela para que a ruiva o olhasse – você é muito melhor que eu Rose, eu gostei da nossa aproximação, dessa vez quero ir com alguém porque eu realmente quero, não só por aparência – ele sorriu quanto ela colocou as mãos no rosto.

— Então, o que me diz?

— Ok – cedeu e ele comemorou erguendo os braços como se tivesse ganho uma partida, fazendo Rose rir.

— E mocinha, eu não sou a estrelinha da sonserina – falou fingindo estar bravo com o dedo em riste para ela.

— Nããão – ironizou – é a constelação inteira.


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Notas finais do capítulo

E aiiii? Eu não aguento essa fofura desses dois...

Comentem!! As cartas estão acabando.... Bjs!