Little Things escrita por Siaht


Capítulo 7
VII. four leaf clover


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas!!! ;D
Tudo bem com vocês?
Bom, primeiro peço desculpas por não ter postado ontem, mas prometo compensar em breve. E falo um pouco mais sobre isso nas notas finais, caso se interessem.
De qualquer forma, espero que gostem do capítulo! ♥



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VII

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{four leaf clover}

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Um fato sobre Rose Weasley era que ela era excelente nas artes do perdão. Por mais que tendesse à impaciência, não guardava rancores ou se segurava fortemente a seu orgulho. Pedidos de desculpa lhe viam fáceis e eram aceitos com facilidade ainda maior. A garota não imaginava como poderia ser diferente, vindo de uma família tão grande. Ter muitas pessoas em sua vida significava, entre tantas outras coisas, ter muitos conflitos em sua vida. Seres humanos, afinal, eram complicados, cometiam erros, magoavam uns aos outros. Às vezes se irritavam pelas maiores tolices. Convivência nunca era algo fácil.

Crescendo com um irmão mais novo pentelho e tantos primos – oficiais e honorários – ela aprendera aquela lição. Aprendera que discussões e gritos e puxões de cabelo nem sempre precisavam significar o fim de uma amizade. Você sempre podia pedir desculpas e, se sentisse que era possível, sempre poderia desculpar alguém. Na visão da menina, o perdão era algo nobre e belo.

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Um fato sobre Scorpius Malfoy era que ele não fora alfabetizado na literatura do perdão. Não entendia muito sobre o assunto e, se fosse honesto, não sabia como começar a entender. Era o filho único e bem comportado de pais que evitavam o confronto e, até então, não haviam lhe dado muitos motivos para se sentir magoado. Crescera tendo pouco contanto com outras crianças. E sua família havia decidido educá-lo em casa até que tivesse idade suficiente para ir a Hogwarts, onde não era exatamente popular. Sendo assim, não sabia como se portar, quando o assunto era manter amigos em sua vida.

Então, seguindo o que seria invariavelmente o primeiro instinto de um garoto rico, solitário e mimado, resolveu se segurar a seu orgulho. E, por mais que odiasse a ideia de estar brigado com Rose e já estivesse se sentindo culpado, apenas a ignorou durante o último café da manhã do ano letivo.  

A garota, no entanto, não se deixou intimidar – aquilo não fazia parte de sua natureza – e alcançou o Malfoy, quando ele Albus estavam prestes a embarcar no Expresso Hogwarts.

— Nós temos que conversar. — informou.  

Scorpius quis fingir que não a vira, quis seguir seu caminho, quis abraçá-la no mesmo instante. Os olhos amendoados de Rose brilhavam em determinação. O menino abriu a boca uma vez para concordar, entretanto, seu orgulho Malfoy foi mais forte, o fazendo fechá-la e apenas dar de ombros. Fingindo que não se importava, quando se importar era tudo o que fazia.

— Bom, eu vou procurar uma cabine antes que todas fiquem cheias. — Al disse, lançando um olhar aos amigos que praticamente gritava “se entendam logo ou vou agredir vocês dois”.

— Me desculpe, Scorp. — a garota disparou assim que se viram sozinhos — Eu não deveria ter dito o que disse. Ou levantando a voz. Ou batido a porta. Ou me intrometido. Estava apenas preocupada e não queria te ver magoado. Não quero nunca te ver magoado. — ela disse como se fosse fácil. Como se admitir que errara não consumisse cada fragmento de seu ser. E como se cada palavra fosse sincera.

Nós lábios de Rose Weasley, o perdão parecia algo simples. Algo possível.

— Tudo bem. — ele se viu dizendo. No fim, sequer estava chateado com ela.  

— Você é um dos meus melhores amigos e eu não quero que briguemos mais.

— Eu também não quero... — ele percebeu, com um gosto amargo na boca, que era verdade e que, mesmo assim, se houvesse dependido dele, aquela amizade teria sido ignorada até se romper completamente. Não era um pensamento agradável.

— Okay. — Rose disse feliz.

— Okay. — Scorpius também sorriu.

— Ah, encontrei isso mais cedo. — ela contou, estendendo um trevo de quatro-folhas que acabara de tirar do casaco amarelo — Ainda não sei o que está errado com você. E você não precisa me contar. — acrescentou, mordendo o lábio inferior. O Malfoy podia ver a curiosidade a corroendo por dentro — Mas talvez possa te ajudar. Te dar sorte.

— Vai mesmo me entregar a sorte que você acabou de encontrar?

A Weasley sorriu marota para ele.

— Ah, mas eu já usei a minha a parte da sorte. — ela piscou para o garoto e envolveu um braço no braço dele — Anda, vamos entrar antes que o Albus nos mate.

— Hey, Rosie... — Scorpius chamou, enquanto se dirigiam para o trem —  me desculpe também.


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Notas finais do capítulo

Okay, vamos lá. Ontem eu estava só o Scorpius no capítulo anterior, surtando em silêncio e tentando entender como me sentir em relação a Harry Potter, depois de toda a história com a Autora-Que-Não-Deve-Ser-Nomeada, e se devo ou não continuar escrevendo fanfics. Tinha inclusive decidido parar, mas conversar com outras pessoas me dez voltar para a estaca da dúvida. Sinceramente, não faço ideia, mas vou terminar o Junho Scorose. De qualquer forma, ontem eu não estava nem conseguindo nem pensar em Harry Potter sem me sentir irritada e meio enojada e minha ansiedade deu uma boa descontrolada, então não rolou mesmo postar capítulo. Peço desculpas.
Enfim, a única certeza é que até o fim do mês essa história continua e em breve vou postar um capítulo duplo. Espero que tenham gostado do capítulo de hoje.
Beijinhos,
Thaís