Assim que Patterson finalizou o programa, todas as telas do laboratório piscaram revelando a imagem que tinha se formado. Todos ficaram sem acreditar, que a mulher na foto do manifesto estava entre eles, mas como isso seria possível? Essa era a pergunta que todos se faziam.

Tasha sentiu seu mundo girando, um aperto no peito tomou conta dela naquele momento, não existia ar suficiente naquele ambiente. Como assim aquela adolescente na sala de interrogatório poderia ser sua filha? Não era possível, era o passado que ela tinha enterrado junto com o corpo do seu bebê há quase duas décadas. E se fosse mais uma armadilha?

Todos olhavam para ela esperando uma explicação que nem ela saberia como explicar, nesse momento ela também só tinham interrogações. Logo Tasha saiu correndo daquela sala até o vestiário, molhou o rosto e a nuca tentando controlar a respiração.
Os demais concluíram que ela ela realmente precisava de um tempo sozinha para respirar e tentar assimilar tudo o que estava acontecendo.

Quando as coisas se acalmaram um pouco, Jane a encontrou sentada no chão do vestiário, ela tinha a cabeça entre as pernas e soluçava bastante. A mulher tatuada , que já tinha passado por algo semelhante a isso, se sentou ao seu lado para tentar conversar.

— Ei Tash como você está? Posso ficar aqui com você? — Perguntou Jane.

— Não sei o que estou sentindo, é uma mistura de sentimentos horríveis. — Disse ela levantando o rosto visivelmente vermelho. — Me diz você como é essa sensação? Se sentir invadida, descobrir que possivelmente tem uma filha e que tudo o que te contaram no passado era mentira. — Respondeu Tasha inconformada.

— No começo é estranho, é terrível! — Disse Jane olhando fixamente para a parede. — Você não sabe o que é certo ou o que não é, não sabe por onde começar ou o que realmente é verdade. Com um tempo é muito esforço as coisas começam a ficar mais claras. — Disse Jane consolando-a.

— Espero que comecem a se resolver logo. Eu não faço ideia de quem é aquela garota, onde ela estava. Eu não sei de mais nada. — Ela respira fundo tentando segurar o choro. — Ainda bem que tenho vocês aqui, não sei se aguentaria isso sozinha.

— Já ligou para o Reade? — Perguntou Jane vendo ela acenar com a cabeça negativamente. — Liga para ele, de todos nós ele a pessoa que mais se importa com você e vai querer enfrentar o mundo com você.

Enquanto as duas conversavam Patterson entrou no local para avisar que iriam conversar com a garota, Kurt já estava com ela na sala.

— Tasha você quer realmente fazer isso? Pode ficar de fora dessa e deixar isso com a gente. — Perguntou Patterson vendo o quão mal ela tinha ficado após as revelações.

— Eu quero saber tudo o que ela tem a dizer, nós duas fomos enganadas esse tempo todo. — Disse Tasha.

Logo elas se dirigiram para uma sala de onde poderiam ver todo o interrogatório.

— Nathalie me conta como você chegou aqui em Nova York? — Personagem Kurt.

— Entrei num avião e vim, simples! — Respondeu sem aos menos esperar o agente terminar.

— Quem te falou sobre sua mãe? — Quis saber ele.

— Você fala da mulher que está olhando a gente conversar e não teve a coragem de descer? — Ela revira os olhos ao falar sobre a Zapata, Kurt continua a conversa.

Estavam Tasha, Jane e Patterson vendo o Kurt conversar com a Nathalie, quando Rich se aproximou.

— Ei pessoal trouxeram a bolsa da mine Zapata. — Falou o agente da computação.

— E esse ursinho de pelúcia? Onde você achou Rich? — Perguntou Tasha.

— Estava no armazém, onde vocês a pegaram. — Ele respondeu.

— Não, isso não pode está acontecendo, isso está errado. — Dispara Tasha com um ar de nervosismo.

— Calma Tasha, o que tem o ursinho? — Perguntou Patterson segurando-o.

— Me diz que a orelha dele não é costurada de linha verde. — Disse Tasha já andando em círculos fazendo a loira observar a pelúcia em suas mãos.

— Está com linha verde! — Rich fala pausadamente.

Tasha pega o urso e vai até a sala onde o Kurt conversava com a garota, entrando rapidamente na sala fazendo com que os dois parassem a conversa.

— Olha se não é a nossa policial preferida, cansou se ficar na plateia? Estávamos falando agora mesmo de você. — A garota era debochada.

— Quem te deu o urso? — Perguntou a agente nervosa.

— Não sei, sempre tive ele desde de pequena. Me deixaram ficar com ele no orfanato porque era a única coisa que me acalmava. — Explicou ela.

— Vou deixar vocês duas sozinhas conversando. — Falou o Kurt. — Boa sorte Tasha! — Sussurrou ele.

— Olha Nathalie eu entendo toda essa sua raiva, esse tempo todo você foi alimentada só de mentiras. — Falou a Tasha de forma suave, nós duas fomos.

— Não sei porque mais eu sinto que você vai querer me falar mais algumas. — Disparou a garota já mostrando que eu iria ser fácil ter um bom diálogo.
— Nathalie se agora não formos sinceras uma com a outra acho que não vamos chegar a lugar nenhum. — Disse Tasha sinceramente. — Vamos tentar?