— Bom dia dorminhoca! — Reade a acordou depositando um beijo suave nos seus lábios e distribuindo beijos por todo o seu rosto e pescoço.

    — Isso sim é acordar e ter um bom dia! — Ela correspondeu com um beijo. — Será que podemos ficar mais um tempo em casa? Eu preciso colocar algumas coisas em ordem e queria sua ajuda. — Ela falou se aconchegando ainda mais nos braços do seu amor.

   — Eu posso ligar pro Kurt assumir as coisas e a tarde nós vamos pro sioc, tudo bem?

    — Quero organizar as coisas por aqui, pegar o que ainda falta no outro apartamento, ver como vai ficar a questão da faculdade da Nathalie. — Explicou ela.

   — Vamos primeiro organizar a questão da Nathalie, vê a transferência dela, acho que vai ser bom ela voltar a estudar. — Disse Reade.

   — Reade mais uma vez obrigada! Eu não sei como faria isso tudo sem você. — Ela o abraçou, colando seu rosto no seu peitoral e ele beijou seus cabelos.

   — Eu te amo Tasha, e faria qualquer coisa por você, não precisa me agradecer. — Ele a apertou ainda mais no abraço. — Banho?

Ela concordou, desfrutaram de um banho juntos trocando alguns carinhos como de costume, e foram para a cozinha cuidar do café da manhã. Nathalie também acordou e passaram a manhã conversando sobre as novas metas que iriam estabelecer para a nova vida e resolvendo algumas pendências da transferência da faculdade, já que poderiam solicitar on-line.

— Nathalie nós vamos trabalhar após o almoço, qualquer coisa pode ligar pra mim ou para o Reade que nós voltamos para casa. — Avisou Tasha.

   —  Mãe sem problemas, eu sei me virar! —Protestou a garota. — Já disse que não sou um bebê e vou aproveitar pra colocar as matérias em dia, não se preocupem!

   — Claro que nos preocupamos, sua mãe está certa, não hesite em nos ligar se precisar de alguma coisa. — Disse Reade também se despedindo dela.

No sioc fizeram alguns trabalhos de campo, coisas que eles já estavam acostumados a fazer, porém foi cansativo, levaram quase a tarde inteira para desmanchar uma quadrilha de traficantes, e por fim estavam exaustos.

   — Ei Reade que tal pedimos comida? Eu estou com vontade de comer pizza.

   — Podemos comprar sim amor. Será que a Nathalie vai querer pizza mesmo? Liga pra ela qualquer coisa a gente compra algo pra ela no caminho.

   —  Você sempre colocando vontades nela não é? Depois você mesmo vai reclamar. — Falou Tasha enquanto entravam no carro.

    — Eu reclamar? A nossa filha é um amor, é a cópia da mãe. — Brincou ele observando a cara de indignação dela.

Seguiram o caminho juntos, ela como de costume com a mão na perna dele, e ele sempre entrelaçava seus dedos aos dela, era algo simples para alguns, mas para eles era a forma de dizer: “estou sempre aqui do seu lado.”

Após o jantar Tasha falava ao telefone com a Patterson, enquanto organizava a cozinha, na sala Reade aproveitou para fazer alguns ajustes com Nathalie sobre o final de semana.

  — E aí Reade tudo certo para a sexta feira? — Perguntou ela tentando ser discreta.

   — Sim, tudo certo! Você vai ficar com os Weller’s... — Ele respondeu.

  — Não precisa, eu já disse que ficaria sozinha em casa numa boa.

  — Mas a sua mãe ficaria menos preocupada e eu também, afinal você ainda está em processo de recuperação, a filha da Jane também vai chegar e a Patterson disse que no sábado vocês vão ao shopping vê um filme e jantar. — Reade tentou convencê-la.

  — Olha eu nem conheço a garota e vocês já vão forçar uma aproximação. — Ela virou a cara.

   — A intenção é fazer as duas se conhecerem e ainda ajudarem a Jane  com os preparativos do chá de bebê.

— Eu só vou aceitar isso por conta dos dois e porque eu adoro coisas de bebês hein? — Ela respondeu gargalhando. — Ela vai adorar a surpresa! Quero só ver a cara da minha mãe. — Disse a garota sorrindo.

— Estou torcendo por isso. — Confessou Reade.

—  O que os dois estão aprontando aí? Só ouço os burburinhos de vocês mais não entendi nada. — Falou Tasha vindo da cozinha.

   — Não é nada mãe, estamos comentando sobre o filme. — Nathalie tentou disfarçar e ela  encarou Reade esperando uma explicação.

  — Amor não é nada, vem senta aqui com a gente. — Disse Reade, a fazendo sentar no sofá entre eles.

Já passavam das 23:00 quando decidiram dormir, Tasha conferiu todos os remédios da Nathalie para ver se ela tinha tomado todos, e por fim tomou um banho para se deitar com seu amor.

  — Você não vai me dizer mesmo o que falava com a Nathalie? — Insistiu Tasha.

  — Estávamos falando sobre o filme minha vida. Como você é desconfiada.

   — Eu sinto que vocês estão tramando algo, e eu vou descobrir!

  —  Tudo bem então vou deixar você descobrir. — Ele a derrubou na cama, lhe enchendo de beijos e trocas de carinho. — Eu te amo Natasha! Você é a mulher da minha vida. — Ele sussurrou no ouvido dela.

Após se amarem Tasha repousava a cabeça no ombro de Reade e ele acariciava suas costas.

 — Reade semana que vem tem o chá a da Jane, por favor não esqueça que ficamos responsáveis por levar bebidas, e temos que comprar um presente para o bebê. — Alertou Tasha.

  — Como comprar um presente se não sabemos se é menino ou menina? — Reade não entendia muito disso.

  — Você compra algo unissex, pode ser um brinquedo ou uma roupa em tons neutros. — Explicou ela. — Eu vou está super ocupada ajudando ela nos preparativos, então não vou poder lhe ajudar.

   — Tudo bem, eu te mando umas fotos ou levo a Nathalie para me ajudar a escolher, ela precisa se distrair um pouco.

   — Ótima ideia, leva a Nathalie, ela precisa realmente sair um pouco de casa.

  — Amor já viu como o Kurt está muito feliz com a gravidez da Jane... — Reade estava há dias querendo conversar sobre isso.

   — Sim? — Tasha não tinha entendido muito o que ele quis dizer.

  —  Já pensou em ter o nosso? Não precisa ser agora, mais pode ser daqui há um ou dois anos. — Falou ele calmamente.

Ao ouvir isso Tasha emudeceu, depois de um tempo lágrimas caíam dos seus olhos e ela o abraçou tão forte, como se fosse a última coisa que ela faria.

  — Tash... Tash fala comigo! — Pediu Reade preocupado sem saber o que aconteceu, mas nenhuma palavra saia de sua boca, então ele a abraçou ainda mais forte até que ela se acalmasse. — Tasha você está se sentindo melhor? O que houve? Eu falei algo que você não gostou? — Perguntou ele preocupado.

 — Não é nada com você Reade... É comigo! — Ela falou com dificuldades. Após uma longa pausa de olhos fechados, ela respirou fundo e decidiu se abrir, a final ele estaria sempre com ela para o que ela precisasse. — Reade, seis meses após o parto da Nathalie, eu tive uma série de problemas devido ao parto forçado, eu não tinha estruturas de ter a Nathalie naturalmente, isso me trouxe uma série de complicações a minha saúde, os médicos disseram que não seria necessário retirar os órgãos desde de que eu não engravidasse novamente, eles dizem que se eu engravidar um dos dois pode não resistir. — Confessou ela.

— Me perdoa? — Ele a abraçou como se ela fosse o último grão de mundo que lhe restara.

— Você não sabia amor! Agora você entende que não é porque eu não quero ter filhos, é porque eu não posso. — Ela falou aquilo ainda se derramando em lágrimas.

  — Toma bebe uma água. — Disse ele lhe passando um copo. — Vamos dormir, tudo bem?

Naquela noite Reade demorou um pouco mais para dormir, pensou em como a Tasha deveria ter sofrido naquela época sozinha; ao acordarem no dia seguinte ele ainda estava longe como seus pensamentos.

 — Bom dia amor, tudo bem? — Ela lhe deu um beijo e segurou o seu rosto em suas mãos. — Você parece está distante.

  — Não foi nada, estou bem. — Ele a abraçou docemente.—  Amor hoje à noite não vamos voltar para casa, tudo bem?

 — Não vamos? Readeeee... — Ela ficou curiosa.

— Surpresa! — Reade exclamou animado.

  — Eu sabia que você estava aprontando algo.

Já estavam saindo quando a Nathalie deu um abraço apertado na mãe, Tasha ficou sem entender o que estava acontecendo, mas não questionou.

No sioc o dia estava aparentemente normal, ela foi surpreendia por um lindo buquê de flores, todos estavam olhando, ela ficou com vergonha pois não tinha costume de demonstrar sentimentos em público, no buquê tinha um bilhete:

 “Obrigado por dividir a sua vida comigo, e por aceitar ser minha e em breve ser a Sra. Reade. Feliz mais um ano juntos amor!”

Aquilo a deixou emocionada de mais, ela foi até a sala dele e o beijou lentamente, sem se importar com quem estava próximos a ele.

 — Eu te amo meu amor, e eu aceitaria milhões de vezes ser a sua mulher.  — Ele a suspendeu dando-lhe mais alguns beijos.

— Eu te amo, sou muito sortudo por ter você.

A tarde já dava lugar à noite quando eles saíram do sioc, Reade tomou um caminho totalmente contrário ao que deveria ser a casa deles.

  — Reade onde vamos? Que barulho é esse no carro, tem algo nesse porta malas? — Ela perguntava tentando obter alguma pista.

  — Calma amor, só vamos passar o final de semana juntos. — Explicou ele. — Eu  reservei um hotel em Long Island, precisamos de uns momentos só nossos. Ele disse sorrindo pra ela enquanto se encaravam.

 —  Concordo que precisamos, e a Nathalie? Ela vai ficar com alguém?

  —  Sim vai ficar com a Jane e o Kurt, como a Avery vem esse final de semana então as duas vão se conhecer e ajudarem nos preparativos do chá. — Explicou Reade.

  — Por isso a Nathalie estava toda sentida me abrandando pela manhã. — Recordou-se Tasha. — Coitada da minha amiga, duas garotas de gênios forte em baixo do mesmo teto, não sei o que imaginar. — Ela sorriu. — Mas gostei da ideia de se conhecerem, já era tempo. — Os dois sorriam só de imaginar o que essas duas poderiam aprontar juntas.

Logo chegaram em Long Island, teriam um final de semana incrível juntos, Reade não via a hora de comemorar com Tasha essa nova fase de vida que estavam apenas iniciando.