Invisível escrita por Amante de livros


Capítulo 2
Sensações


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Pov; Edward

— Sério, eu achei que a menina iria me comer vivo - Emmett terminou a história com uma gargalhada e todos na minha mesa acompanharam, inclusive eu. Eu sabia bem como era transar com uma garota selvagem. Acho que dificilmente alguém me surpreenderia na cama. Sou experiente, e coloca experiente nisso. Calmas, selvagens, virgens,putas, tradicionais, submissas, controladoras... Não importava o tipo,todas sempre caiam aos meus encantos, não importava o quanto elas se fizessem de difícil no final sempre estavam de quatro por mim. Literalmente. Só queria que uma vez fosse diferente, que não ficassem interessadas no meu sorriso, na forma que meu traseiro fica em uma calça jeans apertada, ou no quão boa minha pegada é. Queria alguém que enxergasse além do meu físico e da minha conta bancária. Mas já desisti disso a algum tempo. Minha vida não é como um daqueles filmes melosos que Alice vive assistindo e o bad boy charmoso encontra sua nerd sentimentalista. Então simplesmente parei de me importar. Senti um formigamento na nuca, e aquela sensação de que eu estava sendo observado veio com tudo. Essa sensação era diferente do que eu estava acostumado a sentir quando uma garota me observava, sou muito sensível aos... Acho que pode se dizer pensamentos das pessoas ao meu  redor,  e consigo ler expressões faciais com muita facilidade. E cada vez que eu sentia essa sensação e olhava para trás vendo o olhar  cheio de cobiça e desejo de algumas garotas sobre mim eu sentia  que não era nenhuma delas. Mas algo diferente. O quê, eu  não sabia dizer , talvez não fosse nada, talvez seja apenas eu ficando biruta. Mas não conseguia afastar a sensação de estar sendo observado. Senti uma mão no meu ombro e levantei minha cabeça para olhar para Victoria e seus olhos cheios de luxúria.

Como sempre.

— Oi Ed. - cumprimentou ela em tom sensual.

— Oi benzinho.

— Sinto sua falta.- sussurrou ela no meu ouvido - que tal se matarmos a saudade ? - suas palavras não deixavam dúvidas das suas intenções. Dei um sorriso safado e puxei ela dali indo em direção a uma sala que eu sabia que ficava vazia nesse horário.

Pov ; Bella

Abri a porta de casa deixando meu casaco no hall de entrada. Fui em direção a sala e lá estava ela. Fazendo a mesma coisa que fazia  nesse mesmo  horário todos os dias.

— Oi mãe. - cumprimentei sentando ao seu lado e dando um beijo em sua testa.

— Oi amoreco  - cumprimentou ela levantando a cabeça e sorrindo. Eu sou uma cópia fiel da minha mãe : a pele tão branca que parece que é translúcida, rosto em formato de coração, cabelos castanhos ( os dela mais curtos em um estilo Channel) e os lábios um pouco desproporcionais e vermelhos. Mas temos uma diferença: os olhos. Diferente dos meus os dela são azuis como o céu.

— Como foi a escola ? - perguntou ela passando mais uma camada do esmalte vermelho vivo nas unhas do pé.

— Normal . - respondi vagamente.

— Fez algum amigo ?

— Não - sorri com a impossibilidade da ideia. - Porém, uma garota falou comigo .

— Sério - seus olhos estavam animados - quem é ? Eu conheço ? Vocês são melhores amigas agora ? Você vai na casa dela ? Ela vem aqui em casa ?

— Calma mãe - interrompi sua torrente de perguntas e coloquei a mão em seus ombros. - ela só me convidou pra uma festa.

— E você aceitou ? - perguntou ela entusiasmada.

— Não. - seu rosto murchou um pouquinho .  - Mãe , eu não quero amigos, não quero me divertir em festas. Eu gosto de ler meus livros e assistir aqueles combates incríveis que passam na tv todo sábado. Não preciso de mais nada.

— Mas querida você precisa agir como uma adolescente. - não respondi. Peguei minha mochila e fui em direção as escadas. Parei no corrimão e sem me virar falei :

— É, talvez eu passe a vender maconha semana que vem. Não é isso que boa parte dos adolescentes faz hoje em dia ?

— Isso não teve graça. E não são todos que fazem isso. Olhe o preconceito. - reclama ela chateada.

—  Ih, mãe, não seja exagerada, eu só estava brincando. - repliquei.

— Repito : Não teve graça.

— Teve sim - respondi gargalhando.

Assim que cheguei ao meu quarto fechei a porta e joguei minha mochila em um canto qualquer do quarto. Sentei na minha escrivaninha e liguei o meu decrépito computador. Melhor do que nada. Assim que digitei a primeira letra a inspiração veio como chuva de verão: rápida e instantânea.

Sensação,

Na maioria das vezes a sensação que me toma é o medo, a que me atrai : a felicidade. A que me importa : a de conforto. A que eu quero me siga todos os dias: a sensação de amor.  Minha vida é um mar de sensações que me envolve a ponto de tentar me afogar. Mas por sorte ou coincidência, sou forte apenas o suficiente para não deixar me afogar. E somente para isso.

Eram  meus pensamentos, e por serem só meus, apenas eu entendia. Levantei e fui em direção a janela, e neste exato momento o carro de Edward passou. Não consegui ver o sei rosto. E nem precisava. Sabia exatamente o que ele estava sentindo só pela extrema velocidade em que dirigia. Alguma coisa certamente aconteceu. Talvez Alice não tenha voltado para casa ou talvez Carlisle tenha bebido tanto que não tenha ido para o hospital. De novo.
Eu sabia que Edward era solitário e triste, e algum dia eu mudaria isso. A quem eu quero enganar eu não teria coragem o suficiente para isso. Não consegui nem mesmo responder um simples não para Ângela, então como é que eu iria falar com ele ? Só de vê-lo meu estômago embrulhava, minhas mãos suavam frio e eu entrava em pânico e acabava me escondendo. Não que ele notasse.
Fechei a janela com força e me joguei na minha cama, meus olhos se fecharam e imaginei eu tendo uma conversa com Edward, eu conseguindo finalmente arrancar um sorriso verdadeiro dele. Apenas nos sonhos.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam !
Bjs. Até a próxima



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