A Vida Que Chamo Minha escrita por GSilva


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Hello.
Quero dizer que vou voltar do meu período de férias, então vou começar e postar os capítulos de modo mais espaçado.
Vou organizar minha agenda e marcar um dia para deixar todos programados ♥



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Ouço ao longe o barulho da porta e me viro resmungando enquanto sinto meu estomago protestar.

— Droga de enxaqueca . – Murmuro e volto a abraçar o travesseiro enquanto sinto a sonolência me atingir novamente.

Quando volto a acordar olho o celular que deixei ao meu lado e vejo que já são oito horas da manhã.

Fico deitada e tudo começa a vir, a conversa ontem, a ameaça e todo novo cenário de uma facção de olho em nós.

—Merda. – Levanto o susto e vejo que estou sozinha no quarto. Fico sentada olhando tudo e esperando a minha alma e corpo se reconectarem.

Quando sinto que não vou desmaiar, levanto  e vou para o guarda roupa pegar roupa e sigo para o banheiro.

Assim que estou vestida, saio sem me importar com o cabelo molhado, indo em direção a Gran Casa.

—Bom dia querida, fiz um chá e crepioca. Sente-se e levo para você – Bete diz em minha direção assim que me vê entrar na cozinha.

—Obrigada Bete, não precisa se preocupar, eu me sirvo. – Digo indo até ela e dando um beijo em sua bochecha.

—Nada disso mocinha, sente-se. Steve me contou que você teve outra crise de enxaqueca. – Ela diz e eu paro onde estou enquanto viro para a mesa e o vejo sentado lá me olhando sob os cílios.

—Traidor. – Mecho meus lábios e vejo que ele entende, pois no mesmo instante ele sorri atrás da caneca que fingia estar assoprando e Mark que até então estava ao seu lado disfarça a risada tossindo.

—Sente-se. Já disse a Alicia que hoje você vai descansar e chamei Ricardo também.

Assim que Bete termina sua frase vejo que a postura de Steve muda e o sorriso sai de seu rosto. Pego a caneca que Bete me oferece e vou sentar de frente para ele e levanto uma sobrancelha. Ele desvia o olhar e da um gole em sua bebida.

—Não precisa Bete, eu só exagerei essa semana não dormindo. Estou pronta para outra. – Digo enquanto ela coloca o prato em minha frente e sinto meu estomago dando outra cambalhota.

—Isso é ridículo. – Ela diz e dobra o pano de prato em sua mão – Você esta constantemente com essas dores e se elas estão mais continuas precisamos ver o que podemos fazer. E o Ricardo esta nos devendo visitas que ele insiste em falar que vai pagar. Ele está me mandando mensagem o dia todo. – Bete diz e vai em direção a pia.

—Ótimo. – Digo e tomo um gole do chá vendo se melhora a sensação no estomago. – Mark, vejo que voltou bem da sua viagem. – Digo e o olho cortando uma pera.

—Ah sim. Fui ver um parente aqui perto. Mas fiquei sabendo que ele teve um compromisso de ultima hora e resolvi voltar. – Ele diz olhando para mim e me oferecendo um sorriso.

—Que bom, espero que tenha aproveitado a saída mesmo assim. – Digo enquanto despedaço a crepioca tentando comer um pedaço sequer.

—Aproveitei sim. Steve contou que ficou com você de noite, o achei saindo do seu quarto hoje.

E foi nesse maldito momento que o pedaço de crepioca parou em algum lugar do trajeto que ela deveria fazer. E quando começo a tossir vejo que Steve tenta se levantar assustado para me ajudar e faço sinal para que fique longe de mim.

—Tome um gole querida – Bete vem ao meu socorro com um copo d’água.

Bebo aos poucos e consigo não me sufocar e respirar de novo.

—Engraçado, eu havia visto o mesmo Mark, mas sabe como é, achei que fosse só meus olhos me pregando uma peça. – Bete diz em pé ao meu lado e posso ouvir o sorriso em sua voz.

—Ah não minha cara. Levei um susto quando fui ao quarto do meu colega e o vejo saindo da porta ao lado. – Ouço os dois se juntarem na brincadeira e tudo que eu quero é que o mundo acabe ali e eu não morra engasgada.

—Pare com isso Mark, Sophie está constrangida. Ontem decidimos jogar conversa fora junto a Alicia e Alex, mas So acabou ficando com enxaqueca e decidi ficar caso ela passasse mal.

Levanto os olhos para Steve e peço que ele entenda o quanto sou grata por ele ser criativo.

— Ah querida, eu sinto muito. Quando for assim pode me chamar. – Bete diz e sinto sua mão nas minhas costas me reconfortando. – Mas, com um bonitão desse, é, posso ficar como segunda opção. – Ela me da uns tapinhas nas costas e olho para ela se virando e indo para a pia.

Quando olho para frente vejo os dois idiotas segurando a risada e bufo enquanto desisto de comer e pego uma maça e me retiro resmungando de como tudo era mais fácil na era dos dinossauros.

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—Toc, toc?

Levanto os olhos e vejo Steve escorado na porta do meu escritório.

—Se veio ser um idiota ou me dar problema, vou pedir para esperar só com que eu termine esse relatório.

—Bom, não vim dar problema, mas normalmente eu sou um idiota mesmo não sendo de propósito, então vou esperar você terminar. – Ele entra e senta em uma cadeira na frente.

Continuo focada no computador mas posso sentir ele me observando, o olho incomodada e ele percebe então desvia o olhar e fica observando o escritório.

Depois de 10 minutos eu encaminho o e-mail com anexo e respiro fundo sem saber o que me aguarda.

—Ok. Tem minha atenção. No que posso ajudar?

Ele olha surpreso em minha direção e sai da janela voltando e sentando novamente.

—Queria saber se está tudo bem.

—Sim, estava só terminando uma solicitação para implantar novos cursos na nossa rede, alguns dos meninos queriam aprender robótica e quero ver se conseguimos implantar algo nesse quesito aqui na cidade.

—Legal, acho que será valido no futuro. Mas e sua enxaqueca?

—Estou bem, tomei outro remédio que Ricardo enviou junto com suas desculpas, houve alguma emergência e ele teve que ir resolver.

—Ah que bom. – O olho com os olhos cerrados e ele desvia o olhar mudando de assunto. – Eu na verdade vim aqui porque Alicia me mandou. Nós nos esbarramos e ela estava saindo com Susan e Michelle, ela pediu para te avisar que vai fazer o chá de bebê da Clara surpresa e já está resolvendo tudo isso. Ela disse abre aspas que isso era um presente para você também que odeia essas coisas, fecha aspas.

Respiro fundo e encosto na cadeira.

—Tudo bem? Parece que esse presente não é bem o que você queria. –Ele diz e reclina na mesa se apoiando seus ante braços.

—Ela faz isso quando está com medo. Ela pega algum grande projeto e se enfia até conseguir esquecer todo o resto, e tenta no máximo me tirar todo peso que puder. Eu já vi isso acontecer.

—Entendo. – Ficamos em silencio até que ele suspira e encosta em sua cadeira. – Ela é uma boa amiga. Só precisa de tempo para lidar com as coisas.

Olho para ele e respiro fundo.

—Espero que ela tenha esse tempo então, pela minha visão estamos com as horas contadas de uma forma que ninguém nos preparou.

Vejo em seus olhos algo como culpa se instalando.

—Eu sinto muito. – Ele abaixa o olhar e entendo que não estava no pique de brigas.

—Já está feito, só vamos continuar e terminar isso ok? E não sei você mas eu pulei o almoço, mas, eu adoraria algo que calasse meu estomago.

Ele olha para mim e vejo que está confuso.

—Vamos só dar um trégua, pelo menos por enquanto. Eu quero que isso acabe e não posso lidar com tudo isso e mais uma briga. Só vamos acabar com tudo e cada um segue para o seu lado. – Digo tudo com convicção, mas tendo a certeza que as palavras me sufocam ao sair.

—Trégua. Vamos acabar com tudo e vai voltar tudo a ficar bem. – Ele diz e estende a mão em minha direção.

Respiro fundo e selo o acordo apertando nossas mãos e esperando do fundo do meu coração que isso seja verdade.


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Notas finais do capítulo

Ah gente,
Acho que para esse 2020 só faltava alguém apoiar um dos meus projetos e eu descobrir que são tudo mafiosos.
Como anda essa quarentena ai?



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