A vida é uma via de mão única, não há como voltar, você pode ir para frente ou fazer curvas, mas nunca retornar.

 Bella estava sentada embaixo da arvore olhando a cachoeira, o ar limpo a fazia se sentir fora de órbita, e quanto mais tempo passa mais ela queria ficar ali, afinal tinha se tornado seu lugar favorito no sitio dos pais. 

 Estava frio e logo tudo viraria gelo, os meses estavam voando mesmo que por algum motivo ela não quisesse que o tempo passasse, seu coração e alma ansiavam por um novo mundo, uma nova aventura.

 Durante aqueles pequenos meses na fazenda uma única carta tinha a mantida em suspense, havia chego dois dias depois que ela se acomodou em seu quarto, um dos empregados havia lhe estendido o envelope com o simbolo da família Cullen.

Isabella isso ainda não acabou, tome o tempo que precisa para ficar longe da cidade. Eu disse ao seu pai que é o melhor que você fique na fazenda pelo tempo que for preciso. E.C

E tinha sido aquilo, ao questionar o pai o que aquilo significava, Charlie tinha dito não saber exatamente, a não ser que Edward tinha sido categórico em mante-la longe da alta sociedade pelo tempo que fosse possível, e claro havia o silêncio mortal daqueles que a odiavam, nenhum dos que ela tinha atacado abertamente tinha se quer feito um movimento para cala-la.

 Ela montou no cavalo e disparou para a mansão, o vento batendo em seus cabelos que se encontravam soltos, o sorriso que ela não podia esconder quando se sentia livre sobre o cavalo, ela sentiria saudades daquela sensação, mas os pais queriam voltar a cidade para o inverno. 

—Você está atrasada, partiremos em alguns minutos. -A mãe avisou quando ela entrou na casa correndo, Bella riu e beijou sua bochecha. 

—Eu só vou me trocar. -Garantiu já disparando escadas a cima, ela teve ajuda de uma das criadas para pentear os cabelos revoltos e prende-los em um rabo de cavalo, o vestido estampado do dia veio acompanhado de um casaco grosso. 

—Será o inverno mais frio de todos os tempos. -O pai estava dando ordens na varanda, afinal aqueles empregados moravam ali e o pai precisava se certificar que as pessoas que moravam em seu terreno estivessem preparadas para qual quer eventualidade. -Se certifiquem de ter muita lenha nas casas e de manter os animais protegidos. 

—Sim senhor, não se preocupe, estamos prontos. -O caseiro garantiu, ele era um homem velho e evitada Bella a todo custo, talvez por respeito ou simplesmente por que não entendia como uma lady poderia ser tão selvagem. 

—Está pronta querida? -O pai se virou para ela que apenas assentiu, por ela nunca mais voltava a Ignis, não que ela não amasse a casa na cidade, e havia muitas pessoas que ela amava lá, mas ali ela não tinha que se preocupar com nada, ela sempre tinha algo para fazer. 

 Ela foi a primeira a entrar na carruagem e esperou enquanto os pais a seguiam, logo todos estavam a caminho da cidade, de volta a Alta sociedade. Emmett tinha os visitado com Rose e o bebê, trazendo Alice e Jasper juntos, a última vez que Bella os viu Alice estava enorme e parecia pronta para ter o bebê a qual quer momento, Bella esperava ter a oportunidade de estar por perto quando a amiga finalmente colocasse aquela criança no mundo. 

—Você vai ficar bem? De volta a todos os olhares? -O pai chamou sua atenção e Bella assentiu sorrindo, os quatro meses longe da cidade grande tinham a feito perceber que ela não se importava de verdade com os cochichos e os olhares, ela estava bem consigo mesma e era o que importava. 

—Não se preocupe pai. -Ela pediu e olhou para fora da janela, começavam a entrar na cidade e Bella se virou o olhando para os pais. -Eu estou morrendo de saudade dos meus amigos e de Brian. 

—Eu também estou com saudade dele. -A mãe cantarolou. 

 Aquele era o bebê da família e era paparicado pela avó como nenhuma criança deveria ser, mas não importava, ele iria fazer um ano em breve e todos queriam lhe dar o mundo. Bella só esperava poder lhe poupar de muitas dores da quais ela e a família foram vítimas. 

 Já em casa Bella olhava o quarto que lhe pertencia, na primeira vez que entrou nele tinha se impressionado com o tamanho, com o luxo, agora ela estava tão acostumado que começava a se perguntar se tinha feito algo de bom para o mundo, ela tinha tudo aquilo só para si, não era justo que outras pessoas não. 

—Mãe. -Bella desceu as escadas correndo e chamando pela mãe, enfim tinha tido uma ideia do que queria fazer naquele inverno, e precisaria de muita ajuda para isso. 

—Querida, nós temos visita. -A mãe anunciou quando ela entrou na sala, ela respirou fundo vendo um homem sentado no sofá de frente para os pais. 

—Desculpa. -Ela sussurrou e cumprimentou o moço que ela não conhecia. 

—Senhorita Swan é um prazer finalmente conhece-la, estava esperando sua volta. -O homem parecia ter por volta de uns 50 anos, os cabelos grisalhos e os olhos fugazes. 

—Me desculpe, mas eu não sei por que esperaria minha volta. -Bella murmurou o avaliando. 

—Esse é o senhor Quil Ateara, ele é o dono do jornal de Ignis. -O pai apresentou e Bella avaliou o homem melhor, os dois se sentaram, o coração de Bella se acelerou surpresa e ansiedade. 

—Eu sou um grande fã do seu trabalho. -O Sr. Ateara contou sorrindo, ele parecia gentil e muito sábio. -Quando soube que era a senhorita que escrevia aquele jornal fiquei chocado e em extasie, é muito difícil encontrar alguém que consiga criar algo do nada e você o fez. Ler sobre sua vida, seu depoimento com suas próprias palavras foi uma experiência inigualável. 

—Obrigada! -Bella agradeceu de verdade, não da boca para fora, ela queria agradecer, pois aquelas palavras tinham reafirmado que ela era boa, que deveria se orgulhar. 

—Eu pensei que talvez milady gostaria de ter uma coluna no meu jornal. -Quil Ateara a avaliou por um momento. -Escrevendo sobre o que quiser, e assinando com seu nome, tenho certeza que todos iriam adorar tê-la de volta. 

—Eu não acho que isso seja possível Sr. Ateara. -Bella olhou para os pais e então de volta para o homem. -E duvido que alguém gostaria de ler algo que eu escreva agora, sem contar que não acho que seja apropriado com as pessoas sabendo quem eu sou. 

—Pense nisso por uns dias. -Ele pediu e estendeu um cartão para ela. -Há muita coisa que você precisa colocar em um papel, como jornalista eu sei disso por experiência própria. -Ele se levantou e todos o imitaram. -A srta. Tem muita voz guardada que precisa ser liberta, principalmente por sua voz representar tantas outras que se mantem calada, pense nisso, e se decidir se juntar a nós me procure, será uma honra tê-la na nossa equipe. 

 Eles se despediram e o pai o acompanhou até a porta, Bella girou o papel na mão e por instinto olhou para a mão vazia, Edward não tinha dado nenhum sinal que a perdoara e que decidira reatar o noivado, ela não sabia o que exatamente aquela pequena nota significava, Bella sabia que ainda o amava de mais para se casar com qual quer outra pessoa, talvez devesse aceitar um trabalho, afinal um dia o pai morreria de velhice e o irmão seria dono daquela casa também, mesmo que Emmett nunca a expulsaria não viveria as contas do irmão. 

—O que está pensando? -A mãe chamou sua atenção, Bella colocou o cartão na mesa e se lembrou o motivo de ter decido as escadas tão de pressa. 

—Eu estava lhe procurando por um motivo importante. -Bella então lhe contou a ideia, logo as duas trabalhavam aperfeiçoando seu plano. 

 No dia seguinte Rose, Alice, Condessa McCartney e Leah Black foram convidadas para um chá, quando Bella lhes contou sobre seu novo projeto e pediu suas ajudas todas elas entraram de cabeça, era uma causa nobre pela qual trabalhar e todos tinham adorado todas as escolhas. 

 O aniversário do sobrinho tinha sido lindo, mesmo no meio do inverno congelante de Ignis a festa tinha tido tudo que tinha direito, mas o irmão tinha limitado os convidados, se recusava a convidar qual quer um que falasse mal da esposa ou da irmã. Alice deu à luz a uma menina dois dias depois, Charlotte tinha vindo ao mundo na noite mais longa do ano e trago com ela uma luz para o mundo que ninguém sabia que precisava. 

—Está tudo pronto. -Bella sussurrou tremendo ao lado da mãe, o salão da mansão estava todo enfeito para o primeiro Baile de inverno que Swan’s dariam, os empregados tinham se aliados a um grupo que foi contratado e alguns já se ocupavam na entrada onde receberiam as doações que Bella esperava arrecadar naquela noite. 

 Foi olhando para seu quarto naquele dia quando voltou da ilha que Bella viu seu último trabalho escrito, estava sobre sua mesa e a fez lembrar de todas as vezes que ela pediu por mais, de quantas vezes morria de frio por não ter nada mais que um cardigã, como mesmo odiando as primas no inverno tinham o costume de se enrolarem em uma só cama buscando o calor do corpo uma das outras. Então ela decidiu que queria ajudar, que queria fazer mais, talvez se começasse a ajudar as pessoas que precisavam de ajuda ela voltasse a se sentir preenchida por ter um trabalho a fazer. 

 No começo ela achou que ninguém viria, mas logo as pessoas começaram a entrar no salão, em seus lindos vestidos de festa e suas joias brilhando, ela deixou os pais fazerem os papéis de anfitriões e se focou em manter tudo em ordem, checando se tudo estava como ela desejava. 

 Percebeu então que nunca tinha dado uma festa, os pais o fizeram não ela, nunca tinha se preocupado se a comida estava quente para todos ou se o salão estava na temperatura adequada, se os músicos tinham um repertório variado. 

 Cumprimentou algumas pessoas enquanto caminhava pelo salão, ela tinha escolhido um vestido rose que deslizava até o chão, não queria chamar atenção para si naquela noite, mas notou que todos a olhavam mesmo assim, talvez fosse por que sua atitude tinha mudado e agora todos a notavam. 

—Srta. Precisamos de um lugar para guardar tudo isso, logo não caberá mais na caixa. -Um dos empregados a avisou ela olhou para as doações e não pode deixar de sorrir. 

—Leve para a sala e deixe-la hoje ainda um grupo virá buscar para as entregas. -Ela os pediu e viu assentirem antes de partir de volta para o salão, logo começariam os leilões e esperava que pudesse arrecadar dinheiro suficiente para ajudar as pessoas que não podiam trabalhar no inverno e assim acabavam passando necessidade. 

—Só falta os reis da nossa lista de convidados. -Rose avisou quando ela parou ao seu lado com uma taça de vinho, Bella olhou para o salão lotado onde todos dançavam, comiam e conversavam, era realmente um baile. 

—Você acha que eles estarão aqui? -Bella perguntou e Rose assentiu. 

—Eles não ousariam perder isso. -Ela brincou. 

 Vinte minutos depois Bella se encontrava em uma conversa com a condessa McCartney quando todos começaram a fazer uma reverência, ela se virou para ver Carlisle e Esme na porta, ela se juntou a multidão fazendo uma reverência e depois seguiu até eles, mas parou na metade do caminho ao ver Edward aparecer na porta vestindo um terno preto. 

—Diga a Esme que falo com ela quando o leilão acabar. -Bella sussurrou para os pais se afastando e deixando que eles servissem de anfitriões para eles também, seu coração batia loucamente no peito, ela teve que se controlar muito e respirar algumas vezes antes de se controlar. 

 Ela esperou mais uns dez minutos antes de interromper as danças e pedir que todos pegassem suas placas com os números pois o leilão estava prestes a começar. Para aquele momento Bella tinha arrecadado coisas valiosas de sua família e amigos, queria ter certeza que fosse um sucesso, precisava que fosse. 

—Para começar iremos ter um quadro doado pela condessa McCartney, o quadro é do pintor Van Gogh, a noite estrelada. -Bella anúncio tendo suas criadas bem vestidas trazendo o quadro para o palco, os olhos se viraram para o quadro e ela ouviu os cochichos de excitação. -Lance mínimo de 5 mil. 

—5 mil aqui. -Lorde Stan ergueu a placa sorrindo. 

—6 mil. -Lady Stanley anunciou. 

—8 mil. -Aro Volturi estava com a placa erguida e parecia determinado. 

—10 mil. -Billy Black anunciou pegando Bella de surpresa, ela tinha enviado o convite, sabia que Jacob estaria lá, mas não sabia que o lorde Black tinha se juntado a eles, afinal foi um dos atacados por sua coluna. 

—12 mil. -Carlisle estava mais à frente em uma mesa com os pais e amigos de Bella, ninguém mais se pronunciou. 

—Alguém mais? -Bella questionou e esperou. -Não. -Ela assentiu e olhou para Leah que estava sentada perto dela anotando as vitórias. -Vendido para vossa Majestade por 12 mil. 

 As risadas e aplausos começaram, as pessoas estavam se divertindo, Bella esperou enquanto um criado entrava com a nova peça que estava em um vidro. Aquilo era algo que Bella tinha questionado mais de uma vez se Alice queria realmente fazer, era uma das suas tiaras, a que ela usou em seu primeiro baile. 

—Agora nós temos uma doação de Alice Withloock. -Bella anunciou fazendo o silencio reinar. -Essa é a tiara que milady usou no primeiro baile, também gostaria de lembrar que foi com ela que Lady Alice dançou pela primeira vez com o marido.  

 Os gritinhos de algumas damas fizeram Bella sorrir, ela olhou para a amiga que piscou para ela, Bella evitou deslizar os olhos pela mesa, Edward estava lá e ela se recusava a olhar para os olhos dele, não iria se permitir estremecer na frente de tantas pessoas. 

—Como uma peça da própria realeza o mínimo para essa peça é 20 mil. -Bella avisou e esperou. 

—25 mil. -Tânia ergueu a placa, e Bella a fitou, sentiu o sangue gelar a vontade de descer até a loira e lhe bater atingiu Bella com força, ela se controlou e esperou. 

—30 mil. -Jacob anunciou. -Tenho certeza que ficará lindo na cabeça de minha esposa. 

—32 mil. -Demitri falou segurando a esposa pela cintura, Bella percebeu que ele pensava como Jacob. Então virou uma briga e os números começaram a subir, Bella não pode deixar de arregalar os olhos. 

—50 mil. -A condessa estava mais atrás e olhou para todos que se viraram, Bella temeu que alguém perdesse a cabeça se ousassem tomar aquele prêmio da condessa. 

—Ninguém mais? -Bella questionou e esperou. -Vendido por 50 mil para a condessa McCartney. 

 Os aplausos encheram o salão enquanto Bella esperou que tirassem a tiara e trouxessem uma nova peça, era seu vestido preto, o vestido que ela usou no seu último baile, ela ouviu gritos quando o vestido foi estendido na frente de todos. 

—Chegou aos meus ouvidos que havia muitas mulheres desejando esse vestido. -Ela sorriu, usou o começo da frase como usava no jornal por diversão. -Esse vestido foi feito por Madame Potter e para quem andou procurando por um similar ou igual sinto informa-los que ele foi uma peça exclusiva. -Ela podia sentir a onda das mulheres querendo se jogar na direção do vestido. -Para começar o mínimo é 10 mil. 

—Eu dou 15. -Jane Volturi gritou. 

—20. -Maria Hale Baltazar avisou, a irmã de Rose havia se casado com um homem rico e agora esfregava o dinheiro na cara de todos, bom não no de Rose, afinal o marido não era tão rico quando o filho de um duque. 

—30 mil. -Sue Clearwater ergueu a placa, Bella teve que olhar para Leah, a mãe da nova amiga tinha perdido a compostura. 

—40 mil. -Kate Denali se pois de pé, e olhou em volta. 

—Mais alguém? -Bella perguntou e olhou em volta, ela nunca esperava que as ofertas chegassem a tanto, 40 mil era muito dinheiro para qual quer um. -Vendido para a Srta. Kate Denali. 

 Os gritinhos de felicidade de Kate foram tampados pelo som dos aplausos, outras peças foram leiloadas, cavalos, e até mesmo uma peça que pertencia a família Swan por anos, quando ela estava prestes a dar por encerrado Rose e Alice andaram até o palco com algo tampado nas mãos, todos pareciam se inclinar tentando ver através do pano. 

—Acho que é nossa vez. -Alice avisou dando um sorriso para Bella, ela avaliou as amigas que sorriam por um minuto, então se afastou dando a elas o espaço ao microfone. -Quando Isabella Swan decidiu que queria um fazer um baile beneficente para ajudar os menos favoráveis eu como uma fã assim como muitos aqui esperava que algo melhor fosse leiloado. 

—Não que as coisas que foram leiloadas aqui não fossem incríveis, mas se tirando o vestido maravilhoso, nada aqui realmente pertenceu a Isabella, nada aqui marcou uma história como isso. -Rose completou e então tirou o pano de cima do vidro, dentro havia um caderno. 

 Bella sentiu o ar faltar, iria matar as amigas, as pessoas estavam começando a perdoa-la, começando a esquecer, seu coração iria sair pela boca antes do fim da festa. 

—Aqui nós temos o caderno de Isabella Swan, contendo todas as notas que foram publicadas, só que aqui elas estão escritas a mão. -Alice avisou. -Aqui ainda não havia sido editado e até mesmo contem histórias que nunca foram escolhidas para ir ao jornal. 

—O valor inicial é de 20 mil. -Rose anunciou. 

—Não. -Bella falou se controlando para não gritar e atacar a cunhada e amiga. -Ficaram loucas? -Perguntou entre dentes. 

—Confie em nós. -Rose sussurrou. -Alguém tem um lance? 

—20 mil. -Tânia se ergueu e olhou para elas. 

—Sonha Denali, eu ofereço 30 mil. -Uma mulher disse se erguendo. 

—50 mil. -O pai de Jasper se ergueu e Bella entendeu, era o medo do que tinha escrito naquele caderno, medo do que Bella teria escrito e que ninguém soube. 

—70 mil. -Outro anunciou. 

—80, e estou disposta a cobrir. -Uma mulher disse ao fundo, então outro e outro. 

—200 mil. -A voz de Edward tampou a de todos, Bella estava de costa para ele e fechou os olhos, não só por que não ouvia a voz a muito tempo, mas por que só conseguia pensar no que Edward tinha medo de ter escrito naquele caderno. 

—Alguém mais? -Alice questionou depois de um tempo. -Dou lhe uma. -Ela esperou, as pessoas não pareciam respirar. -Dou lhe duas. -Alice olhou para Rose e então para Bella e só depois para Leah que assistia tudo completamente imóvel. -Vendida para o príncipe Edward. 

—Acho que acabamos. -Rose disse e ouviu as pessoas reclamarem querendo mais. -Mas a festa continua, acho que os músicos irão adorar tocar para nós agora. 

 Um dos empregados subiu e pegou o vidro com o caderno, Bella desceu se controlando e seguiu para dentro da casa o coração a mil, se encostou em uma parede tentando respirar, fechou os olhos tentando controlar a tremedeira no corpo. 

—Isso foi interessante. -Ela ouviu e abriu os olhos para ver a Condessa McCartney encostada a sua frente. -Claro, ele acabou com nossa brincadeira. 

—Brincadeira? -Bella questionou. -As pessoas estavam começando a me perdoar. 

—E elas não estão com raiva por ter um caderno com mais histórias por aí. -Ela respondeu. -Eles podem não assumir, mas são seus fãs, e todo mundo quer saber o que está escrito ali, o que você foi gentil em esconder, como escrevia antes de editar e colocar no jornal. 

—Pelo menos Edward Cullen não irá espalhar outras histórias por aí. -Ela murmurou e a condessa riu. 

—Você é muito corajosa Isabella, mas tem tanto medo de prejudicar as pessoas que não consegue ver a verdade. -A condessa pegou na mão dela. -Mais da metade dessas pessoas desejariam que você voltasse a escrever, eles adoravam ver as fofocas, só não gostavam que fosse deles. 

 As duas voltaram para a festa e Bella acabou sendo parada por algumas pessoas, ela conversou e sorriu, sabia que precisava ir falar com Carlisle e Esme ou iria parecer falta de respeito. 

—Majestade. -Bella se curvou na frente deles sorrindo então se virou para Edward. -Alteza. 

—Isabella, deixe me dizer que essa festa foi uma ideia incrível. -Esme estava sorrindo e Bella concentrou os olhos nela, era um lugar seguro. 

—Obrigada, deu um monte de trabalho, mas com fé conseguiremos ajudar milhões de pessoas. -Bella não tinha dúvida que conseguiria, ela não esperava que as pessoas doassem tanto dinheiro, nem tantas peças de roupas ou cama para o frio. 

—Eu soube pelo seu pai que o Sr. Ateara esteve aqui. -Carlisle comunicou fazendo ela olhar para ele. -E que ele lhe ofereceu um emprego. 

—Sim ele o fez, mas eu ainda não sei, é provável que fique longe disso. -Ela avisou, aquilo com certeza não era algo que conversaria na presença de Edward se tivesse escolha, não por que pretendia esconder, apenas não estava confortável em falar dos lucros de algo que tinha os feito se afastar. 

—Não foi você que escreveu no seu depoimento que todos deveriam fazer aquilo que ama? -Alice a assustou colocando os braços em sua cintura, Bella a abraçou também rindo. 

—Pior que foi. -Bella murmurou. 

—Eu só vim me despedir, eu preciso voltar para minha filha. -Alice anunciou, ela se despediu do pai e do irmão e deixou a festa com o marido. 

—Obrigada por virem. -Bella agradeceu aos reis. -Eu preciso voltar a trabalhar, logo o pessoal vai vim buscar as roupas que foram arrecadadas, o dinheiro ainda será distribuído por cidades essa semana, mas as roupas vamos entregar hoje e amanhã, para ajudar. 

—Faz bem. -Esme a abraçou ali na frente de todos. -Fez um bom trabalho. 

—Obrigada. -Ela agradeceu e saiu, olhou para Edward apenas uma última vez antes de se afastar.