Há queridos leitores não há nada como um homem apaixonado, ele faz o que pode e o que não pode para manter a pessoa que ama seguro, ele luta com dragões, mata inimigos e mesmo assim encontra um jeito de ser completamente honroso com a mulher que ama. (Última frase do último texto publicado). 

Ela ia começar a pegar o caminho de casa quando ouviu seu nome ser chamado, ela se virou vendo o irmão com Rose. 

—Não ia andar de volta de novo iria? -Emmett perguntou, ela não conseguiu sorrir, não ali naquele momento. 

 Dentro da carruagem Rose a abraçou e ela chorou, ela soluçava contra a amiga se sentindo despedaçar, não conseguia pensar em nada a não ser na dor que se tornou tão grande que não cabia no peito. 

 Desceu na casa do irmão ainda chorando, Rose a guiou para um dos quartos de visita e foi checar o bebê enquanto Emmett tentava acalma-la. 

—Se lembra do que James disse aquele dia no parque? -Ela questionou fungando. -Sobre eu nunca ter chorado? Eu chorei tudo que nunca chorei nesses últimos três anos, e eu não aguento mais Emmett, eu não quero mais. 

 Ela chorou naquela noite até dormir, o irmão e a cunhada não deixaram seu lado nem por um momento, a dor tinha a rasgado de todas as maneiras e pioravam quando ela olhava a aliança em seu dedo e se perguntando se um dia ele iria procura-la. 

 No dia seguinte Bella não queria sair da cama, mas aceitou tomar um banho e vestir uma roupa confortável que Rose a emprestou, ela não desceu para comer nada, estava enrolada feito uma bola quando Rose entrou no quarto suspirando. 

—Bells, seus pais estão lá embaixo com o rei e a rainha, Alice e Jasper também estão aqui. -Rose avisou, mas não Edward, Bella pensou, ele não iria até ali, ele não queria vê-la. 

—Arque com as consequências certo? -Bella resmungou se esforçando a deixar a coberta. 

—Você não quer se arrumar um pouco? -Rose questionou, Bella olhou no espelho, os olhos estavam inchados de vermelho, a boca estava pipocada por ter ressecado, seu rosto estava tão vermelho e inchado quanto os olhos. 

—Não. -Bella respondeu prendendo o cabelo em um coque bagunçado. -Eu não me importo, e eles não deveriam também, estou arruinada para sempre, eu não sou uma garota da alta sociedade mais Rose. 

 As duas desceram as escadas de mãos dadas, ao entrar na sala Bella sentiu o clima, ninguém falava, Emmett estava perto da porta completamente rígido, Bella olhou cada um deles enquanto era avaliada. 

—Vossa majestade. -Ela se curvou para os reis mesmo que a muito tempo não fizesse isso a não ser que fosse em público, sabia que eles não estavam ali como parentes, isso tinha acabado na noite anterior. 

—Venha aqui. -Alice pediu a puxando para os braços, as duas se sentaram juntas em um sofá, e Bella esperou. 

—Quer começar a explicar? -Charlie questionou, ele estava completamente sério. 

—Importa? -Bella perguntou. -É o que é, e eu vou aceitar qual quer que seja as consequências. 

—Importa. -Esme garantiu. -Conte-nos tudo, sem omitir nada. 

—Eu não posso. -Bella disse. -Existem coisas que precisam ser omitidas. 

—Você não está se ajudando Bella. -Renée avisou, Bella nem se quer levantou a cabeça, olhava as mãos e esperou. 

—Ela não quer contar que eu a ajudei desde o dia um. -Rose avisou, Bella olhou para a cunhada  que agora segurava o filho entregue pela babá. -Conte a eles tudo, eu vou ficar bem. 

 Bella duvidava muito que alguém iria ficar bem, ela olhou para Jasper que apenas assentiu, havia história de muita gente envolvida, Alice apertou sua mão e sorriu, então Bella olhou para o rei e a rainha, para o pai e a mãe e contou, até os detalhes que não contou a nenhum dos amigos, sobre os sentimentos que defender algumas pessoas a causava. 

 Contou a eles sobre Rose, sobre Jasper, sobre Alice e até sobre Emmett. Contou a eles sobre coisas que nunca publicou e sobre coisas que publicou sem citar alguns nomes, e foi contando por horas sobre as saídas com Rose, Alice ou as criadas, ou até mesmo algumas caminhadas com a mãe. 

 Contou do orgulho que tinha do que criou, contou sobre a ameaça de Tânia, contou que já tinha decidido contar a verdade a eles antes do casamento, e enquanto narrava alguns momentos ela começou a chorar, sem soluço dessa vez, era apenas lágrimas que estavam tentando curar as dores do peito. 

 Então ela olhou para fora da janela vendo a noite chegar, eles esperaram sabendo que havia mais, foram três anos se movendo pelos lugares, ouvindo histórias e escolhendo o que publicar, mesmo que escrevesse três, quatro páginas por publicação sempre haviam mais. 

—Eu vou me abster de citar o nome do cara que edita e o manda para o jornal. -Ela avisou. -Ele só recebeu para fazer o serviço, vem de uma família humilde e não necessita passar por isso. 

—Quando dinheiro você tem? -Carlisle perguntou fazendo ela o olhar, ele parecia realmente curioso. 

—Eu dividia os lucros com Rose por um tempo. -Ela deu de ombros. -Eu tenho no banco neste momento 47 mil. 

—Você é rica por si só. -Jasper bufou, ela não tinha contado a ele quanto tinha, não tinha dito a ninguém, Rose sorriu. 

—O dinheiro nunca foi algo que pensamos sobre. -Rose contou. -Era uma aventura, e um desejo de fazer justiça por outras pessoas como nós. Muitas vezes no jornal elogiávamos pessoas que a alta sociedade só fazia humilhar, só queríamos fazer o bem. 

—Por que não parou? -Esme questionou. -Quando entendeu que Carlisle não desistiria, por que não deixou tudo para lá? 

—Pra começar? -Bella suspirou e esfregou o rosto. -Eu amo escrever, não me importo o que, eu só amo, e escrever o jornal se tornou uma coisa que eu tinha que fazer, era uma necessidade de fazer isso, de colocar aquelas palavras no papel e marcar o mundo. -Bella olhou dentro dos olhos da rainha. -Não importa o quanto odeiam ou amem, é a obra da minha vida, é meu trabalho, as pessoas podem me excluir ou me odiar, mas nunca se esquecerão, elas sempre se lembrarão desse jornal e consequente de mim, da marca que eu deixei na sociedade. E depois? -Bella deu de ombros. -Era um jeito de dar voz a aqueles que não tinham. 

—O que você quer fazer? -Jasper questionou, Bella demorou a entender que ele tinha se virado para ela. 

—Eu não sei. -Bella respondeu dando de ombros. -Vai depender do que vossa majestade irá decidir sobre isso tudo. 

—Alice disse que vocês pensavam que iriam para a cadeia. -Carlisle bufou. -Vocês não quebraram nenhuma lei para isso. -Ele olhou para Rose e depois para Bella. -Eu estava curioso, eu sou uma pessoa curiosa pôr natureza, é um defeito. 

—E agora? -Ela perguntou e ele deu de ombros. 

—Não há consequências por mim. -Ele declarou. -És uma mulher inteligente e muito esperta, inteligente por criar algo assim, por suas palavras, mas é esperta em como se manteve escondida por todo esse tempo, em como manteve um segredo. São virtudes invejáveis, é claro, quando não está sendo usado contra nós. 

 Ele sorriu para ela um sorriso de verdade, a rainha também sorriu. Ela não seria presa, já era uma grande vitória, mas ainda assim não tinha acabado e não acabaria tão rápido. 

—O que você vai fazer agora? -Renée lhe perguntou. 

—Eu não sei. 

—O que deseja fazer pra começar a ajeitar essa bagunça? Qual a ideia? -A mãe insistiu, Bella não tinha pensado em nada disso, então ela olhou para o pai que também esperava uma resposta. 

—Acho que irei escrever um último artigo. -Ela respondeu e olhou para os amigos. -Um artigo sobre mim, sobre toda a minha história, sobre meu sequestro, minha volta para casa e então sobre como criamos o jornal, sobre o que me levou a fazer isso e como foi feito. 

—Parece um bom caminho. -Charlie disse a ela. -Você quer continuar aqui ou quer ir para um lugar esperar a poeira abaixar e a raiva deles passar? 

—Eu tenho escolha? -Bella estava surpresa, o pai bufou e se abaixou na frente dela. 

—Você é minha filha, você sempre tem escolha. -O pai sorriu e tocou o rosto dela. -Estávamos em choque ontem, principalmente ao descobrir que contou a todos eles e não a nós. 

—Foi por isso que não viemos ontem. -Renée disse. -Queríamos acalmar tudo primeiro e então ouvirmos de vocês a verdade. 

—Eu não vou fugir. -Bella disse a eles. -Eu não estou sozinha mais, nunca mais. -Ela olhou para as amigas e então para o amigo e o irmão, depois para os reis e seus pais. -Se ficarem do meu lado, eu vou ficar até a temporada acabar e depois disso se as coisas ainda estiverem ruins vou para a fazenda, eu amei aquele lugar de qual quer jeito. 

—Parece um plano. -Esme concordou. -Talvez eu me junte a você, Deus sabe que preciso de férias desse lugar. 

 Rose pediu que servisse chá, suco e petisco para todos, enquanto passavam mais algumas horas juntos Bella se pegou rodando o anel pensando se ele estava pensando nela também e em quantos pedidos de desculpas ela teria para fazer. 

—Estamos indo querida. -Esme avisou, ela se levantou e os acompanhou até a porta, quando estavam do lado de fora ela tirou o anel de noivado e estendeu para Esme. 

—Acho que isso não me pertence mais. -Ela deu um sorriso triste para a rainha. -Devolva a ele por mim e diga que eu sinto muito, e que se ele não quiser ler o que escreverei, se ele quiser ouvir de mim ele sabe onde me encontrar. 

—Não. -Esme fechou a mão de Bella envolta do anel. -Se ele quiser terminar o noivado que seja homem o suficiente para vim e fazer pessoalmente, enquanto isso não perca as esperanças. 

—Dê um tempo a ele Bella. -Carlisle pediu. -Vocês dois se amam demais para deixar algo assim estragar tudo. 

—Mas e toda essa confusão? Será uma mancha enorme. -Ela falou, não queria manchar o nome dos Cullen assim, mas Carlisle riu. 

—Querida, se eles não gostarem de ter você como princesa e futura rainha eles podem reclamar à vontade. -Ele avisou. -Além do mais, eles logo vão esquecer de ficar com raiva, logo vão se lembrar de todas as vezes que riram com o jornal. E logo eles encontram outra pessoa para perseguir, acontece com frequência. 

—Obrigada. -Bella agradeceu e os deixou ir, logo Jasper e Alice seguiram o mesmo caminho, então o pai a chamou para ir para casa, e naquela pequena quadra entre a casa do irmão a sua, ela olhou para o céu estrelado e pediu a Deus que tudo ficasse bem. 

 No dia seguinte ela se pôs a escrever, ela narrou sua história do começo ao fim, falou sobre como James a sequestrou, falou sobre Melissa, falou sobre seus anos em Lapidibus, sobre sua vida em Edburgue, e contou tudo que viveu até chegar naquele dia. 

 Sem prestar a atenção ela passou uma semana escrevendo sobre como tinha sido conhecer Rose e criar o jornal, ela falou das visitas a Victória na cadeia e sobre ter visto James, ela então contou sobre a casa que James deixou para ela, e sobre se sentir livre na fazenda dos Swan’s, e então pediu desculpas pelas pessoas que ela magoou de verdade, que um dia ela tenha causado uma ferida que fosse na alma e não no ego. 

 Na semana seguinte ela gastou seu dinheiro para imprimir tudo e entregar em todos os lugares, fosse em Ignis ou nas cidades ao redor, Lapidibus, em Aquatilia e em todas as outras cidadezinhas que ela nunca visitou. E mandou para a cadeia também, pois por algum motivo ela queria que James e Victória soubessem que ela tinha construído algo grande. 

 Ela saia de casa durante o dia, com alguma das amigas, com alguma das criadas ou com a mãe, ninguém a abordava ou falava com ela, mesmo que ela visse todos a olharem, ela não ia as festas noturna, não tinha medo só evitava ser expulsa de alguma festa e causar mais confusão. 

 E bom tinha Edward, ela não o tinha visto desde a confusão no baile, quando publicou a sua história enviou um para ele pelas mãos da Alice com uma carta e ela não ouviu nada de volta. 

Querido Edward, 

Eu sei que tudo é uma bagunça e que eu deveria ter lhe contado, e eu tentei. 

Eu iria te contar naquela noite, Tânia só foi mais rápida, e eu sinto muito, 

Sinto muito que as coisas tenham perdido o controle tão rapidamente,  

Sinto muito por te decepcionar. 

Você tem todo direito de ficar com raiva de mim, eu fiquei de você quando descobri tudo, 

Seria hipocrisia pedir pra me perdoar antes de se sentir realmente pronto. 

Se você decidir acabar com tudo de uma vez por todas me avise,  

Até lá continuarei pensando em nós como uma possibilidade, com um futuro disponível. 

Aqui está toda a verdade, mas se tiver alguma dúvida eu estou disposta a responder qualquer coisa. 

Eu te amo Edward, do fundo do meu coração e eu espero podermos resolver isso, juntos! 

 E ele tinha a ignorado e não tinha respondido, Alice tinha garantido entregar nas mãos dele, mas não podia dizer se ele se quer tinha lido, mas Bella não poderia força-lo a ouvir, não podia força-lo a ama-la ou perdoa-la. 

—Que bom que chegou. -Renée a encontrou na porta, Bella tinha estado na casa de Rose visitando o sobrinho, Brian a acalmava e ela tinha se oferecido para ser babá do menino já que não frequentava mais a festas. 

—Aconteceu alguma coisa? -Ela perguntou. 

—Chegou isso para você. -A mãe entregou um envelope com um convite de uma festa e um bilhete dentro. 

Querida Isabella Swan. 

A senhorita já se escondeu o suficiente, eles já tiveram o gostinho da vitória, mas está na hora de voltar, de mostrar a eles que vão ter que te engolir e que não se arrepende do que fez. 

Me sinto orgulhosa de viver na mesma época que você, o mundo será diferente depois de você. 

Eu te espero no baile e não aceito não como resposta. 

Sra. Condessa McCartney, 

 Bella tinha andado até a sala enquanto lia, olhou para a mãe que tomava um chá e se perguntou se valia a pena o esforço, olhou de volta para o convite e bateu ele na mão enquanto ponderava os pós e os contras. 

—Você virá conosco? -A mãe questionou. 

—Parece que a Condessa não me deu muita escolha. -Ela sorriu para a mãe e subiu para procurar um vestido a altura. 

 Durante o resto do dia ela passou no quarto se preparando para a festa, aquele era o último baile da temporada, no dia seguinte provavelmente iria para a ilha e ficaria lá por um tempo, então se fosse para sair que fosse em grande estilo. 

—Que Deus nos ajude. -O pai disse quando ela se juntou a ele na porta, ela riu e piscou para ele. 

—Se eles querem me ver pai, então que olhem. -Ela declarou, a mãe riu os empurrando para fora da casa. 

 Assim que chegou à mansão McCartney ela sabia que estavam um pouco atrasados, não tinha mais nenhuma carruagem atrapalhando o caminho, eles entraram no salão com a cabeça erguida, toda a sociedade a olhou e Bella sorriu. 

 Ela usava um vestido preto, e o forro era cinza dando uma clareada na cor, todo o vestido parecia feito de penas pretas, as mangas desciam até o punho forradas em desenhos de penas, ela sabia o que parecia com o cabelo preso e uma faixa de estras no cabelo. Ela parecia um anjo caído, linda e poderosa. (Foi o mais parecido que eu achei com o que eu procurava)

 Ela seguiu para onde a Condessa estava, todos os seus passos sendo vigiados pelo salão, ela não deixou o ombro ceder nem por um segundo, a cabeça erguida com queixo para frente, ela não só parecia poderosa, ela se sentia poderosa. 

—Condessa McCartney. -Ela cumprimentou fazendo uma referência. 

—Minha convidada de honra. -A condessa a cumprimentou. -Estás adorável Isabella. 

—A senhora também. -Isabella sorriu, era o primeiro sorriso completo que ela dava para alguém fora da sua família em semanas. -Faz um tempo que não lhe pergunto sobre aquela amiga que compartilhamos. 

—Ela está muito bem, não se preocupe, na verdade mal posso contar os minutos para reencontra-la e ver como ela reagiu ao saber sobre você. -A condessa disse rindo -Divirta-se essa noite, eu tenho certeza que eu irei. -A condessa avisou, Bella riu. 

—Milady não há dúvida que nos divertiremos. -Bella lhe deu um sorriso encrenqueiro e seguiu para onde o irmão e os amigos estavam, os pais já os havia alcançado. 

—Esse vestido é tudo que eu queria neste momento. -Alice anunciou fazendo Bella rir, a barriga de Alice começava a aparecer. 

—Gostou? Eu o comprei a um tempo, não tinha o usado pois queria guarda-lo para um dia especial. -Bella deu de ombros. 

—Bem especial. -Rose concordou. 

 E Bella se deixou levar pelas risadas dos amigos e as conversas, ela se surpreendeu quando um dos netos da Sra. McCartney se aproximou e perguntou se ela queria dançar, Seth Clearwater era magrinho e novinho, mas tinha um sorriso bagunceiro nos lábios e parecia divertido. 

—Se ele não quiser lhe ver dançando com outro homem, então que ele apareça e faça algo a respeito. -O pai sussurrou quando ela pensava em recusar, então ela sorriu para Seth e aceitou a mão. 

 Os dois se posicionaram na pista e começaram a dançar, Bella não se importou com os cochichos e os olhares, Seth parecia menos preocupado que ela, quando a música acabou ele a levou de volta para a mesa dos amigos. 

—Ignore-os, minha avó costuma dizer que são todos idiotas. -Seth disse quando se aproximaram da família dela, Bella riu. 

—Tenho certeza que ela tem nomes piores. -Bella não precisou ver ele concordar para saber que estava certa. 

—A senhorita não deve se lembrar, mas defendeu o direito da minha irmã se recusar a se casar, e disse que ela tinha que escolher quem quisesse para ser feliz ao lado dela. -Seth falou e olhou nos olhos de Bella, uma batida de coração depois Bella assentiu, claro que se lembrava. 

 Bella olhou em volta e viu Leah se aproximar com Jacob, ela percebeu então que podia ter sido pra causar intriga na sociedade, mas também tinha sido por respeito que Seth se aproximou e a chamou para dançar, isso por que a família dele tinha sido uma agraciada com o lado bom do jornal. 

—Isso a motivou. -Seth declarou e sorriu enquanto a deixava perto dos pais novamente. -Obrigado. 

—Não por isso. -Bella disse a ele. 

—Isabella. -Jacob cumprimentou. -Acho que conhece minha esposa Leah. 

—Nós já nos esbarramos por alguns salões. -Bella respondeu estendendo a mão para Leah. 

—Não deixe eles apagarem sua luz, você ajudou muitas pessoas, mesmo que eles te façam acreditar ao contrário. -Leah avisou, ela olhou para Rose na mesa e assentiu para ela, Bella sabia que sua família ouvia tudo que diziam. 

—Se eu tiver ajudado uma já é uma vitória, sabendo que foram duas... -Bella olhou para a cunhada e depois para a morena a sua frente, Leah tinha uma beleza diferente, seus cabelos cacheados, a pele escura e os olhos pretos a faziam diferente, mas ainda sim bela. -Eu me sinto honrada. 

—A honra é minha. -Leah garantiu. 

 Eles saíram e Bella se sentou, ela sorriu para a família, um sorriso de verdade, com a esperança de um mundo melhor, então durante a noite outras pessoas se aproximaram, a chamaram para dançar e agradeceram, ou então apenas comentavam as risadas que tinham dado com o jornal, outras sobre a coragem de contar sua história, e ela se sentiu grata por ter ido, grata por que ainda havia aqueles que a detestavam, mas tinha aqueles que tinham visto o lado bom. 

 No dia seguinte quando entrava na carruagem ela olhou o anel em seu dedo, estava a noiva três meses, mas parecia que tinha um ano, afinal quando ela deixou a cidade após o casamento de Alice ela tinha deixado claro que iria se casar com ele, e agora estavam sem se falar a quase um mês. 

 A carruagem parou no castelo e ela desceu respirando fundo, tinha pedido a Esme que mantivesse Edward ali naquele dia, precisava contar a ele o que estava pra fazer e ele que se resolvesse depois, o mordomo a encontrou e a levou para o jardim. 

 Edward estava sentado em um banco sozinho e em silêncio, o mordomo nem a avisou, talvez tivesse recebido ordens para que Edward não se recusasse a recebê-la. 

—Oi. -Bella cumprimentou quase em um sussurro quando se aproximou, ele se virou e olhou para ela por inteiro, havia muitos papeis ao lado dele, mas ela nem se quer os deu uma segunda olhada. 

—O que você está fazendo aqui? Como entrou? -Ele perguntou ficando de pé. 

—Eu preciso falar com você. -Bella avisou e ele riu sem humor. 

—Eu não quero falar com você no momento. -Edward avisou. 

—Eu estou indo para a fazenda. -Bella disse quando ele começou a juntar os papeis. -Ficarei lá por um tempo, apesar de metade da alta sociedade ter demonstrado se divertir com tudo e até demonstraram um tipo de agradecimento ontem, eu ainda vou. 

—Ainda não entendi o que está fazendo aqui. -Edward estava sendo grosso, Bella sentiu como se ele tivesse lhe socado, então fez o que foi fazer tirou o anel e tomando coragem agarrou o braço dele e colocou o anel em sua mão. 

—Eu te amo, você sabe onde me encontrar se achar que vale apena se casar comigo, senão eu acho que está na hora de te deixar livre para ser feliz. -Ela falou. -Se eu ficar com esse anel um noivado que não tem existido no último mês vai continuar assombrando nós dois, e então tudo que você fizer irão me contar para me ferir, se eu não levar esse anel então você está livre para tomar suas escolhas e eu darei um jeito de entender. 

 Ele olhou para o anel em sua mão e não disse nada, aquela era a última esperança dela, queria que ele lhe pedisse para ficar, ou mesmo com raiva que a devolvesse o anel e que conversavam quando ela voltasse, mas ele não se moveu. 

—Entendi. -Bella murmurou se afastando. -Adeus Edward. 

 Então ela correu para fora, entrou na carruagem e se deixou ser levada para um lugar onde ela pudesse começar a se curar. 

Leiam a nota final até o fim!