Uma leve sensação ruim está no ar, o cheiro de terra molhada que antes estava por toda parte está quase sumindo, em seu lugar um pouco de frio, um vento um pouco mais forte. E das sombras das árvores uma grande figura enegrecida se projeta da Vegetação, um corpo disforme cuja silhueta vagamente lembra um Cão ou um lobo sem emitir um único som, a criatura encara suas presas, ele encara o grupo com seus olhos vermelhos e brilhantes, rugindo ferozmente!

— Então decidiu aparecer? 

Pegando seu machado, Jorgun tenta acertar em uma das pernas aquele ser para fazer ele tombar. Sua machadada é bem certeira na perna dele, mas não seguiu conforme o que havia planejado, a criatura continuava de pé. Quando seu machado é retirado, percebe-se que a ferida causada sai uma leve fumaça e estava reconstituindo-se. A grande fera vai contra-atacar Jorgun, atacando-o duas vezes com as garras e morde-o no ombro causando severos ferimentos.

Katen avança com uma rajada de golpes, ataca a fera com três golpes com a lança, segurada com as duas mãos bem firmes, tentando derrubá-lo. O grande lobo que havia experimentado carne de anão caiu com os golpes e aquela espetada foi mais que o bastante para ele rosnar e sair de Jorgun, a elfa logo afasta-se por precaução.

— Lobo safado, como ousa me morder?! - Diz Jorgun.

Empunhando a espada longa com as duas mãos e mais um pulso de ação, Damkrit avança atacando-o duas vezes no lobisomem. Por muito tempo ele pensou que finalmente era sua chance de fazer-se útil para sociedade ao invés de ser um mendigo, ele com coragem acertar a criatura e com sua confiança recém conquistada acerta certeiramente o Lobisomem uma segunda vez, que estava no chão. Tentando até mais um golpe, mas não acertando.

Jorgun tenta acertar seu machado na região do peito da fera. O lobo levanta-se, olhando a elfa com sangue na mandíbula, ele saltou em cima dela e tenta atacar com suas garras e vai abrindo a sua mandíbula querendo experimentar o sabor de elfa. A criatura com seu salto e pela surpresa de todos, já pensando que iam ter que enterrar Jorgun, foi atrás de Katen e que acerta-a um golpe forte com garra, dando um rasgo em seu braço, porém parece que as estocadas de antes fizeram efeito e ele erra a outra garra, não conseguindo morder-la. A fera estava bem afetada pelas estocadas.

“Filho da mãe.” Foi o que Katen pensou. “Vou quebrar sua cabeça, desgraçado!”

Com as duas mãos, poderosos socos são desferidos no lobisomem, sofrendo com dor de cabeça por esses golpes e está quase caindo pro chão. Damkrit empunha sua espada firme, desferindo a lâmina no peito do Lobisomem, um acerto bem certeiro e sentindo os ossos sendo arranhados na criatura, fazendo a mesma olhar profundamente pro elfo, com olhos carmesim com sede de sangue grandes Damkrit fica paralisado por instantes fazendo-o largar sua arma e cair no chão, causando uma tremenda dor de cabeça. E a Fera ficou caida após aquele golpe dando problemas para ela mais tarde.

Jorgun mira no pescoço do lobisomem com o machado, mas acerta o gramado. Katen puxa o elfo para longe e ataca com a lança na cabeça do lobo, acertando-o e visualmente parecia morto, a elfa procura no corpo da fera alguma coisa, não havendo nada além das marcas de batalha que se seguiu e o conhecimento de que essa Fera antigamente era um elfo antes de se tornar o que é hoje. Porém, a maldição deveria ser uma lenda e dessa lenda Katen recorda-se, era uma lenda Cigana, que passava de boca em boca, esse povo nunca se preocupou em escrever sobre suas tradições ou costumes. Por isso só se lembra de alguém lhe contar sobre ele “Ao nascer do Sétimo filho do sétimo filho de um casal, a lua toma para si um copo de pecado. Este pecado se converte em Sangue, este sangue caça dentre os homens, aqueles que têm pecados e aqueles que não tem respeito pela passagem das filhas da lua. Somente o custo do pagamento pode deter o pecado que se tornou sangue e busca vingança pela pureza roubada.”

Jorgun impetuoso levanta seu machado como se estivesse cortando lenha para fogueira, acertando o ser monstruoso no pescoço. A elfa começa a sentir leves arrepios pelo seu corpo, como se seus poros estivessem fechando, “A garra pode ter enfraquecido a resistência do frio” Katen pensou.

Uma luz ilumina o local, o sol já estava quase se pondo de um lado e mais acima podia-se ver a lua, era noite de Lua cheia. Algumas luzes lunares parecem seguir em direção à criatura que estava no chão, como vagalumes numa caverna escura, a luz começava a levantar o ser e ficando consciente tentava escapar dali para Floresta, mas um Anão interferiu em seus planos com um machado e sua tenacidade. O machado pegou em cheio o pescoço dele, mas não o havia atravessado. 

“A criatura ainda estava viva!? Mas como?”