O Crime da Rainha escrita por Lilium Longiflorum


Capítulo 8
O telefonema




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Depois de muita insistência por parte de Sonya, Kenshi entra para as Forças Especiais. Pela primeira vez teve contato com armas de fogo e, por mais que relutasse, foi obrigado a aprender a manuseá-las, mesmo que não precisasse delas. Ele se garantia com a sento.

O espadachim que estava do lado do quartel, aproveitou que tinha uma pequena área verde próxima e adentrou nela. Não quis ir muito longe. Achou uma pedra e sentou-se nela e começou a pensar em Suchin, queria muito vê-la, mas depois que entrou nas F.E., se tornou quase impossível realizar esse desejo. Seus pensamentos foram interrompidos por ouvir passos nas folhagens, ele ia pegar a sento que estava na sua aljava, mas logo sentiu a presença de alguém familiar e disse:

— Sei que é você Hanzo.

De fato, Hasashi estava procurando-o faz algum tempo. Depois da festa em Edenia eles não haviam mais se falado.

— Eu... Não sabia que você havia entrado nas F.E. – disse o shirai ryu esboçando um sorriso franco.

— Não estava muito interessado – disse Kenshi arrumando a sua faixa que cobria os olhos – Mas Sonya ficou preocupada em saber que eu estava sozinho nas minhas expedições e decidiu me incluir no exército.

— Tenho certeza que ela fez muito bem nisso.

— Agradeço a estima – disse Kenshi apoiando sua mão no ombro do ninja.

Ele o rodeou e continuou:

— Eu sei bem o que lhe trouxe aqui.

— Claro – Hanzo riu – Não posso esconder nada de você.

— Por que querer saber o que Liu Kang estava pensando naquele dia?

— Bem... Não pude evitar perceber os olhares dele para a rainha.

— Ora Hanzo! – disse Kenshi sentando-se numa pedra – Sindel é uma mulher muito bela. Qual homem não a veria com tamanha admiração?

— Conheço bem o jeito que Liu Kang a olhava. Não era apenas de admiração...

— Não acredito que está pensando nisso?

Hanzo afastou-se um pouco do amigo, deixou sua kunai deslizar-se pela mão, como se brincasse com ela. Olhou para o espadachim e disse:

— É só uma desconfiança, mas se isso se confirmar... Temos que nos preparar para uma guerra.

(...)

Era noite em Edenia, os visitantes do Plano Terreno haviam ido embora. Jade estava no jardim pensando em tudo o que havia acontecido naquele dia. O que a deixava inquieta, era  sobre o que Lao dissera sobre Kang, que havia desobedecido um monge para ver a rainha Sindel. Será mesmo que Liu e a rainha estavam se encontrando as escuras? Estavam traindo Kitana? Pobre princesa, não tem direito de desfrutar um pouco de felicidade. Esses eram os pensamentos da guardiã que apenas se preocupava com sua amiga de infância. Ouviram-se passos pelo jardim, assustando Jade que logo se levantou, ao ver uma silhueta familiar, respirou fundo quando viu que era Mileena.

— Ficou com medo de mim, queridinha? – perguntou a tarkatânea.

— Não. – disse Jade voltando a se sentar – Diga logo o que quer.

Mileena sentou-se ao lado da guardiã e perguntou:

— Percebi que você e Kitana estão brigadas. É verdade?

— Sim. Não queria que isso acontecesse, mas...

— Entendo que tenha sido triste. Vocês eram unha e carne, fiquei realmente surpresa quando soube disso. Mas não vim falar sobre esse assunto.

— Então sobre o que é?

A tarkatânea olhou para o céu e disse:

— Acho que não estava rolando boa coisa hoje de manhã lá dentro do escritório da rainha.

— Do que está falando?

— Você bem sabe.

Jade não queria falar sobre isso por medo de estar caluniando Sindel, era a ultima coisa que ela queria fazer. Mas tudo estava caminhando para isso. Mesmo assim não quis levar a conversa adiante e não falou mais nada. Kitana surgiu entre as folhagens deixando as duas surpresas, ela se aproximou e disse:

— Não sabia que vocês eram amigas.

— E se somos? – disse Mileena se levantando e afrontando a princesa – O que você tem a ver com isso?

Jade se levantou também afastando as duas e repreendendo Mileena:

— Por favor! Não quero briga aqui, ok?

A tarkatânea cruzou os braços e disse para Kitana:

— Abra o olho, princesinha? – fez um gesto com as mãos - Vou descobrir tudo sobre seu noivinho e verás quem ele é de verdade.

E saiu.

— Do que ela estava falando? – perguntando Kitana atônita.

(...)

Sindel continuava lendo os documentos sobre os rebeldes, já queria ter terminado, mas havia muitas coisas ainda a serem acertadas. Não conseguia se concentrar na leitura, pois não tirava da cabeça o beijo que aconteceu naquela manhã. Ao mesmo tempo em que não queria que tivesse acontecido, em respeito à filha, sentia vontade de encontrar Liu novamente. Aquela paixão começava a consumi-la e ao saber que ele sentia o mesmo, o sentimento foi crescendo rapidamente. Pensou em usar o telefone interdimensional que Sonya lhe dera e falar com Liu Kang, pois este também tinha uma para se comunicar com Kitana.

 Foi até ao armário disposto ao lado da janela do escritório e pegou o telefone. Respirou fundo e discou o número de Liu Kang. Bastaram dois toques e ele atendeu:

— Alô!

A rainha sentiu faltar o ar ao ouvir a voz do shaolin e ela respondeu com voz trêmula:

— Liu Kang? Aqui é Sindel.

Ele sorriu do outro lado da linha e disse:

— Que bom ouvir sua voz, majestade.

— Eu digo o mesmo... Já estou com saudades de você.

— Não parei de pensar em você quando voltei pra casa. Quero muito te encontrar de novo.

— Eu também. Fico olhando a lua lá fora e queria que você estivesse ao meu lado.

A rainha conseguiu ouvir a risada de Liu e ela perguntou:

— Do que ri?

— Eu ainda não estou acreditando que nosso sentimento é recíproco. Você não tem noção como eu estou apaixonado por você.

— Precisamos nos encontrar... O mais rápido possível.

Sindel não percebeu, mas Sheeva havia entrado no escritório e ouviu toda a conversa. Pensou em sair, mas sabia que a porta ia fazer barulho. Resolveu sentar-se no sofá e esperar a conversa terminar.


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