Entre Fogo e Gelo escrita por Nc Earnshaw


Capítulo 26
Amor




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Capítulo 25

por N.C Earnshaw

 

Adivinha o que eu estava pensando? — indagou Paul, ofegante, afastando sua boca de Wendy para falar. 

Ela apenas grunhiu em resposta, concentrada demais em beijar o pescoço dele para formular algo mais elaborado. A vampira somente conseguia pensar no tanto de tempo que perdeu sem aquilo, e o quanto queria tirar o atraso, aproveitando aquele corpo por horas. 

— Não quer saber?

Ela negou, balançando a cabeça, e subiu em cima dele, virando seus corpos e ganhando um olhar assustado e meio safado de Paul.  

— Só me beija, Paul — gemeu ela, atacando os lábios dele mais uma vez, enquanto esfregava seu corpo no dele, tentando matar a vontade. Paul quase soltou um rosnado ao sentir o contato mais profundo. Eles estavam completamente vestidos, no entanto, a agarração estava fazendo com que ele quase se desmanchasse nas calças. 

“Puta que pariu, que mulher gostosa”, pensou ele inebriado. 

— Linda, adoraria continuar te beijando por mais tempo — queixou-se ele, virando seu rosto para o lado, tentando puxar mais um pouco de ar. Paul estava chocado com a veracidade que Wendy estava o atacando naquela manhã. Era a primeira vez que ela demonstrava tanta selvageria, e ele não podia negar que estava amando. Contudo, se continuasse naquele ritmo, ele não conseguiria controlar a situação. Paul sabia que Wendy era virgem, e queria que a primeira noite deles fosse especial. — Mas meus lábios estão começando a ficar dormentes.

O corpo de Wendy tencionou e ela se afastou, sentando no abdômen dele com uma expressão culpada no rosto. Paul riu alto e a puxou para os seus braços, distribuindo beijos pelo seu rosto, deixando-a emburrada. 

— Eu não estou rindo de você, amor — prometeu ele, arrumando os cabelos dela para poder olhar em seus olhos. — Mas confesso que estou curioso para saber o que foi tudo isso. 

— Uma coisa que você deveria saber sobre vampiros, é que nossos sentimentos são amplificados. Então, se sentimos desejo… — Wendy lançou um sorrisinho envergonhado no final da frase. 

— Já te falei que você me deixa louco? — sussurrou Paul, mordendo o lábio inferior dela e chupando por alguns segundos. Ela suspirou alto, negando. — Você me deixa louco. 

Eles se beijaram por mais alguns minutos e Wendy foi tomada por uma onda de curiosidade. 

— Me fala o que você estava pensando — pediu ela, acariciando o peito dele. Paul, maravilhado com a imagem da garota deitada ao seu lado na cama, fitou-a com confusão. 

Wendy sorriu, achando a cena muito fofa e Paul, encantado, puxou o rosto dela para perto e enfiou a língua em uma das suas covinhas, girando várias vezes enquanto ria. 

— Ai, Paul! Que nojo! — reclamou ela, empurrando-o para longe. 

— Admite que você gostou, vai. — Wendy havia gostado e até sentido um calor lá embaixo com o gesto, entretanto, não cederia. 

— Foi bem esquisito, Lahote. 

— Esquisito? — inquiriu Paul, provocativo. — Vou te mostrar mais coisas esquisitas, então.

Ele subiu em cima dela e deu um rosnado brincalhão, atacando-a com beijos molhados e arrancando gargalhadas de Wendy, que fizeram seu ego subir. Por causa do calor em seu peito, ele acabou descobrindo que amava ver seu imprinting feliz, principalmente se o motivo da felicidade dela, fosse ele. 

— Wendy — chamou Paul baixinho, logo que parou o gracejo. 

A vampira sentiu um arrepio se espalhar pela sua espinha, encantada com o corpo forte, cheio de músculos e veias, que a atraía de uma maneira que a deixava maluca. 

— Quer sair comigo? 

— O quê? — Ela tentou se certificar que tinha ouvido direito, mesmo tendo certeza que sua audição era perfeita e não falhava. 

— Quer sair comigo? — repetiu ele, perdendo um pouco da confiança. 

Wendy franziu o cenho. Nunca tinha ido a um encontro antes. Paul estava apresentando a ela um mundo inteiramente novo. Com flertes, beijos, amassos e, agora, encontros. E ela não sabia muito bem como se portar diante dessas novidades. Era uma vampira de 83 anos que não tinha quase nenhuma experiência romântica. Muito diferente de Paul, que já tinha saído com diversas garotas e dormido com elas. 

— Deixa pra lá — falou Paul, ao perceber seu embate interno, levantando-se da cama e fingindo procurar algo em seu guarda-roupa, tentando esconder a mágoa que sentiu ao ser rejeitado. — Vamos fingir que eu não perguntei nada. 

— O quê? Não! — Wendy sentou no colchão, chocada com a reação dele, e se sentindo culpada por ter demorado a responder. 

— Eu já entendi que você não quer ser vista saindo comigo, tá legal? — Ele embolou uma camiseta que havia pegado, e jogou de volta no guarda-roupa com tanta força, que o móvel balançou por alguns segundos. Paul estava tentando ao máximo se controlar. Não queria surtar com ela como fazia com os outros. Entretanto, quando alguém o magoava, ele usava como defesa a raiva pura e desmedida. — Eu não tenho muita coisa para oferecer, minhas roupas não são chiques e de marca como as suas, e eu nem tenho a droga de um carro. É melhor mesmo você ter nos poupado de um constrangimento maior. Não tenho grana pra te levar em restaurantes chiques e…

  — Paul, para! Por favor! Não é nada disso! Você entendeu tudo errado! — implorou Wendy, levantando-se e o abraçando por trás. Os músculos dele estavam tensos e as mãos cerradas em punhos ao lado do corpo. Ela acariciou os dedos dele, tentando desfazer a tensão, distribuiu beijos em suas costas largas e esfregou o nariz nele para sentir mais do seu cheiro gostoso. — Eu adoraria ir a um encontro com você. Não me importa o lugar, se suas roupas não são de marca ou se você não tem carro. Eu iria para qualquer lugar que você me chamasse, mesmo se estivesse pelado e fossemos apenas dar uma caminhada na estrada. Adoro passar meu tempo com você, Paul! O resto é só resto. Não faz a menor diferença. 

Ela virou o corpo dele para olhar em seus olhos, tocou suas bochechas com as mãos e acariciou com os polegares. 

— Gosto tanto de você, Paul. Tanto — sussurrou a vampira, encostando a testa na dele. — Sei que o que seu pai disse ontem entrou aqui. — Ela apontou para o coração de Paul com a voz embargada. — Mas você não pode deixar as palavras dele te afetarem. Você é uma pessoa incrível e eu te adoro. Me dói saber que você acredita nas besteiras que ele diz. 

Paul não conseguiu falar nada, controlando a vontade de chorar, e a abraçou com força. Essa sensação de pertencimento, ele só sentia quando estava ao lado dela. Por muito tempo, ele praguejou contra os antepassados por terem colocado uma vampira como seu imprinting, mas depois de tudo que ele e Wendy passaram juntos, apenas conseguia pensar que não existia alguém melhor para ele. Ela era tudo que ele precisava, tudo que estava faltando em sua vida. Era amor representado por uma vampira de cabelos encaracolados e covinhas profundas. 

— Te pego às sete. 

Wendy roeu a unha do dedão, encarando seu closet. Ao seu redor, o quarto estava um caos. Com roupas espalhadas para todo lado, a maleta de maquiagens aberta em cima da cama e uma vampira com uma expressão desesperada no rosto, olhando as roupas que ainda não haviam sido jogadas no chão. Era o primeiro encontro que ela iria na vida. Não sabia como iria se portar, como se vestiria ou o que diria. Ela seria natural e desinibida, como se já tivesse saído com caras milhares de vezes, ou ousada e sexy, agarrando Paul no instante que ficassem sozinhos? Talvez inocente e…

— Edward está quase tendo um aneurisma lá embaixo — avisou Alice, entrando no quarto sem bater. Wendy não se virou para fitá-la, pois tinha ouvido muito bem as reclamações do seu irmão esquisito, e não queria se estressar mais do que já estava. A vidente avaliou a situação do quarto com um olhar clínico. — Um tornado passou por aqui e não fomos avisados?

— Engraçadinha — resmungou a garota, fazendo uma careta. Wendy agarrou um vestido vermelho e longo, com pedrarias espalhadas no busto e uma abertura na lateral, encarou a peça por alguns instantes e jogou na montanha de roupas que estava ao lado dos seus pés. 

— Tudo bem, vou ignorar que você acabou de jogar um vestido de mais de dez mil dólares no chão como se fosse um saco de lixo, e te perguntar calmamente o que está acontecendo. — Alice virou a irmã pelos ombros e respirou várias vezes, olhando de esguelha para o vestido amassado. — O que está acontecendo?

— Estou procurando algo para vestir — explicou Wendy, afastando as mãos da outra dos seus ombros. — Mas não tem nada bom o bastante nessa droga. 

— Vou fingir que você também não ofendeu o closet que tenho tanto trabalho para manter atualizado e na moda. — Alice puxou uma blusa que ela estava nas mãos, dobrou corretamente e colocou sobre a cama. — Vai me dizer que evento é esse que está te causando tanta preocupação?

Wendy mordeu o lábio inferior e limpou a garganta, caminhando até a penteadeira e arrumando as maquiagens para disfarçar sua timidez. 

— O Paul me chamou pra sair. 

— Mas isso é incrível! — gritou Alice, animada, pulando nas costas da irmã caçula e a abraçando com força. — Fico tão feliz por você! É maravilhoso, esplêndido! Minha irmãzinha finalmente encontrou o amor!

— Não exagera, Alice — repreendeu Wendy, envergonhada, virando-se para a outra vampira com um olhar apaixonado no rosto. — Mas eu também estou bem feliz. 

— Que fofa! — Os cabelos curtos da Cullen balançaram ao redor do seu rosto com os rodopios que ela deu. — Então, já que é o seu primeiro encontro, vamos fazer com que tudo seja perfeito. Já sabe para onde ele vai te levar? 

— Sei que vamos à Port Angeles, mas acho pouco provável irmos a um restaurante, já que eu não como. O Paul não tem muito dinheiro para me levar em um lugar muito caro, e a cidade não tem lá muitas opções. Então acho que cinema? É um programa de casais e os humanos adoram ir. — Alice colocou as mãos na cintura e ficou pensativa por alguns instantes.

— Então vou montar um look casual, mas não desarrumado. Tem que ser simples, mas elegante ao mesmo tempo… Já sei! — A baixinha começou a empilhar algumas roupas nos braços abertos de Wendy numa velocidade que seria assustadora se vista por um humano. 

— Ouvi que a Wendy vai para o seu primeiro encontro? — zombou Rosalie encostada na porta, enquanto observava Alice arrumar a jaqueta de Wendy. 

— Cala a boca — mandou a vampira de cabelos longos com um sorrisinho. 

— Esse cachorro não é a pessoa que eu consideraria ideal pra você.

— Rosalie, por favor — implorou Wendy franzindo os lábios. 

— Não, me deixa terminar. — A loira se aproximou da irmã e a deu um abraço rápido. — Ele não é o homem que eu imaginava como seu companheiro, mas estou tão feliz que você tenha encontrado alguém, querida. Na batalha, percebi o jeito que ele te olhava.

— E como ele me olhava? — A voz de Wendy quase falhou no final da frase. Um turbilhão de sentimentos a confundindo. 

— Ele te olhava como o Emmett me olha. Ou como eu olho para ele. Com amor.  

Ambas abriram sorrisos imensos.

— Acho que o seu cavalheiro chegou — cantarolou Alice, animada. 

Wendy checou sua roupa pela última vez, arrumando um amassado invisível que estava na barra do vestido branco. Ela passou as mãos pelos cabelos e conferiu se a trança estava firme. Por último, retocou o brilho labial. 

— Você está linda, meu amor — elogiou Esme assim que ela pôs os pés no andar debaixo. — Carlisle já foi abrir a porta para o Paul. Ele está um gato — sussurrou a matriarca no ouvido de Wendy. 

Ela gargalhou baixinho e foi em direção à porta. A visão que teve quase a deixou sem ar; bem, se precisasse de ar para alguma coisa, teria desmaiado. Paul estava com uma camisa branca e uma jaqueta preta por cima, as calças eram comuns, e Wendy já tinha visto ele as usando antes. Mas, o que realmente a deixou sem chão, foi o sorriso tímido que ele tinha nos lábios e o buquê de rosas-vermelhas em suas mãos. 

— Oi! — cumprimentou Paul com um olhar encantado. Carlisle, que estava ao lado dela, escondeu um sorriso. 

— Oi! Isso é pra mim? — indagou ela, apontando para as flores.

— Sim, são sim. — Ele estendeu o braço de supetão e quase bateu o buquê no rosto de Carlisle. Que, para o alívio do lobo e a tristeza de Wendy, foi mais rápido e desviou.

— São lindas, Paul — exaltou Esme, aproximando-se. 

Ele limpou a garganta, constrangido, e agradeceu a mulher. Wendy, percebendo o quanto ele estava nervoso com aquela situação, pediu para Esme colocar as flores na água, despediu-se dos pais e puxou Paul para fora em direção à um Ford antigo. 

— Pedi o carro do pai do Jared emprestado. Sei que não é grande coisa… — Wendy encostou um dedo em cima dos lábios dele, fazendo-o se calar. 

— Eu amei as flores, não me importo com o carro, e vou amar tudo que você preparou para esta noite — falou ela, acariciando o rosto dele. — Mas da próxima vez, vamos no meu carro. 

Paul riu alto e a puxou para si, beijando-a rapidamente nos lábios, antes de abrir a porta do passageiro. 

— O que você quiser, linda — gracejou ele, esperando que Wendy entrasse para que pudesse fechar a porta. 

Ele entrou no carro e saiu dali o mais rápido que pôde, visto que sentiu vários olhares na direção deles o tempo todo, deixando-o nervoso.

— Paul, pode parar o carro no acostamento? — pediu a Cullen assim que se afastaram alguns quilômetros da mansão. 

— O quê? Por quê? Aconteceu alguma coisa? — O lobo se virou para ela com as sobrancelhas franzidas. 

— Por favor, só quero fazer uma coisa. — Apesar de estranhar o pedido, ele estacionou o carro de qualquer jeito.

— Então, o que… — Paul se surpreendeu ao ser atacado por Wendy, o corpo dela em cima do seu e os dois mal cabendo no espaço minúsculo.

— Não queria fazer isso com meus irmãos espiando pela janela — sussurrou ela, antes de beijá-lo. 

O Lahote sentiu uma súbita vontade de uivar para a lua. 

— Espere aqui, vou comprar os ingressos — avisou Paul, apertando a cintura de Wendy antes de se afastar. Ela apenas assentiu com a cabeça e se encostou em uma parede para aguardar o retorno do lobo. 

Wendy observou Paul de longe, admirando sua figura a distância e pensando no quão gostoso ele ficava vestido daquele jeito; apesar de preferir quando ele estava apenas com um short velho. 

A vampira fez uma careta discreta para um grupo de adolescentes que o encaravam entre risinhos, mas não deixou que o bichinho do ciúme a mordesse, pois tinha passado a confiar nos sentimentos que Paul tinha por ela, mesmo que ele nunca tivesse demonstrado com palavras. 

— Oi, gatinha! — cumprimentou um cara alto e loiro que havia parado em sua linha de visão. 

Wendy fingiu que ele não estava se dirigindo a ela, e desviou o olhar. 

— Ei, não precisa dar uma de difícil — gracejou o rapaz, invadindo seu espaço pessoal. — Por que não vem comigo até o meu apartamento? Prometo que não vai se arrepender. 

Ele lambeu os lábios e Wendy sentiu seu corpo tremer em repulsa. Homens daquele tipo, faziam-na querer vomitar, mas logo após desferir um soco bem no meio da cara deles. Entretanto, mesmo que o idiota estivesse se mostrando ser mais que um mero incômodo, controlou-se ao máximo.   

— Você é muda, garota? — rosnou o loiro, cerrando os punhos. — Ou é uma daquelas vadias que se acham só porque tem grana? 

— Me deixa em paz — rosnou Wendy entredentes. A garota se considerava alguém calma e paciente, no entanto, em situações daquele tipo, tendia a tomar atitudes drásticas. 

— Ah! Então ela fala — zombou o bebum, acariciando uma mecha de cabelo da garota. — Adoraria ouvir você gemendo meu nome enquanto eu te fo-...

— Está acontecendo alguma coisa aqui? — indagou Paul com uma expressão furiosa no rosto. O cara cambaleou para trás, assustado com o tamanho do outro homem e com a quantidade de músculos sob a jaqueta. 

— Ela está acompanhada? — inquiriu o rapaz, nervoso, apontando para Wendy sem desviar os olhos de Paul. — Eu não sabia, cara. Achei que ela estava sozinha. Sinto muito se dei em cima da sua mina. 

O Lahote, ao ver o olhar homicida que Wendy estava lançando, segurou sua mão e se pôs entre os dois. 

Para uma pessoa que estivesse vendo de fora, pensaria que era um ato de um namorado ciumento protegendo a namorada, contudo, era o contrário. Estava protegendo aquela alma desavisada que mexeu com a garota… Não. Com a vampira errada. 

— Vaza daqui. — O garoto caminhou para longe deles, tropeçando nos próprios pés e olhando sobre o ombro para ver se Paul estava o seguindo. 

— Mina? — sussurrou Wendy letárgica. 

O quileute riu alto, e passou o braço direito sobre os ombros dela. 

— Por um momento, achei que fosse matar ele — admitiu Paul, fitando-a de esguelha. 

— Matar, não. — Ela sorriu de canto. — Mas até que passou pela minha mente uma imagem da espinha dele sendo arrancada. 

— Parece que já estamos no espírito do filme. — Ele balançou os dois ingressos em comemoração.

— Duro de matar 4? Sério? — perguntou a Cullen, desanimada. 

— Achei que gostasse de filmes de ação. — Ele franziu o cenho, confuso. Tinha certeza que havia acertado na escolha do filme. 

— Eu gosto. Gosto mesmo. Mas o Emmett vai ficar furioso se souber que assisti sem ele.

— Não vai precisar se preocupar com isso, linda — garantiu Paul, acariciando a pele do seu pescoço. 

Eles entraram na sala de cinema e o Lahote os guiou até o fundo da sala para se sentarem nas últimas cadeiras. O lugar não estava tão cheio e na fila que eles ocuparam, só tinha mais um casal. 

— Paul — chamou Wendy baixinho. — Esquecemos de comprar pipoca. 

— Não esquecemos. — Ele não se virou para ela enquanto falava, focado em apenas assistir aos trailers.

— Não quer nem beber alguma coisa? Posso ir comprar — ofereceu a vampira. 

— Não precisa, linda. — Paul beijou sua cabeça, ainda sem tirar os olhos da tela gigante à sua frente. — O filme já está quase começando. 

Wendy achou esquisito o jeito dele — uma vez que sabia o quanto ele adorava comer e o quão sem fundo era o seu estômago. No entanto, deixou para lá. “O Paul deve gostar mesmo desse filme”, pensou ela, observando o seu semblante ansioso. 

Assim que as luzes apagaram e o filme começou a rodar, Paul puxou a garota para o seu colo e não hesitou em iniciar um beijo. 

— Espera — pediu a Cullen, tentando se afastar. Ele apenas desviou os beijos para o seu pescoço, chupando e mordendo a pele fina. — Assim vamos perder o filme. 

— Esquece o filme. — O resmungo de Paul foi seguido por um aperto em sua bunda.

— Estamos em público — murmurou ela, enfiando uma das mãos por baixo da sua camisa, para sentir seus músculos. 

— Não importa.

— Então casais não vêm ao cinema assistir? — inquiriu Wendy, inebriada quando Paul se separou dela em busca de ar. 

— Você é tão esperta, amor — elogiou o lobo, subindo a mão pela coxa dela, levantando o seu vestido e continuando a beijá-la.


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