I Doubt The Stars Are Fine escrita por cherrybombshell


Capítulo 25
Bônus




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/790529/chapter/25

Então, aqui estava o grande segredo sobre se ter uma família – quase todos os outros pais com quem Draco tinha se comunicado ao longo dos anos achavam que a parte mais importante e mais difícil de se ter filhos era descobrir a melhor maneira de os educar. E eles estavam certos que isso era importante, é claro, mas não era a mais.

Antes de tudo, você precisava conseguir a confiança deles. Todo o resto podia ver depois disso, com comunicação e negociação e regras que funcionassem para todos os lados. Isso podia ser decidido quando todos confiassem o suficiente para discutirem o que queriam e o que pensavam honestamente.

O problema de se conseguir a confiança de alguém em primeiro lugar?

Demorava tanto. No caso deles, era como comprar um quebra-cabeça usado e tentar montar a imagem da caixa apesar da pessoa a quem ele pertencia antes deles ter perdido algumas das peças e eles nem terem muita certeza do que a imagem era, para começo de conversa. Era um processo lento, era juntar pedacinhos que nem sempre pareciam realmente se encaixar, até que seus olhos estivessem ardendo e as pontas de seus dedos doendo, e, de vez em quando, não dava para não ficar irritado.

No final, valia a pena.

Valia.

 

 

Draco não descrevia James como assustado. Não seria certo, e não seria a verdade. Apreensivo, então. Muito incerto do que deveria fazer, do que Draco e Harry esperavam que ele fizesse. Ele tentou manter uma fachada de confiança e relaxamento, mas toda vez que ele fazia uma piada, Draco via ele parar por um meio segundo, olhando para ver se Draco e Harry iriam ficar bravos. Ele sempre relaxava notavelmente quando percebia que eles não iriam.

Scorpius o achava engraçado, escondendo suas risadinhas por trás de sua mão e o olhando como se James fosse a pessoa mais maneira que Scorpius já tinha visto em toda sua vida. James era mais velho, afinal de contas, e pelo jeito como ele tentava agir, Draco imaginava que ele fosse bem popular lá em Hogwarts. É claro que Scorpius o olhava daquele jeito, Draco tinha esperado por isso.

O fazia estremecer só pensando na bagunça que aqueles dois iriam fazer quando deixados sozinhos em Hogwarts. Que bom que era McGonagall que iria lidar com aquilo, não ele.

Por enquanto, James era bem educado, não fazendo nada que pudesse explicar porque ele era conhecido como um "delinquente" no seu histórico. Ele dizia obrigado e por favor e chamava os dois de Sr. Potter e Sr. Malfoy, a voz muito sem emoção.

Ele não confiava nem um pouco nos dois.

Era melhor com Scorpius. Ele deixava Scorpius segurar a mão dele e, quando Scorpius começava a falar sem parar sobre algum livro que ele estava lendo, James apenas concordava com a cabeça, sorrindo apesar da confusão óbvia em seus olhos e bagunçando o cabelo de Scorpius.

Sempre que Draco tentava fazer uma pergunta para James, ele só o dava uma resposta monossílaba, nem um pouco como o adolescente energético e barulhento que Draco sabia que ele era, quando estava mais confortável. Quando perguntado sobre suas aulas, ele iria soltar um monte de besteiras e então praticamente sair correndo, as bochechas pegando fogo.

Ele tinha um hábito bem estranho de pular a sua janela e ficar andando pela varanda não importa o quão frio estivesse e o quanto ele estivesse tremendo, e aí James apenas ficava brincando na borda com toda a calma do mundo. Nunca falhava em dar um ataque cardíaco em Harry e Draco quando eles o percebiam lá, e nunca falhava em o deixar muito envergonhado e tenso quando ele percebia que tinha sido pego.

Então, foi isso que eles fizeram – eles continuaram vivendo normalmente. Não procuraram por uma solução milagrosa ou um grande momento que faria James confiar neles de repente. Os Potter-Malfoy continuaram com a sua rotina normal, abrindo espaço nela para James e esperando ele ter vontade – e coragem – de entrar.

E, aos poucos, ele foi.

Ele ia com Draco no supermercado, correndo com o carrinho e rindo alto, mas parando sempre que Draco o chamava, fazendo perguntas sobre todos os ingredientes que eles compravam. Ele ensinava Scorpius como usar os vídeo-games Trouxas que eles tinham comprado anos atrás e nunca conseguido ligar, os dois passando horas só sentados no sofá se divertindo. Ele ficava sentado do lado de Harry enquanto Harry trabalhava, hesitantemente o perguntando sobre os casos que Harry estava tentando resolver e, ainda mais hesitantemente, oferecendo ideias.

James, apesar de obviamente não perceber, cabia certinho na vida deles.

E talvez tenha demorado umas quatro semanas para ele arranjar coragem e pedir por uma vassoura, e ele tenha parecido bem surpreso quando Draco imediatamente o comprou o mais novo e mais caro lançamento que eles tinham, uma vassoura de nível profissional. Talvez ele tenha demorado meses para se referir a Draco e Harry como seus responsáveis, ainda mais tempo – um ano inteiro – para ele usar a palavra pai.

Era ok. Eles só precisavam de tempo.

Uma vez que James confiou neles, todo o trabalho duro valeu a pena.

 

 

Foi descoberto, depois de algumas semanas de James morando com eles, que o menino torcia para as Holyhead Harpies. Draco não sabia como eles não tinham notado antes, considerando todos os posters, blusas e bonés que James tinha do time, mas, entre todas as suas tentativas de conhecer, eles nunca tinham parado para pensar em Quadribol.

Dita revelação os levou a apresentarem James à Ginny, o que por vez acabou com os dois passando três horas treinando Quadribol no jardim da casa da mulher enquanto James a encarava como se ela fosse uma deusa andando na Terra. Ele a pediu um autógrafo, os olhos tão arregalados que nem cabiam em seu rosto direito – em resposta, Ginny o deu ingressos VIP para seu próximo jogo, para ele poder conhecer todas suas colegas.

E foi assim, com James já morando com eles por algumas semanas, que Draco teve que lidar com o fato de que seu novo filho era o fã número um da Weasley Fêmea, e ela era a pessoa favorita dele em todo o mundo. Ele a chamou de tia antes de chamar Draco de pai, pelo amor de Merlin!

Draco não estava super feliz com isso, mesmo que soubesse, logicamente, que seu ciúme era ridiculamente infantil. E a mulher sabia disso, ela sempre ria tanto toda vez que eles se encontravam, toda cabelos ruivos e muitas sardas e um sorriso selvagem, a mulher mais Weasley que Draco podia imaginar.

Honestamente, foda-se Ginevra Weasley.

E foda-se Harry Potter também, porque ele não tinha nenhum direito de rir da cara emburrada de Draco – mesmo que Draco não fosse reclamar tanto assim quando Harry, ainda rindo, beijasse a careta de Draco até ele estar rindo também.

Essa parte Draco até que gostava, e do quão animado James sempre ficava quando ia ver Ginny jogar, então talvez ele tivesse que admitir que a mulher não era tão ruim assim. Talvez.

Tanto faz.

 

 

Albus apareceu na vida deles através de Scorpius.

Foi quando Scorpius tinha treze anos e James dezessete, e, de primeira, realmente não havia nada que chamasse muita atenção sobre a existência de Albus, apenas a frase "eu fiz um novo amigo, o Albus, ele é um sonserino e ele é bem ruim em Quadribol," escrita em uma carta muito longa que envolvia muito mais coisas sobre o dia de Scorpius. Draco mal se lembrou do nome dele, naquela primeira vez.

E então Albus continuou aparecendo em todas as cartas que Scorpius os escrevia. Era Albus ali, Albus aqui. Albus fez isso, Albus fez aquilo. O tempo todo. Até James, que mandava cartas apenas uma vez na semana, passava um tempão delas descrevendo algo estúpido que ele tinha visto Scorpius e Albus fazendo.

De certa maneira, antes mesmo de o conhecer, Draco sentia como se o conhecesse – ele sabia que Albus não gostava de Quadribol, que ele se dava tão bem nas aulas quanto James (ou seja, bem pouco), que ele tinha um senso de humor que Scorpius descrevia como bem "cortante" e que ele "não parece muito amigável à primeira vista, mas eu juro pai, ele é uma das pessoas mais legais que eu já conheci, ele é meu melhor amigo e ele é tão, tão incrível, você precisa conhecer ele—"

Aquele fim de ano, quando eles foram pegar as crianças na Plataforma 9¾, depois dos abraços para todo lado e as lágrimas vindas de todos menos James (apesar dele ter fungado um pouco, achando ser discreto, o adolescente que ele era), Scorpius pegou as mãos de Harry e Draco, um olhar muito decidido em seu rosto, e os guiou em direção a Albus para poder os apresentar.

Albus tinha a cara entediada de alguém que estava, por dentro, planejando o assassinato de todos ao seu redor, apesar de que as cartas de Scorpius diziam que era só a cara normal dele. Quando eles foram se apresentar, ele apertou as suas mãos de tal maneira que lembrou Draco dos colegas de negócios de seu pai.

Albus encarou seus pés, porém, mudando o peso de seu corpo, e Draco podia dizer que ele estava, por dentro, com muita vergonha e muito preocupado com o os pais de seu amigo iam achar dele.

"É um prazer conhecer o melhor amigo do meu filho," Harry disse, o lançando o tipo de sorriso bem reluzente que ele sempre usava quando alguém o parava na rua para pedir uma foto ou autógrafo. "Você está esperando seus pais?"

Albus os encarou, os olhos muito de repente sem nenhum traço de vida.

"Eu tô esperando a Matrona do meu Orfanato."

Uma semana depois, eles já tinham adotado Albus.

Era a única coisa lógica a se fazer, obviamente.

 

 

Albus, se isso era possível, era ainda mais desconfiado do que Scorpius e James tinham sido.

Não era que Scorpius estivesse mentindo. Albus era amigável, de certa maneira. Ele falava um monte com Scorpius, porque ninguém conseguia ignorar Scorpius, e de vez em quando ele e James trocavam insultos quando eles achavam que os adultos não podiam ouvir, apesar de que o modo como eles riam depois de ditos insultos deixasse claro que eles eram mais uma piada interna do que qualquer coisa, e realmente não havia necessidade de pedir para eles pararem. Não que Draco poderia pedir, se houvesse tal necessidade.

Ele nunca via Albus.

Ele o ouvia falando com Scorpius e James, sim, mas sempre que Draco o procurava para tentar falar com ele, Albus conseguia desaparecer completamente, quase como se ele nunca nem estivesse estado naquela casa para começo de conversa. Ele mal aparecia para comer, a não ser quando Scorpius o arrastava, mesmo que ele fosse tão magrelo e tão irritadiço e certamente precisasse de comida e doces.

Havia algo sobre o jeito como ele se movia, tão assustadoramente silencioso. Em um minuto Draco tinha quase se esquecido que ele morava ali, no outro Albus estava bem na sua frente, sem fazer nenhum som, o rosto tão solene e inexpressivo. Era como se eles tivessem adotado um gato bem grande, apesar de que, ao menos um gato iria miar ocasionalmente.

Uma vez, Draco foi dar um aperto no ombro de Albus e ele pulou para longe com tanto pânico no rosto que Draco nem soube muito bem como reagir, apesar de que ele nem precisou, Albus correndo em direção ao seu quarto com uma rapidez que Draco não sabia que ele tinha.

Esse incidente, de uma maneira bem horrorosa, respondia um monte de perguntas.

Harry percebeu isso também. Eles estavam na cama um dia, a cabeça de Harry apoiada no peito de Draco, seus braços o apertando com a mesma força que ele usava quando tinha pesadelos por causa dos Dursleys, depois de todos esses anos. Draco estava fazendo cafuné no cabelo dele, esperando que ele falasse algo.

"Al me lembra um montão de mim mesmo quando eu era criança," foi o que saiu da boca dele, um sussurro temeroso. Aquela frase significava tantas coisas, para os dois. Fazia o coração de Draco acelerar, enquanto ele se abaixava para beijar Harry.

De vez em quando, por causa de algumas pessoas, ele achava que Crucius não deveriam ser ilegais.

Não iria solucionar a situação deles com Albus, porém, não no momento. Draco o deu tempo também. Não havia muito que ele pudesse fazer, jeito nenhum que ele poderia obrigar Albus a se abrir sem fazer ainda mais danos. Eles apenas iriam ter que esperar.

Albus realmente foi saindo lentamente, testando as águas muito como James, apesar de que ainda mais cuidadosamente – seu primeiro passo foi conversar com Scorpius perto de Draco e Harry, e então começando a ir comer com eles, e depois de mais algumas semanas finalmente responder quando Harry ou Draco o faziam uma pergunta a mesa.

Um dia, mais de um mês e meio depois de ter sido adotado, Albus foi atrás de Draco enquanto ele estava na cozinha preparando o jantar, suas sobrancelhas franzidas daquele jeito meio irritado que acontecia de ser natural para a cara dele, mas o modo como ele estava brincando com seus dedos traindo seu nervosismo.

"Posso te ajudar a cozinhar?" ele perguntou, a voz bem baixinha e séria.

Draco o lançou o sorriso mais sincero que era capaz de fazer.

"É claro. Você sabe cozinhar?"

Albus balançou a cabeça, negando.

"Eu quero aprender," explicou, parecendo muito com um pequeno adulto.

E então eles começaram.

 

 

Harry um dia foi para varanda com Albus. Draco não o perguntou sobre o que eles conversaram, porque ele sabia que era sobre Dursleys e o equivalente que Albus tinha deles. Quando os dois voltaram, Albus estava fungando baixinho e os olhos de Harry também estavam um pouco vermelhos, mas quando Harry colocou uma mão no ombro de Albus e sorriu para ele, Albus o lançou um sorrisinho muito hesitante.

Era a primeira vez, Draco percebeu, que ele via Albus sorrindo.

 

 

Pansy amava Albus. De todos os resultados possíveis, não era isso que Draco esperava que acontecesse, mas, por alguma razão, Pansy tinha decidido que ela amava Albus e que ela iria, por tanto, ser a "madrinha" dele, apesar de nem Draco nem Harry terem a dado esse papel. Eles nem 1tinham a convidado para ir na sua casa.

Draco não sabia o que Pansy e Albus conversavam. Ele suspeitava que ela o contasse histórias constrangedoras sobre Draco, porque depois de passar algum tempo com Pansy, Albus sempre tinha dificuldade de olhar Draco nos olhos sem soltar umas risadinhas. Pansy fazia as unhas dele, também, e o comprava um monte de roupas e presentes e doces, gastando o dinheiro Parkinson dela com tanta facilidade quanto Draco gastava seu dinheiro Malfoy.

"Você está mimando ele," Draco comentou um dia, e Pansy soltou uma gargalhada tão alta que fez os ouvidos dele doerem um pouco.

"Draco," ela disse, o lançando um sorriso de lado levemente enfurecedor, levemente cheio de afeição, "eu nunca conheci ninguém que mimasse crianças tanto quanto você mima as suas."

Draco nem podia discutir, porque para cada coisa desnecessária que Pansy comprava para Albus, Draco comprava umas duas. Ele tinha sido uma criança mimada, afinal de contas, e ele tinha crescido e virado um adulto que gostava de mimar todas as crianças ao seu redor, até mesmo as crias Weasleys. Ele não podia evitar!

E, de qualquer maneira, Albus parecia se divertir com toda a atenção que Pansy o dava, a chamando de madrinha quando ela o chamava de sobrinho, então Draco realmente não iria falar nada.

 

 

Assim como Albus, eles conheceram Lily por causa de uma carta.

Nesse caso, foi uma carta escrita pela menina e mandada para Harry.

"Olá, Sr. O Menino Que Sobreviveu," estava escrito de vermelho, os pontos dos I's em formato de coração. "Eu li muitos livros sobre a Segunda Guerra (eles são super interessantes!) e eu sou uma grande fã sua! Eu também sei que você e seu marido vem adotando várias crianças, o que eu acho muito legal, e eu só queria dizer que eu sou uma órfã. Sabe, só para você saber. Tô brincando. Mais ou menos. Será que você poderia me mandar um bilhete com o seu autografo de volta para mim? Eu realmente iria amar! Mais para baixo eu coloquei algumas perguntas que eu tenho sobre a guerra, se você não se importar de me responder. Os livros podem ser bem confusos!"

Quando Harry realmente apareceu no Orfanato de Lily, ela tinha imediatamente pulado nos braços dele, perguntando, muito animadamente, se ele tinha vindo para a ensinar história.

Lily era uma criança tão animada e curiosa quanto Scorpius tinha sido, mas sem nenhuma da timidez dele. Ela era muito doce e muito sorridente, e pelas fotos que Draco tinha visto, era coincidentemente a cara da mãe de Harry. Draco só pode sorrir enquanto usava magia para criar um novo quarto na casa deles, Lily exclamando os detalhes que ela queria, como a cor de parede e os lençóis da cama.

Ela era bem energética mesmo. Tão energética quanto James, só que sem nem tentar ficar parada. Lily, na verdade, tinha o hábito muito estranho de ficar correndo pela casa brincando com a sua varinha até ela se cansar, e então ela simplesmente pegava no chão aonde quer que ela estivesse. Até então, os lugares mais interessantes em que eles tinham a encontrado era com a cara plantada no chão da sala, em cima da bancada da cozinha e até em cima da geladeira, de alguma maneira.

Era bem engraçado, se não um pouco preocupante.

 

 

(Draco, admissivelmente, quase chorou no dia em que Lily admitiu ter lido sobre os Comensais, e que ele tinha feito parte deles, e que ela não se importava tanto assim, mas ele podia, por favor, a contar mais sobre Voldemort? Ah, por favor, ela queria tanto entender qual era a dele!

Ele falou o que sabia, mas não era muito. Nunca tinha tido muito tempo para perguntar sobre as razões dele ser do jeito que era, muito ocupado tentando não vomitar de medo.

Lily, porque ela era um anjo, o deu um beijinho estalado na bochecha e o abraçou, agradecendo pelo pouco de informação nova que ele podia dar. E, se uma lágrima caiu pela bochecha de Draco enquanto ele a abraçava de volta, ela não comentou sobre isso, então podia ser o segredo dos dois)

 

 

Então, aqui estava o grande segredo sobre se criar uma família – mais importante do que sangue, do que convivência, do que tudo, você precisa conseguir a confiança completa de todas as pessoas envolvidas e isso? Isso é difícil pra caramba. Isso demora. Era como montar um quebra-cabeça com peças faltando, no caso da família de Draco. Você trabalhava pela sua família. Você brigava por ela, e de vez em quando você brigava com ela, no caso das crianças.

Mas valia a pena.

Porque, é, Scorpius ainda os acordava no meio da noite chorando porque ele teve pesadelos e não conseguia respirar direito. James ainda pulava a janela dele e ficava brincando na borda sem a mínima preocupação com sua segurança. Albus ainda tendia a desaparecer por horas e horas, não podendo ser encontrado nem por Scorpius, apenas para voltar como se nada tivesse acontecido. Lily os fazia, em toda inocência de criança, perguntas sobre pessoas que ela não sabia, mas que tinham sido seus colegas. Que eles tinham visto morrer, durante a guerra.

E isso cansava. Isso irritava e preocupava e causava pequenos ataques cardíacos neles.

Mas então outras partes do cotidiano deles, como o fato de que Scorpius gostava de ler em voz alta para eles, e Albus gostava de cozinhar com Draco. James gostava de trabalhar com Harry, e Lily gostava de fazer tranças no cabelo de Draco. Eles gostavam de ficar juntos na sua cozinha, fazendo tudo isso ao mesmo tempo, e rindo e conversando e sorrindo. Harry gostava de beijar Draco, sempre ele passava por ele na mesa, de beijar sua boca e a ponta de seu nariz e a Marca em seu pulso, com toda aquela delicadeza e amor que o lar deles emanavam.

E todo o trabalho duro que eles já tinham feito valia a pena.

FIM


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Doubt The Stars Are Fine" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.