A Bruxa escrita por Priy Taisho


Capítulo 5
V – Quintus


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Eu só consigo escrever essa história quando to realmente inspirada, então, perdão por toda demora.
Sei que to devendo resposta de review também, mas desde já agradeço por todo o feedback! ♥
Boa leitura,



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V – Quintus

— Ao menos uma decisão correta.

As palavras de Temari eram ácidas, mas Sakura não havia virado em sua direção para refutá-la. Aquele era um momento em que elas precisavam concentrar-se e garantir que a missão não sairia do controle.

— Qualquer erro e nós seremos descobertas. – A Haruno avisou com seriedade enquanto fitava o rosto de cada uma das irmãs. – Um único erro e nós seremos fadadas à morte.

— Vamos todas morrer de qualquer jeito.

A falta de protesto de uma das bruxas foi o suficiente parar dar aquela reunião como encerrada.

Elas se separaram e como vultos negros seguiram na direção do armazém onde os caçadores estavam. Eram cerca de quarenta homens, que fediam a álcool e que não conseguiram perceber quem os atingira a menos que fosse tarde demais.

Apenas cinco delas entrariam. O restante do Coven montaria uma barreira de proteção para garantir que nenhum humano visse o estrago que elas causariam antes do momento certo.

Hinata as liderava, recitando cada encantamento com uma força aterrorizante. Os olhos prateados brilhavam e a magia azulada que escapava por seus dedos reforçava ainda mais o campo de força.

Sakura e Temari eram as responsáveis pelo ataque. Ambas as bruxas haviam ordenado que Tenten, Matsuri e Shiori imobilizassem todos aqueles que acordassem durante sua busca por Ino.

Haviam candelabros e lâmpadas com óleo que elas deixaram cair sobre o chão enquanto caminhavam. O fogo rapidamente começava a consumir a tapeçaria e os móveis, os homens que dormiam ao chão eram os primeiros a gritar, sendo consumidos pelas chamas que não apagavam de maneira alguma.

O feitiço que Sakura proferia a cada vez que uma nova chama surgia era maligno, algo que poucas bruxas tinham controle. As chamas eternas só seriam apagadas quando elas permitissem e antes disso, consumiriam tudo em seu caminho.

— Bruxa! – Um dos homens gritou avançando na direção delas com foices. Eles pareciam abismados com tudo o que estava acontecendo. – Vamos mata-las! Malditas, hereges!

Uma das laminas acertou o braço de Sakura, mas ela foi ágil o suficiente para fazer com que o homem que a acertara atingisse uma das estacas presas em uma das paredes. Em sua grande maioria, eles eram empurrados diante das chamas ou feridos com suas próprias armas.

Uma parte da Haruno sentiu prazer em observar o momento em que a vida deixou de habitar o corpo de um deles. Ela o tinha ferido com as próprias mãos, fincando a adaga afiada que ele pretendia atingi-la em sua própria traqueia.

— Vamos matá-los por fazerem isso com a nossa irmã. – Ela rosnou enquanto pressionava ainda mais a lâmina contra ele. – Nós somos as bruxas que vocês estão caçando há tanto tempo. – O homem que grunhia sangue tentou atingi-la, mas o ódio nos olhos da bruxa foram o suficiente para pará-lo. – E todos vocês vão queimar conosco.

As chamas que o consumiram não atingiram Sakura. Ela o viu se debater como muitos outros e naquele instante, lembrou-se de que ele era um dos que açoitavam Ino na praça.

Sakura se afastou e junto das irmãs, deixou um rastro de sangue e fogo.

— Ino está aos fundos. – Temari disse enquanto fazia um gesto de mãos. Dois homens que pensaram em atingi-las pelas costas ficaram presos em grilhões que eram suspensos ao teto. – Esse lugar é uma verdadeira câmara de tortura. – Ela cuspiu ao chão e seus orbes verdes estavam repletos de nojo.

Temari estava certa. Quanto mais adentravam ao lugar, mais e mais instrumentos de tortura apareciam. Havia sangue em muitos deles, sangue de mulheres inocentes que extinguia qualquer resquício de pena que pudesse habitar o íntimo de Sakura.

As bruxas continuavam prendendo, queimando e matando todos que cruzavam seus caminhos. Os caçadores que pensavam em fugir pela janela, eram surpreendidos pelo restante do Coven e seus corpos eram arremessados para dentro das chamas.

Não havia escapatória.

— Tirem ela de lá. – A Haruno ordenou ao vê-la. Ino tinha os braços presos a correntes na parede e suas pernas estavam repletas de feridas que ameaçavam infeccionar a qualquer instante. – Por todos os deuses, o que fizeram com você?

O espírito que habitava o corpo de Ino estava tão exausto que ela sequer notou a confusão que instaurava-se ao seu redor.

— Tirem ela logo daí, pelos deuses. – Temari bradou para as garotas e olhou para outro ponto com surpresa. – Tome cuidado, Sakura!

O empurrão que atingiu a Haruno também havia pego Temari desprevenida. Dois dos caçadores que estavam escondidos nas sombras, esperando o momento certo para ataca-las.

— Tirem a Ino daqui! – Temari bradou antes de gritar. Uma faca havia lhe atingido próximo das costelas. – Maldito!

Sakura não conseguiu ajuda-la de imediato. Ela reconhecia os olhos do homem que tinha as mãos sobre seu pescoço. Era o mesmo que Sasuke havia acertado durante a confusão na praça.

— Eu sempre soube que você era uma vadizinha imunda. – Ele bradava apertando o pescoço da bruxa com tamanha força que ela sentia que a qualquer momento seus ossos partiriam. – O taverneiro gosta de comer uma bruxa, não é? Sempre soube que havia algo de estranho nele. – Ele ergueu o corpo de Sakura e o bateu contra as tábuas do chão. – Vamos mata-lo depois que terminamos aqui, gracinha.

— Converse com todos os seus amigos no inferno, pecador. – Sakura murmurou com os olhos enevoados. O homem, a princípio não entendeu, mas logo abandonou a Haruno para apertar a própria garganta. – Faça de novo. – A voz da Haruno não passou de um sibilo.

O homem gritou, pressionando seu peito em busca de ar enquanto seus pulmões inflavam. Ele cuspiu sangue e ousou olhar na direção da bruxa com súplica.

Não havia nada que Sakura pudesse fazer a não ser envolvê-lo em chamas.

A Bruxa

— Tem certeza de que ficarão bem? – Hinata perguntou para as irmãs que estavam feridas. – Precisam de uma infusão de...

— Vamos ficar bem. – Temari pressionava o ferimento na lateral de seu corpo com uma das mãos. – Vocês precisam voltar logo. Os homens deste lugar serão dados como mortos por um incêndio acidental. – Ela olhou para as chamas que consumiam o armazém dos caçadores, mas que ainda estavam invisíveis para os humanos. – Existem outros, eles continuarão nos caçando.

— Tsunade não pode saber sobre o que fizemos aqui. – Sakura que tinha um ferimento no braço avisou. – Ela tirará o Coven desta cidade antes que possamos pensar em impedi-la.

— Cuide disto. – Temari indicou ferimento da Haruno. – Ela não saberá. Agora vão embora.

O Coven permaneceu no armazém segurando as chamas por tempo o suficiente até que Sakura e Hinata retornassem para as casas de Sasuke e Naruto.

Antes de entrar, Sakura tirou o selo que mantinha sobre as chamas do armazém. Agora, os humanos poderiam cessar o incêndio sem maiores impedimentos.

Com um peso em seu corpo que era maior do que o normal e enxergando poucas sombras em meio à escuridão, Sakura pendurou a capa próximo da porta de entrada e arrastou seu pés pelos cômodos em direção ao banheiro.

Lavou o cabelo e livrou-se de toda a fuligem que cobria seu corpo, bem como o sangue. Havia tanto dele que manchou toda a porcelana da banheira em que ela estava deitada. O banheiro tinha uma vista linda para a floresta que permeava os fundos da casa de Sasuke.

A luz da lua começava a desaparecer e os raios alaranjados manchavam o horizonte com a promessa de um novo dia.

— Por que está tomando banho em uma hora como essa?

A voz de Sasuke surpreendeu Sakura.

Ele estava encostado em um dos batentes da porta, sem camisa e com o cenho franzido. A pouca claridade do banheiro o impedia de ver todas as manchas de sangue e fuligem que haviam saído do corpo da Haruno.

— Não consegui dormir. – Ela disse em um múrmurio. – Nem mesmo meu chá conseguiu me ajudar. – Sakura sorriu fracamente para ele e Sasuke tinha um semblante preocupado.

— Por que não me acordou?

— Você estava dormindo como um anjo. – Ela disse em resposta, usando a água para lavar o ferimento antes de escondê-lo. – Devo me sentir culpada por não tê-lo acordado?

— Só se estiver mentindo para mim. – Sasuke não mudou sua expressão ao proferir tais palavras, nem notou nada de estranho nas feições da Haruno. – Vou buscar toalhas limpas pra você.

— Você é tão gentil. – A Haruno sorriu para ele e bateu algumas vezes na água da banheira, para dissipar quaisquer manchas que existissem ali. – Posso encher a banheira com água quente. Para nós dois, se não estiver disposto a dormir.

Algo no sorriso dela desmoronou toda desconfiança que Sasuke tinha. Ela sempre soube que aquele homem era muito mais esperto do que qualquer um que havia encontrado em toda sua vida.

Sakura sempre soube que Sasuke era um risco necessário. Necessário apenas para ela.

— Vou buscar as toalhas. – Ele afirmou mais uma vez. – Para nós dois.


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Notas finais do capítulo

Continua...Mereço reviews? O que acharam?
Até a próxima,
Beijão!



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