- Lizie! – Feliks grita.

Na sala, Alessa e Levilian ouvem o grito de Feliks e disparam na direção da cozinha.

- Elizabeth! – Alessa grita.

Ajoelhando-se no chão junto a Feliks, os três começam a conversar:

- Há quanto tempo ela está sem sangue Alessa? – Feliks pergunta.

- Acho que desde o começo da guerra... – ele diz, se dando conta da situação.

Levilian dispara escada acima.

- Aonde vai Levilian? – Feliks pergunta.

- Já volto! – ele diz, sumindo no corredor.

- Alessa me providencie uma seringa.

- Ok.

Alessa vai numa outra direção da casa.

- O que há comigo...? Por que eu não vi isso...? – Feliks se pergunta.

Pegando Elizabeth nos braços ele vai na direção do quarto dela escada acima.

Já lá em cima, ele coloca Elizabeth deitada, Levilian surge pela porta.

- Achei. – ele diz.

Ele tem um vidrinho em forma de gota nas mãos, cheio com liquido vermelho dentro.

Alessa aparece pouco depois, com uma injeção.

- Me dê isso aqui, Alessa!

Alessa da a seringa nas mãos de Feliks, Feliks pega o vidrinho em forma de gota das mãos de Levilian.

Puxando o repouso da seringa ela se enche de liquido vermelho, ele o aplica diretamente da jugular de Elizabeth, pra que ele comece logo a circular.

- Levilian, preciso de mais um ou dois desses. – Feliks diz, muito sério.

Feliks arregaça as mangas e diz:

- Por favor Alessa, saia.

- Como assim?! Como você espera que eu...

- Não discuta comigo! Saia!

Feliks guia Alessa pra fora, Levilian chega com os dois vidros que ele entrega a Feliks.

- Vocês dois esperem lá embaixo.

Feliks fecha a porta, trancando-a com chave.

- Desculpem... Mas se for algo sério... – ele pensa.

No andar de baixo, Alessa é a pessoa mais inquieta do mundo.

- É só anemia, Alessa, vai passar. – Levilian diz, sentado em uma das cadeiras da sala.

- É minha culpa... Eu me esqueci desse detalhe.

- Você sempre teve a mania de pegar toda a culpa pra você, não é?

Alessa para de andar de um lado para o outro na sala, olhando para Levilian, que exibia um olhar complacente.

- É... – Alessa concorda, se sentando.

- Pede ela em casamento Alessa. – Levilian diz.

- O que?... – ele olha pra Levilian surpreso.

- Eu sei que é o que você quer, mas tem medo que ela esteja com medo de você.

Alessa olha pro chão.

- Eu... Não tenho tanta autoconfiança assim.

- Eu sei. – Levilian sorri. – Essa situação só prova o que eu disse.

Alessa permanece em silêncio.

- Tem razão... Obrigado... Liv. – ele sorri.

- De nada Alessa. – Liv retribui o sorriso.

Enquanto isso, no quarto...

Feliks acabara de aplicar o resto do terceiro vidrinho, e via a respiração de Elizabeth começar a estabilizar. Ele sai do quarto e desce.

- Alessa. – ele chama.

Alessa levanta e vai até ele.

- Ela vai ter algumas seqüelas leves, agradeça por ela ser só parte vampira, o lado humano dela segurou as pontas enquanto o sistema estava anêmico, ela começou a queimar o próprio sangue.

- Ela vai ficar bem? – Levilian pergunta, antes que Alessa pudesse dizê-lo.

- O rim direito dela deve estar um pouco comprometido, preciso fazer alguns exames depois, talvez ela precise fazer hemodiálise, ou precise de transfusão de sangue, não sei ainda.

Alessa respira um pouco mais aliviado.

- Ela vai dormir por algumas horas, depois você vai falar com ela.

Horas depois...

- Elizabeth... – Alessa diz, entrando no quarto.

- Oi... – ela diz. – Numa escala de um a dez, qual foi o nível de desgraça que eu causei...? – ela diz, a voz um pouco rouca.

- Nove vírgula nove.

- Ah... Desculpe então.

- É só não fazer de novo. – ele sorri. – ...Desculpe, eu esqueci. - ele diz, parecendo um pouco culpado.

- Não é sua culpa, eu também não lembrei...

- Elizabeth.

- Hum?...

- Eu preciso dizer uma coisa, talvez a coisa mais importante que eu poderia te dizer.

- Nossa. O que...?

- É que...

- Hum?

- Quer se casar comigo?

O ar falta.

- O que...?