Meu Amigo Oculto escrita por Aleksa


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Uhuuuu! Resolvi o primeiro bloqueio de criatividade!
(Foi rápido) Agora só falta mais um!
(Pessoa que estava parada nesse capítulo a três dias)



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Capítulo 15

 

Quando acordei na manhã seguinte, eu sentia como se minha cabeça tivesse sido atropelada por um caminhão de guerra...

- Ai! - reclamei.

Me levantei, caminhei pelo quarto até achar minha mala, minha toalha e ir para o banheiro do quarto. Para que não acontecesse  nenhum acidente, me troquei no banheiro mesmo. Saindo eu me dirigi escada a baixo, e eu ainda não entendia como não tinha me perdido... Aliás, onde estavam todos os criados? Desde que Alessa os dispensou eu não havia visto nenhum...

Lá embaixo o cheiro que café me chamou a atenção.

- Café... - pensei.

Segui o cheiro pelos corredores, até acabar numa sala branca, com uma enorme mesa, haviam umas seis portas balcão espalhadas pela sala, que davam para o jardim de trás; no meio tinha um mesa de jantar muito longa, cheia de coisas que aparentavam ser muito boas... Mesmo assim Alessa nem olhava na direção da mesa, estava sentado numa poltrona azul no canto da sala, com uma camisa de lã verde erva-doce, de mangas compridas, que lhe cobria parcialmente os dedos, indo mais ou menos até a segunda junta de seus dedos.

- Alessa. - chamei.

O olhar dele cruzou a sala, até a porta, onde eu estava parada.

- Com fome, meu anjo? - ele perguntou sorrindo.

Isso era uma pergunta muito delicada, considerando que eu sou uma vampira...

- Erm, pergunta difícil. - respondi.

A noite anterior era um borrão na minha mente, eu estava morrendo de medo, não sabia se algo tinha acontecido...

- De resposta simples. - ele deu de ombros.

- Não, estou sem fome na verdade. - respondo por fim.

- Certo.

Ele estalou os dedos e três criados começaram a tirar a mesa. De onde saiu aquela gente?!... Fiquei esperando que eles terminassem, e depois de aproximei de Alessa, pra lhe fazer uma pergunta discreta.

- Erm... Alessa.

- Hum? - ele perguntou, colocando os pés sobre a poltrona.

- Ontem...

- Uhum...? - ele disse, aguardando que eu chegasse à pergunta.

- Aconteceu... "Alguma coisa"?

- Defina "alguma coisa", meu anjo. - ele perguntou, usando a minha entonação para dizer "alguma coisa".

- Erm... Deixa pra lá. - conclui.

Depois do café, caminhei pra fora e fiquei vagando pelo jardim. Até parar em frente ao muro da noite anterior... E foi quando minha mente se inundou com os acontecimentos que lá se passaram.

- Q-Q-Q-Q-Q-Q-Q-Quê?! - custei em dizer.

Corri pra dentro pra caçar Alessa pela casa, fazia uma hora que eu estava passeando pelo jardim, nesse meio tempo ele podia estar em qualquer lugar da casa...

Andei por metade daquela casa gigantesca, já que era impraticável andar por ela toda... Cansei de procurar e voltei para o quarto... Onde Alessa dormia segurando um livro de capa vermelha...

- Estupidez... - me odiei.

Caminhei até ele, estava com um pouco de medo de acordá-lo... Ele ficava tão bonitinho dormindo!

- Alessa... - chamei, acho que baixo demais até mesmo pra que eu ouvisse.

Desisti de acordá-lo era óbvio que eu não tinha muito talento pra isso. Me sentei ao lado de Alessa na borda da cama, olhando-o respirar, e tirando seu cabelo da frente dos olhos.

- Você nem parece ser um problema... - suspirei frustrada.

Flashs da noite anterior pipocavam na minha mente, não acreditava no que tinha feito! Quer dizer, eu queria matá-lo. E a imagem que eu fazia das expressões dele estavam começando a me fazer corar.

- O que eu faço? - reclamei.

Parei e fiquei observando-o dormir, era tentador ficar lá parada só olhando sem fazer nada, tanto que depois de um tempo... Minha vontade venceu a razão.

Segurei meu cabelo com as mãos e fui descendo lentamente até o rosto de Alessa, eu nem sabia por que estava fazendo isso... Parei pouco antes de beijá-lo, já podia sentir a respiração dele no meu rosto.

- Não posso... - conclui, sentido meu peito se descontrolar.

- Por que não?

Quando virei novamente Alessa me olhava com os olhos semi-cerrados e um sorriso.

- Ah~! - berrei. - Há quanto tempo está acordado?!

- Desde quando você se sentou no canto da cama. - ele riu.

Desviei o olhar.

Eu já ia começar a gritar com ele, mas quando me virei na direção dele ele estava a poucos milímetros de mim, gelei.

- E-Eu me lembrei da noite passada... - eu gaguejei, indo um pouco mais pra trás.

- Ah é? - ele disse, sentando-se de pernas cruzadas sobre a cama.

- É...

Ele ficou me olhando como quem diz: "tá... e?".

- Eu... Quer dizer, eu não... É que eu... - tentei formular uma frase que fizesse sentido, mas não consegui...

- Relaxe, não pedirei nada de você, não é por causa daquilo que eu vou dizer que estamos namorando, você não estava no controle de você mesma ontem.

- Ah, é... - preferi simplesmente concordar.

Ele me pegou pela gola da blusa e me jogou na cama ao lado dele, sentando-se no meu estômago, abaixando devagar até bem próximo da minha boca.

- Mas isso também não quer dizer que eu não tenho interesse nenhum por você. - ele riu.

Batem na porta.

Salva pelos criados...

- Teve sorte dessa vez... - ele disse, com cara de contrariado, e uma expressão que gritava: "te pego na próxima".

Ele levantou e foi até a porta, eu continuei deitada, foi tão surpreendente que eu nem sequer pude assimilar ainda. Enquanto Alessa terminava de falar com o criado eu tentava salvar meu cérebro da combustão espontânea...

- Sim senhor.

A conversa acabou.Ele fechou a porta.

- Mas... O QUE FOI ISSO? - gritei.

- Estava falando com a cozinheira? - ele disse, com uma falsa cara de desentendido.

- Não estou falando disso, e você sabe!

- Sei? - ele perguntou se sentando.

- Eu te mato!

Gritei me jogando nele, ambos caímos no chão, acabei sentada nele.

- Você já faz isso. - ele disse, puxando o cabelo da frente e mostrando uma marca um pouco mais clara em sua pele de onde eu havia cravado meus caninos.

- Por que você se dispõe a isso...? – perguntou a após um momento de silêncio.

Ele sorri, pensando no que responder.

- Eu não sei. – ele suspira. – Só que... Gosto da sua presença.

- Você nem é humano, como me conhece?

- Você foi um caso intrigante, que eu quis acompanhar de perto.

- Por quê?

- Por que eu amo a humanidade. – ele sorri. – Sempre os observei. Vocês são tão extremos com seus sentimentos, tão seguros de suas escolhas, tão passionais... Me fazia... Feliz, ver a felicidade de vocês... Você quer tanto assim arrancar isso de mim?

- Alessa...


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Notas finais do capítulo

Sim, podem ficar com raiva de onde eu parei XD