FAST LOVE – FIRST LOVE > UM CONTO DE CARNAVAL escrita por Bubuh 2008


Capítulo 7
Capítulo 7




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Eu, Any e Chris conversávamos animadamente no bar. Nosso papo estava bem agradável, Chris voltara a ser a pessoa descente que conheci.

—Cadê o Alfonso, Dulce?- perguntou Any.
—Nem sei... Acho que foi em casa!
—Já estou aqui!!!! -me beijou na bochecha e sentou-se ao meu lado. -Fui em casa me trocar, aquela roupa estava acabando com a minha moral!
—Ah, você demorou muito! Até parece mulher pra se arrumar...-ele me deu um pedala, me fazendo rir. -E ainda continua com batom na boca, =p!-ele se aproximou do meu ouvido.
—Então, tira pra mim...=D!- eu dei um sorriso safado. Me aproximei do rosto dele e minhas mãos fizeram conchinhas na direção de nossas bocas, para disfarçar um pouco o que eu faria. Minha língua passou por seus lábios com agilidade e invadiu com tudo sua boca. O beijo não demorou muito pois estávamos em um lugar público e minha razão resolveu dar sinais de vida.
—Prontinho!-selei nossos lábios e tirei minhas mãos de seu rosto, envolvendo seu pescoço.
—Obrigado, meu docinhoo!
—Disponha!
—Depoois, eu o faço!
—Nossa, não via você feliz assim há séculos, Dulce!!!
—Pára, Any!!! Falando assim até parece que eu fui uma adolescente deprimida.
—Não, não.... Só quietinha demais! Mas, pelo visto, isso só foi uma fase, né?! Safadjenhaaa!!! Aposto que sua mãe teria o maior orgulho vendo isso, hauhauhauhuhau!
—Ain, sabia que tinha me esquecido de algo!-bati na minha testa.
—O que foi, Dulce?!
—Esqueci de deixar um bilhete pra minha mãe avisando que sairia... Agora ela vai me encher o saco e me colocar de castigo!
—Castigo?! Você já não é mais criança...
—Fala isso pra minha mãe! Que, por sinal, já deve estar em casa!
—Você tem medo de castigo, Dul?! Fala sério!!!!-Poncho ironizou.
—Você só fala isso porque não conhece Dona Blanca!
—É verdade! O castigo da tia significa Dul não sair de casa e visitas não entrarem em casa!
—E sinto te informar, querido! Mas você ainda está na condição de visita, já que ela ainda não sabe que estamos namorandoo!
—VOCÊS ESTÃO NAMORANDOOOO?- Any gritou no bar, justamente na hora que a música parou! Abaixei minha cabeça, torcendo pra eu sumir dali.
—Odeio essa sensação de “Dejávu”!
—Lembra que você engasgou no restaurante hoje cedo? Então, todos ficaram te olhando também?
—Estava tentando esquecer mas obrigada por me lembrar, Alfonso!
—Desculpa, =/!- eu não aguentava quando ele fazia aquela carinha. E tratei de animá-lo com meu selinho demorado.
—Foi mal, Poncho!- eu adorava o brilho dos olhos dele. Deixava seu olhar mais lindo, limpo e penetrante, me fazendo esquecer tudo o que havia ao meu redor.
— =D!
—Mas como assim, Dulce María? Você está namorando e não conta nada pra ninguém? Persona no grata, =( !
—Anahí, agora não preciso contar pra ninguém, né?! Até minha mãe já deve saber, sua boca grande!
—Ain, Duuul! Não fala assim comigo! Você sabe que eu sou sensível demaaais, =(!
—Cara, é melhor eu ir pra casa... Já estou fazendo muito estrago por aqui! Desculpe, Any! – fui me levantando.
—Você não vai esperar a Mai e o Ucker?-olhei para a janela do bar e os vi se beijando. –Acho melhor não! Eles não devem sair tão cedo dali! É sério, gente... Eu já vou! Any, você está com a chave aí?
—Estou, Dul! Você está se sentindo bem?
—Estou mas você sabe que eu não gosto de muita muvuca, só estou aqui mesmo por causa de vocês! Fala pra Mai que amanhã nós conversaremos! Ok?

—Tudo bem...-disse Any meio triste.
—Bejus, baby! Chris cuida bem dela e se acontecer alguma coisa...
—Dul, pára! Eu sei me cuidar...-disse Any mas a ignorei.
—Eu te pego, u.u!
—Você nem imagina o quanto eu ficaria feliz em ouvir essa última parte, em uma outra época, hahuahuahuahua!
Todos olhamos pra ele seriamente.
—Tô brincando, gentee! Calma, =!
Poncho me acompanhou até o portão do prédio.

Ele olhava insistentemente para o céu, então resolvi olhar também. E seu braço posou sobre meu ombro.
—O céu está lindo nessa noite, né?
—Tá perfeitoo!!! Tão estrelado...
—Eu poderia ficar a noite inteira olhando esse céu, esperar a última estrela dar adeus e acompanhar a chegada do sol. Mas prefiro aproveitar cada segundo ao seu lado. -me virou de frente pra ele e me abraçou.
—E depois você diz que não é um cara romântico!
—Ainda acho que não sou! Apenas estou romântico! Por sua causa...
—Poncho...- o abracei mais forte, encostando minha cabeça em seu ombro. Ele começou a cantar.

“Me encontro tan cansado y vacio
Me entrego su amor con cariño
Y acabo con mi soledad
Tener tu amor
Es un sueño nunca imaginado
Que ilumina mi cielo estrellado
Y esta dulce obsesion
Confieso que no estaba asi tan preparado
Para que un gran amor me conquiste
Te pido que ya nunca me abandones , no
No dejes que esta llama se apague
Yo te quiero besar
Y abrazar
Preciso de este amor
Y al anochecer
Confesar que siempre te amare,
Yo quiero....” 

 

—Mi Dulce Obsesion! María... –me beijou com tanto carinho que eu só queria retribuir e retribuir...

Ficamos ali mais uns 5 minutos. Era uma cena nornal para aqueles que passavam, mais pra mim tinha uma importância que nem o próprio Poncho poderia imaginar. Eu estava me entregando a um sentimento novo, a emoções novas. As que podem ter me feito não aceitar a proposta de Eddy.
—Eu não queria mas é melhor eu ir, Poncho. -encostei minha cabeça em seu peito. Ali eu escutara seu coração bater mais rápido.
—Te vejo amanhã, né?!
—Não sei... Vai depender do que está me esperando lá em cima!
—Quer que eu suba contigo?-olhei para ele.
—Não sei se é uma boa ideia!
—Assim sua mãe vê que você não estava sozinha e já fica sabendo que eu sou seu namorado!
—Até quarta-feira, né? =I...
—Sim, =D!-o sorriso dele deu uma pontada em meu coração mas não dei muita atenção para ela.
—Então, vamos lá!-peguei sua mãe e fomos para o meu “apê”.
Quando entrei no apartamento, mamãe estava sentada no sofá lendo um livro.
—Boa noite, mamãe!- fui até ela e lhe dei um beijo na testa.
—Boa noite, Dulce María!-ela deu um suspiro e deixou o livro de lado. Poncho entrou atrás de mim e se sentou no sofá. O que foi indiferente para minha mãe já que ela estava cega de tanto nervosismo.
—Poderia ser uma ótima noite se eu soubesse onde você estava, Dulce María!
—Mamãe, eu saí com os meninos! Fomos ao bloco aqui da rua! –mamãe se levantou do sofá. E começou a andar de um lado para o outro.
—Ah, Dulce... Não me engane! Você odeia carnaval! Jamais sairia em um bloco! Eu posso até acreditar que os meninos tenham saído, mas você?
—Sim, mamãe, eu fui!
—Se foi, poderia ter me deixado um bilhete! O que te custa? Sua mão serve pra que, minha filha? Sabe há quanto tempo estou te esperando aqui? Sabe lá o que poderia ter acontecido contigo?
—Chega de drama, mãe! Se acontecesse, os meninos te avisariam! E Poncho também estava lá!
—Desde quando você leva cobertor para a rua, Dulce? Ficou louca?- Poncho se

levantou e apareceu na frente da minha mãe, que levou um susto.
—Eu sou o Poncho, tia Blanca!
—O rapaz de ontem? Seus pais não tinham outro nome pra colocar em você, não?
—Ah, claro! Meu nome não é Poncho... É Alfonso Eduardo!
—Nome de galã, =D! –Poncho parecia encantar minha mãe, pena que seu feitiço não durou muito tempo. –Mas o que você faz em minha casa? Dulce se acidentou de novo?-ela começou a me apertar.
—Não, tia Blanca! Eu só vim acompanhá-la até em casa!
—Pois, bem! Já trouxe! Desculpe, meu filho, mas é que hoje estou “naqueles dias” e estou dando coice em todo mundo!
—Mamãe, antes dele ir temos que te falar uma coisa!
—Digam!
—Nós estamos namorando, =D!
—O quê?????? Mas vocês se conheceram ontem? Como assim estão namorando?
—Ah, mãe! A gente resolveu tentar...
—Eu gosto muito da sua filha!-ele segurou a minha mão que estava fria.
—Ok, ok, ok.... Sinto em ser a madrasta má do conto de fadas de vocês mas Dulce está de castigo! E você, rapaz, não pise aqui até quarta-feira! Está me entendendo?- a feição de mamãe estava muito séria e Poncho ficou pálido.
—Quarta, mamãe? Mas é muito tempo!
—Não é não, Dulce! Seu namorado vai entender! Agora, eu vou dormir! Amanhã tenho que acordar muito cedo! E, você, minha filha, faça o mesmo! –foi até Poncho e lhe beijou as bochechas. –Milha filha tem um ótimo gosto! Até quarta, querido!
—Até quarta, tia !=D...
Minha mãe se retirou da sala, me sentei descontenta no sofá e Poncho sentou-se ao meu lado.
—Não, fica assim, Ardilla! Isso vai passar!
—Eu já sabia o que aconteceria mas dessa vez ela pegou pesado, =/!
—Ela disse que eu não posso vir aqui! Mas não disse que você não pode sair de casa, certo?
—hauhauhahuaha, seu doooido! Boa observação! Mas eu prefiro não enfurecer Dona Blanca!
—Você está certa! Então, já me vou!

—Ah, tá cedo! Fica mais um pouquinho!-deitei minha cabeça em seus braços.
—Eu queria mas você ouviu sua mamãe? É melhor ir dormir, Ardilla! Ainda tenho que procurar a desorientada da minha irmã!
—Dani sabe se cuidar, =D!
—Você que pensa!!! Ah, já ia me esquecendo.... Qual é o número do seu telefone?
Trocamos os números, ele ficou mais um tempo comigo e eu o levei até a porta.
—Vê se não vai me trair durante esse tempo, María! – ele brincou.
—Só se for com a TV, né? Huahuahuahua
—Te adoro, ardilla!-ele me beijou de uma forma mais carinhosa do que a primeira vez, o que me deixou mais encantada por ele. Eu me sentia observada mas não liguei para o fato.
Poncho foi embora e eu fui para o meu quarto. Curiosamente, assim que me deitei, apaguei. Só acordei no dia seguinte, com a sensação de ter tido um dos sonhos mais lindos da minha vida.

Olhei para o meu lado e Any não estava lá, provavelmente havia dormido na casa de Mai ou Christian. O sol estava forte, entrando pela janela. Resolvi enrolar mais um pouco na cama e, uma hora depois, saí dali. Pra minha felicidade, vi a camisa do bloco ao lado da minha cama, e pra minha infelicidade, o número do telefone do Poncho ali também. O que me fazia lembrar que eu estava de castigo e que, possivelmente, só o veria no dia seguinte.
Tomei um banho e fui pra cozinha tomar meu café da manhã. Em seguida, deitei-me no sofá para assistir desenhos. Meia hora depois, notei que havia um bilhete na mesinha do telefone. E ali dizia:

 “Querida, desculpa-me pelo jeito que te tratei na noite anterior. É que a minha TPM ontem estava muito atacada. E você ainda sumiu sem me avisar, né?! Uma coisa juntou com a outra e deu no que deu! Se fosse em outra ocasião, com certeza eu teria relevado, como agora o farei! Você não está de castigo, ok?! Eu sei que você não é de fazer isso e, como não estava sozinha, fiquei um pouco aliviada. Ontem, pude ver o jeito que Poncho te tratou, ele é um rapaz muito doce como você. E acho que não permitir que vocês se vejam é um exagero! Então é isso, =)! Perdoa a mamãe?! Ah, e peça desculpas para o rapaz por mim!
Amo você!
PS: Any me ligou, ela dormiu na casa do Christian e só deve voltar a tarde.
Beijinhos da mamãe.”
Naquele mesmo segundo, pulei do sofá e fui ligar para Poncho. Nem pensei na possibilidade dele estar dormindo, tudo o que mais queria era ouvir sua voz.
—Alô, Dulce? Como você está, Ardillinda?!
Eu não conseguia falar, sua voz era tudoo que eu queria ouvir. Assim como na noite anterior, quando ele cantou pra mim. Podia existir um cara mais bacana que ele?
—Dul? Dulcinha? Você está aí?
—Sim, Poncho!!! Estou aqui, hehehe! E bem, bem melhor agora! Como você tá?
—Eu estou ansioso pra te reencontrar! De poder olhar essa carinha moleca de novo!
—Moleca?
—Sim... Não posso esperar por amanhã!
—Que bom!!!
—Por quê? Você não quer me ver mais?
—Não, é isso... Minha mãe me liberou do castigo e eu vou poder te ver hoje, *___*!
—Sério? Não brinca assim... Meu coração é frágil, hauhauhauhua
—É sério, Alfonso! Que horas que a gente pode se ver?
—Você quer almoçar comigo?
—Claroo, mas não naquele restaurante, por favor!
—Vou te levar a um lugar mil vezes melhor que aquele restaurante! Passarei aí, em breve! Me espera!
—Sem você, eu não vou a lugar algum, ^_^!
—Te adoro, Dulce!!! Até daqui a pouco!
—Beijos, até mais!
Não demorou muito e Poncho passou no meu “apê” pra almoçarmos na casa dele. Foi tudo muito engraçado, mais uma vez entendi de onde havia saído todo o charme de Poncho e todo humor de Dani.

Tony e Kris além de serem lindos são divertidíssimos. Ficaram a nos contar histórias de quando namoravam, e como andava a organização da festa do dia seguinte.
—Não será nada luxuoso ou exagerado. É só uma recepção entre amigos mesmo.
—Dulce, você e seus amigos estão convidados a comparecerem aqui amanhã.
—Convidados, não! INTIMADOS!
—É isso aí, meu filho!
—Ok, eu falarei com eles, ;D!


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