FAST LOVE – FIRST LOVE > UM CONTO DE CARNAVAL escrita por Bubuh 2008


Capítulo 13
Capítulo 13




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—Casaaaaar?! Que lindooo! –ela começou a pular no colchão. –Ç.Ç!
—Até agora não consigo acreditar.
—Poxa, está acontecendo tudo tão rápido! Nem parece que se conheceram nesse mês.
—Também reparei nisso! Não sei como ainda não enfartei.
—Você é forte, Dulce! Com um coração maravilhoso!
—Obrigada, Any! Você é muito linda! -abracei ela. -Se importa se eu for dormir agora? Estou muito cansada, =D!
—Tem certeza de que vocês só foram ver a fonte? –me olhou desconfiada.
—Só isso, =D! Agora eu vou mimir, dona Anyta! Sonhe com o Bozo Esponja!

Minha noite foi tranqüila, sem insônia. Assim que o dia amanheceu, tomamos café e fomos pra casa.
No caminho, eu e Poncho conversamos sobre o casamento. Any disse que cuidaria de alguns detalhes e Chris se aventurou também. Eles nos deixaram em casa. Estava tudo perfeito, até eu entrar com Poncho em casa e sermos recepcionados por meus pais.

—Que bagunça é essa na minha casa? –papai indagou com uma feição totalmente fechada. Como se eu tivesse tirado menos “-2” na prova de desenho.
—Papai, Mamãe..
—Quem é esse “quebrado”? O que ele está fazendo aqui? –coloquei Poncho atrás de mim, com a ilusão de escondê-lo. Respirei fundo e disse:
—Esse é o Alfonso, meu namorado! –os olhos de meu pai se espremeram como os de um japonês sorrindo. A única diferença é que ele não estava sorrindo.
—O QUÊÊÊÊ?
—Mamãe não te contou? –ela se sentou em uma cadeira e cruzou os braços.
—Seu pai e seu namorado... Portanto, sua conversa! –ela riu e ficou confusa. -Mas vocês não tinham terminado?
—Um problema de comunicação que já foi resolvido, mãe. E falando nisso, nós dois temos uma coisinha pra falar pra vocês. -dei minha mão a Poncho que saindo de trás de mim, ficou ao meu lado.
—Eu quero me casar com a sua filha! –os olhos de meu pai voltaram a aparecer, ficando bem abertos, e ele gargalhou de Poncho.
—Todo mundo quer, meu rapaz! Ela é meiga e linda. Quem não iria querer casar com ela? Não é meu bebezinho?!-papai afastou minha mão da de Poncho e me abraçou apertado, soltando bem depois.
—Acho que terei que ser mais claro. -Poncho sorriu pra mim e encarou meu pai. - Seu Fernando, eu vou me casar com a sua filha!
—Vai, Oo? E quem deixou?- desafiou.
—Ela mesma! -Poncho passou sua mão em meu ombro.
—É, papai! Eu já sou maior de idade e posso tomar as minhas decisões, =D!
—kkkk... Ouviu essa, Blanca? Kkk... Já é de maior... kkk! -a gargalhada fora mais uma vez irônica. Seu nervosismo logo aparecera. -Isso não funciona aqui e você sabe muito bem disso, mocinha!
—Mas, papai, o que há de mal em casar?
—Mal? –ele olhou pra minha mãe e sorriu. -Mal nenhum! Eu só quero entender o por que da pressa. Vocês mal se conheceram...
—Essa pressa só acontece quando...-minha mãe parou de falar e ficou pálida. –Ah, meu Deus!

—Eu quero me casar com Dulce María, porque eu a amo demais e não agüento ficar muito tempo longe dela.
—Por que vocês não fazem como os casais normais? É tão difícil, isso? As pessoas se conhecem, namoram muito pra um dia talvez chegar ao noivado e dez anos depois se casar. –minha mãe o olhou secamente. Foi justamente isso que ele fez com ela.
—Pai, eu amo o Alfonso! A nossa história jamais se igualará a de qualquer outro casal.
—Uhum.. E aonde o casal vai morar, posso saber? –disse meu pai com a boca “espumando”.
—Eu tenho um apartamento! Pequeno mas dá para nós três.
—Nós três?-Papi nos olhou incrédulo.
—Nós teremos um filho, pai!-eu sorri.
—Oo! –ele sentou em uma cadeira.
—Poncho, é um bom partido para a nossa filhinha, viu Fernando? Eles já pensaram até no futuro! –não sei se Any havia contado realmente tudo para minha mãe, mas em seu comentário encontrei apoio e conforto. Fui até ele, me agachando em sua frente e beijando suas mãos.

—Fica tranquilo, papai! Vai dar tudo certo!
—Eu não estava, nem estou preparado para isso! Dulce, você só tem 19 anos... É uma criança ainda, a minha criança. -suas mãos alisavam meus cabelos.
—Papai, eu posso ser a sua criança pra sempre. Mas estudo, vou começar a trabalhar no mês que vem e quero casar antes disso. Eu encontrei o que mais quis nos últimos tempos, =]!
—Você está feliz mesmo? –fixou em meus olhos.
—Como jamais estive, XD!
—Então... Vá ser feliz, minha filha! Que Deus abençoe vocês, : }!
—Quando será o casamento?
—Amanhã!-eu e Poncho falamos juntos, seguido de sorrisos largos. Meu pai desmaiou e minha mãe caiu da cadeira.

Any me ligou dizendo que havia conseguido um horário no cartório. E como o juiz de paz era amigo da família, pode abrir algumas exceções numa boa. Na verdade, um casal havia desistido.
Poncho tinha todos os documentos em mão, inclusive um comprovante de residência. Um terno foi emprestado pra ele, por meu pai. Nada poderia impedir nossa união.
Meus pais foram no cartório e Any com Chris foram nossas testemunhas.
Ás 16h, eu já estava casada. Papai não deixou Poncho dormir no meu quarto e nem em qualquer outra parte da casa. Disse que apesar de sermos casados, ainda não havíamos recebido a benção de Deus. Concordei com ele e Poncho dormiu naquele dia na casa de Any.

Fomos para a fazenda, o local do casório, bem cedinho no sábado. A cerimônia começaria ás 9h, quanto mais cedo melhor. Pra minha surpresa, a fazenda estava meio cheia quando cheguei lá. Logo fui recebida por Mai, Eddy, Ju, Kris, Tony, Dani, Ucker, Ju, Wally e alguns amigos de infância. Não vi Any, seus pais, com Chris e Poncho chegarem mas soube um pouco depois, que já estavam lá.
Mamãe e Kris me ajudaram com alguns detalhes do vestido tomara que caia, marfim, sem véu e com uma grinalda discreta. O cabelo ficou preso em um coque deixando alguns fios soltos, como a franja. Uma maquiagem bem básica, como o calçado. Preferi assumir a minha altura usando uma sandália com salto imperceptível.

O tempo passou de pressa e quando deu 8h55min, eu já estava de braço dado com meu pai pertinho da nascente da fazenda. A decoração no local estava mais linda do que eu podia imaginar. O jeito, que as cadeiras foram organizadas, as flores e o altar era perfeito. Vi tantos padrinhos e madrinhas que cheguei a pensar estar em um jogo de futebol.
O sino da capelinha bateu e a marcha nupcial foi dedilhada ao violão por Eddy.
A distância até o altar não era muito grande. Meu pai chorou até o momento de me entregar a Poncho.

—Rapaz, eu estou te entregando o bem mais valioso da minha vida. –disse papai limpando as lágrimas com um lencinho.
—Eu cuidarei dela com todas as forças do meu coração. – e o padre começou a celebração. Na hora das promessas, Poncho falou por si:
—Aceita ser minha esposa até o dia em que Terra parar de girar, o céu não ter mais estrelas e o Sol não brilhar mais?
—Não! –todos ficaram de bocas abertas com a minha atitude.
—NÃO, Ç.Ç?
—Eu serei sua esposa antes, durante e depois de tudo isso acontecer...
O tamanho do meu amor por você nem o tempo pode explicar e limitar. Eu te amo, Alfonso! –Poncho colocou a aliança em meu dedo e eu a outra no dele.
—Foi a cerimônia mais rápida que realizei. –disse o padre.
—Te garanto que esse casamento durará muito mais, =D! –eu disse cheia de sorrisos.

Poncho e eu trocamos de roupa. Em seguida, cumprimentamos os convidados, que não eram muitos.
—Amiga, parabéns! Te desejo toda a sorte do mundo! –disse Mai.
—Obrigada, Maizinha!
—Eu não disse pra você dar uma chance a ele, =p! –debochou Ju.
—Juju vidente, kkkk!
—CUNHADINHAA! – gritou Dani.
—Isso ainda me deixa sem graça, sua doida!
—Bebê, não se esqueça de mim! -Any me apertou em um abraço como se eu estivesse indo para uma guerra.
—Jamais, Anynha!!!!
—O carro já está aí, amor.
—Bye, meninas! Nos vemos em breve!
Nós nos despedimos de todos sem esperar o almoço organizado pelo “Buffet”.

O motorista nos levou direto para o lugar que Poncho cochichou.
Depois de algumas horas, estávamos na cidade maravilhosa. E alguns minutos, onde nossa história se confirmou.
Assim que colocamos os pés na calçada da praia, Poncho me pegou nos braços.
—Seu doido, a sua perna ainda não tá sarada!
—E daí?! Eu não posso quebrar tradições, né?!
—Aonde você está tentando me levar?
—Está vendo aquela casinha lá?!
—Pô, se aquilo for casinha! Eu quero muitas casinhas daquela pra mim!
—Vou trabalhar muito pra isso, amor! Eu quero te fazer feliz em todas as áreas da sua vida.
— *____*!

Chegamos na casa de 2 andares e Poncho abriu a porta. Meus olhos se chocaram com o que viram.
—Como você fez isso?
—Contatos, huahuahuahuauh!
Por todo o canto da casa que se olhava, havia pétalas, e mais pétalas de flores.
Na sala de jantar, uma mesa estava repleta de comida. E como estava com muita fome, pulei do colo de Poncho e logo me sentei a mesa. Poncho parecia inconsolável, na bancada da cozinha, me olhando.
—O que foi, amor? Não tá com fominha?
—Não era isso que eu pensava fazer agora!
—O que pensava? –me fiz de desentendida. Ele se aproximou de mim, e puxou minha cadeira pra longe da mesa. O pote com a Nutella que eu comia, foi junto em minha mão.
—Isso! –ele me pegou no colo, levou para o quarto e me colocou na cama. -Enfim sós!
—Eu não diria isso! –voltei a comer a minha nutella!
—Ah, é? –ele tirou a nutella das minhas mãos e colocou na mesinha de cabeceira. Antes mesmo de eu reclamar, Poncho juntou seus lábios aos meus. Iniciando um beijo calmo e intenso. Com carinho e paixão, me fez esquecer de tudo ao redor. Quando paramos eu só tinha uma frase em mente e no coração.
—Eu te amo, Alfonso Herrera!
—Eu te amo muito, Dulce Herrera!
—Meu maridinho precioso! –apertei suas bochechas.
—Minha esposa ardillosa e sujinha de nutella!
—Limpa pra mim, *____*?
—Sua sapeca!
Nossa lua-de-mel foi definida como sol-de-nutella, regado a muitas brincadeiras, muito sol, muito doce e muito... amor, ;D! Casar é muito bão, hehehe!
Não me lembro quantas vezes nos amamos. Só sei que cada vez, era melhor que a outra. Mais intensa e mais prazerosa. Independente do lugar. Em cada canto daquela praia, deixamos marcas. Tanto como aquela praia era marcante pra gente.
Assim tem sido nossos dias desde o casamento.

Há quase 2 meses, eu apenas era Dulce María Espinosa Saviñón. Uma garota que odiava carnaval e não acreditava nos romances e frutos dele. Mas um alguém me fez mudar o foco.


Odiar carnaval, eu não odeio. Apenas não gosto! Isso é uma mudança e tanto, convenhamos! Os momentos mais felizes que vivi foram nele, com pessoas maravilhosas e Alfonso foi a mais importante delas.  Ele me fez ceder a um sentimento novo, puro e totalmente sincero. Talvez, os que estão do lado de fora da nossa história, achem que foi rápido demais. Para nós, houve uma espera incansável e até mesmo desesperançada de encontrarmos um ao outro. Sou a prova viva de que em 3 dias toda a sua vida, seu futuro pode mudar. Jamais me veria casada e esperando o resultado de um exame de gravidez, como estou agora. Dulce María Saviñón Herrera, a mulher de 19 anos, estudante, trabalhadora, segura, cheia de sonhos pra realizar e amor para compartilhar. Poncho me chama de heroína também. Por tê-lo salvado na escuridão e por deixá-lo viciado em mim. Ele também é meu vício, não me imagino mais sem ele, sem seu sorriso, sem seu cheiro, sem seus abraços... Tudo isso é essencial para que eu me sinta bem. Seu amor é tão abundante que me deixou mais pesada, engordei uns 2 kg. Sem neura, o número do meu sutiã aumentou e as calças apertam, parece até que tem uma Dulce brotando em mim. A gostosura veio á tona, é um mal dos recém-casados. Odeio exercícios e Poncho não deixa de fazer minhas vontades. Torta Alemã no café da manhã, Torta Suíça no almoço e Torta Francesa na janta. E nutella nos intervalos. Fazer o que se eu sou docinha? Sinceramente, não sei aonde vou parar comendo desse jeito. Poncho não se importa com o meu peso. Se eu ficar do tamanho da Lua, ele disse que alargará a porta! Minha vida é tão graciosa com esse homem ao meu ladinho.

Um homem carinhoso, doce, fácil de entender e amar. FAST LOVE
Único, intenso e incomparável! FIRST LOVE!

THE END


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