FAST LOVE – FIRST LOVE > UM CONTO DE CARNAVAL escrita por Bubuh 2008


Capítulo 12
Capítulo 12




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/790407/chapter/12

—Cadê meu filho? Como ele está? Aonde ele está?
—Calma, mãe! Os médicos ainda não deram notícias dele.
—Poncho, não estava viajando? Como ele foi atacado aqui no Rio?
—Eu acho que posso explicar!
—Prossiga!
—Poncho não chegou a ir muito longe como queria. Nós o convencemos a voltar pra fazer uma surpresa pra Dulce.
—Que surpresa?-perguntei assustada.
—Ele ia se declarar para a Dul no intervalo de uma das escolas. Ia tentar uma última serenata também... Estava tudo perfeito. Chris havia conseguido os ingressos, não tinha nada pra dar errado. Até esse incidente, né...
—Ah, como eu sou burra!
—Ia funcionar?
—Claro que ia. Eu o amo! -suspirei amargamente. -Agora por minha culpa ele está lá quebrado!
—Pára com isso, Dulce!
—Não posso... Se eu tivesse sido honesta com ele desde o princípio, agora a gente não estaria aqui!
—Dulce María, se aconteceu foi porque tinha que acontecer!

Um homem alto, magro e pálido entrou na sala de espera.
—Boa noite, você são os familiares de Alfonso Herrera?
—Sim! Somos nós, doutor! Como está meu filho?- perguntou Kris, aflita.
—O paciente se encontra em quadro estável e possui muitos ferimentos. Os mais graves na região abdominal e os superficiais na face. E a perna esquerda está fraturada.
—Tadinho do meu bebê!
—Podemos vê-lo, doutor?
—Esperem um pouco! Assim que terminarem de fazer os curativos, vocês poderão visitá-lo!
—Eu vou por último! –me apressei em dizer e todos na sala se assustaram com a minha atitude. -Doutor, tem um minutinho para conversar comigo?
—A senhorita está com sorte! O plantão está bem tranquilo! Acompanhe-me até minha sala, por favor! –fui com ele até seu consultório.
—O que você quer conversar?
—É sobre gravidez!
—Estou ouvindo!
—Eu transei sem preservativo e estou querendo saber se estou grávida. –abaixei a cabeça.
—Quando consumou o ato?
—Foi nessa semana, na quarta-feira!
—Se eu te mandar fazer um exame agora, é provável que, dê negativo. Aconselho você a esperar pelo período em que ocorre a sua menstruação. Se ela demorar a aparecer...
—Eu vou estar grávida?
—Não! Você vai fazer o exame e só assim poderemos saber se você está grávida ou não! Nem sempre um atraso significa gravidez!
—Obrigada pela atenção, doutor!
—É a minha função, =D! Você já pode ver, Alfonso!
—Tô indo! Bye, =D!

Voltei para a sala de espera, Tony e Kris acabavam de chegar do quarto.
—Poncho, está dormindo! Deram calmante para ele. –disse Tony.
—Não me importo. Preciso vê-lo de qualquer jeito!
—Dul, nós já vamos para casa. A Dani e o Ucker vão ficar aqui. –disse Any.
—Eu te levarei para casa, Dul...
—Obrigada, Ucker! Vai me ajudar muito, =D!
—Então, até daqui a pouco. – Any se despediu de mim.
Any, Chris, Ju, Eddy, Mai e Wally saíram. Fui para o quarto, falei com a enfermeira e ela me deixou a sós com o ferido. Ele parecia um anjo cansado.
—Olha só como você está... –passei meus dedos sobre suas feridas. Seu rosto estava bem inchado. –Só por minha causa. Se eu tivesse conversado com você desde o início, você não estaria assim! Me perdoe, Ponchinho! Me perdoe...
Seus lábios se curvaram formando um sorriso, aquilo me tranqüilizou.
Alisei seus cabelos, que já não tinham mais os cachinhos.
—Daqui a pouco, eu vou embora! Minha mãe não vai trabalhar nessa semana! –o sorriso sumiu. -Mas assim que eu voltar, a gente vai conversar! Eu prometo... Não faça nenhuma loucura, Pon Pon! –beijei sua testa. -Se cuida, meu meninão! Não pode dar bobeira por aí!-encostei meus lábios em seu ouvido. –Eu te amo!
Seu rosto me passava serenidade. Saí de lá sem olhar para trás.

Quando cheguei em casa, minha mãe já dormia. Any estava arrumando sua mala e eu comecei a ajeitar a minha.
—Ouch! A minha mala não quer fechar!!!! – Any começou a pular em cima da bagagem.
—Any, com essa “massa” de macarrão palito que você tem, jamais fechará essa mala! Me dá licença, eu fecho isso! – forcei a bagagem para se fechar mas ela abriu toda e as roupas pularam para fora. –Aaaany, o que minhas roupas estão fazendo aqui?!
—Oops! Nem tinha reparado, hihihi... Mas quem manda você ser desorganizada, Dul?! Suas roupas se embolaram com as minhas, viu?!
—Se embolaram, ~.~?!
—Ok, ok, ok... Eu peguei uma blusinha pra levar de recordação!
—Uma?! Só se for uma pra cada dia da semana, né?!
—Ah, menina! Até que você está ficando espertinha! – me deu um “pedala”.
—Se você quer tanto uma recordação minha, vou te dar uma coisa que eu guardei por tempos...
—Presentinho?! Eu amo presentinhos... Ainda mais quando são seus!
—Era para o seu aniversário, =D! –entreguei a ela um quadro com uma foto nossa.
—Aaaaaaaaahhhh!-tapei a boca dela com a minha mão.
—Minha mãe tá dormindo, sua louca!
—Sorry, mas é que é lindo demaaaais! Dul, a gente tirou a foto no shopping e você tinha dito que tinha ficado horrível... Ç.Ç! Como é que você trouxe ela pra cá? E eu não vi...
—Eu sou ótima em te enrolar, =D!
—Ameeeei! Vai pra parede do meu quarto novo!
—Tem certeza, Any?!
—Claro!!! Você é a minha melhor amiga e quem não sabe disso, vai ficar sabendo... ;D! Obrigada, mesmo! E como é que eu colocá-lo na mala?!
—É só você tirar as MINHAS roupas daí, ¬¬!
—hehehehe... Deixa eu levar uma?! Só umaaa!
—Você é meio estranha, Any! Pode pegar sim...

—Ok!!! Eu quero esse moleton vermelho, =D!
—NÃÃÃO!
—Que isso, Dul?! Não precisa gritar, =/!
—Éé-éé.. Que esse moleton tá muito sujo! Eu ainda não lavei ele... –peguei outra blusa. –Toma essa daqui! Está cheirosinha e passadinha!
—Eu quero o vermelho! Ele tá com o seu cheirinho, =D!
E o cheirinho do Poncho...
—Não, Any! Essa daqui também está com o meu cheirinho, toma!
Era só o que me faltava, Any levar embora a única testemunha do meu amor por Poncho. Pelo menos, a única da minha parte.
Any dormiu emburrada comigo. Mas como toda criança, no dia seguinte ela já tinha esquecido o motivo.
Nós nos arrumamos e fomos tomar o café. As três unidas como no domingo anterior.
—Mãe, posso ficar na casa da Any?- Any arregalou os olhos, ela não sabia que eu tinha isso em mente.
—O tempo que quiser, querida!!- Any ficou super feliz. Saiu beijando todo mundo.
Mai passou com Eddy e Chris em nossa casa para se despedir.
—Voltem logo!
—Voltaremos, =D!!! – Any se apressou em dizer olhando para Chris.
—Eu vou sentir muita saudade, amor!-Chris beijou Any.
—Eu vou sentir mais!
—Eu te amo, Any!
—Eu te amo mais....-roçou o seu nariz no dele.
—Se vocês não pararem com essa melação, sou que não vou te trazer mais!
—Dulce Malvadona!
—Deixa eles pra lá! Você não ia dar tchau pra Dani, filha?!
—É, eu vou lá!
—Vai aonde, =D? –Dani apareceu na porta que estava encostada. Ucker estava com ela.

—Daaani! Eu estava indo até a sua casa, hehehe!
—Li seu pensamento, viu?! Boa viagem, minha linda! Volta logo, tá?!
—As aulas vão começar daqui a pouco, =D! Assim que eu voltar, te aviso! Se cuida, muito juízo nessa cabecinha!
—Pode deixar que eu cuido dela, Dul! –Ucker sorriu.
—Espero mesmo...
—Se ele não cuidar, eu cuidooo!-Ju apareceu na porta dando um pedala no Ucker.
—Pô, todo mundo aqui em casa! Até parece que estamos indo pro Japão ficar 6 anos por lá!
—Deixa de ser faladeira, leke! Isso só mostra o quanto vocês são queridas por aqui. Não é, Eddy?!
—É, isso aí! Nós adoramos vocês!
—Obrigada, pelo carinho gente!!! Eu volto logo...
—Eu também! Adorei demais passar esses dias loucos com vocês!
—Está tudo muito bem, mas temos que partir, meninas!
—Ok, mãe!
—Eu vou colocar as malas no carro e aguardo você lá!
—Beijos, crianças!
—Tchau, tia! –um coral cantou na sala.
—Pessoal, vamos almoçar lá em casa?!- Mai convidou.
—Lá tem comida?!-perguntou Chris descrente.
—Não, =D!
—Sabia! Vamos pro bar do seu Kin... É por minha conta!-Chris pronunciou.
Descemos todos. Eles foram para o bar e nós seguimos viagem. Mamãe nos fez o favor de ir direto para a casa da Any.

Chegamos ao destino no meio da tarde. Ela sabia que lá o almoço ia atrasar.
Conversamos muito com Any e seus pais, e mamãe só foi embora quando começou a anoitecer.
Any me mostrou a casa, fazendo suspense com dois cômodos.
—Agora, vou te mostrar a parte mais preciosa da casa!!!-ela entrou no cômodo e me barrou na porta. -Feche os olhinhos, amore!
—Any...
—Anda, honey!
—Tá, amor!-esperei pacientemente.
—Agora vou acender a luzinha e quando eu contar até três, você vai conhecer o melhor lugar dessa casa!- senti que Any acendeu a luz. -1, 2, 3!
Quando abri meus olhos, sorri!
—É a sua cara, Any! Que lindo...
Um quarto todo rosa, móveis de cor marfim e uma cama gigante.
—Engraçado, nunca estive aqui antes e é tão familiar para mim. –olhei para uma estante. –Quanta foto nossa!!!
—Dulce, minha Dulce!-acariciou meus cabelos.- Estou tão feliz por ter você ao meu lado.
—Você sabe que vou estar sempre contigo!- Coloquei minha cabeça em teu ombro.
—Eu te amo muito, Dul!
—Eu também te amooo!-coloquei a mão na testa. –Oops!
—O que foi?
—Dejávu, =D! Esse foi o meu sonho, Any! Foi justamente isso...
—Por acaso, você não sonhou com uma loura siliconada numa mansão em Miami?
—Não! Por quê?
—Droga, Dul! Você tem que sonhar com coisas mais caridosas e difíceis de acontecer!
—hauhauhau, tonta!-dei um pedala nela.

Fiquei até terça-feira na casa de Any. Precisava de um tempinho pra colocar as ideias no lugar. E com Any, eu consegui isso.
Nas noites, conversávamos numa sacadinha que tinha na sala de estudos dela, o outro cômodo preferido da criatura. Sentávamos nos sofázinhos e admirávamos o céu, que é mais limpo no interior.
—Dulce María, dá pra parar de contar as estrelas do céu?!
—Ah, é tão divertido! Apareceu mais uma!-ignorei Any.
—Você não sabe que a cada estrela que você conta, nasce uma verruga?!
—Ah, Any! Não vá me dizer que você acredita nisso?!
—Não importa! Só sei que eu não quero uma amiga com a cara da madrasta da Branca de Neve!
—hauhauahuah... Você já a viu pessoalmente?!
—NÃO!!! E nem quero ver, =P!-ela ficou parada que nem uma estátua olhando pro “nada”.
—Any?! AlôÔô! Terra chamando, Any!
—Está vendo aquela estrela lá no céu? A que tem o brilho mais forte?-olhei na direção em que ela olhava.
—Claroo. Ela é linda demais, tem um brilho tão intenso!
—O mesmo dos seus olhos, =D! Por isso vou chamá-la de Dulce María.- Ela foi em minha direção e me abraçou forte.
—Então quando sentir minha falta, olhe para ela. Que eu também estarei a olhando.
—Você é muito fofa! Pena que está indo embora amanhã! Agora, Any vai ficar tristee, =/!
—“E se a saudade apertar, procure no céu a estrela que mais brilhar. Ela será o meu olhar...”
—E se o céu estiver nublado?!
—“Eu vou buscar no arco-íris, aquarela e pincel!”
—¬¬, versinhos de Sandy e Junior me animam muito!
—Amoor, é só pra descontrair!-baguncei seus cabelos. –Qualquer coisa, é só você me ligar! Pra você meu celular nunca vai estar: “Desligado ou fora da área de cobertura!”

Saí da casa de Any na manhã da terça, meus pais resolveram viajar e me intimaram a cuidar da nossa casa.
O que a minha mãe antes não queria, aconteceu de qualquer forma. Ou seja, fiquei sozinha! Aquela ideia me fascinou muito, mesmo eu não sabendo por quanto tempo seria.
Passei aquele dia arrumando minhas bagunças no armário e no quarto. No fim da arrumação, liguei o som baixinho no Cd “Celestial” e comecei a ler “Aurora”. Depois eu leria “Lua cheia” e “Solstício”. Meu plano mais que perfeeeeito, *____*!
Por mais que os livros fossem grossos, a história era tão emocionante que eu lia sem parar, me esquecendo até de comer. O que me tirou da saga foi ouvir “Quizá”! Aquilo me deixou estática.

“Pienso que es tarde para hablar, pienso que es inútil esperar y que me quieras perdonar!”


Minha vida agora mais do que nunca tinha uma ligação estrema com as minhas músicas preferidas, ironia do destino? Muita, por sinal.
Resultado: os livros ficaram de lado, e a canção no “repeat”, me fazendo relembrar de cada instante que passei com Poncho.
Uma inquietação me atormentou a noite toda. Fui até a varanda do meu quarto e olhei para o céu involuntariamente. Mais uma vez o sol nascia.
Uma semana que me entreguei a um mar puro, doce, cheio de mistérios e ilusões. O mar mais lindo que já vi, o mar que amo!
Algum tempo depois, a campainha tocou. Achei estranho, por ser tão cedo e como estava sozinha em casa, fui atender. Ao abrir a porta, só enxerguei flores, flores e mais flores. O cheiro delas me anestesiou.
—Flores para a senhorita Dulce María!-o entregador tinha um sotaque estranho, meio paulistano.
—Sou eu! Espere um instantinho!-peguei uns trocados que tinha. Assim que voltei, ele me entregou o imenso buquê.
—Obrigada, =D! Isso é pra você!-dei o dinheiro.
—Obrigado, senhorita Dulce María!
—De nada! Quem será que me deu essas flores?-pensei alto.
—hauhuahauhuahuaha....
Essa risada... Não pode ser, Oo!!!

—Do que você está rindo, posso saber?

—Pensou que ia se livrar tão fácil de mim? Eu carrego esse buquê gigante, de perna quebrada e você só me paga 3 reais? Que horror, ;B!- puxei o buquê para o lado, e o olhei de baixo para cima, terminando nos olhos mais lindos do mundo.
—Pooncho? Ç.Ç –Isso é brincadeira! Não é possíveeel, Ç.Ç!
—Quem mais te mandaria flores, ué?!
—Não pode ser! Eu o deixei no hospital, você tinha que estar lá até o final dessa semana! A Dani não me falou que você já estava bem.
—Eu fui liberado antes, =D!
—Veio até aqui só pra me ver?- as lágrimas escorregaram, dando sinais de vida.
—Não! Te ver, apesar de maravilhoso, é muito pouco. -ele limpou meu rosto. -A gente precisa conversar!
—E bastante, Alfonso!-puxei a porta e ele entrou.
Enquanto ajeitava as flores em vasos, senti seus olhos me fixarem. Uma timidez estranha invadiu o ambiente, tanto da minha parte quanto da dele. Por um momento, parecíamos desconhecidos. E a melhor maneira que arranjei para acabar com aquilo, foi mostrando a casa para ele, que pareceu se agradar com o que viu. Meu quarto foi a última parada e ali permanecemos.

—Como chegou aqui em casa?

—Ontem, Chris veio pra cá ver a Any e pedi pra vir com ele. Agora há pouco, eles me deixaram aqui.

—Ah, sim...

O silêncio pairou entre nós de novo, até o momento que Poncho decidiu quebrá-lo.
—O certo seria você começar por onde não lhe permiti, mas te peço uma chance para me explicar! Por favor, =) !

—Pedido aceito!-me derreti com seu olhar de cão sem dono.
—Bom, eu te peço perdão pela idiotice que cometi naquele dia. Quando você se aproximou de mim para conversarmos, pensei que era para terminar comigo. E depois de tudo o que passamos, eu não queria te perder! Mas ao invés de te falar, de agir como homem, preferi ser um covarde. Eu não fui violento a extremo, fisicamente. Mas na minha cabeça, talvez por causa da bebida, é como se isso tivesse acontecido... Eu te peço perdão de todo o meu coração, Dulce.
—Eu já te perdoei, Poncho. Tudo o que aconteceu naquela noite me magoou muito. Meu chão sumiu, me faltou o ar mas o que mais me feriu foi o fato de eu estar em apuros e você não poder me salvar, me acalmar. Tive muito apoio de pessoas queridas ao meu lado mas nenhum se compara ao teu carinho, aos seus abraços, ao seu aconchego. Eu sei que você não é aquele cara...
—Não sou, mesmo!- acariciou meus cabelos. - Nunca mais vou esconder o que penso ou esconder meu medo.
—Eu não vou deixar esse medo dominar você!
Ele parou seu rosto perto do meu e nossas respirações se encontraram. Eu sentia falta daquele ar quente invadindo minha boca, seu nariz roçando no meu e de suas mãos acariciando o meu rosto. Eu me entreguei ao beijo que necessitava, que me completava. Um beijo que disse por mim tudo o que senti. Quando terminamos, o relógio mostrava que a saudade era muita. 7 minutos?! O número perfeito, para um momento perfeito.  Eu me aconcheguei em seus braços e ele deu rumo a conversa.
—Mas o que você tinha de muito sério pra falar comigo naquele dia?-me soltei dele e o encarei.
—Ah! É um assunto meio delicado! E você vai ter que prestar muita atenção!
—Pode ir dizendo!
—Naquele dia, lá na praia...
—Nós fizemos amor gostosinho, XD! Merece replay!-ele beijou meu ombro.
—PONCHO! Deixe eu falar, ¬¬!

—Desculpa, Dul! Prossiga...
—Então, a gente devia ter feito uma coisa antes de fazermos amor!
—Pois é! A gente devia ter usado... o seu moleton também pra forrar a areia! Você acredita que... –ele tinha uma cara de “Bozo”! Nesse momento, Pamoncho entrava em campo.
—PONCHO! Fui eu que fiquei embaixo. Foram as minhas costas que doeram, não as suas!
—Só por isso que você me arranhou todo, =p! –dei um pedala nele.
—Deixa isso pra lá, estou falando de preservativo! A gente não usou, Alfooonso!!!!!
—Eu me lembrei disso quando fui viajar, =/!
—Bem  e agora?
—E agora deve estar vindo um Donsinho por aí, HAUHAUHUAHUA! Um donsinho, =)... Que glaxinhaaa!
—POOONCHO! Será que nem agora você pode ser um pouco sério? Caramba...-olhei para longe.
—Perdão, amor! Agora eu vou falar sério... –ele resgatou meu olhar para si. -Você não pode ter certeza de que está grávida, né?
—Não, só daqui a algumas semanas...
—A gente tem que esperar!-ele acariciou meu rosto. - Eu não vou te abandonar, Dulce! Você é o amor da minha vida, não vou e nem posso ficar longe de você, um segundo que seja! A não ser pra eu ir ao banheiro, kkk!
—Não faço questão disso!-escondi minha cabeça entre minhas mãos.

—Jamais pensei em ser pai aos 22 anos!-me envolveu em seus braços de novo. -Na verdade, eu achei que ia morrer virgem!
—Poncho, deixa de ser exagerado!
—Não estou sendo nada! Dulce, eu sei que nos últimos dias eu não fui o cara dos seus sonhos. Que não fui um bom companheiro e, muito menos, um bom amigo. Meus sentimentos por você, desde a praia, não mudaram! Apenas aumentaram e fortaleceram a cada dia. E por isso, eu quero te pedir uma coisa.
—O quê? -seus olhos buscavam os meus e os encontraram. Senti o seu coração bater mais forte, mais rápido. Como se fosse sair do peito.
—Dulce, quer ser minha namorada independente de quantos feriados e comemorações venham, de qualquer ocasião?
—Você tem certeza de que quer me aturar?-ele franziu as sobrancelhas.
—Te aturar é o melhor presente que já ganhei. –sorriu.
—E se eu estiver grávida?
—Vocês serão os melhores presentes que já ganhei.
—Eu com certeza ficarei uma balofa bochechuda!- Poncho me puxou para seu colo. Apesar da perna, seus braços estavam mais fortes do que nunca.
—A balofa bochechuda mais linda do mundo.-apertou minha bochecha. - A minha balofa, só minha! -seus lábios encostaram nos meus, me roubando um beijo suave. -Meu amor!
—Eu aceitoo!- ele me deitou na cama e ficou sobre mim. Estando tão próximo como no dia da praia. Seus dedos começaram a deslizar por meu rosto, me fazendo fechar os olhos. Senti seus lábios em minhas bochechas, meu queixo, minha testa, e , finalmente, em minha boca. Suas mãos escorregaram por meus braços me arrepiando o corpo inteiro. Assim que os deixou livres, envolvi Poncho em um abraço.
—Aonde você está querendo chegar?
—Você sabe muito bem, minha Ardilla!
—Nem de perna quebrada, você para... kakaka.
—É só uma perna! Todo o resto do meu corpo está ativo, principalmente o coração.
—Então, você quer ser papai? Ama brincar com a sorte!
—Eu tô prevenido dessa vez, kkk!
—Ah, garoto! Eu não resisto a você!
—Garoto não! Eu sou homem.. Seu homem!
—Meu homem maravilhoso.

—Eu quero te amar mais do que já amei, Dulce.
—Preciso me sentir amada por você!- nossos olhos se encontraram com tanta vontade que eu sentia choque, meus olhos se fecharam e a campainha tocou. Poncho apoiou sua testa na minha.
—Não acredito!
—Eu tenho que ver quem é, Ponchão!-apertei suas bochechas.
—Tem não- ele me prendeu.
—E se forem meus pais?-ri da carinha que ele fez.
—Eles devem ter a chave de casa, né?
—O que é bem pior! Acho que eles não gostariam de ter a filha como protagonista de um vídeo da Paris Hilton, hahaha!
—Eu também não ia gostar, hihihi!-meus argumentos foram suficientes. - Vai lá, amor!
—Eu já volto, =D!
Quando abria a porta, o casal siticom estava na minha frente.
—Oiiiiie, =D!

—Chris?! Any?! O que vocês estão fazendo aqui?
—Viemos ver se Poncho está vivo. Cadê ele?-os olhei secamente.
—Cadê o Poncho? Você não matou ele, né?- Any disse assustada.
—Eu tenho cara de “Serial Killer”?
—Quer mesmo que eu responda, =D?-Chris se atreveu.
—Ele está no quarto descansando, ¬¬!
—Então, chama ele lá que temos uma surpresa pra vocês.
Poncho foi contra sua vontade até a sala. E seu uniu a nós.
—Quanto tempo você vai ficar, Poncho?-Any perguntou.
—O tempo que a Dul ficar! -segurou minha mão.
—Ótimo! Nós viemos convidar vocês para ir a fazenda do meu avô!- Any estava radiante com a idéia.
—ISSO AÍ!-Chris concordou com Any e sorri de forma espontânea.
—Nossa, eu não vou lá há tempos! Que saudade do vovô Nico e da vovó Hilda.
—Eles também estão morrendo de saudades de você, bebê!
—Mas eu tenho que falar com os meus pais antes!
—Ai, Dul... Até parece que você não me conhece. Eu já liguei pra eles e tá tudo certinho! –piscou os olhos pra mim.
—Se é assim, o que estamos esperando?
A fazenda não era tão distante e em menos de 1 hora, já estávamos lá. Como não chovia há um bom tempo por ali, foi mais fácil de Poncho se locomover. Ele parecia muito encantado com tudo o que via, Chris estava no mesmo caminho.

—Nunca vi um lugar tão bem cuidado como esse!
—Fantástico!
—Eu venho aqui desde criança e te garanto que em todos esses anos, só mudou pra melhor!
—Minha menina, sempre linda e sorrindo! –o avô de Any se aproximou em passos suaves. Apesar da idade, ninguém acreditaria por causa de sua aparência. -Quem são eles e onde está a Dulcinha?
—Eu estou aqui, vovô Nico! –ele me deu um braço apertado e demorado. Só ali notei o quanto senti falta dele. Com certeza, o 2º melhor abraço do mundo. Me soltei e apresentei Poncho para ele. –Vovô, esse é Alfonso! O meu namorado!
—Sempre soube o quanto Dulcinha é forte, mas lhe quebrar uma perna, Oo?
—Não, seu Nico! Essa perna quebrada é o símbolo do amor dela por mim, =D! Se não fosse uma perna, teria sido a minha vida!
—Verdade, vovô! A Dul salvou ele, =D!
—Quero detalhes dessa história! Tintin por tintin.
—E terá, =D! Vovô, e esse é o Christian! – disse Any o puxando para ela. –O meu namorado!
—Finalmente!!!! Deus ouviu minhas orações! Até que enfim você se segurou, Anynha!
—E no que depender de mim, ela não se soltará tão fácil!
—kakakakakaka.
—Tomara, meu filho. Agora chega de prosa que a avó de vocês está nos esperando para o almoço.
—OOoooba! -todos nós gritamos.
Depois de um almoço farto, Any e Christian foram tirar uma soneca na sala. E eu preferi mostrar a fazenda toda pra Poncho, que topou na hora.
A passos leves andamos pelos lugares de mais fácil acesso. Fiz questão de deixar o meu preferido por último. Lá era o lugar onde sempre Any e eu fazíamos as pazes depois de brigar por causa de pôneis, cavalos, bezerros e etc...
A nascente brilhava com os raios de sol, de uma maneira que jamais tinha visto igual. Parecia que estava feliz por rever-me. Sentei na beira e ajudei Poncho a se sentar também.

—Nossa, que lugar lindo! –sorriu Poncho todo abestalhado.
—Por isso te trouxe aqui! Quem sabe com tanta maravilha ao meu lado, eu consiga entrar no pódio?
—Falou “ a feia mais bela”, =p!
—Quer dizer que sou feia mesmo? Olha, eu vou jogar água nesse seu gesso e quero ver o que você vai fazer!
—Eu vou te encher de muitos beijos, por ter feito um favor imenso pra mim. Não aguento mais isso, coça muito.
—Coça?! Então com penitência deixarei o Sr. Gesso intacto.
—Ardilla má, muito má! –ele voltou a olhar pra água que corria, permanecendo mudo por um bom tempo. Me juntei a ele, que me olhou com uma seriedade que eu desconhecia.
—Poncho? Está tudo bem com você? O que você tem? Está ficando pálido... Respira, menino! –comecei a bater em suas costas e ele deu um longo suspiro.
—A água que aqui correu, aqui não voltará. E o meu amor por ti, que é maior que eu, jamais não morrerá! –após um breve silêncio, ele continuo e acariciou o meu rosto. -Dulce María, comigo gostaria de se casar?
—Oo! –agora foi a minha vez de ter os sintomas do Poncho.
—Dul? – na nascente ouve um forte estrondo e muita água começou a jorrar. Mas, logo, voltou ao normal. Meu coração estava disparado. Não cabia em mim. Valsando pra dentro e para trás em meu peito.
—Casar?-ele tirou um anel que brilhava combinando com as águas do rio.
—Pon..-sussurrei o resto do apelido, dando um longo suspiro para prosseguir.-Você é fofo demais pra mim!
—Eu sou seu, Ardillita! Todo seu!-eu não conseguia falar e a única coisa que consegui fazer foi estender minha mão na direção da aliança, sendo beijada quando colocada.

Pingos, do céu, começaram a cair de forma breve. Corremos e conseguimos chegar na casa da fazenda antes de um forte temporal despencar.
—Meninos, acho muito perigoso irem pra cidade com esse “arrasa céu” descendo. É melhor, dormirem aqui.

Eles tinham um hábito maravilhoso de dormir cedo. Eu e Any, ficamos no quarto dela, e os meninos na sala. Any reparou no anel e não me deixou pegar no sono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "FAST LOVE – FIRST LOVE > UM CONTO DE CARNAVAL" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.