Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 97
Capítulo 97 - A visita da fada-madrinha




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Neste tempo em que Betty terminou de almoçar, Catalina estava visitando a Ecomoda:

—Bom dia, meninas!

—Bom dia, dona Catalina!!! -cumprimentou o quartel

—Aura Maria! A Betty está aí?

—Ai, Dona Catalina! Ela logo estará aqui!

—Então, ela não está e Armando?

—Ele também não chegou, Dona Catalina!

Mesmo Catalina teve que dar um sorriso.

—Ah não, Dona Catalina! O que aconteceu é que eles foram visitar umas lojas do Centro para ver como estão indo!

—Ah...

—Mas eles já estão voltando!

Em cima da mesa de Aura María estavam as correspondências, entre elas a revista Jet Set.

—Ah! Já chegou a Jet Set!

—Sim. Eu ia olhar, mas nem tive tempo.

—Posso ver?

—Sim.

—Ah! Saiu!

—O quê?

—O anúncio do restaurante do Michel!

—É este?

—Sim! Ficou ótimo!

Mariana, Sofia e Bertha correram para ver!

(Tinha uma foto de Michel em frente ao restaurante com a mão esticada como se tivesse convidando todos a entrar)

—Mas que tripapito! Ai, desculpa, Dona Catalina!

—Tudo bem, Aura María! Só tome cuidado!

—E como foi?

—Ah, maravilhoso! A imprensa especializada cobriu o evento.

—Que legal!

—Falando sobre isso...

—Sim, este é um dos motivos de minha visita à Ecomoda! Está fazendo algo agora?

—Não, já terminei!

—Então, podemos começar...

—Sim.

Então, Aura María pediu à Sofia que tomasse conta de seu posto, pois iria anotar umas coisas com Catalina.  Foram visitar foi o ateliê, Catalina mostrou alguns releases que fez para os desfiles anteriores da Ecomoda, a importância de destacar os tecidos que serão usados, o que a coleção representava e etc.

Apesar de não entender quase nada do que Catalina estava falando, Aura María anotava tudo.

Betty, Armando e a família adentraram o andar administrativo.

—Boa tarde!

—Boa tarde, doutores!!!

—Ah, a Camilita! -suspiraram 

—E aí, Sandra como foi?

—Ah, meninas, depois eu conto!

—Sofia? E Aura María? Onde está? -perguntou Armando

—Ah, doutor Armado, ela foi com Dona Catalina ao ateliê!

—Mas por quê?

—Para aprender umas coisas referentes ao Projeto. Como não estava fazendo nada...

—Ah sim, amor! O Plano de Negócios! -explicou Betty

—Ok! Mí amor, vou para minha sala!

—Está bem e eu para a minha! (beijo) Armando olhou para seu Hermes e ficou sem jeito, depois foi com Sandra terminar de passar uns trabalhos em sua sala.

Já Hermes foi à sala da Presidência com Betty, pegar uns documentos e depois se dirigiu à sala de Nicolás, onde costumava ficar quando estava na Ecomoda. Atualmente, ele costumava fazer o trabalho no computador de casa.  Então, Nicolás foi à sala de Betty e passou tudo que tinha feito pela manhã, segundo as ordens dela.

Logo, Aura María voltou com Dona Catalina

—Então, para o primeiro dia está bom! Você tem onde assistir uma fita?

—Sim.

—Eu tenho Dvd também!

—Ah não, não tenho como. Só vídeo-cassete!

—Entendo. Então, tome esta fita. Aí explica algumas coisas sobre a profissão. Só deve ser honesta consigo mesma. Imaginar se gostaria ou não de fazer isto!

—Está bem! Vou ver com atenção!

Sofia saiu da mesa de Aura Maria, estava meio chorosa, quando sentou em sua mesa.  Todo mundo imaginava que deveria ser algo do Cheque que talvez não tivesse depositado o dinheiro da pensão ou trazido um cheque.

—O que foi, Sofi?

—Nada!

—Betty já chegou? -perguntou Aura María!

—Sim. Está aí dentro!

—Ah, então, vou falar com ela! -comentou Catalina

—Ah, aproveitemos, tenho que entregar estas correspondências!

—Oi, Betty!

—Catalina! Que prazer em vê-la! Desculpa por não estar aqui quando chegou, mas Armando me levou para ver as lojas!

         -Que isso, Betty! Sem problemas, e está tudo bem lá?

—Sim, a não ser a Loja 2 que está muito mal organizada, suja! Levamos um susto! O Armando fez um escândalo, gritou com o gerente, como sempre fazia antes.

—Sério?

—Sim! Pior que ele tinha razão sim! Estava uma sujeira! Realmente não é a imagem para Ecomoda.

(Catalina olhava orgulhosa para Betty)

—Mas tive que tentar acalmá-lo, não quero que fique nervoso, faz mal para ele e também meus pais estavam presentes e especialmente, minha mãe ficou bem assustada de vê-lo gritando. Ele não viu nada! (risos) Ela o tem como um filho.

—Que bom, Betty! Minha mãe não suportava meus ex-maridos!

—Nossa!

—Sim, mas não foi o motivo de não ter dado certo não. Mas com certeza, o apoio, a união da família é fundamental!

—E não pensa em se casar de novo?

—Deus me livre, Betty! Se não deu certo de prima! Mas admiro muito os casamentos que deram certo, como o seu! Entre nós, está feliz, Betty? Armando é como imaginava?

—De verdade?

—Sim!

—Entre nós: ele é melhor que imaginava! -risos- O Armando que conheci era grosso, estressado, mulherengo e por vezes, insuportável. -risos das duas- Mas mesmo assim, eu o amava e o admirava. Admirava sua persistência, sua inteligência, sua forma de falar, de defender a Ecomoda, e sabia que toda aquela aparente arrogância e segurança, não deixava de ser disfarce para sua excessiva carência.

—Acho que ninguém nunca conseguiu entendê-lo como você, Betty. Nem mesmo eu que costumo ter boa intuição e olhar a alma das pessoas através do olhar.  Armando eu não olhava nos olhos. Acho que talvez porque ele poderia interpretar mal e achar que estava querendo outra coisa com ele.

—Certamente ele iria sim pensar, naquela época!

As duas riram.

—Mas eu sim! Quando conversávamos, por vezes, olhávamos nos olhos! Logicamente, ficava fascinada por ele e tinha que me segurar e fugir para minha sala, pois já o amava muito e nunca pensei que um dia teríamos algo. Sonhava em ser ao menos a melhor amiga, a pessoa com quem sempre poderia contar!

—Sim. Você foi a única mulher em que ele confiou na vida! E pode ter certeza que ainda é, mesmo sendo a esposa. Ah, trouxe um vestidinho para Camilinha! Espero que tenha acertado tamanho!

—Ah, obrigada, Catalina! Não precisava se incomodar! Que lindo!

Armando adentra a sala, em companhia de Dona Júlia e Camila que ao ver a mãe, faz como se estivesse mamando. Então, Betty a pega no colo e vira a cadeira para dar de mamar.

—Cata! Que prazer em vê-la! -Armando, esboçou um sorriso

—Vim visitá-los e falar sobre os preparativos o desfile -Olá, dona Júlia!

—Dona Catalina! Quanto tempo!  -beijos

—Monstro! Minha irmã acabou de ligar para saber se tínhamos recebido o pacote que mandou!

—Ah sim! Recebi, mas logo chegou Cata e nem tive tempo de abrir e ler!

—Bem, posso levar para ler? Estou curioso.

—Sim, claro.

—Depois eu trago. Ela mandou um monte de fotos de quando esteve aqui e algumas de infância nossas!

—Hum... estou curiosa! Vou escolher algumas para os porta-retratos que tenho.

Os dois se beijam, depois ele dá um beijo na testa de Camila que mama com vontade e vai para sua sala, levando a carta de sua irmã Camila para o casal.

Em sua sala, Armando abre o pacote e “saboreia” um dos chocolates suíços que sua irmã enviou-lhes. Lê a carta e lembra-se de cada um dos momentos retratados. Uma das fotos tem Armando, Betty, Camilinha recém-nascida, a irmã Camila, Michelzinho e Nicolás, então, Armando tem a ideia de mostrar a foto a Nicolás e emprestar-lhe para que tire uma cópia, então, foi à sala dele, onde também estava Seu Hermes:

—Ô dentuço!

—Fala, cabeção! Olha, esta foto! Mila me enviou da Suíça e quero saber se quer emprestada para tirar uma cópia!

—Eu gostaria, mas já tenho!

—Como assim?

—Mila também me enviou uma carta com nossas fotos! E chocolates da maior qualidade! O melhor que já comi!  Ê cabeção! Você não é o único que é lembrado aqui!

—Ora seu!

—Liga, não, Armando! Acontece que este micróbio aí além de inútil agora anda de papo com a irmã dos outros!

Nicolás dá uma provocada, pois gostava de irritar Armando e Hermes.

Depois Armando voltou para sua sala e continuou a ler a carta, enquanto, falava com Camila ao telefone.

Enquanto isso, Catalina conversava sobre os pormenores do desfile com Betty, Júlia pegou Camila no colo.

—Este será o último desfile de Bettina, não?

—Sim.

—Já pensou em um substituto?

—Sim, ele me indicou um de seus pupilos para continuar, mas não estou muito segura, Catalina. Ele desenha muito bem, mas não é do nível de Bettina e nem mesmo de Seu Hugo.

—Aceitaria Hugo de volta?

—Olha, Cata, sabe como ele saiu daqui, não?

—Sei... o que ele fez foi horrível!

—Ele sempre fez, na verdade, não me importo! Ele sempre fez isso! Sempre me provocou, mas a questão é que passou dos limites, esfregando a tal da Karina Larson nas minhas fuças. Ela foi uma ex do Armando. Dona Marcela a havia proibido de vir aqui. Tive problema com ela nos primeiros dias como secretária, quase perdi meu emprego por conta. Mas a aceitaria desfilando de boa, se ela agisse como profissional, como muitas ex de Armando, mas não, ela se insinuou, me provocou o tempo todo, sendo incentivada pelo seu Hugo e eu passava por uma gravidez de risco, não podia passar nervoso. Passei mal e Armando ficou furioso com ele e ao invés de pedir desculpas, continuou provocando. Mas, sim, se houvesse uma retratação, um pedido de perdão da parte dele, o perdoaria.

—Que bom, Betty!

—Aprendi com a senhora que não compensa guardar mágoas dos outros que é uma carga desnecessária! De fato, já o perdoei! Mas sei que Armando não.

—E o aceitaria de volta?

—Teria que acontecer... Armando teria que aceitar também. Pela Ecomoda, se não tivesse outra opção, pode ser que aceitássemos. Sei que inesita sente muita falta dele.

—Eu gosto muito dele, mas sempre o recriminei pela forma como tratava você e o chamado quartel. Mas não há como negar o seu talento e história frente à Ecomoda.

—Sim, Catalina, sim. Pelo bem da Ecomoda o aceitaria, perante algumas condições.

—Eu gostei bastante do trabalho da Bettina aqui, uma pena que ela não possa continuar...

—Sim, ela tem seu próprio ateliê! Até me admirei que tenha ficado um ano conosco. Quer ir ao ateliê?

—Na verdade, já me adiantei e conversei com ela, sobre a coleção, os tecidos, tema, tudo. Vou preparar o Release e te mando, Ok?

—Sim.

—E como foi a inauguração do restaurante do Michel?

—Ah, Betty!

Catalina olhou para trás para ver se Armando não estava por ali. Já Júlia olhou para Betty.

—Foi muito bonito! Inclusive, nesta revista saiu o anúncio do restaurante (Catalina mostra o anúncio de página inteira)  

—Nossa! Que bonito que ficou!

—Você chegou a ver como estava antes?

—Não, nunca vi, ele ainda não havia adquirido o espaço. Mas pelas fotos parece um local refinado mas também sóbrio, aconchegante.

—Isto mesmo, Betty! E o escritório fica alguns andares acima!

—Fico feliz que ele tenha realizado seu sonho!

—Sim. E ele te mandou lembranças! (Júlia olha com sua costumeira cara de espanto para Catalina)  Logicamente, que como amigo, Betty! Ele até queria convidá-la, assim como Armando, Camila e seus pais, para irem à inauguração...

—Fico lisonjeada, Catalina, mas ...

—Eu sei, querida, não precisa me explicar!

—Sim, ainda é muito recente, acho que Armando ainda ficaria incomodado, mas creio que um dia sim poderemos fazer uma visita, afinal, ele sabe que Michel e eu nunca tivemos nada! É que é muito ciumento.

—Sei! Mas ele nunca foi, viu? Isto é só com você!

—E com Camilinha! -riso

—É que é a primeira filha. Bem, Betty! Acho que já vou, preciso trabalhar no lançamento, está em cima, falta apenas um mês!

—Sim, estamos correndo! Os tecidos e insumos já estão na Produção.

—Vou dar uma passada na sala de Armando para me despedir!

—Sim, madrinha, sim!

Catalina dá um beijo em Júlia, outro em Camilinha. A menina dorme nos braços de Júlia, que a havia pego do colo de Betty, tão logo, acabou de mamar.

Então, Catalina segue para falar com Armando em sua sala.

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