Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 232
Capítulo 229




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Armando golpeava o volante, se odiava por desconfiar de sua Betty mais uma vez e como sempre ela não havia dado motivo, a não ser o de sempre o deixar encantado e cada vez ficar mais bonita e charmosa e agora mais elegante. 

Estava se preparando para puxar a marcha e pisar o acelerador quando viu Betty saindo toda sorridente tendo ao lado um homem. Era um homem alto, elegantemente vestido  e loiro.

 

Não esqueçamos que Armandinho não enxerga tão bem de longe e sim de perto, tanto que tira os óculos para ler.  E na ocasião, como estava disfarçado, guardou os óculos. Os quais começou a procurar no guarda-luvas.

—Maldita seja! Não é meu carro. Onde estão meus óculos? Sem eles não posso dirigir, não enxergo nada de longe.

 

Começou a derrubar tudo.

—Ah, estão aqui! (Estavam no bolso do macacão) A tempo de ver Betty entrar no seu carro (ela que dirigia, o tal homem se sentou no banco do carona).

—Agora sim. Vamos ver o que está fazendo, Beatriz!

 

Nesta hora, apareceu um guarda de trânsito.

—Boa tarde! Parado em fila dupla, ah?

—Ai não! Não estava parado, estou me aprontando para dar a partida.

—Então, estava estacionado?

—Sim, quer dizer, não. Estava só parado, esperando uma pessoa.

—Pois bem, mas aqui é proibido estacionar ou parar.  Carteira e documento, por favor! Saia do carro!

—Mas guarda, é que não entende?

—O senhor está desrespeitando uma autoridade?

 

Assim, Armando não teve outra solução que acatar a ordem do guarda, enquanto via sua Betty dar a partida, levando um homem desconhecido em seu carro.

 

O que não sabia é que Betty, no restaurante encontrou com Margarida e mais uma senhora e o homem era Arnoldo, seu instrutor de boas maneiras, que por sinal, é gay. Era uma cantina italiana muito fina. Nela, Betty aprendeu a pedir e a comer pratos muito além de pizza, lazanha e ravioli como comia. 

—Muito bem, Beatriz! Excelente! Parece que comeu em restaurantes elegantes a vida inteira.

—Realmente, surpreendente! -disse Margarida -Difícil acreditar que não soubesse de nada disso. Você e Armando não costumam sair?

—Sim, dona Margarida, mas antes éramos chefe e secretária e pedíamos o básico, o que seguimos fazendo quando vamos a algum restaurante fechar negócios. Ojojo! E nos dias livres comemos comida caseira na casa de mamãe, que é uma cozinheira das boas!

—De verdade? -perguntou Arnoldo. -Ela tem restaurante?

—Não, mas até que poderia, mas meu pai não deixaria, ele é muito ciumento.

—Nisso teve sorte, Beatriz, meu filho não é nada ciumento! 

"Se ela soubesse" -pensou Betty.

 

Betty jantava quando ouviu o celular tocar.

—Alô? Armando?

—Ah, alô, Betty! 

—Tudo bem? Parece longe.

—É, tudo bem. -dizia Armando olhando para todos os lados. -Onde está Betty? 

—ER, com sua mãe. 

—Minha mãe? -disse ele, incrédulo, pois a viu sair com um homem.  -E onde estão? Ouço música. 

—Ah, em um restaurante. 

—Restaurante?

—Sim, um restaurante italiano,  

—La Farinata! -disse Arnoldo.

—La Farinata, conhece?

—Claro. Mas isto é na Zona Rosa (uma região chique de Bogotá) do lado contrário -disse, mordendo a língua.

—O que disse?

—Nada. Estão falando algo aqui. Bem, posso ir buscá-la.

—Já estamos saindo, ainda mais você está sem carro.

—Não, estou com carro!

—O carro ficou comigo.

 

Agora, Armando lembrava que o carro estava com Betty e que tinha alugado um.

—É verdade, meu amor.

—Um bacho, Armandetto, nos vemos em casa, sim? -disse Betty, misturando "espanhol" com italiano para fazer charme.

—Um Bacho, Beatriz, vou pegar Camila, nos vemos na casinha. 

Se despedem com beijos, Margarida não podia acreditar que Armando gostasse de uma despedida telefônica tão melosa como a que Betty lhe dava no telefone. Mas nem na adolescência. 

 

Depois de um maravilhoso e completo jantar italiano com acompanhamento, entrada e vinho, Betty, Margarida, Arnoldo e convidados foram cada um para um lado. Já Armando estava ainda mais desconfiado.

—Com minha mãe em uma cantina, La farinata, isto nem um idiota como eu crê, Beatriz! Vi um imbecil loiro a seu lado, se for aquele imbecil do francês mudando de cardápio para agradar minha Betty o mato, ah o mato! E mato qualquer outro que respirar perto dela. Ela não, pois é doce e inocente. Pobre de minha Betty não tem culpa de ser tão inocentemente sedutora.  

 

Assim, louco da vida, Armando foi para dona Júlia buscar Camila, não sem antes, trocar de roupa e fazer-se de durão para negar a comida de dona Júlia, da qual já era adicto. Assim, foi para a casinha deles (que de casinha não tinha nada), esperar por Betty com um misto de raiva, ciúmes, impotência, sentia-se tão mal de ter que ter raiva dela. O que faria se fosse verdade?

 

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