Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 187
Capítulo 186 -Ecomoda e a crise colombiana.




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Alguns dias depois:

 

A reforma do apartamento segue a pleno vapor, Armando e Betty estão animados, apesar de terem gasto por conta, mas Nicolás não tem boas notícias.

 

 

—Bom dia, Nicolás!

—Bem, bom dia! Bom dia, Armando.

—Bom dia, Nicolás!

—Não sei se é bom de fato, Betty!

—O que foi?

—Melhor convocar uma reunião.

—Acho melhor que conversemos só nós três, primeiro.

—Está me preocupando, Nicolás.

—Nicolás está exagerando, não é? Não tem motivo para preocupar-nos.

 

Nicolás abaixa a cabeça.

—Por enquanto é só uma projeção, mas se não tomarmos providências pode nos atingir.

Betty e Armando viraram um para o outro, preocupados.

 

 

Nicolás explica a situação da Economia colombiana, que está atingindo em cheio a Indústria da moda.

—E isto pode chegar até nós?

—Por enquanto ainda não. Pois temos reservas.

—Ufa! Ainda bem. -suspirou Armando.

—Mas não estamos tão tranquilos assim.

O casal se entreolhou de novo.

 

—De modo que no momento projetos como adquirir o prédio para abrigar a nova enfermaria e creche deverá ser adiado.

—Puxa…

—Mas o dinheiro que iríamos dar como entrada e caução era algo excedente no orçamento.

—Eu sei, Betty. Mas no momento...

—Nicolás, seja franco estamos quebrados?

—Não, Betty. Estamos bem, temos dinheiro suficiente para as duas próximas coleções e ao que tudo indica, a próxima já conta com pré-venda.

—Então, não temos crise. Não sei porque a preocupação. -disse Armando -Você me assustou, molenga!

—Escuta aqui, cabeção! -Betty riu de lado com os apelidos “carinhosos” que os cunhados se tratavam.

—Ai, meninos!

—Eu não ia falar se não fosse sério.

—Mas se diz que temos reservas e pelo que vejo os investimentos estão de vento em poupa.

—Sim, estão, mas… Doutor Mendoza, tenho dirigido as finanças da empresa de sua família desde que Betty assumiu a Presidência. Hoje, não sou mais neófito ou recém-saído da faculdade.

—Eu sei, Nicolás, mas…

—E não custa lembrar que antes disso já vinha cuidando de sua empresa por um ano.

—Nicolás! -repreendeu-o Betty

—Eu sei, Nicolás.

—E Betty e eu salvamos você e a sua empresa!

—Nicolás!

—Não, Betty. Ele tem que saber. De modo, Doutor Mendoza é um pouco tarde para desconfiar de minhas habilidades.

—Nicolás, não tem que falar deste jeito assim!

—Não, Betty, ele tem razão!

—Não queria falar disso, mas…

—Sei que NUNCA será esquecido. -disse Armando de cabeça baixa e com uma pequena lágrima nos olhos, a qual disfarçou, mas que Betty captou.

—Se falo é porque é sério. Se quiserem consultem outro. Mas tenho certeza que Betty pode analisar estes relatórios e tirar as conclusões necessárias. -disse Nicolás visivelmente chateado.

—Nicolás, sente aí, vai. -disse Armando.

—Vai me deixar explicar?

—Sim, desculpe-me!

 

Nicolás mostra artigos econômicos sobre a crise forte que atingirá em cheio a Indústria da moda.

—Por hora, nossas reservas garantem uma boa situação e acredito que com as vendas indo bem, seguiremos bem por muito tempo, mas não sei até quando. Várias empresas tão grandes quanto a Ecomoda quebraram.

—E não podemos fazer nada a respeito?

—Sim, claro. Temos que nos abrir para o mercado exterior.

—Ah mas isso já fazemos com as franquias.

—Sim e estamos bem, mas com esta incerteza que ronda a nossa economia e também a da América Latina o mercado pode se retrair.

—E não há nada que podemos fazer?

—Sim. Há uma solução: um investidor.

—Investidor? Que tipo de investidor?

—Um internacional, de preferência que invista em dólar ou em libras.

—Mas onde vamos arrumar isto assim?

—Não sei. Mas precisamos arrumar rápido se quisermos cumprir todas as metas, inclusive os projetos sociais.

 

Armando se derrubou na cadeira que estava sentado, Betty o massageou nas costas.

—Desculpe, mas… Por isso, achei melhor expor a situação a vocês ao invés de convocar uma reunião de diretoria.

—Fez bem, Nicolás.

—Vou fazer alguns contatos também, Ecomoda também é minha vida!

—Eu sei, Nicolás! -disse Betty.

 

Nicolás saiu, fechando a porta, enquanto Armando sentado na cadeira da Presidência se sentia derrotado.

—Sou eu!

—Como assim?

 

—Indiretamente estou prejudicando a empresa. Não te dou sorte, Betty. -Betty levanta-se da cadeira presidencial para que ele se sente.

—Mas que bobagem! Como pode pensar algo assim? Você está trabalhando duro, não pode se culpar se a Economia do país não ai bem. Estamos fazendo nossa parte.

—Não funciona assim, Betty. Não para Daniel Valência e ele está de olho em tudo que fazemos. Viu como veio aqui?

—Sei, mas ele ainda não teve acesso a isso.

—Será questão de tempo!

—Daremos um jeito!

—Jura, Betty?

—Juro! -Beijou-o, sentando-se em seu colo -Pode confiar. Quando te decepcionei? Estou aqui para cuidar de nossa empresa, de você e de nossa filha.

—Ô não saberia o que faria sem você. -Beijo. -Com você me sinto seguro, meu amor. -Os dois se beijam. Armando se sente mais calmo nos seus lábios, mas não para de pensar que tem que achar uma solução. Não quer que Betty se preocupe com isso, quer que ela tenha orgulho dele.

—O que me deixa mais triste é o fato do projeto da creche ter que ser adiado.

—Também, meu amor. Não só por Camila, mas também pelos filhos dos funcionários.

—E o que faremos?

—Sei que minha mãe cuida muito bem, mas precisamos contratar alguém que a ajude.

—Eu sei, sou contra, mas…

—No momento.

 


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Notas finais do capítulo

Assim, o casal vai para casa com a cabeça quente.

Mas vão achar uma solução, não creem?



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