Cerca de um mês depois, no auditório da Universidad de Estudos Econômicos, tem lugar o Baile de Reencontro dos alunos. Festa havia sido combinada cerca de cinco anos antes, na ocasião da colação de grau. À entrada, ao lado da recepcionista, se encontrava Solange e se revezavam Cesca, Bella e Laura.

Assim, estava Laura ao lado da recepcionista quando esta conferiu o convite.

—Olá, Armando, como vai?

—Bem. -beijo na bochecha

Armando estava pegado do braço de Beatriz.

—Nome?

—Beatriz.

—Beatriz de quê?

—Beatriz Pinzón Solano.

—Não, não pode ser.

—Laura?

—Sim, você é é…

—Sim, Beatriz, a Betty! Oj oj oj -riu de seu jeito

—Beatriz!

—Sim, dona Solange!

—Mas você está maravilhosa!

—Grata! Você também, dona Solange, como sempre, e você Laura.

—As meninas nem vão acreditar!

—Permita-me apresentá-las, Solange, Laura! Esta é Beatriz, além de ex-estudante desta instituição, Beatriz é minha esposa e presidente de Ecomoda. -disse armando sorrindo, sabendo que iriam se surpreender

Solange e Laura estavam geladas, aquela não podia ser a tão feiosa Beatriz Pinzón. Mas era, além de estar bela, ainda usava um vestido longo vestido de seda francesa que adornava seu corpo com perfeição, um decote canoa na frente e atrás um decote V que deixava suas costas nuas até quase a cintura (havia sido pedido de Armando a Jacques e Hugo, pois iriam dançar muito e lhe encantava acariciar as costas de sua Betty enquanto dançava. Era de longe o vestido mais lindo. Adornado por uma gargantilha de brilhantes que Armando pegou emprestado de sua mãe e os brincos que Armando lhe dera.

—Viu como foi uma boa ideia? Todas olham para você! É a mais linda da festa!

—Sabe como fico constrangida de chamar atenção. E que não ligo para estas coisas.

—Sei, mas merece estes olhares. Pelo que passou, merece que olhem para você e te admirem. E mesmo que tenha que aguentar meus ciúmes merece os masculinos também, pois sei que SÓ EU vou poder saborear isto tudo.

—Armando!

—Não pode usar um vestido desses e querer que me comporte bem.

—Então, vou tirá-lo.

—Ótima ideia! Mas não na frente de tantos convidados. Quero só para mim.

—Não seja bobo. Digo tirar no sentido de trocar por outro mais discreto.

—Prometo tentar me controlar, mas é difícil. Quero que vista este modelo e mostre a todos quão bela sempre foi e que eu logrei descobrir.

—Armando! Que bom que chegou! -disse Francesca, dando-lhe um beijo no canto dos lábios, mesmo estando ele de braços dados com Beatriz.

—Está tão perfeito. Os modelos são lindos, como este que visto. Sempre faremos negócios com a Ecomoda. -disse Francesca querendo que Armando repare no modelo preto que usava tão pegado ao corpo que mal a deixava respirar.

—Isto me deixa muito feliz, Francesca, Assim como à Beatriz! Ah, creio que conhece desde os tempos da faculdade Beatriz, minha B

—BETTY ! -Catalina que, assim que avistou nosso casal, saiu a seu encontro.

—Betty?

—Sim, Francesca, sou eu, aq Betty, Beatriz Pinzón Solano. Oj oj oj

—De Mendoza, presidente da Ecomoda e MINHA ESPOSA. -beija a mão dela

—Esposa? Você se casou com a Beatriz Pinzón? -disse olhando-a de cima abaixo. Está diferente, Beatriz!

—Só mudei um pouco o look.

Neste momento chegava Nicolás de braços dados com Camila. Betty e Catalina queriam que Nicolás fizesse uma mudança total no visual, mas o moço não estava de acordo, por achar que não seria ele mesmo e perderia a essência, assim, Armando só lhe deu uns toques. Logo, Nicolás adentrou o salão vestindo um smoking da coleção da Ecomoda, bem parecido com o modelo que Armando usava. A pedido de Betty e Camila, Armando havia ajudado-o e dado um duro para convencê-lo a tirar aquela gomalina no cabelo, aparar as pontas e fazer uma limpeza de pele já que tinha muitas espinhas. Foi o que mais protestou, nem tanto pela dor em si ao tirarem os cravos, mas porque ao chegar don Hermes disse que agora o micróbio era uma micróbia e que tomasse cuidado ou iria para outro lado.

Flashback

—Isto é inveja, don Hermes, inveja.

—Inveja do quê?

—De mim. Porque graças ao galã de novela mexicana de seu genro posso ficar ainda mais bonito.

—Paspalho inútil. Pois saiba que se ele fez isso foi para rir de você!

—Não ligue para ele, meu filho. Ficou muito bonito.

—Júlia. Shiu! Em boca fechada.

—Mas ficou bonito, sim, Nicolás! Parece até Mário Duarte. 

—Pois não fale deste idiota, Betty, ou volto ao visual antigo.

—Ah não, Nicolás, está tão bonito oj ojo oj

—Onde já se viu, minha filha, uma mulher casada elogiar  outro homem?

—Ah, papá. Nicolás e eu somos como irmãos e Armando sabe disso.

—

—Nisto seu pai pode ter razão, Com aquele cabeção nunca se sabe! Lembra que ele me arrebentou.

—Quê? Quando?

—Nada, papá. Foi uma brincadeira dos dois. Nicolás!

 Nicolás ao invés da gomalina exibia suas madeiras soltas, divididas e jogadas para trás.

—Mila, estou bonito?

—O que está querendo, hein? Está sim. Está lindo, só não te dou um beijo agora, pois se meu irmão nos pegar, já sabe!

—Um dia teremos que definir esta situação. 

—Será que você quer mesmo definir? 

—Lógico que sim! Gosto de você.

—Nome? 

—Nicolas Flaminio Mora Cifuentes!

—Mas este nome não está aqui.

—Então, procura aí Nicolás Mora!

—Ah sim, claro! Pode entrar, senhor!

—Esta é minha acompanhante, não era aluna!

—Eu sei, já percebi!

—O nome é Camila Mendoza!

—Não é necessário.

—Vamos, Nico. 

—A mesa de buffet! -Nicolás arregala os olhos ao ver a maravilhosa e insinuante mesa com um monte de doces.

—Isto vão servir depois! 

—Sejam bem-vindos! -cumprimentou Solange, reparando na etiqueta. -É você, Nicolás Mora?

—Ah seu dispor!

—Sou eu, Solange!

—Sim, dona Solange. Nem mais faltava esquecer! 

—Pois se vê muito bem, Nicolás! Sua eterna amiga, Beatriz, já chegou. 

—Ah que bom! Grato, dona Solange! 

—Laura, lembra-se de Nicolás Mora?

—Sim, oi, Nicolás!

—Oi, Laura! -beijo na bochecha -Esta é Camila, minha... minha... namorada. 

—Prazer! 

Nicolás de braço dado vai para o meio do salão, arrastando Camila para ir atrás do garçom. 

Apesar dos escândalos e os absurdos de Nicolás, Camila o acha muito divertido e diferente dos homens com quem namorou.

Nicolás pega um monte de aperitivos! 

—Ha ha ha! Nico, duvido que como tudo isso. 

—Realmente não. Estes dois são para você.

—Ha ha ha. Só você mesmo, Nico. 

—Vamos atrás das bebidas!

—Como se não bastasse a ex-feiosa de Betty, o Nicolás virou um tripapito!- disse Laura

—A noite revela muita surpresas!  

—Principalmente para Cesca! Imagina, ela quase se jogou no colo do Armando todos esses dias e agora, descobre-se  que além de ser casado, casou-se com nada menos que Beatriz Pinzón! 

—Cesca deve estar comendo madeira! 

—Ha ha ha! Com certeza!  A esta altura já sabe que os dois são casados! 

—Mas que partidaço conseguiu a ex-feia! 

—Ela ficou bem bonita! 

—Também casada com um dos maiores empresários de Moda do país. 

—Quando a Cesca ver o Nicolás que vivia babando por ela e só humilhava o coitado.

—Ele ficou bem gatinho. 

—Lógico que não para nós, pois somos casadas! 

—Mas digo para Cesca que é solteira. 

—Meninas! Que fofocaiada é esta? Tem muito trabalho para ser feito.

—Ai, desculpe, Solange! 

—Nicolás! 

Nicolás limpou a boca com guardanapo para cumprimentar Betty, com beijinhos.

—Oi, Mila! 

—Betty! 

—E meu irmão?

—Foi pegar um whisky.

—E esta cara? 

—Imagina que uma das organizadoras, uma tal de Francesca está vidrada nele?

—Quê? a Cesca?

—Ella mesma! A que você gostava! 

—Falou bem, gostava há muuuiiiitooo tempo! Mas quer dizer que a Cesca está dando em cima do cabeção? 

—Disfarçadamente, mas está! 

—E como ela é? 

—Tipo Patrícia Fernandéz!

—E meu irmão está dando confiança?

—Não creio que não e espero que não! 

—Ah qual é, Betty? Para quê esta insegurança?

—É que ela sempre foi bonita e eu já fui Betty a feia 

 ------------------