Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 136
Capítulo 135: A Carta




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—Betty, veja! Chegou esta carta para você! -disse Júlia, mostrando um envelope

—Carta?

—Sim. É da sua antiga Faculdade!

Dentro do envelope havia um convite em papel couchê estava escrito em relevo : 

 À  Srta. 

Beatriz Pinzón Solano

 

A

Universidad de Estudos Economicos y Finanzas

Orgulhosamente convida os Formandos da Turma de 1997 para o

Encontro combinado

 

A ser realizado em data de 15 de julho de 2002

 

Às 21 horas no Salão de Festas da Universidade

 

R.S.V.P.    Comitê Organizador

 

Betty leu com atenção cada palavra, sentindo o suor molhar o papel cor champanha do convite.

Armando a olhou e estranhou. Há muito tempo, não via Betty assim.

—O que acontece, Beatriz?

Tomando o convite nas mãos

—O que diz aqui, ah?

Armando leu cada palavra que dizia o convite e assombrou-se mais ainda. Ali não havia nada demais para que Betty ficasse daquela maneira. Abraçou-a, beijou sua cabeça e perguntou-lhe:

—O que tem, Betty?

—Apenas uma reunião de Formandos, esta não é a faculdade que formou, verdade?

—Sim, foi esta.

—Que bom!

Betty olhou estranho para ele. Talvez para o eternamente belo Armando aquilo fosse normal, mas para ela não. Na faculdade tal como no Colégio, na vizinhança, na Ecomoda, ela era Betty a feia e há apenas dois anos exibia um visual mais arrumado e elegante, mas logicamente não à altura de suas belas colegas de classe, pensava.

Ármando percebeu que, sem querer, havia falado uma besteira. Júlia virou-se para ele e fez-lhe um gesto como quem diz: calma.

—Teve uma formatura, Armando?

—Sim. Em Engenharia Industrial na  Universidad de los Andes! A formatura foi no Clube. Minha mamá conseguiu o salão principal.  

—Do que falam? -perguntou Hermes, que percebeu certo constrangimento

—Do baile de formatura de Armando!

—Betty não teve!

—Não?

Armando se assustou, pois em sua vida nunca havia visto alguém que não tivesse tido uma formatura

—É que a opção era simples: ou ela estudava o último ano ou ia ao baile, então, optamos pelo estudo.

—E não me arrependo, Armando! Sabe? -disse Hermes   -O que me esforcei para que esta menina estudasse e se formasse para chegar onde chegou! Sua assistente e agora, presidente da empresa!

Armando, Júlia e Hermes ficaram orgulhosos.

—Porque conheço seus pais e a outra família, os Valência e sei como são! Tenho certeza que não iam eleger Betty como presidente se não tivesse competência, se não fosse como é!

—Não mesmo! -suspirou Armando. Betty ficou ainda mais vermelha.

—Ainda mais, para quê o baile? Ia ser como nos meus 15 anos quando ninguém quis dançar comigo.

—Não diga isto, Betty!

—Eu te contei esta história sobre meus 15 anos... Todos iriam fazer piada comigo ou me desprezar. Só isso! Nem sequer tinha dinheiro para comprar um belo vestido para ficar arrumada, então, para quê?

Armando lembrou-se do ela havia lhe contado.

—Lembro-me, Betty! Mas isto faz muito tempo para remoer!

—Mas ainda estão aqui, doutor! (apontou a cabeça e o coração)

—Diga-me: na faculdade acontecia o mesmo? As perseguições eo desprezo?

—Sim, considerando que eram adultos, achei que eram ainda piores!

—Inveja, doutor! Pois Betty era a melhor aluna, só tirava a melhor nota! Isto quando Nicolás não tirava a melhor.

—Sim!  -Betty ri    -Fomos amigos desde a infância, mas na faculdade nos tornamos os melhores, sabe? Unha e carne! Estávamos sempre juntos e ele me protegia das tirações de sarro. Mas como irmãos, doutor!

—Lógico, senhorita! Não havia outra maneira! -disse Hemes

—Claro, Claro!

—E claro: pretende ir a este encontro?  -perguntou Armando

—LÒGICO QUE NÃO!

—Por que não?

—Como pensa que que vou me apresentar a eles depois de tudo?

—Pois se depender de mim, quero que vá a este encontro!  

—Como?

—Assim quero que veja que bela está! Quero que saibam que, além de inteligente, é lindíssima!

—Não, melhor não!

A família já havia acabado de jantar quando a campainha suou. Era Nicolás!

—Olha, olha! Como estão?

—Bem, Nicolás!

—Isto são horas, Microláx?

—Estava fazendo umas diligências!

—Sei...

   Betty que dava de mamar à pequena ,olhou para Nicolás e os dois riram (sabiam muito bem o que fazia Nicolás). Armando colocou a mão sobre o peito de Betty, pois agora não estavam mais em família. E depois um paninho. Camila protestou, pois não gostava de que a tampassem.

De qualquer forma, Nicolás estava mais interessado em comer a comida de Júlia, mesmo tendo conseguido tomar café com uma das moças com que havia proposto.

 

Após terminar de dar de mamar, Betty ajeitou-se e foi falar com Nicolás.

—Você recebeu também? -perguntou Betty

—O quê?

—Isto! -entregou-lhe o convite

 

Nicolás leu com atenção o convite.

—Com certeza deve ter chegado em minha casa!

—É?

—Pretende ir, Betty? -perguntou Nicolás

—E você?

—Eu vou pensar. Você pretende ir?

—Não, não. Betty a feia não vai nestes eventos não senhor!     -ri

—Betty, a feia não, mas esta Betty aqui que vejo, minha amiga, dona de uma das mais prestigiadas empresas de moda deveria ir!  -respondeu Nicolás

—Para quê? Para tirassem sarro? Que devo ter feito uma dessas operações?

—Pois, Betty! Que importa? Deve ir sim e mostrar à turma como além de inteligente, ficou bonita! Levar aí este galã de novela mexicana com este porte e mostrar à Laura, à Isabella, à Cesca! Como ficou e que marido conseguiu! E é Presidente de Ecomoda! Pode ter certeza que não foram melhores que você! 

—Pois concordo, Nicolás.  -disse Armando

—Meu amor! Não me interessa mostrar-me para ninguém!

—Concordo com Bety! Não convém estas coisas de exibir-se por aí! Sabe como é    . E mostrar que se casou com um marido rico e elegante para as outras! Mas por quê?

—Porque é o que todas procuram e querem, Seu Hermes! -admitiu Nicolás

—Imagina! -contestou Hermes

—Só porque a pobre de Dona Júlia não pôde fazer o mesmo... Mas Betty pode! Não suporto este cabeção, mas se as mulheres corriam atrás dele é porque deve ter algo, no?

—Disse bem, Nicolás! Corria! Pois agora, sou eu que corro atrás de minha Beatriz!

Ela o abraça e dá um beijinho..

—Ei! -disse Hermes

—Ah, mas papá!

—Somos casados já, Seu Hermes! -respondeu Armando

—Mas

Ele rodou seus olhos e continuou:

—Quero que confirme sua presença, Beatriz!  -disse Armando, determinado

—Doutor.

—E seus professores não eram legais com você?

—Sim. Ensinaram muitas das coisas que sei. E um deles me indicou para o estágio no Banco Montreal!

—Sem esquecer o reitor que providenciou as maiores recomendações e elogios!

—SIM! Então, por eles, por eles, Beatriz! Você tem que ir!

—Está bem, doutor!  Vou pensar, mas não prometo nada. Agora, vou arrumar Camila

para irmos!

 

Betty e Júlia terminaram de arrumar Camila, se despediram e acomodaram-na no banco de trás.

 

Logo no carro...

—Ah, este volante... Posso até ter outro carro, mas nunca vou trocar este.

—E Armando Mendoza vai ficar com um carro velho?

—Sim, velho, mas cheio de lembranças com minha Beatriz -beijou-a – um dia quando estivermos sozinhos, vou querer repetir!

—Louco!

—Sim, e sabe por quem? Por você! E já estou ficando....

—A menina!

—Quando estivermos sozinhos. Lógico. Sabe, te amo!

—E eu também! (se beijam) Mas aqui agora não!

—A monstrinha dorme...

—Mas pode acordar. Vamos!

—Ele balança a cabeça como quem se lembra de tudo que fizeram naquele carro. Beatriz também se lembra e está muito vermelha.

Em casa, após verem um pouco de Tevê, deixassem se levar pelo amor que sentem na cama de seu quarto, e depois caem adormecidos.


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