Após despacharem Daniel, conversarem com seu Hermes e obterem a permissão para namorarem, Betty e Armando saem da sala de braços dados e encontram as meninas do quartel  e  Patrícia conversando:

—Ei, Betty! Dra. Pinzón,  Armando, sejam bem-vindos de volta!-Patrícia tentando puxar o saco

—Patrícia “Tonta” Fermandez! Cara oxigenada, não foi embora junto com Daniel?-pergunta Armando, agarrado com Betty e com um sorriso irônico nos lábios

—Imagina! Imagina que eu iria com o Daniel? Meu lugar é aqui na Ecomoda!

—Fala verdade, oxigenada para os chefes, oxigenada! Ele não quis te levar!-Sandra interviu

—Ah vai! Vai! Vão procurar o que fazer! Vão trabalhar! Temos que ajudar a recuperar esta empresa, mostrar trabalho à Betty e Armando.

—Cara e querida amiga oxigenada! Aproveita que estou de bom humor hoje, com minha Betty e vá para sua mesa e fique lá! Trabalhando ao invés de ficar perdendo tempo.

—Sim, Armando! (joga o cabelo)

(O quartel ri)

—Deu tudo certo com seu Hermes?

—Sim, o Doutor, falou com meu pai e ele aceitou nosso namoro. (Betty sorri com brilho no olhar)

Patrícia fica de orelha em pé, perguntando mentalmente: “Onde estará Marcee?”

Após conversar com Margarida e com Betty, a ex-noiva de Armando havia saído da empresa e ido para o Lenoir afogar um pouco as mágoas em whisky e depois para casa, mas Patrícia desconhecia o destino da amiga, que desligara o celular.

Transbordando de felicidade, o quartel propõe que estiquem a noite. 

—Ai, temos que comemorar isso!-propôs Sandra

—Sim, a reconciliação e permanência de vocês! Depois de tanto tempo de sofrimento!-completou Sofia

—Das duas partes!

—Mas foi exatamente como fora dito nas cartas, eu disse, meninas!

—Sim! (beijam-se)

Patrícia faz cara de nojo

—Vamos, Betty!-propôs Aura Maria-Temos que comemorar isto!

—Tenho que falar com meu pai!

—Eu vou com você! –ofereceu-se Inesita

Betty e Armando acompanhados de Inesita vão pedir autorização a Hermes  para comemorarem a permanência de Betty como presidente.

No começo, Hermes resiste, mas com a promessa de Inesita de que os acompanhará, Hermes fica um pouco tranquilo, mas não totalmente. Então, resolve fazer recomendações a cada um do quartel e principalmente a Armando:

—O Nicolás vai conosco. -propôs Betty.-Ele cuida de mim. Pode, seu Armando?

Armando revira os olhos, mas concorda, pois sabe que seu Hermes só confia no molenga.

—Vê se não  chega tarde, não é porque agora é presidente de uma grande empresa de moda e namora um dos donos que pode fazer o que quer, mocinha!

—Não, papai... Continua tudo como antes.

—Você também, rapaz! A Betty é moça de família, decente, pura, não é como estas moças modelos que o senhor namorou e que já fazem coisas erradas na primeira noite. Não, a Betty eu criei dentro da moral para que conserve assim até o altar. –Armando vira os olhos para cima, enquanto Betty ajeita os óculos e sorri timidamente.

—Bem... pode deixar seu Hermes, sempre  respeitei Betty e pretendo continuar da mesma forma!

—Acho bom, acho bom! Vou permitir porque conheço os senhores seus pais e sei que são decentes e honrados. Mas lembre-se, doutor, o diabo é porco!

—Com certeza, senhor Hermes!

—Será como uma reunião de família, se o senhor quiser, pode vir junto  -convidou Sofia

—Neste caso, vou ligar para meu gordinho ir conosco!-completou Bertha

—Eu não irei, não sem Julia. Sabe como é: o diabo é porco!

—Sim, senhor Hermes! –respondem em coro

Os chefes liberam os funcionários mais cedo, excepcionalmente por ser um dia muito especial.

Após senhor Hermes ir embora, Armando sente-se mais à vontade para abraçar e sentir Betty mais perto.

Após uma leve discussão, pois Armando queria ir no Lenoir, e o quartel, dançar, resolvem ir a um night club onde toca jazz, blues, soul e um pouco de salsa. Não é exatamente o tipo de lugar que Aura Maria e Freddy costumam ir, mas como o Senhor Armando que iria bancar tudoo, resolveram não contrariá-lo e acabar com seu raro bom humor.

—Antes, preciso falar com Betty...-pediu Nicolás chamando Betty para o canto, sob os olhos reprovadores de Armando

—Doutor!

—Sim, Betty pode ir...

Apesar de contrariado e visivelmente ciumento, Armando prefere não dar motivos para Betty ficar triste novamente com ele. Mas fica observando-os de longe:

—Vou te falar a verdade, Betty! Estou feliz que tenha ficado, já que ama este cabeção!

Betty ri de seu jeito característico

—Ele deve te amar também.

—Não tenho mais dúvidas, Nicolás!

—Mas de minha parte estou triste.

—Sei, lamento que não tenha se acertado com a oxigenada. Que não tenha despertado o amor nela!

—Aquela ali, Betty, infelizmente ama carro, cheque, celular, jantares...  E é por isso que não queria ir com vocês, preferia ir para casa.

—Nicolás, gostaria que fosse!

—Você não precisa mais de mim! Agora tem seu cabeção para te proteger! Não preciso mais ser seu namorado! (riem juntos)

—Prometemos a meu pai, Nicolás! Não é meu namorado mais –ri de seu jeito característico-mas é meu amigo sempre.

Os dois se abraçam

—É quase um irmão para mim!

Ao longe, Armando vê aquela cena, respira fundo, e  resolve se aproximar para tirar satisfação:

Dá um leve tossida:

—O que está acontecendo aqui?

Constrangidos Betty e Nicolás se largam

—Calma, cabeção! Ela é tua! É tua!

—Seu Armando, Nicolás é como como um irmão para mim. Nunca tivemos nada. Já está na hora de se entenderem...

Armando, então, puxa a Betty para seu lado e a segura com força.

—Está bem! –Armando estica sua mão- Sem ressentimentos, dentuço.

—Sem ressentimentos, cabeção! –estica a mão de volta

Betty sorri aliviada.