Sweet Hot escrita por Miryu Kitano


Capítulo 1
Capítulo 1.


Notas iniciais do capítulo

- Espero que gostem!

?” Inspirado em uma quase história real.



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As luzes por todos os cantos e o som da música eletrônica era gritante. Permaneci encostado no balcão da cozinha, apenas olhando pro chão com um copo de cerveja e alguma bebida qualquer na mão. Estava mais que cansado de dançar e minha cabeça já começava a girar, as coisas pareciam levemente sem nexo, sem ter sentido algum.

Lucas me acompanhava no lugar mais calmo da festa, se é que aquilo era calmaria, com um monte de adolescentes passando bêbados, rindo alto. Suspirei e corri os olhos para o corredor que dividia a cozinha de uma das salas, caçando a cabeleira morena por ali.

— Porra Matheus. Você é um maníaco desgraçado, para de caçar a mina.

Olhei pro lado já puto. Lucas me olhava com um sorrisinho no rosto. Ele bebeu um gole do conteúdo de seu copo, enquanto mantinha aquela expressão arrogante costumeira no rosto.

— Me deixa em paz, filho da puta.

Ele riu, e passou um braço por meus ombros, apontando pro corredor com o copo na mão, me fazendo olhar naquela direção novamente. Encontrei Alice um pouco mais a frente. A garota vestida com uma calça preta e camisa social branca puxada até os cotovelos conversava animadamente com um cara moreno, que encarava ela sem parar e ria de qualquer coisa que ela dissesse. Maldito.

— Aquela mina ali, ela é amiguinha de todo mundo mesmo cara. Você só tem que abrir o olho, porque daqui uns dias você pode acabar rodando, ou assume logo ou outro vai pegar.

Revirei os olhos e continuei observando cada gesto dela, gesticulando no ar com as mãos rindo de algo também. Já estava pegando ela há algum tempo, era extremamente engraçada, animada e gata. Linda, porém um pouco louca.

— A gente só tá ficando Lucas, cala a boca.

— Porra, essa ficada aí tá foda em. Porque em qualquer lugar que ela chega, ela faz questão de dizer que vocês estão juntos. E outra, ela pode ser louca mas você também gosta dela.

Dei uma cotovelada nas costelas dele, que se esquivou, me soltando.

— E daí? Tá se metendo por que?

Ele deu de ombros. Voltei meus olhos pra ele, sem paciência. Ia completar a frase seguida com algum comentário arrogante, mas ele acenou levemente pra frente, olhando pra mim rapidamente.

Quando me dei conta, Alice já estava perto, um sorrisinho doce no rosto e uma garrafinha de bebida já pela metade. Porra, como essa garota bebeu isso em tão pouco tempo?

— Eu já falei pra vocês que se eu pudesse, faria um yaoi de vocês? São um casal da porra.

O comentário veio simples, ela apenas jogou no ar quando me abraçou de lado e se posicionou entre Lucas e eu. Deixei meu braço sobre os ombros dela, trazendo a mesma pra mais perto e comecei a rir com escárnio.

— Já te mandei pra casa do caralho hoje Alice?

Lucas se pronunciou, encarando seriamente a garota. Senti sua mão me apertar e descer por meu lado, até se esgueirar por dentro de minha camiseta. Suas unhas subiram lentamente até minha costela, os arrepios subiram por minha espinha. Olhei pra ela, alguns centímetros mais baixa que eu. O sorriso de seu rosto se tornou maior, alternando seus olhos castanhos em mim e Lucas, inocentemente.

— Não sei pra que essa grosseria, Luquinhas. Vocês são sim um casal bonito, meu trabalho é só comentar isso.

Ela riu, e escutei Lucas bufar com raiva. Esses dois mal respiravam um perto do outro e já estavam se atacando. Sorri de lado, silenciosamente me divertindo com a situação, mas ainda sim receoso. A simples menção de sequer imaginar ter algo com Lucas fez meu estômago revirar. Era com certeza a coisa mais idiota que tinha escutado dela.

A mãozinha da garota continuava descendo no lado do meu corpo, alternando as unhas pelas pontas dos dedos, correndo por minhas costas timidamente, até o cós da calça jeans, voltando e refazendo o mesmo percurso.

Segurei o copo com mais interesse que o normal. Bebi um pouco do álcool, que desceu como água em minha garganta, focando a atenção em qualquer coisa que não fosse a mão dela. Voltei a encarar Lucas de lado com um olhar de poucos amigos. O maldito sequer piscava em nossa direção.

— Porque você não vai achar alguém pra atormentar, em?

Uma leve surpresa se estendeu por mim quando Alice se pronunciou novamente. Ele apenas a encarou, inexpressivo e se moveu, saindo dali sem dizer mais nada. Franzi o cenho. Ora, nenhum comentário sarcástico? Estranho.

Assim que sumiu de nossa visão, ela se movimentou ao meu lado, se virando e segurando o balcão atrás de mim, me prendendo contra ele, aquele sorrisinho inocente ainda no rosto.

Acabei sorrindo de volta, e levei uma das mãos até seu queixo, passando o polegar em seus lábios lentamente. Seus pés se moveram, seu corpo me tocando ainda mais quando me beijou. Fechei os olhos, apreciando o gesto. Sua boca tinha um gosto de álcool e alguma bebida doce, deixando que um sorrisinho escapasse de mim. Seus lábios se moveram, minha língua se enrolando na dela com toda calma presente em meu corpo. Larguei meu copo de bebida no balcão atrás de mim, sem desviar a atenção do beijo. Senti seu gemido baixinho quando mordi seu lábio inferior com leveza.

Iria continuar, descer as mãos por suas costas e inverter nossos lugares, mas ela afastou os lábios, o rosto ainda próximo quando sussurrou pra mim.

— Eu adoraria ver vocês dois juntos. É sério, são um casal da porra.

A frase seguida de um risinho baixo que me fez suspirar, tentando manter a paciência com ela.

— Isso não vai acontecer Alice, deixa de ser viajada, sua fujoshi maluca.

Encontrei olhos castanhos me observando com puro divertimento, e neguei com a cabeça.

— Garota, um casal da porra somos nós, eu nunca iria ficar com o Lucas. Pode tirar o cavalinho da chuva, meu anjo.

Alice apertou olhar, e no lugar de diversão, vi aquele tremendo brilho de desafio passar. Já estava conhecendo ela o suficiente pra saber que aquilo não era boa coisa.

Sem que ela notasse, me virei, trocando de lugares e deixando seu corpo preso contra o balcão e deixei minhas mãos correrem livres por suas costas e descerem por sua cintura. Soltei a morena e sem deixar de encarar seu rosto, tirei as coisas que estavam no balcão, deixando um espaço livre. Ela entendeu o recado na hora e sem minha ajuda, pulou, se apoiando com as mãos e se sentou no mármore, puxando meu corpo pra perto, enroscando suas pernas no meu quadril.

— Nunca diga nunca meu bem. Tudo pode acontecer.

Acenei, ignorando sua frase completamente. Aproximei meu rosto e comecei a depositar beijos e pequenos raspar de dentes na pele. Senti seu corpo estremecer quando apertei ela contra mim, segurando em sua bunda.

— Claro... Até porque, é mais possível eu virar presidente do que eu ficar com o Lucas. Você é realmente uma menina estranha.

Seu suspiro saiu profundo contra mim, me estimulando a continuar os gestos, dessa vez focado em desabotoar o início da camisa branca.

— Você é chato, Matheus.

Sorri contra seu pescoço, dando de ombros.

— Sim, eu sou.


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Notas finais do capítulo

- Logo mais vem outro capítulo, espero que vocês tenham gostado!



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