Shinku no Kogoro escrita por NortheastOtome1087


Capítulo 24
Saga do Clâ Sakuma - Uma arriscada operação de resgate




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[Cenário: Heliodor Crown, sala misteriosa]

[No capítulo anterior, Kogoro entra em uma sala escura. As luzes se acendem automaticamente e o delinquente acaba vendo uma donzela em perigo. Ele corre para socorrê-la.]

Kogoro: Fique calma garota, vai ficar tudo bem. Eu vou salvá-la.

[Kogoro desamarrara a garota e tira a mordaça dela. A mulher de cabelo roxo que usa um vestido vermelho o agradece.]

Mulher: Muito obrigada pela ajuda.

Kogoro: Não tem de quê.

Mulher: Rápido, você tem que sair daqui antes que eles cheguem!

Kogoro: Não se preocupe. Quando eles chegarem aqui, eu vou dar um socão bem na fuça deles. Pode ter certeza disso.

Mulher: Eu espero...

Kogoro: Vamos!

[Kogoro tenta correr, mas a mulher parece estar com medo.]

Mulher: Não, eu...

Kogoro: O que está acontecendo?

Mulher: Acontece que... que...

Kogoro: (Hmmm, pelo visto tem alguma coisa muito estranha... Porque será que ela não quer sair daqui?)

[Kogoro então pega uma parte do vestido da mulher e vê algo que ele não esperava...]

Mulher: O que você está fazendo?

Kogoro: Preta... Eu sabia!

Mulher: Hahahaha... Muito esperto.

[A mulher então tira o seu disfarce e revela a sua verdadeira forma... Além de ganhar um penteado preso com uma franja que cobre uma parte de seu rosto, ela também revela ter um sutiã e uma calcinha preta além de meias-calças pretas e um tamanco também preto.]

Kogoro: Então você é?

Mulher: Sim, o meu nome é Akemi Saito. E você caiu na nossa armadilha.

Kogoro: Armadilha?

[Uma jaula então cai em cima de Kogoro. Akemi consegue escapar a tempo, mas o delinquente não tem a mesma sorte.]

Kogoro: Mas o quê...

[Kentaro aparece das sombras, feliz da vida porque ele conseguiu pegar o delinquente.]

Kentaro: Hahahaha... Você achava mesmo que podia se safar do maior clã de todo o submundo do crime? Hmph. Você está redondamente enganado.

Kogoro: Você...

Akemi: Permita que eu o apresente. Este é Kentaro Ono, um dos tenentes do clã Sakuma. Ele também é o meu amante.

Kogoro: Amante... Isso pelo menos explica porque você se veste deste jeito. A única coisa que falta é o chicote.

Akemi: Tá em casa, mas você não merece os meus açoites.

Kentaro: Parece que foi bem fácil ter enganado você. Você pode ser forte, mas não é muito inteligente... Não foi tão difícil pegar um idiota como você.

Kogoro: Idiota... Escute aqui seu filho da...

[Kentaro pega uma pistola e atira na jaula. A bala atinge uma das paredes da sala]

Kentaro: Que isso sirva de aviso. Não se meta com a Yakuza, especialmente com aqueles do clã Sakuma.

[Kentaro dá um estalar de dedos, e vários rufiões aparecem]

Kentaro: Senhoras e senhores, este é Kogoro, o Escarlate. Aquele que vocês chamam de o delinquente mais infame de Tóquio agora está enjaulado como um animal.

Kogoro: Seu...

Kentaro: Levem-no para a mansão!

[Ao perceber que caiu em uma armadilha, Kogoro fica enfurecido.]

[Cenário: Jiraiya Goketsu, cozinha]

[Jiraiya está preparando um lámen usando camarão, ovos e couve, além claro da massa de macarrão. O dono do restaurante parece estar muito preocupado com o seu protegido.]

Jiraiya: Tenho a impressão de que algo de ruim está acontecendo com o Kogoro...

[Cenário: Bairro de Akihabara, Tóquio]

[No bairro de Akirabara, Tsubame está dando uma olhada em alguns vestidos. Ela acaba vendo alguns delinquentes brigando e começa a ter algumas lembranças... Inclusive de uma garota lutando.]

Tsubame: (Aqueles delinquentes estão lutando entre si do mesmo jeito que um predador luta por sua presa... É assim que Kogoro realmente age?)

[Tsubame vai caminhar um pouco. Ela também pensa em várias coisas em relação a seu amigo Kogoro.]

Tsubame: (Pensando bem, acho melhor eu ligar para o Kogoro agora...)

[Tsubame pega o seu smartphone e liga para Kogoro. No entanto, na sua primeira tentativa, o telefone dá ocupado.]

Tsubame: (Ué, porque ele não tá ligando pra mim? Talvez o telefone dele esteja ocupado... Ou talvez ele esteja estudando...)

[Tsubame guarda o seu smartphone.]

Tsubame: (Não... Tem alguma coisa muito errada. O Kogoro não seria covarde a ponto de não atender as minhas ligações. Uma coisa é certa. Alguma coisa está acontecendo com o Kogoro e isso não é nada bom.)

[Cenário: Casa dos Nagano, quarto do Atsushi]

[Atsushi está estudando para as provas, ao mesmo tempo que está preocupado com Kogoro.]

Atsushi: (Bem, vamos ver... Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável pela mudança da direção do movimento, a qual chamamos aceleração centrípeta, assim como visto no MCU. Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de Newton, calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para o centro da trajetória circular. A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um movimento circular. Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é constante, logo, a força centrípeta também é constante.)

[Atsushi continua lendo os seus livros, mas começa a perder a concentração e pega o seu smartphone. Ele vai tentar ligar pra Kogoro mais uma vez, mas acabada dando ocupado.]

Atsushi: (Eu não entendo. Faz mais de duas horas que o Kogoro não atende as minhas ligações. O que será que ele tá fazendo de tão importante? A não ser...)

[Cenário: Mansão do Clã Sakuma, sala do chefe]

[Unami está sentado na sua cadeira giratória olhando para a pintura do seu avô. Ele acaba ouvindo a voz de um de seus capangas.]

Membro da Yakuza: Unami-sama, temos uma notícia urgente!

Unami: Uma notícia?

Membro da Yakuza: O tal delinquente que tentou interferir nos nossos assuntos, ele foi capturado.

Unami: Hmph. Tragam ele para mim.

Membro da Yakuza: É pra já!

[O membro da Yakuza sai. Kentaro chega com mais alguns rufiões, juntamente com Kogoro, cujas mãos estão atadas com uma algema de madeira.]

Kentaro: E aí, Aniki? Como é que vão as coisas? Tudo beleza.

[Unami, ao ver o delinquente responsável pelos incidentes envolvendo a Yakuza, da um sorrisinho de felicidade.]

Unami: Hmph. Pelo visto você conseguiu pegar aquele tal de Kogoro Shinku. Meus parabéns.

Kogoro: O nome é Kogoro Minazuki, seu idiota!

Unami: Mal educado, pelo visto. Sua mãe não te ensinou boas maneiras?

Kentaro: O que você esperava de um delinquente? Não foi uma tarefa fácil pegá-lo, mas com a ajuda da minha amante Akemi, pegar aquele pirralho foi mamão com açúcar.

Unami: Então você é o responsável por atrapalhar os meus planos de subjugar meus rivais... Interessante.

Kogoro: Olha, eu não sei do que você está falando, mas quando eu tirar essas algemas das minhas mãos, eu vou terminar com você!

Kentaro: Boa sorte com isso.

Unami: Kogoro... Kogoro Minazuki, certo?

[Kogoro fica furioso]

Unami: Permita que eu me apresente... Meu nome é Unami Sakuma, patriarca da família Sakuma e futuro líder do submundo do crime.

Kogoro: Bem, eu tenho o desprazer de conhecê-lo. E não dou a mínima para o seu submundo do crime! Você e seus capangas acabaram com a vida de um dos meus entes queridos e agora vocês vão pagar pelo que fizeram!

Unami: Esse é seu motivo por que você está lutando contra a gente? Que decepção, eu esperava algo melhor...

Kogoro: Eu posso ser um delinquente, mas eu tenho senso de honra e pessoas que amam e se importam comigo. Eu faria tudo por eles até o dia da minha morte!

Unami: Perserverante, não é mesmo?

Kogoro: Pode ter certeza disso. Eu luto não apenas por mim, mas pelos meus amigos!

Unami: Hahahaha... Delinquentes. São todos iguais. Se acham os melhores e melhores, mas no fim das contas são apenas cães que latem mas não mordem.

Kogoro: Pois eu lato e mordo com força!

Kentaro: Não com essas algemas.

Unami: Com você fora do meu caminho, eu finalmente terei meus objetivos concluídos. Agora finalmente terei o meu próprio casino que irá subjugar os meus rivais!

Kogoro: Espere um instante? Tudo isso por um casino? Sempre achei os criminosos mesquinhos, mas você e sua raça levam sua mesquinhez a outro nível.

Unami: Na guerra entre criminosos vale tudo, inclusive subjugar os seus rivais.

Kogoro: Construindo uma construção ilegal... Espere um instante... Talvez seja por isso que você espancou o Kazuhiko!

[Kogoro fica enfurecido e tenta se soltar de suas algemas e os rufiões tentam impedi-lo.]

Kogoro: Considerando que ele trabalha em construção civil e que você estava obcecado em construir um novo casino, tudo faz sentido agora!! Você queria construir aquele casino para satisfazer seu ego! Seu filho da mãe... Eu vou acabar com você!

Unami: Só agora que você descobriu o meu verdadeiro plano? Que boca minha. Kentaro.

Kentaro: Qual seu pedido, chefinho?

Unami: Leve esse delinquente de imitação para a prisão. Com ele fora do caminho eu finalmente posso ter a capacidade de reerguer o clã Sakuma e me tornar o novo líder do submundo do crime.

Kentaro: Com prazer, chefinho!

Kogoro: Seu...

[Kentaro e os rufiões levam Kogoro para a prisão.]

Unami: Agora com o delinquente fora do caminho, finalmente eu terei meus sonhos realizados. Recuperar a honra do clã Sakuma, e acima de tudo, conquistar a liderança do submundo do crime.

[Unami observa a pintura de seu avô]

Unami: E então vovô, o que você acha? Acha que meu clã tem capacidade de liderar o submundo do crime? Hmph, estou ciente que sim, e vou ter o prazer de fazer isso pelo clã. Acredite nisso vovô. Eu vou realizar o meu desejo, custe o que custar...

[Cenário: Parque Nacional Shinjuku Gyoen, Tóquio]

[Reiji e Ayane estão tendo um encontro no parque Shinjuku Gyoen.]

Ayane: Ora, eu não acredito que você me levou para dar um passeio em Shinjuku. Isso é tão romântico...

Reiji: Eu não tive nada pra fazer. Só vim aqui para respirar um arzinho. Ficar lutando contra vários delinquentes deixa qualquer um cansado.

Ayane: Você nunca muda, não é mesmo?

Reiji: É dever de um bancho cuidar do seu colégio.

Ayane: Sabe que não está sozinho nesse departamento. Como presidente do conselho estudantil da Hyouki, é também meu dever de cuidar dos alunos do colégio.

Reiji: O mínimo que você faz é falar com o diretor do colégio. Eu pelo menos sou mais ativo.

Ayane: E por ativo, significa que você tem o direito de dar porrada em todo mundo.

Reiji: Ha há, muito engraçado.

[O smartphone de Ayane toca.]

Ayane: Ah, é o meu smartphone. Com licença Reiji, eu tenho que atender.

[Ayane atende o seu smartphone]

Ayane: Alô? Sim? Sim?

Reiji: (Deve ser alguma de suas colegas de shopping, pode apostar...)

Ayane: Oh... É sério, eu não faço ideia? Sim, eu estou com o Reiji. Você quer falar com ele? Certo...

[Ayane empresta seu smartphone para Reiji]

Reiji: O que é?

Ayane: É a presidente do conselho estudantil da Rekka. Ela quer falar com você.

Reiji: O que é que ela quer comigo?

Ayane: Atenda pra saber.

[Reiji coloca o smartphone de Ayane no ouvido]

Reiji: O que foi?

Tsubame: Aqui é Tsubame Mizushima. Estou falando com Reiji Takahashi?

Reiji: Sim, qual é o problema?

Tsubame: Eu tava tentando falar com Kogoro, mas ele não atende. Você sabe de alguma coisa sobre ele?

Reiji: Oh, você está falando do Kogoro? Ah sim, ele disse que ia lutar contra a Yakuza.

Tsubame: Como assim lutar contra a Yakuza!?

Reiji: Bem, eu não posso ajudar. Isso é problema dele.

Tsubame: Reiji, preciso de sua ajuda. Você é a minha única esperança em tentar salvar o Kogoro. Sinto que tem algo de errado nessa historia...

Reiji: Hmph...

Tsubame: Reiji?

[Reiji desliga o smartphone e o devolve para Ayane.]

Ayane: Reiji-san, o que está acontecendo?

Reiji: Não, nada de especial que você se importe.

Ayane: Se isso é algo que envolve a Tsubame, isso é algo que envolve o colégio Rekka!

Reiji: Hmph...

Ayane: E não me venha com essa de que você vai tentar invadir o quartel general da Yakuza não porque como presidente do conselho estudantil da Hyouki eu não vou permitir que você faça uma coisa dessas!

Reiji: Você acha que eu sou idiota para fazer uma coisa dessas sozinho?

Ayane: O quê?

Reiji: Sinto muito, Ayane. Mas como bancho da Hyouki é meu dever proteger as pessoas que eu me importo.

Ayane: Mas o Kogoro... Ele não é nem da Hyouki.

Reiji: Não. Mas ele é o meu rival. E a única pessoa que tem o direito de me enfrentar.

Ayane: Reiji-san...

Reiji: Ayane, eu tenho que ir. Mas amanhã eu te devo um passeio no shopping!

[Reiji então corre em busca de Kogoro, deixando Ayane sozinha.]

Ayane: (Abandonada de novo...)

[Cenário: Colégio Rekka, entrada do colégio]

[Atsushi e Mayoi estão caminhando juntos para o colégio. Mayoi nota que Atsushi está muito mais preocupado do que o normal.]

Mayoi: (Ele está assim desde o dia em que ele soube da situação de seu pai...)

[Mayoi tem um flashback no qual ela testemunha vários membros da Yakuza espancando o pai de Atsushi. Desesperada, ela pega seu smartphone e vai ligar para uma ambulância.]

Mayoi: Alô? É do Hospital Metropolitano de Tóquio? Aqui é uma emergência.

[Os rufiões terminam de espancar Kazuhiko e um deles termina quebrando as costas do homem. Sangue sai da boca de Kazuhiko, e ele é jogado no chão.]

Homem 1: Hmph. Parece que já deu por hoje.

[Os três homens olham para Kazuhiko com um sorriso malicioso]

Homem 2: Hoje você pode voltar pra casa. Mas deixe claro que essas feridas que você recebeu é o preço que se paga quando você recusa um pedido da Yakuza, especialmente aqueles do clã Sakuma.

Homem 1: Dá próxima vez que nós nos encontrarmos de novo, nós não teremos compaixão.

[Kazuhiko tenta se levantar, mas desmaia]

Kazuhiko: Vocês... Nunca... Tiveram...

Homem 2: Vamos rapazes. Temos uma reunião para participar.

[Os três homens do clã Sakuma e seus capangas saem, deixando Kazuhiko pra trás. Depois dos eventos, Mayoi faz outra ligação e o flashback acaba. Shuichi, Kenta, Takuya e Hideo chegam para animar Atsushi.]

Shuichi: Oi Shuichi!

Takuya: Nós achamos você.

Hideo: E então, você está pronto para a aula de hoje?

[Atsushi prefere não dizer nada.]

Takuya: Atsushi?

Kenta: Alô? Eldina para Atsushi, responda!

Mayoi: Eldina?

Hideo: É o mundo daquele jogo de RPG que o Kenta esteve jogando recentemente. Acho que o nome é Dragon Journey ou algo do tipo.

Kenta: Deixei de jogar.

Mayoi: O que aconteceu?

Kenta: Não posso contar. Eu espalharia os spoilers do jogo.

Takuya: Aquele RPG é negócio sério para o Kenta.

[Atsushi ainda está muito preocupado com o Kogoro. Ele e os alunos da Rekka seguem caminho para o colégio.]

[Cenário: Colégio Hyouki, entrada do colégio]           

[Reiji está reunido com alguns de seus alunos do colégio.]

Reiji: Como vocês devem saber, eu convoquei vocês para um assunto muito urgente.

Kazuki: Um assunto urgente?

Satoshi: Mas do que você está falando?

Reiji: Eu vou precisar da ajuda de vocês quatro. Vocês são os meus mais leais companheiros, e é por isso que vou precisar que vocês colaborem.

Issei: Qual é o plano?

Reiji: Eu pretendo ir hoje mesmo ao esconderijo da Yakuza.

Kazuki, Satoshi, Issei e Tatsuma: O quê!?

[Kazuki, Satoshi, Issei e Tatsuma ficam surpresos com a decisão de Reiji em enfrentar a Yakuza]

Tatsuma: Yakuza!?

Satoshi: A máfia japonesa?

Issei: Os homens mais perigosos do submundo do crime?

Reiji: Isso mesmo.

Kazuki: Mas por qual motivo?

Reiji: Eu pretendo salvar um velho amigo... Uma pessoa que algum dia eu pretendo enfrentar novamente.

Issei: Um velho amigo?

Reiji: Kogoro Minazuki...

Kazuki, Satoshi, Issei e Tatsuma: Kogoro Minazuki?

Satoshi: Ah não. Melhor você desistir. Se o Kogoro não conseguiu enfrentar a Yakuza, como você pode?

Reiji: É por isso que eu mandei vocês aqui. Quero que vocês me ajudem a enfrentar a Yakuza, pois não posso fazer essa missão sozinho.

Kazuki: Mas nós...

Issei: Podemos ser lutadores formidáveis, mas nunca vamos chegar ao mesmo nível que você.

Tatsuma: É. Você é mais forte do que nós. Não podemos te proteger.

Reiji: Nunca digam nunca. Olha, eu conto com vocês para me ajudarem. Dentre todos os estudantes da Hyouki, vocês são os mais confiáveis. Podem não ser os mais fortes, mas são os mais leais. É por isso que eu conto com vocês.

Issei: É sério mesmo, Aniki?

Reiji: Sério.

Kazuki: Muito bem pessoal, vamos fazer o que nosso bancho manda!

Tatsuma: A Yakuza pode ser perigosa, mas nós cinco acreditamos em nosso potencial!

Satoshi: Reiji acredita em nós. Reiji confia em nós. Então devemos retribuir nosso favor em ajudar Kogoro.

Issei: Nunca pensei que eu viria ajudar um estudante de uma escola rival... Ainda mais Kogoro Minazuki, o lendário Kogoro, o Escarlate.

Reiji: E então pessoal, estão prontos para a invasão?

Kazuki, Satoshi, Issei e Tatsuma: Sim, Aniki!

Reiji: Então vamos lá!

[Reiji, Kazuki, Satoshi, Issei e Tatsuma saem do colégio Hyouki e vão para o esconderijo da Yakuza.]

[Cenário: Mansão do Clã Sakuma, prisão]

[Na prisão localizada abaixo da mansão, Kogoro está em uma cela no qual ele está acorrentado. Ele também está usando uma venda de metal que cobre os seus olhos. Kogoro ouve um barulho de passos.]

Membro da Yakuza: Parece que o lendário rufião de Tóquio não é mais tão lendário assim.

[Mesmo vendado, Kogoro está ciente de que alguém está querendo lhe visitar. Sem que o delinquente saiba, esse alguém é Daigo Mitarashi, um dos membros do Clã Sakuma cujo filho é Daisuke Mitarashi, ex-estudante do colégio Rekka. Daigo abre a cela.]

Kogoro: O que você quer comigo?

Daigo: Apenas brincar um pouquinho com você.

[Daigo então pega um bastão de metal e o usa para bater em Kogoro.]

Kogoro: Ouch!

Daigo: Achou mesmo que você sozinho podia enfrentar a Yakuza? Você é um idiota...

Kogoro: Vá se ferrar...

Daigo: O mesmo teimoso de sempre. Hmmm... Eu já ouvi falar de você antes... Qual era seu nome mesmo?

Kogoro: Eu me recuso a dizer meu nome a pessoas como você!

[Daigo bate em Kogoro várias vezes.]

Kogoro: Ai! Você...

Daigo: Finalmente me lembrei. Kogoro Minazuki, certo?

Kogoro: Como você sabe...

Daigo: Ao contrário do que você pensa, eu sou muito mais do que apenas um mero membro da Yakuza. Eu sei de tudo sobre você, inclusive seu nome. E sabe por quê?

Kogoro: Por quê?

Daigo: Porque você tirou de mim... Uma pessoa muito especial. Uma pessoa que eu amava. Uma pessoa que você matou!

Kogoro: Eu não matei ninguém! Olha, eu posso ser até um delinquente, mas não sou um assassino!

Daigo: Eu não me refiro a vida dele, mas a carreira dele.

Kogoro: Eu não sei do que você está falando!

Daigo: Não seja um idiota!

[Daigo bate em Kogoro mais uma vez.]

Daigo: Ao contrário de você, estou disposto a dizer meu nome e minhas verdadeiras intenções. E acredite, você vai saber de muita coisa sobre mim, goste você ou não.

Kogoro: Hmph.

Daigo: E falando nisso, você já ouviu falar do nome Daisuke Mitarashi?

[Kogoro, ao ouvir este nome, fica surpreso]

Daigo: Parece que você já ouviu falar deste nome antes, não é mesmo?

Kogoro: Eu não sei do que você está falando.

Daigo: Um estudante da Rekka seria capaz de conhecê-lo bem melhor. Afinal... Você se transferiu para o colégio algumas semanas atrás.

Kogoro: Grrr...

[Kogoro tem um flashback em que Kogoro enfrenta Daisuke, juntamente com seus parceiros Kintaro e Yuji.]

Kogoro: Daisuke Mitarashi...

[O flashback acaba]

Kogoro: Agora que eu me lembro, ele foi um ex-aluno do colégio Rekka que foi expulso por praticar bullying. Ele ficou no colégio por um bom tempo, até o dia em que sua verdadeira natureza foi finalmente revelada.

Daigo: E o responsável por tudo isso foi você, Kogoro Minazuki!

Kogoro: E o que eu tenho a ver com isso?

Daigo: Tudo. Afinal de contas, Daisuke Mitarashi é o nome do meu filho. Meu nome é Daigo Minazuki.

Kogoro: Hmph.

[Daigo bate em Kogoro várias e várias vezes.]

Daigo: Demorou, mas finalmente, depois de tanto tempo, eu posso vingar a vergonha do meu filho. Ele foi um bom aluno... Ele podia ter tido um bom futuro!

Kogoro: Futuro? Aquele rufião? Daisuke tinha todos os motivos para ser expulso!

Daigo: E você, não tem? Você é um delinquente, não é mesmo? A esse ponto, você já podia ter sido expulso da Rekka.

Kogoro: Sim. Eu sou um delinquente. Mas eu não sou só um delinquente qualquer. Eu sou um bancho! O bancho da Rekka!

Daigo: E o que diferencia um bancho de um delinquente? É tudo a mesma coisa.

Kogoro: Você está enganado!

[Daigo, ao ouvir isso, bate em Kogoro de novo.]

Kogoro: O dever de um bancho é usar suas habilidades de luta para proteger as pessoas que você ama. Pois é isso que eu faço desde a minha mocidade... Eu protejo os fracos dos opressores!

Daigo: Hmph! Tudo o que eu ouço é conversa mole!

[Daigo bate em Kogoro várias e várias vezes, mas isso não quebra o espírito do delinquente.]

Kogoro: Desde que eu era pequeno, eu aprendi uma coisa. Enquanto existir pessoas fortes que oprimem os fracos, existirão pessoas que são capazes de defender as pessoas e protegê-las! Eu decidi me tornar um delinquente, mas não por direito, mas por dever. Porque como eu disse antes, o dever de um bancho é lutar por aqueles que você ama!

Daigo: Aff! Você fala demais. Mas vamos ver quem é que irá se sair bem... Daqui a pouco nós teremos uma sessão de tortura e humilhação. E tomara que seu espírito de luta consiga sair vivo de lá. Porque seu corpo não vai conseguir durar muito tempo aqui!

Kogoro: Ora seu...

[Daigo bate em Kogoro de novo enquanto ri loucamente. Eventualmente ele termina a tortura.]

Daigo: Hmph. Vamos nos encontrar de novo... E desta vez, este será nosso último encontro.

[Daigo então sai da cela de Kogoro. Ele tranca a cela, deixando Kogoro preso.]

Kogoro: (Droga... O que eu posso fazer?)

[Cenário: Bairro de Ikebukuro, Tóquio]

[Reiji e sua gangue vai em busca de Kogoro e seus amigos]

Reiji: Lembrem-se, ao primeiro sinal de um dos membros da Yakuza, façam o que vocês fazem de melhor.

Issei: Atacar?

Satoshi: Eu acho que o termo certo é “interrogar”.

Tatsuma: Não importa. Se é dever do Reiji salvar o seu rival, quem somos nós para questionar?

Kazuki: Além disso, é do Kogoro que estamos falando, não estamos?

Issei: Bem, tomara que dê tudo certo.

Satoshi: Vamos mostrar o nosso valor para o clã Sakuma. Eles não sabem com quem estão lidando.

Kazuki: Mas não podemos nos esquecer que é da Yakuza que estamos falando, não estamos?

Issei: Não importa! Vamos dar um monte de socos e chutes nesses mafiosos para aprender que com o Reiji não se brinca.

Tatsuma: Ai ai...

Reiji: (Kogoro... Tomara que você esteja bem...)

[Cenário: Colégio Rekka, cantina]

[Inclinado em uma parede e olhando para o céu, Atsushi está preocupado com Kogoro.]

Atsushi: (Kogoro... Onde você está?)

[Enquanto isso, Tsubame olha para Atsushi. Ela também está preocupada com Kogoro.]

Tsubame: Kogoro-kun...

Narrador: Kogoro, prisioneiro da Yakuza. Atsushi, preso entre duas situações desconfortáveis. Enquanto isso, Reiji e sua gangue vão em busca de nosso herói, já que eles não queriam que seu rival fosse derrotado pela máfia japonesa. Mas será que as coisas irão melhorar daqui pra frente? Pode Kogoro finalmente ser livre das garras do clã Sakuma? E quais são as intenções do Patriarca Unami? Esses e outros mistérios serão revelados no próximo capítulo.

[O capítulo acaba com Kogoro ainda preso em sua cela.]


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