Shinku no Kogoro escrita por NortheastOtome1087


Capítulo 15
Saga Kuroneko - Encontro Marcado




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[Cenário: Jiraiya Goketsu, quarto do Kogoro]

[Kogoro está no seu quarto lendo o pergaminho que ele recebeu de Shuichi no capítulo anterior]

Kogoro: (Eu achava que vida de bancho é algo fácil...)

[Kogoro se lembra do momento em que ele recebeu o pergaminho]

Kogoro: Mas o que é isso?

Shuichi: Um livro de regras. Ou melhor dizendo, um pergaminho de regras.

[Kogoro abre o pergaminho e vê que ele é bem longo e cheio de palavras.]

Kogoro: Nossa, é regra até demais! Vai levar uma eternidade para eu ler tudo isso!

[O flashback acaba]

Kogoro: (Mas com esse monte de regras em um só pergaminho, faz esse trabalho parecer difícil...)

[Kogoro tem mais um flashback em relação aos eventos que aconteceram na escola]

Takuya: Aliás, lembre-se que você ainda tem que agir como um aluno comum na sala de aula. Um bancho também deve ser uma pessoa exemplar, honesta, sincera e leal ao seu colégio.

Atsushi: É isso aí.

Takuya: (De todas as quatro coisas mencionadas, eu só consigo ser esta última...)

[O flashback acaba]

Kogoro: (Bem, não deve ser difícil ler todas essas regras... Deixe-me ver...)

[Kogoro começa a ler o pergaminho]

Kogoro: (Regra número um – Um bancho é proibido de lutar sem nenhum motivo. Regra número dois – O dever de um bancho é ajudar e proteger os fracos. Regra número três – Um bancho deve lutar pela justiça. Regra número quatro...)

[Kogoro para de ler o pergaminho]

Kogoro: (Bem, três já é o suficiente pra mim.)

[Cenário: Docas]

(A gangue Kuroneko enfrenta uma outra gangue de garotas no mesmo lugar em que Kogoro enfrentou a Blitz Thunder. Esta gangue se chama Akinoha e as membros da gangue usam seifukus vermelhos com laços azuis com mangas e saias longas além de usarem máscaras vermelhas que cobrem o nariz e a boca,  A gangue é liderada por Rio Ohara, que tem longos cabelos roxos, olhos pretos e é a única da gangue que não usa máscara.)

Haruko: Enfim nos encontramos...

Rio: Ouvi dizer que as Gatas Negras é uma das mais infames gangues de garotas de todos os tempos. No entanto... Vim para dizer que as Folhas de Outono não gostam de concorrentes.

Haruko: Vocês nos chamaram aqui para um desafio, certo?

[Rio fica irritada, mas sua parceira Fuu, de cabelo azul com mechas verdes, vai tentar acalmá-la.]

Fuu: Ane-san, se acalme. Não deixe que sua raiva a controle.

Rio: Hmph. Se vocês acham que vocês vão continuar sendo a mais forte gangue de garotas de toda a Tóquio, vocês estão redondamente enganadas!

Fuu: Rio-sama...

Rio: As Folhas de Outono não irão perder para uma gangue de prostitutas sujas como vocês!

[Rio pega os seus dois ioiôs para lutar. Fuu e as outras sukebans da Akinoha pegam seus bastões de beisebol para lutar]

Haruko: Então isso é um desafio? Certo. Eu vou aceitar.

[Haruko pega a sua katana]

Haruko: Meninas, eu vou precisar de ajuda!

Natsuna, Ayaka, Yagumo e Mitsuru: Certo, Ane-san!

[Natsuna pega o seu bastão de metal, Ayaka pega o seu chicote, Yagumo pega o seu bastão e Mitsuru pega a sua faca de cozinha]

Rio: Não fiquem aí paradas! Ataquem essas bruxas!

[As gangues de sukeban então se enfrentam. Apesar da leve dificuldade, as garotas da Kuroneko conseguem superar as garotas da Akinoha. Enquanto isso, Rio e Haruko se enfrentam.]

Rio: Hmph. Vou terminar com isso de uma vez!

Haruko: Você ainda tem um longo caminho a percorrer.

[Tanto a lâmina da katana quanto a lâmina do ioiô se colidem.]

Haruko: Até que seu ioiô tem lâminas bem firmes... Nada mal.

Rio: Derrotar você com meus presentinhos vai ser fácil!

[A cada vez que Rio e Haruko usam suas armas para atacar, as lâminas da katana e as lâminas do ioiô se colidem.]

Rio: Hahahaha! Sua katana não é nada comparada com o meu ioiô!

Haruko: (É claro! Só tem um jeito de terminar essa luta!)

[Rio continua a atacar Haruko com seu ioiô enquanto a líder da Kuroneko tenta se defender com a sua Katana. Em um momento, Haruko decide cortar um dos fios do ioiô de Rio]

Rio: O quê?

[O ioiô cortado cai no chão, não podendo mais ser usado.]

Sukeban 1: O ioiô da Ane-san!

Sukeban 2: A katana daquela delinquente cortou o fio!

Rio: Você pode ter até cortado um dos meus ioiôs, mas ainda assim foi só um a menos!

[Rio então tenta atacar Haruko novamente com seu ioiô, mas Haruko usa sua katana para cortar o fio de seu outro ioiô.]

Rio: De novo não!

Sukeban 1: Ane-san!

Sukeban 2: Mais um ioiô perdido.

[Rio se ajoelha e fica com raiva ao ver que seus ioiôs foram cortados.]

Rio: Meus bebês... Meus bebês...

[Haruko aponta sua espada para Rio]

Haruko: Você disse... Que as Folhas de Outono não gostam de concorrentes, não é?

Rio: Sua...

Haruko: Se você quiser eu posso fazer com que você e suas parceiras possam entrar para as Gatas Negras. O que você acha?

Rio: Eu me recuso.

Haruko: Certo.

[Haruko guarda a sua espada]

Haruko: Garotas, vamos andando.

[A gangue Kuroneko sai das docas. Rio ainda está zangada por ter seus ioiôs cortados]

Fuu: Ane-san, você está bem?

[Rio fica muito brava]

Rio: Como essa mulher... Tem a ousadia de me enfrentar?

Fuu: Esquece. Que tal a gente ir pro mercado negro comprar uma arma nova pra você?

[Rio então se levanta]

Rio: Ela vai pagar caro por isso...

[Cenário: Jiraiya Goketsu, quarto do Kogoro]

[Kogoro continua lendo o seu pergaminho quando ele ouve o bater de uma porta]

Jiraiya: Kogoro, você pode ver quem está aí? Eu to ocupado.

Kogoro: Já estou indo.

 [Cenário: Jiraiya Goketsu, sala de estar]

[Kogoro vai para a sala de estar abrir a porta. Ele acaba encontrando Tsubame.]

Kogoro: T-Tsubame-san? O que... O que você faz aqui?

Tsubame: Não tive nada pra fazer, então eu decidi ir dar uma passada aqui.

Kogoro: Ah, tá certo.

Tsubame: É verdade que sua casa fica em um restaurante de lámen? Você realmente deve comer muito...

Kogoro: E como... Digo, aqui é o meu lugar. Eu meio que cresci aqui.

[Tsubame entra na casa de Kogoro e senta no sofá]

Tsubame: E então, o que você esteve fazendo ultimamente?

Kogoro: Bem... Sabe aquele pergaminho que eu recebi do Shuichi? Eu tava dando uma olhada nas regras.

Tsubame: E o que você aprendeu?

Kogoro: As três principais regras de ser um bancho. Regra número um – Um bancho é proibido de lutar sem nenhum motivo. Regra número dois – O dever de um bancho é ajudar e proteger os fracos.

Tsubame: Você parece gostar muito deste pergaminho, não é?

Kogoro: Regra numero três – Um bancho deve lutar pela justiça.

Tsubame: Esse pergaminho parece ser apropriado para alguém como você. Realmente, é isso que você faz todo dia.

Kogoro: Bem, só consegui me lembrar destas três regras. O resto... Eu deixei de lado.

Tsubame: (Nem pra ser bancho ele é capaz de ler as regras...)

Kogoro: E então Tsubame, já que você está aqui... Você quer conhecer o meu guardião?

Tsubame: E de guardião você diz sua figura paternal?

Kogoro: Exatamente.

[Kogoro e Tsubame vão encontrar Jiraiya.]

[Cenário: Jiraiya Goketsu, cozinha]

[Jiraiya está cortando as cenouras em rodelas ao mesmo tempo que está observando o lámen cozinhar. Logo após cortar as cenouras, ele começa a cortar o couve. O dono do restaurante de lámen ouve um barulho de porta.]

Jiraiya: Tô preparando o próximo prato! Espere uns dez minutos!

Kogoro: É o Kogoro?

Jiraiya: Pode entrar!

[Kogoro e Tsubame entram na cozinha]

Tsubame: Então é aqui onde seu guardião trabalha?

Kogoro: Sim. Ele é dono da loja.

Jiraiya: Ora ora... Vejo que você trouxe uma convidada para o restaurante.

[Jiraiya, ao ver que o lámen está pronto, coloca o macarrão em um prato para esfriar.]

Jiraiya: Opa!

Tsubame: Permita-me que eu me apresente. Meu nome é Tsubame Mizushima, estudante do 2º ano e presidente do conselho estudantil do Colégio Rekka.

[Jiraiya pega os camarões e coloca-os para cozinhar no fogão]

Jiraiya: Prazer em conhecê-la, Mizushima-san.

[Jiraiya então pega alguns dentes de alho e vai descascá-los]

Jiraiya: Nossa Kogoro, que garanhão! Gostei desta sua namorada.

[Kogoro fica enfurecido ao ouvir que Tsubame é sua namorada.]

Kogoro: Ei, ela não é minha namorada! Somos apenas amigos e nada mais.

[Logo após, descascar os dentes de alho, Jiraiya vai picar o alho em pedacinhos]

Kogoro: A velha história. Eu também era assim quando tinha sua idade.

Tsubame: Você parece estar muito ocupado cozinhando.

Jiraiya: É claro. Cozinhar é uma coisa que eu, o galante Jiraiya sabe fazer de melhor.

[Jiraiya coloca os pedaços picados de alho na mesma panela onde estão os camarões.]

Tsubame: Galante Jiraiya... Espere um instante, você é...

Jiraiya: É claro! O meu nome é Jiraiya Gokuraku, cozinheiro e dono do famoso restaurante de lámen Jiraiya Goketsu! Lembre-se deste nome!

Kogoro: Ele gosta de se exibir.

Tsubame: (Jiraiya Gokuraku... Ele não pode me enganar, sei que ele está escondendo alguma coisa.)

[Jiraiya então coloca o couve e a cenoura no microondas. Ele bota os alimentos para serem cozinhados em dois minutos e continua a conversar com Kogoro e Tsubame]

Tsubame: E então Jiraiya, como vai você? Saiu um pouco de casa recentemente?

Jiraiya: Sim, é claro. Da última vez que eu saí, foi para comprar carnes, verduras, legumes e temperos para realçar o sabor dos meus pratos. Algumas vezes eu compro frutas para fazer sucos para o meu protegido.

Kogoro: Ele se importa muito com a minha saúde. Até demais.

[Jiraiya, ao ouvir o som do microondas, abre o equipamento para tirar o couve e a cenoura. Ele coloca os alimentos no prato de lámen.]

Jiraiya: Touya, o prato já está pronto!

[Touya, um dos empregados do restaurante Jiraiya Goketsu chega a cozinha. Ele tem cabelos pretos e usa óculos de grau.]

Touya: Já estou indo.

[Touya, ao ver Kogoro e Tsubame, vai cumprimentar a colega do delinquente]

Touya: Oh, não sabia que você ganhou uma nova amiga Kogoro. Quem é essa moça?

Kogoro: O nome dela é Tsubame Mizushima. Ela é uma colega na Rekka.

Touya: Legal, namorada nova?

[Kogoro se irrita]

Tsubame: Na verdade somos só amigos... Se bem que eu vim pra cá porque ele me convidou.

Touya: Maneiro.

[Touya pega o prato de lámen já preparado.]

Touya: Tenho que ir. Preciso servir o prato de lámen.

[Touya sai para servir a comida]

Jiraiya: E então Tsubame, você pretende comer um lámen hoje? Eu tenho ingredientes de sobra.

Tsubame: Um lámen?

Kogoro: Você vai adorar. Todo dia no jantar ele faz uma delícia dessas pra mim.

Jiraiya: Ele tem toda a razão. Dentre todos os clientes que eu conheço, Kogoro é o meu favorito.

Kogoro: Ah, Jiraiya...

[Jiraiya, ao ver que os camarões estão quase prontos, vai abrir uma das gavetas para pegar um pacote de lámen.]

Jiraiya: Acho melhor você e Tsubame saírem da cozinha. Eu e meus empregados temos um monte de clientes para atender.

Kogoro: Você ouviu. É melhor a gente sair daqui.

[Kogoro e Tsubame vão sair da cozinha.]

Jiraiya: Mas foi um prazer conhecê-la. Espero vê-la novamente algum dia.

Tsubame: Certo. Eu também espero a mesma coisa.

[Kogoro e Tsubame saem da cozinha]

[Cenário: Jiraiya Goketsu, sala de estar]

[Kogoro e Tsubame estão conversando sobre o Jiraiya]

Tsubame: Nunca pensei que você viria a ser cuidado pelo Galante Jiraiya... Acho que isso explica muita coisa sobre você.

Kogoro: Que nada. Você acha que eu tenho capacidade para ser um cozinheiro?

Tsubame: Bem, eu tenho. Acho que eu posso ser uma grande cozinheira algum dia...

[Kogoro e Tsubame riem]

Tsubame: (Isso talvez possa explicar muita coisa sobre o Kogoro... Principalmente...)

[Kogoro dá um sorriso]

Tsubame: (O estilo de vida que o Kogoro segue...)

Kogoro: Então, Tsubame...

Tsubame: Sim?

Kogoro: O que vamos fazer agora?

Tsubame: Kogoro, você tem alguma tarefa de casa pra fazer?

Kogoro: Bem, eu ainda tenho que fazer minha tarefa de geografia, de biologia e filosofia.

Tsubame: Se quiser eu posso ajudá-lo. Afinal essas três matérias são as minhas favoritas.

Kogoro: Acho que eu não vou precisar de ajuda. Posso fazer uma vídeochamada para o Atsushi e ver se ele pode me ajudar.

Tsubame: Melhor você não gastar a bateria de seu smartphone.

Kogoro: Huh?

Tsubame: Kogoro-san, me deixe ajudá-lo. Eu posso ajudá-lo com as suas tarefas.

Kogoro: Bem... Eu acho que...

Tsubame: Kogoro?

Kogoro: Acho que não teremos problemas.

Tsubame: Certo. Vamos começar a fazer as tarefas de casa. Kogoro, pegue os seus cadernos.

Kogoro: Está bem. Mas... Tsubame-san...

Tsubame: Sim?

Kogoro: Você não trouxe a sua bolsa da escola.

Tsubame: Não se preocupe, eu fiz meu dever de casa ontem. Além disso, eu tenho parte das suas dúvidas guardadas na memória.

Kogoro: Se é assim, vamos lá.

[Cenário: Jiraiya Goketsu, quarto do Kogoro]

[Tsubame e Kogoro estudam e trocam informações juntos. ]

Tsubame: Nascida no Japão, no início do século XX, a filosofia da Escola de Kyoto é comumente conhecida pela sua relação com o pensamento ocidental, especialmente com a proximidade em torno dos temas fenomenológicos e também heideggerianos, como “mundo”, “diferença ontológica”, técnica etc. Já outros nomes desta mesma Escola, como o de Keiji Nishitani, estavam mais próximos do pensamento de Schopenhauer, de Nietzsche e da questão da religiosidade oriental e do niilismo.

Kogoro: Nossa, essa tal Escola de Kyoto parece ser bem interessante. Como você sabe desse tipo de coisa?

Tsubame: Eu estudo todas as noites, logo depois de uma janta e um bom descanso.

Kogoro: Uma janta e um descanso?

Tsubame: Sim. Eu me dedico bastante aos estudos tanto na manhã quanto na noite.

Kogoro: Coitada de você. Parece até que você só fica estudando. Não é livre pra fazer nada.

Tsubame: Haha. Muito engraçado.

Kogoro: É sério. Você nunca usou seu tempo pra fazer alguma coisa que não seja estudar?

Tsubame: Bem, às vezes, durante os domingos, eu vou para algumas churrascarias coreanas.

Kogoro: Churrascaria? Você come carne?

Tsubame: Sim. Mas só em alguns domingos. Quando não tenho nada pra fazer eu fico só estudando mesmo. E as vezes eu cuido da casa sozinha.

Kogoro: Sozinha? Você não tem família?

Tsubame: Bem, o meu pai e minha mãe se divorciaram há muito tempo. Vivo apenas com o meu pai e ele está tentando se sustentar com o emprego de office-boy. Em relação a minha mãe bem...

Kogoro: Tsubame.

Tsubame: Eu não sei de muita coisa sobre ela, exceto que ela saiu de casa quando eu tinha 5 anos e desde então nunca mais voltou. Ela também levou meu irmão mais velho.

Kogoro: O que aconteceu para seus pais se divorciarem?

Tsubame: Bem, eu não vou querer falar sobre isso.

Kogoro: Mas, Tsubame...

Tsubame: Olha Kogoro, tem coisas na vida em que você não pode meter o nariz. Isso inclui problemas familiares.

Kogoro: Bem, descontando o Jiraiya e alguns dos funcionários dele, eu não tenho uma família de verdade, então você pode me dizer sem problema.

Tsubame: Mesmo assim, acho melhor você não saber de nada. Vamos continuar com os estudos, está bem?

Kogoro: Bem... Acho melhor continuarmos com os estudos. Eu ainda não fiz os meus deveres de casa.

Tsubame: É bom mesmo.

Kogoro: Onde será que nós estávamos? Será que é algo sobre a escola de Kyoto?

Tsubame: Oh, sim. A escola de Kyoto. A Escola de Kyoto surgiu no começo do século XX em torno da figura e da obra de Kitaro Nishida, pensador que tentava dizer, na linguagem da filosofia ocidental traduzida para o japonês, a experiência do mundo e do si-mesmo depositada na tradição zen-budista. A Escola inclui Hajime Tanabe, contemporâneo mais jovem de Nishida, os primeiros alunos deste, entre os quais se destacam Shinichi Hisamatsu e Kenji Nishitani, uma terceira geração de alunos, na qual despontaram Koichi Tsujimura, Shizuteru Ueda e Yoshiro Takeuchi, bem como uma quarta geração, representada por Ryosuke Ohashi e outros, com a qual a Escola parece ter chegado ao fim, tendo esgotado os seus recursos...

[Cenário: Jiraiya Goketsu, sala de estar]

[Tsubame está usando o telefone da casa para falar com a sua família]

Tsubame: Não se preocupe, é apenas um almoço. Depois eu volto para me arrumar e ir para a escola.

[Kogoro está observando Tsubame conversando com a família]

Tsubame: Certo pai. Mais tarde a gente se encontra.

[Tsubame desliga o telefone]

Kogoro: E então?

Tsubame: O meu pai disse que eu posso almoçar na sua casa, contanto que eu faça isso o mais cedo possível.

Kogoro: Legal.

Tsubame: E então, quando é que o Jiraiya irá fazer o almoço?

Kogoro: Normalmente é lá para as 11:30.

Tsubame: Ótimo. Acho que eu ainda posso ficar aqui por um tempo.

Kogoro: Legal. Você pode me falar um pouco mais sobre você.

Tsubame: Tem... Tem certeza disso?

Kogoro: É claro. Nós somos amigos, esqueceu?

Tsubame: Só que...

Kogoro: Se esse é algum tipo de segredo que você quer me contar, eu irei guardá-lo pra você.

Tsubame: Bem... É sério?

Kogoro: Claro. Você pode me contar tudo.

Tsubame: Certo. Então você quer que eu conte tudo sobre a minha família, não é?

Kogoro: É claro. De início eu só queria saber o porquê de você ser uma pessoa que não sabe fazer outra coisa exceto estudar.

[Tsubame, ao ouvir o que Kogoro disse, fica irritada.]

Tsubame: Ei, também não é assim!

Kogoro: Que seja. Eu gosto de viver a vida com os meus amigos, ao mesmo tempo que eu tento defender as pessoas que eu amo. Faz um dia em que eu me tornei bancho do colégio, então eu tenho que me dedicar muito para cuidar da Rekka.

Tsubame: Eu entendo...

Kogoro: Ficar estudando é muito chato. Eu gosto de fazer as tarefas de casa, mas isso me deixa meio entendiado. As vezes eu gosto de me divertir.

[Tsubame, mais uma vez, fica irritada ao ouvir Kogoro falando mal dos estudos dela.]

Tsubame: Você não tem o direito de zoar as pessoas que são estudantes!

Kogoro: Calma, calma... Olha, se você diz que estudar bastante é bom, tudo bem. Não tenho nada contra você.

Tsubame: Tudo bem, se é assim... Eu vou contar tudo pra você. Mas lembre-se que isso fica só entre nós, tá bom?

Kogoro: Vou manter seu segredo guardado a sete chaves.

Tsubame: Bem, o motivo por trás do divórcio da minha família foi...

[Cenário: Ruas de Tóquio]

[Atsushi acaba saindo de uma casa de pachinko com uma bolsa cheia de dinheiro.]

Atsushi: Nossa, depois de múltiplas tentativas finalmente consegui dinheiro o suficiente para a minha família. Devo ser o garoto mais sortudo do mundo.

[Atsushi continua a caminhar com um sorriso quando ele acaba caindo em cima de uma garota.]

Atsushi: Ei! Olhe por onde anda!

[Atsushi olha pra cima e vê que ele acabou se encontrando com a gangue Kuroneko]

Atsushi: (Essa não! A garota que eu caí agora pouco faz parte de uma gangue de sukebans!)

Haruko: Ei garoto, o que faz aqui?

Atsushi: Bem, eu...

[Ayaka vê que Atsushi tem uma bolsa cheia de dinheiro]

Ayaka: Ane-san, esse garoto tem dinheiro. Vamos pegar a bolsa dele?

Yagumo: É uma boa ideia.

Mitsuru: Nós somos sukebans. Fazemos o que queremos!

[Ayaka então dá um chute na cara de Atsushi e rouba a bolsa dele.]

Atsushi: Minha bolsa!

Natsuna: Agora é a nossa bolsa, garoto.

Yagumo: É. Se você não quer ser espancado, caia fora.

Atsushi: (Não... Eu não vou deixar que eles roubem meu dinheiro... O dinheiro da minha família!)

[Atsushi tenta pegar seu dinheiro de volta, mas o pequeno estudante da Rekka não tem chance contra as cinco sukebans da gangue Kuroneko. Ele acaba sendo espancado pelas garotas e perde seu dinheiro.]

Ayaka: Legal! Agora temos dinheiro! O que vamos fazer com ele?

Yagumo: Que tal a gente comprar umas armas novas?

Mitsuru: Eu prefiro gastar com um bolo recheado.

Ayaka: Bolo de novo? Ayaka, você é muito gulosa.

Natsuna: Hmph. Vamos usar esse dinheiro para as nossas futuras operações.

Yagumo: Grande ideia! E então Ane-san, qual será o nosso plano?

[A gangue Kuroneko sai de cena, deixando um Atsushi espancado pra trás. O garoto não consegue se levantar.]

Atsushi: (Droga! Perdi meu dinheiro para aquela gangue de delinquentes! E pra piorar, fui espancado! O que posso fazer a respeito?)

[Cenário: Jiraiya Goketsu, sala de jantar]

[Kogoro, Jiraiya e Tsubame estão comendo seu almoço. Ambos estão comendo lámen de frango com ovo e espinafre. Tsubame fica muito feliz ao saber que está comendo o lámen feito pelo Jiraiya.]

Tsubame: Delicioso!

Jiraiya: E então, o que você achou da comida?

Tsubame: Eu adorei. Foi incrível!

Kogoro: (Essa é a primeira vez que a Tsubame age deste jeito... Inicialmente eu achava que ela era uma garota muito séria. Talvez seja porque ela não esteja na escola...)

Jiraiya: Bem, você pode vir aqui sempre que quiser. Irei servir pra você todos os pratos que o grande Jiraiya sabe. Eu até posso lhe enviar algumas das receitas, se você quiser.

Tsubame: Obrigada. É um prazer experimentar esse lámen feito pelo Galante Jiraiya.

Kogoro: (Aff, vai ver ela só está assim porque ela é secretamente o admira... Eu me pergunto o que o Jiraiya tem de especial para Tsubame gostar dele. Fora os pratos de lámen, é claro.)

[Jiraiya, Kogoro e Tsubame continuam comendo o almoço.]

[Cenário: Jiraiya Goketsu, fachada]

[Tsubame se despede de Jiraiya e Kogoro]

Tsubame: Bem, foi um prazer almoçar na sua casa, Jiraiya-san.

Jiraiya: Não tem de quê. Você será sempre bem vinda.

Tsubame: Muito obrigada. Kogoro...

Kogoro: Sim.

Tsubame: A gente se vê no colégio.

[Tsubame sai do Jiraiya Goketsu e vai voltar pra sua casa]

Tsubame: Tchau Kogoro, Tchau Jiraiya!

Kogoro: Tchau Tsubame! Mais tarde a gente se encontra!

Jiraiya: Foi muito legal ter conhecido a sua amiga. Quero que você a convide várias vezes para que a gente se encontre.

Kogoro: Parece que a Tsubame realmente gostou de seu lámen de frango com ovo e espinafre, não é mesmo?

Jiraiya: Qualquer um que come lámen no meu restaurante acaba sempre voltando para comer de novo. E isso inclui a sua amiga.

Kogoro: Eles não te chamam de Galante Jiraiya por nada.

Jiraiya: E então, em que dia você pretende convidar a Tsubame para outro encontro no restaurante?

Kogoro: Bem, ainda não sei, mas...

Jiraiya: Não se preocupe. Como eu disse antes, ela será sempre bem vinda no meu restaurante. Vamos entrar?

[Kogoro e Jiraiya entram no restaurante]

[Cenário: Jiraiya Goketsu, quarto do Kogoro]

[Kogoro já está arrumado para ir para o colégio quando o smartphone toca. O delinquente atende o celular]

Kogoro: Alô, quem fala?

Atsushi: Kogoro, você está aí?

Kogoro: Atsushi, fala logo o que aconteceu?

Atsushi: Bem, é que...

Kogoro: Diz logo!

Atsushi: Sabe o que é que é...

Kogoro: Fala!

Atsushi: Eu fui espancado... Por uma gangue de sukebans?

Kogoro: Poxa Atsushi, o que você aprontou desta vez?

Atsushi: Acontece que eu só estava tentando conseguir dinheiro no pachinko quando eu acabei sendo roubado por umas sukebans mal-encaradas.

Kogoro: Você foi roubado?

Atsushi: Sim. E ao tentar recuperar o meu dinheiro, eu fui brutalmente espancado.

Kogoro: O quê?  Atsushi-san, me diz uma coisa. Qual foi a gangue de sukebans que te espancou?

Atsushi: Bem, eu não sei mas... Eu fui espancado por garotas. Isso é o que você deve saber.

Kogoro: (Uma gangue de garotas?)

Atsushi: Tenho que desligar. Minha família está cuidando de mim e dos meus machucados, então vou ter que faltar aula hoje.

[Kogoro desliga o smartphone.]

Kogoro: (Pelo visto Atsushi se meteu em uma encrenca maior ainda... E eu ainda não sei qual foi a gangue de sukebans que espancou o meu amigo...)

[Cenário: Torre de Tóquio, topo]

[Em cima da Torre de Tóquio, as cinco garotas da Kuroneko estão observando os céus do Japão]

Kogoro: Mas seja lá quem fez isso... Elas vão pagar pelo que fizeram...

[O capítulo acaba com uma visão da Torre de Tóquio com a gangue Kuroneko.]


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