É só uma coisa implícita escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 7
Capítulo 7 – Você está bem?




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Capítulo 7 – Você está bem?

                Gamora abriu os olhos ao ouvir murmúrios do lado de fora da cela. Estava acorda há meia hora, quando ainda nem havia amanhecido, mas na falta de algo melhor para fazer decidiu permanecer na cama. Instintivamente olhou para a barriga de três meses e a acariciou. Sentou-se em silêncio e fitou a porta. Fazia uma semana que a haviam transferido para uma nova cela.

                Levantou sem fazer barulho algum, e sorrateiramente sentou-se no chão com o ouvido colado à porta de metal. Vozes de soberanas jovens conversavam do lado de fora, quatro delas pelo que Gamora pode perceber.

                - A suma sacerdotisa Ayesha disse que ninguém devia chegar muito perto dessa cela.

                - Ela é mesmo perigosa como diziam dela antes de se juntar aos outros criminosos?

                Criminosos... Era dos outros Guardiões que estavam falando, e Gamora tinha certeza que essa denominação fora fornecida por Ayesha.

                - Parece que sim, mas ela só usa isso contra pessoas más agora. A sacerdotisa disse que ela era a única do grupo que parecia ter alguma inteligência e respeito.

                - Alia disse que já viu mulheres grávidas antes. Disse que algumas ficam irritadas enquanto esperam o bebê, e que ficam superprotetoras. Talvez não devêssemos mesmo estar tão perto.

                - O material usado em nossas construções é indestrutível. E estamos em nosso horário livre, são os únicos momentos do dia que podemos fazer o que quisermos.

                - Desde que isso não vá contra as regras.

                - Não é uma regra. É uma recomendação. E desde que ela chegou estão todos preocupados pela falta de informações. Acho que ficariam felizes se descobríssemos algo.

                - Não seria mais fácil só pesquisar por aí?

                - Temos um exemplar bem atrás dessa porta. Não podemos interagir com ela, mas ainda podemos investigar.

                Gamora levou a mão aos lábios para reprimir uma risada. O nível de ignorância dos soberanos sobre coisas comuns da vida normal era inacreditável.

                - E o que você sugere? Que conversemos com ela que nem Adam? Só ele conseguiu fazer isso até agora.

                - Como não conseguiria? Ele foi criado com um nível de beleza e habilidades sociais acima de qualquer outro soberano já feito antes.

                - Não acho que teremos resposta.

                - Nem tentamos nada ainda.

                - Nós a prendemos junto com o filho. Quando a trouxeram pra cá nem sabíamos sobre a criança, mas não acha lógico que ela queira é nos matar? É um milagre que não tenha tentado acabar com Adam. E pelo que ouvimos não fez nada com Alia porque estava fraca daquela vez.

                Gamora inspirou fundo para conter a raiva e sentiu um aperto incomodo no peito. Fechou os olhos tentando mais uma vez se impedir de chorar por tudo que estava sendo impedida de viver. E nenhuma palavra poderia expressar o quanto ela desejava que Rocket estivesse ali desde o começo. Já estariam fora desse lugar há tempos.

                Gamora inspirou mais uma vez e tirou forças que não sabia de onde para se conter. Ouviu as quatro garotas se aproximarem em silêncio da porta. Queria gritar, mandá-las embora, mas não se humilharia a esse ponto.

                - Cuidado... Talvez Alia não tenha exagerado.

                - Há uma porta intransponível entre nós, por que deveríamos temer?

                Descarregando toda a sua frustração, Gamora rosnou e bateu uma das mãos contra a porta metálica, deixando suas unhas produzirem um barulho amedrontador enquanto deslizavam pelo material. As quatro jovens gritaram enquanto se afastavam e se levantavam, correndo na provável direção da saída do corredor de celas. Respirando fundo algumas vezes para desacelerar o coração, Gamora conseguiu rir do pavor das quatro, mas passados os minutos o peso da tristeza se abateu sobre ela novamente, parecendo prendê-la ao chão. Olhou para a janela estreita no alto da parede, vendo o céu clarear e se perguntando quanto tempo precisaria para que nem mais a beleza do amanhecer tivesse qualquer efeito de ânimo sobre ela.

                Muitas vezes tentou se imaginar em cenários melhores, ao lado de Peter e do restante da família, geralmente na tentativa de ao menos sonhar com eles, mas quando voltava de seus devaneios percebia que seus sonhos só causavam mais dor na realidade. Logo entraria no quarto mês de gravidez, e seguia sem encontrar uma falha para fuga na maldita cela dos soberanos, e sem descobrir o paradeiro dos Guardiões ou qualquer notícia sobre o que estava acontecendo lá fora, se Thanos realmente estava morto, se de fato ela estava anos no futuro.

                Arrastou-se de volta para a cama, encarando o teto para tentar dormir novamente, mas algo a despertou como um choque. Levou uma das mãos ao ventre para se certificar de que não se enganara, e esperou. A sensação veio de novo. Dessa vez calma e suave como um afago. Quase lhe fazia cócegas. Gamora respirou fundo e acariciou a pele do local por baixo da roupa, tentando sentir novamente. O bebê se mexeu outra vez, agora num movimento mais demorado. Um raio de felicidade iluminou sua tristeza e as lágrimas que correram de seus olhos vieram junto com um sorriso. Sabia que só tinha sentido por causa de seus melhoramentos, e que qualquer outra pessoa não poderia ainda.

                - Você devia estar aqui...

                A mistura de felicidade e de profunda tristeza causava uma sensação dolorosamente confusa em seu peito, e mais uma vez Gamora quis mais do que nunca dizimar os soberanos, alguns deles pelo menos. Nem podia mais culpar Rocket por tudo isso, se não fosse a atitude patética dele na primeira vez em que estiveram ali, teria sido o que quer que fosse que a Gamora de 2014 tinha feito.

                Uma batida leve na porta chamou sua atenção, e sentou-se, secando as lágrimas e assumindo seu olhar mais mortal. Pegou uma de suas botas no chão e a atirou contra a porta quando alguém entrou. Só quando Adam se encolheu para desviar do objeto, que colidiu contra a parede e caiu no chão, ela percebeu que era ele, o que pouco lhe importava. Ela teria ficado satisfeita de dar um belo hematoma a qualquer um dos soberanos, mesmo se fosse o único que estava se esforçando para ser gentil com ela.

                Adam respirou fundo e fechou a porta, a olhando em alerta e surpresa. Ele piscou algumas vezes enquanto olhava em volta, e seu olhar era tão dócil e suave que quase parecia uma grande criança assustada e confusa.

                - Você está bem? – Ele perguntou da maneira mais gentil possível – Elas fizeram alguma coisa com você?

                Uma parte de seu coração balançou, ele parecia estar sendo sincero em sua preocupação, mas a guerreira não abaixaria a guarda tão fácil, e permaneceu calada, desviando o olhar dele e se recostando na cabeceira da cama, mantendo um braço cruzado sobre a barriga, e acariciando o local com o polegar quando o bebê se mexeu outra vez, não sentindo vontade de revelar essa nova condição a ninguém ali. Fechou os olhos para conter as lágrimas, desejando que Adam fosse logo embora.

                - Por que se importa? – Perguntou finalmente.

                - Eu não sei – o homem dourado lhe disse – Eu sinto que devo.

                Gamora não conseguiu não se lembrar de Mantis outra vez. Adam parecia ser empata como ela, ainda que não tivesse consciência disso.

                - Por que estou aqui? Você nunca me disse.

                Ela não queria perguntar, mas precisava saber.

                - Quando descobri que a sacerdotisa a conhecia, achei que você soubesse.

                - O que ela fez? Antes de você nos unir?

                - Ela invadiu o reino. Não tivemos tempo de descobrir sua pretensão, mas apesar de alguns de nós a conhecerem, ela não se lembrava de ter estado aqui e parecia ter esquecido tudo que aprendeu sobre nós. Se arriscou além do que era seguro tentando conseguir recursos pra sobreviver.

                - Quanto tempo antes de mim?

                - Algumas horas.

                - Ayesha mandou você me trazer de volta...? Pra que? Podia ter simplesmente matado a outra Gamora.

                - Ela não mandou. Ela só me disse pra falar com você e tentar descobrir se estava fingindo ou o que houve com sua memória.

                Gamora o olhou surpresa. Ayesha não estava sabendo do que ele havia feito?!

                - E por que...?

                - Eu não sabia que podia fazer aquilo. Como eu já disse a você, eu cheguei aqui um pouco antes das pessoas desaparecidas voltarem. Nasci sabendo de muita coisa, mas há muito mais que ainda estou descobrindo.

                - Ela sabe do que você fez?

                - Não.

                - Por que? – Perguntou cada vez mais curiosa e confusa.

                - Ela me criou e eu devo lealdade a ela, mas... A suma sacerdotisa Ayesha tem um olhar frio, que às vezes assusta. Ela não parece pensar por cima de quem vai passar às vezes, ou como, e isso não parece normal pra mim. E se ela descobrisse me faria outra vez passar dias tentando demonstrar a nova habilidade pra um monte de conselheiros. Eu não gosto disso.

                - E o que disse pra ela? Ela deve tê-lo questionado.

                - Eu só disse que você desmaiou, delirou, e recuperou a memória por algum caminho desconhecido, apesar de esquecer como chegou aqui. Ela acha que foi a regeneração que afetou você.

                - Regeneração...?

                - É como estão chamando a volta dos desaparecidos.

                A zehoberi ficou em silêncio outra vez. Então Adam tinha receio da frieza dos soberanos... Ele realmente tinha nascido com “defeito” como diria Ayesha, se é que ela não já tinha dito isso a ele próprio sem nenhuma cerimônia. Era fofo como ele pareceu uma jovem criança ao revelar isso. Mas de onde vinha a empatia? Nenhum soberano era como ele. E Ayesha jamais utilizaria genes de outras espécies em um de seus exemplares, o dom não podia vir de outro lugar. E de onde vinha a ligação dele com a dimensão da joia da alma?

                - Você precisa de alguma coisa? – Adam perguntou, mesmo verificando que ainda havia água e comida sobre a mesa do quarto.

                - Não.

                - Elas fizeram alguma coisa com você? – Ele tornou a perguntar.

                Gamora sentiu outra vez a sensação confusa e incômoda de incerteza ao ver tanta sinceridade nos olhos dele.

                - Não. Eram apenas quatro jovens curiosas.

                - Você está bem? – Ele insistiu enquanto pegava a bota atirada contra ele e a colocava ao lado da outra aos pés da cama.

                Gamora sentiu vontade de chorar, gritar com ele e atirar mais alguma coisa nele ao mesmo tempo.

                - Sim... – falou baixinho tentando esconder o estremecimento em sua voz – Eu só as assustei. Vá embora.

                Os sinais de nervosismo não passaram despercebidos a ele, e sabendo que Gamora não cederia, preferiu atender seu pedido de se retirar. Um colapso nervoso poderia afetar o bebê, e por mais que Ayesha só quisesse a criança viva pelas leis de misericórdia de seu povo e por curiosidade, ele queria que a criança nascesse bem. Talvez um dia essa criança pudesse ser livre, uma vez que não tinha culpa de nada do que os Guardiões haviam feito, fosse o que fosse, Ayesha nunca havia lhe esclarecido os detalhes, só lhe dito que roubaram baterias anulax.

                Gamora voltou a se deitar, virando-se de costas para a porta, e para Adam, não olhando para trás ou dizendo qualquer coisa quando o ouviu sair e fechar a porta quase silenciosamente. Quando o som dos passos dele desapareceu no corredor, ela chorou outra vez. O bebê fez outro movimento suave, como se quisesse consolá-la de sua frustração. Gamora tornou a acariciar a pele por baixo do tecido da camisa, seu estado emocional poderia não fazer bem ao filho.

                - Obrigada, meu amor – sussurrou.

******

                Rocket entrou no quarto do capitão na Benatar após finalizarem uma missão simples num planeta próximo de Xandar. Haviam sido contratados para investigar e interceptar clientes suspeitos e potencialmente perigosos de um hotel. E milagrosamente tudo havia corrido bem. Os bandidos eram de primeira viagem e já estavam devidamente presos a caminho do Kylin. Drax, Mantis, Groot e Nebulosa ainda estavam aproveitando o café da manhã no restaurante do hotel, que lhes ofereceu estadia e refeição grátis como agradecimento, além de pagá-los bem pelo serviço.

                Peter estava sentado na cama olhando perdido para algum ponto no chão, com o olhar de tristeza que havia se tornado tão comum nos últimos meses. Sem música, sem fones de ouvido. O zune vinha ficando cada vez mais constantemente esquecido sobre a cama ou guardado num bolso ou gaveta. A nave estava silenciosa demais, cada dia mais, e era quase assustador. Rocket sabia o quanto seu líder estava empenhando esforço em não deixar seu estado afetar o desempenho da equipe e de si mesmo nas missões, mas era claro para todos quanto peso adicional isso colocava em seus ombros dia após dia e o quanto Peter se sentia cansado.

                O terráqueo saiu de seu transe de repente, finalmente percebendo Rocket parado o encarando com preocupação, e olhando lentamente para o guaxinim.

                - Você tá bem, cara?

                Rocket sabia que era uma pergunta estúpida quando era óbvio que a resposta era não, mas ele não encontrou outra forma de começar a conversa.

                Peter pareceu querer dizer alguma coisa, mas nenhum som saiu de seus lábios, e ele olhou para baixo de novo. Rocket detestava ir longe demais com sentimentos, não sabia lidar com eles, mas se deixou ceder um pouco dessa vez. Fechou a porta e sentou no chão, um sinal característico de calma e não ameaça.

                - Só nós estamos aqui. Os outros continuam lá dentro.

                Quando Peter não disse nada, ele continuou.

                - Você tava alterado de madrugada, de novo. Groot te ouviu chorando, levei uma eternidade para fazê-lo dormir de novo prometendo que falaria com você hoje. Quer falar sobre isso?

                Peter levou minutos que pareceram horas o encarando e pensando numa resposta, mas dessa vez, só dessa vez, Rocket decidiu ser paciente. O humano fechou os olhos por um tempo, e o guaxinim temeu que ele chorasse de novo. Quando os abriu, os olhos verdes brilhavam, mas as lágrimas não vieram ainda.

                - Pesadelos.

                Peter se comoveu ao ver uma real empatia no olhar triste do amigo.

                - Eu sei como são horríveis – Rocket disse – Especialmente quando são lembranças.

                - Sãos os dois... Lembranças ruins, que não são minhas. Misturadas com coisas ruins que não sei se realmente aconteceram, ou que podem ter acontecido.

                - Como assim?

                - Eu a vejo morrer de novo e de novo, com detalhes diferentes. E parece real demais. Como se fosse uma lembrança.

                - Você tem sonhado com Vormir?

                - Provavelmente.

                - Eu não sei como te ajudar. Quando aconteceu comigo foi tão difícil... Mas eu tava sozinho, pude ter meu tempo. E depois eu conheci Groot. Ele era mais jovem do que quando vocês nos conheceram, meio que o ajudei a se encontrar na vida, como o Groot de agora. Isso ajudou a desviar minha cabeça dela.

                Peter sabia que Rocket estava falando de Laila. Os dois tinham fugido juntos do laboratório de cobaias, e ela não tinha sobrevivido, assim como a mãe e os irmãos e irmãs de Rocket, dos quais ele mal se lembrava.

                - Nos diga como te ajudar se você souber. E se não, talvez você devesse tirar um tempo pra você, sem trabalho e missões. Você precisa.

                - Não – falou imediatamente – Nós precisamos de cada membro dessa equipe aqui, todos juntos pra funcionar.

                O Senhor das Estrelas sabia o quanto cada um deles estava se esforçando para ajudá-lo e não pressioná-lo, e por muitas noites se torturou se perguntando se seu estado estava prejudicando o andamento das missões. Talvez Rocket estivesse certo, talvez ficar algum tempo sozinho lhe fizesse bem, mas Peter sentia que longe de todos só sucumbiria mais depressa à tristeza e a dor.

                - Você vai acabar se matando, cara... Às vezes é melhor deixar a dor fluir. Não tem como ela sair sem passar por dentro de você primeiro. Se for mais fácil pra você fazer isso sozinho, acho que devia pensar no assunto. E vê se não enfia nessa sua cabeça de tonto que queremos te afastar porque te achamos inútil! Você não é burro o suficiente pra não saber que não é isso! Só não sabemos mais o que fazer pra te ajudar, e isso tá preocupando todo mundo.

                - Desculpa...

                Rocket o olhou com tristeza por alguns instantes.

                - Por que não me conta o que viu? Se você quiser.

                Peter respirou fundo.

                - Talvez eu esteja enlouquecendo... E se ela tiver mesmo...

                - Você tava mesmo falando sério naquela outra noite?

                - Eu não sei, Rock – Peter não conseguiu evitar que sua voz tremesse um pouco, e agora pouco importava que ele detestasse falar de detalhes pessoais de sua vida com Gamora para Rocket – Ela morreu grávida. Ontem eu a vi morrer de novo. Tinha tanto sangue... E tinha um bebê.

                Rocket intencionou falar, mas só conseguiu ficar boquiaberto.

                - Acho que era louro, tinha minutos de vida, estava escuro, nem dava pra ter certeza da cor da pele dele ou dela. Estava chorando e coberto de sangue como Gamora. Minha Gamora... Ela estava tão triste. Ela estava com medo.

                - Cara... – foi tudo que o guaxinim conseguiu emitir.

                - Gamora me disse pra cuidar dele. Ela se foi de novo. E quando eu acordei... Parecia tão real. Senti falta do peso do bebê.

                - Você não conseguiu ver se era um menino ou uma menina?

                - Não. Mas por que isso importaria? Foi só um pesadelo. Não o bebê... O que aconteceu.

                - Você chegou a falar disso com ela? – Rocket perguntou num tom mais baixo, como se falar alto pudesse ferir Peter ainda mais.

                - Sobre filhos?

                - Sim.

                - Vocês estavam...?

                - Não. Eu ia fazer as coisas direito. Eu queria casar com ela. Eu ia pedi-la. Podia ter acontecido... Por acidente. Mas nunca vamos saber.

                Peter sentiu o impulso de insultar Thanos com as piores colocações que conhecia, mas o conhecimento de que isso em nada o ajudaria fez sua dor aumentar, e sua cabeça doeu quando se esforçou para se impedir de chorar. Rocket tinha se levantado, e colocou uma mão acolhedora em seu joelho, sem saber o que dizer.

                - Eu vou falar com Dey. Vai ver eles têm novidades. Já faz duas semanas que eles anunciaram.

                - Obrigado, Rock – o terráqueo sussurrou.

                Dando duas batidinhas consoladoras no joelho do terráqueo, Rocket deixou o quarto, sabendo que ele não choraria na sua frente. Não ficou para ouvir o lamento começar. Peter precisava se livrar de tudo isso, e se a única forma agora eram a dor e a tristeza, ele teria que passar por elas.


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