Sangue - Dramione escrita por Lívia Black


Capítulo 5
V - Aliança Gritherin.


Notas iniciais do capítulo

Aqui a história finalmente começa se encaminhar para onde eu quero... Espero que apreciem! E por favor, apareçam, leitores-fantasmas! Lumos!



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Capítulo 5. -

Harry a alcançou antes que pudesse abandonar a Sala Comunal da Grifinória.

—Mione, você está bem?

—Harry, por favor. Eu não quero falar sobre isso agora. Preciso ficar sozinha.

—Mas você está chorand...

—Aproveite a festa. Eu juro depois conto tudo. -Beijou-o na bochecha e o abandonou, completamente desprevenido e triste.

Harry pensou em segui-la, porém, sentiu que dessa vez devia respeitar o direito da castanha de ficar sozinha. Sabia como era horrível quando alguém tentava forçar uma conversa quando tudo que se precisava era de silêncio. Conversariam quando ela estivesse pronta.

x-x

Hermione estava quase alcançando o corredor dos aposentos de Monitores-Chefe, quando começou a entreouvir algumas vozes familiares, e resolveu deter-se antes de virar a esquina.

—Por que você está sendo legal comigo, Malfoy? Eu nunca teria escapado mais cedo da detenção se não fosse por você.

—Talvez você tenha algo que eu queira.

—É mesmo? E o que seria isso?

Silêncio.

Em seguida sons inconfundíveis, que só podiam ser de beijos. Hermione não esperou mais nem um segundo para virar o corredor.

—Gina?!

Ao ouvir o som da voz de Hermione, que olhava a cena espantada, a ruiva imediatamente empurrou Malfoy. Em seguida, olhou para ele com nojo e o esbofeteou no rosto.

—Esse canalha me beijou a força, Hermione!

Aquilo era informação demais para castanha absorver, dado o que tinha acabado de acontecer na festa da Grifinória. Draco a encarava intensamente agora, como se estivesse extremamente feliz de que a pessoa a flagrá-los tivesse sido justamente ela.

—T-tudo bem. Eu preciso ir para o meu quarto. Não se preocupe. -E saiu em disparada para a porta dos seus aposentos de Monitora-chefe, com o Brasão da Grifinória, apenas alguns metros adiante, refúgio da expressão cínica de Malfoy e do desespero de Gina.

Não sabia porquê, mas aquela cena a deixara se sentindo trezentas vezes pior do que já estava.

Ela não queria admitir isso para si mesma, mas depois que havia beijado Draco Malfoy, tinha ficado com aquilo em seus pensamentos por muito mais tempo do que gostaria.

x-x

Alguns dias se passaram.

Era Terça-feira.

Tinha aula de DCAT. Hermione havia chegado cedo, porque acordara cedo, para seus cuidados com a beleza, e também porque assim podia pegar um lugar privilegiado. Aos poucos os alunos foram adentrando a sala.

Harry entrou com Rony, e ambos sentaram-se longe dela, embora o moreno tivesse lhe concedido um aceno feliz. Tivera uma rápida conversa com Harry sobre o que acontecera exatamente entre ela e Rony, sobre abdicar de seus sentimentos e o moreno compreendera que os dois teriam de ficar afastados por um tempo. Mas não era também por isso que ela o estava evitando. Depois que vira Gina beijando Malfoy não conseguia encarar seus olhos verdes do mesmo jeito.

Após algum tempo, o loiro sonserino também entrou na sala. A castanha o ignorou completamente. Havia faltado em sua ronda noturna compartilhada, para evitá-lo.

Depois do que pareceu ser uma eternidade para a garota, a professora Matilde chegou, com seus cabelos grisalhos presos num coque trançado e intocável. As rugas lhe davam um aspecto sereno, mas a sua expressão era meio carrancuda. Os olhos eram muito pretos, semelhante a cor do céu em uma noite sem nuvens, nem estrelas.

—Bom dia, turma! – Cumprimentou, sem muita alegria.

—Bom dia. – Alguns alunos grifinórios se importaram em responder.

—Antes de começar, vou me apresentar para os alunos faltantes das últimas aulas. Sou Matilde Spakhan, a professora substituta do professor que ainda não foi nomeado pela escola de Defesa Contra às Artes das Trevas. Como não tenho muito prática na matéria, por ser formada em Adivinhação, tenho visões, possessões, presságios...Etc, eu vou aplicar métodos de ensino de DCAT por meio dos livros e dos exemplos, até que se ache o novo professor.  – Alguns alunos reclamaram, mas a professora fingiu não se importar.

Aquilo não era novidade para Hermione já que ela não tinha faltado à última aula.

Preparou-se para o tédio da aula, que agora era apenas com livros e pergaminhos, como era com Umbridge e evitou o máximo possível olhar para o lado, onde estava o loiro.

Os primeiros quinze minutos de aula foram como Hermione suspeitava, extremamente entediantes, a professora apenas falando e falando, coisas que já havia decorado há séculos. Mas depois de alguns segundos algo cutucou a sua coxa descoberta.

Era um pergaminho em forma de avião, que havia magicamente se movido pela sala, até chegar a ela.

Sua boca se abriu num “o” involuntário. Pegou discretamente o pergaminho, tentando descobrir quem o enviara.

“Vai continuar me evitando desse jeito, ou vai voltar ao normal?”

D.M

Quando ela colocou os olhos nas malditas iniciais no canto do papel, olhou para o lado e viu que Draco sorria de canto de lábio para ela. “Idiota!”.

“Eu não estou te evitando, idiota. Só acho que você não merece mais ouvir a minha voz, você é um estúpido.”

H.G

Escreveu ligeiramente, e enviou para ele, com ódio.

Minutos depois, o pergaminho retornava.

“É impressão minha ou você está com ciúmes de mim e da Weasley pobretona?”

D.M

“HAHAHAHAHA. Até parece que eu, Hermione Granger, iria ter ciúmes de você, um garoto mimado e insignificante....

PS: Quanto a Gina, faça o que quiser com ela. O que ela não percebe é o quanto você é um idiota, tosco, projeto de comensal, que só usa as garotas.”

H.G

“Esse discursinho aí, não me enganou nem por um segundo. É óbvio que você está louca de ciúmes. Eu não te culpo, sangue-ruim. Eu sei que eu sou irresistível. Mas não se preocupe com a Weasley...Eu não fico por muito tempo com traidores do sangue.

PS: Eu não sou um projeto de comensal, pra sua informação, sangue-ruim, e nem pretendo ser.”

D.M

“É. Vai se iludindo sozinho aí, Malfoy. Você é um nojo. Agora eu tenho certeza absoluta.

Ps: Que lindo! Então quer dizer que já recebeu o convitinho?”

H.G

“Bom, pelo que eu sei você, sangue-ruim, não sente nojo de mim. Pelo contrário, você sente atração. Eu que tenho nojo de você.

Ps: HÁ-HÁ...Você é boa em piadinhas, mas não esqueça que está lidando com um profissional...Não vou nem me dar ao trabalho de responder, por que é perda de tempo. Você não tem nada a ver com a minha vida, sangue-ruim.”

D.M

“Claro, claro, morro de ATRAÇÃO por você...Um loiro aguado ridículo e estúpido! Tudo que eu sempre quis!”

Ps: Eu sei que não tenho nada a ver com a sua vida. Não quero ter, você é desprezível. É só que seria bom ter algumas informações sobre os comensais mais inúteis, quando essa porra de guerra começar.”

H.G

“Puxa vida, até que enfim admitiu. E não te interessa se eu vou ser um comensal ou não, Granger, isso não é da sua conta. Afinal, de qualquer jeito, quando essa guerra começar seremos INIMIGOS.

Ps: Cuidado, sangue-ruim. Desse jeito sua boca vai ficar tão suja quanto seu sangue imundo.”

D.M

A palavra inimigos...Combinada com guerra causou alguns calafrios na castanha. Guerra era sinônimo de morte, morte em relação a todos os seus inimigos.

“Isso você tem razão. Sem dúvidas. Inimigos.

Ps: Eu não me importo! Porque você começou essa droga de bilhete afinal?”

H.G

“Até que a morte nos separe...

Ps: É só porque eu gosto de te ver se estressar sangue-ruim. É engraçada.”

D.M

“Que assim seja.

Ps: Eu já falei que te odeio hoje? Caso contrário...EU TE ODEIO! E CHEGA DE PERGAMINHO.”

H.G

A aula acabou alguns longos minutos depois. Duas horas tinham se passado em meio aquela sessão de pergaminhos-bilhete, sem que ao menos a castanha reparasse. E ela nem havia feito suas anotações, o que lhe deixou mais frustrada do que já estava.

—Todos podem sair da sala, com exceção do Sr. Draco Malfoy e da Srta. Hermione Granger! – Exclamou a professora Matilde num tom de voz firme, para a grande surpresa de todos que estavam na sala, que iam se retirando. Draco e Hermione estavam pasmos. Fortes arrepios percorriam a castanha.

De acordo com os comandos da professora, Hermione ficou na sala, e percebeu que o loiro ali também estava e não se atrevia a ir embora. A professora fez um sinal para que se aproximassem da sua mesa.

Ela tremeu, mas fez pose de durona, e arrumou seu distintivo de monitora-chefe.

“Nossa, eu ainda não reparei como ser monitora chefe é o máximo. O meu quarto é perfeito, e silencioso. Se bem que eu vou muito mal como monitora. Não cumpri nenhuma outra ronda com o Malfoy, e nem vou cumprir. Eu observo os corredores nos finais de semana, sozinha, e arranjo umas conversas com os monitores normais da Grifinória...Mas fazer rondas noturnas com o  Malfoy? Nunca. Nunca. Não depois de tudo isso. Ainda me lembro muito bem dele enfiando a língua na boca da Gina. Projeto de Comensal idiota...Só de pensar que essa professora quer que eu sente ao lado dele dá vontade de vomitar...”Pensava a castanha, enquanto atravessava a sala e se sentava na cadeira da mesa da Profª Matilde e ao lado do loiro despojado.

—Sim, professora? – Perguntou Hermione, cruzando as pernas e não desviando nem por um segundo os olhos para o lado de Draco.

—Cof, Cof. – Tossiu ela disfarçadamente.

—O que quer? – Começou Draco, mais ousado que a castanha.

A professora, alisou o coque com a mão e fez uma expressão carrancuda e um tanto sarcástica.

—Os...Senhores...Acham que eu sou idiota? –Questionou ela num tom de voz rude.

Hermione e Draco pela primeira vez se entreolharam com cara de “Essa velha é louca ou é impressão?” E depois voltaram à atenção para ela.

—N-não. – Respondeu Hermione.

—Acham que eu sou uma velha inútil que não consegue perceber as coisas? –Argumentou a velha, mais grave ainda.

—Er...Não. – Arriscou Draco. Embora estivesse morrendo de vontade de dizer que sim.

—Então porque acharam que eu não ia perceber os bilhetinhos apaixonados que os senhores ficaram passando durante toda a minha aula? – Questionou ela, aparentemente irritada e frustrada.

Os dois permaneceram quietos, meio espantados. Draco tinha uma absurda vontade de rir.

—Se tem uma coisa que eu odeio... – Começou ela se levantando e olhando rigidamente para os dois. – É ALUNOS QUE ME TRATAM COMO UMA...- A professora estava prestes a continuar, quando de repente ela parou.

Mas não foi uma parada normal.

Hermione observou que cada terminação do corpo da professora parecia paralisada.

E em questão de segundos os olhos dela começaram a orbitar, e ela caiu feito uma pedra na sua poltrona.

Draco e a castanha se olharam, ambos admirados.

Na cadeira o corpo dela começou a tremer. E seus olhos, mudaram para um tom meio arroxeado, e pareciam se mexer mais do que o normal.

—POR MERLIM! MALFOY...Faz alguma coisa! –Pediu Hermione, assustada. Se levantando da própria cadeira.

Ele também parecia um pouco assustado.

—O QUER QUE EU FAÇA, SANGUE-RUIM!!??? Sei lá, parece que ela está prestes a ser possuída...- Arriscou ele, num palpite, levantando-se e descruzando os braços.

Quando de repente, Hermione sentiu-se involuntariamente atraída para a professora, assim como ele. Era como se caminhassem até ela, com pernas de robô. A professora envolveu o pulso de ambos com cada uma de suas mãos, como se estivesse os conectando com sua própria visão. Em uma questão de segundos, a castanha sentiu o chão se mexer como se estivesse sendo transportada para algum lugar.

Para uma visão.

Era um cenário. Haviam vários corpos deitados num solo em meio de uma floresta. E ela estava ali, sem que ninguém a pudesse ver. Percorreu por entre os corpos e viu cada um com os rostos de seus amigos, conhecidos. E alguns com faces desconhecidas. Mortos. Isso a fez tremer. Duas pessoas duelavam mais à frente. Mas ela não reparou muito nisso. Ela se voltou para o chão, e quando viu, entrou em estado de desespero. Ela se viu, deitada, o rosto sem vida, morta. Mas como poderia ser ela? Ela estava ali, vendo aquilo! Mas nitidamente era ela, possuía as suas feições. Visivelmente, três ou dois anos mais velha. O corpo frágil, intocável e pálido, a varinha solta de seus dedos. O rosto já havia perdido a luz. Uma mão a tocava, a Hermione mais velha e morta no chão. Ela esperava que fosse a mão de alguém querido que a amasse que estivesse se despedindo. Mas havia uma marca naquele pulso. A marca negra. Em um costume, ela sentiu repulsa. Aquela marca era horrível de se ver. Mas o jeito que a mão lhe tocava, era um modo de paixão. Como se todo o arrependimento do mundo estivesse contido naquele toque. Ela viu água pingar em seu rosto sem vida, e viu que brotavam de olhos azuis-cinzentos, de um rosto pálido, e cabelos loiros. Ela reconheceria aqueles olhos de longe. Draco.

(...)

Draco vagou pelos corpos, com certo terror. Ele sempre se fazia de durão, mas uma cena como aquela lhe fazia ficar apavorado. Ele não sabia como estava ali. Em um segundo a professora maluca envolvia seus pulsos e no outro ele estava naquele lugar. Já havia percorrido vários corpos, todos com rostos que ele conhecia. Não tinha um único que ele não tinha visto ainda. Ele foi olhando para frente. E se reconheceu. Era ele, óbvio. Um pouco mais velho. Com uma capa preta, e o mesmo cabelo loiro-branco. Observou a própria figura por alguns segundos, e viu que lágrimas brotavam de seus olhos azuis-cinzentos. A sua expressão era de ódio, arrependimento. Agora tinham pessoas a sua volta. Eram comensais da morte, ele saberia. Não olhavam para ele em realidade. Só para aquele Draco mais velho. O loiro reparou que uma de suas mãos tocava algo com piedade. Uma de suas mãos, com o braço marcado pela marca negra. A mão percorria um rosto, que de um esboço, foi se tornando nítido. Olhos castanhos, sem vida. Um rosto frágil com sangue em suas extremidades. Lábios sem cor, e cabelos embaraçados. Ele a reconheceu. Era ela...Hermione.

Após presenciarem aquela cena, sentiram-se aliciados pela realidade, normalmente. Agora seus olhos que viam antes a cena trágica miravam apenas uma sala de aula vazia. Suspiraram de alívio quando seus pulsos foram libertos pelas mãos da professora, esta que caiu como morta na cadeira.

Eles não conseguiam se olhar de tanto pavor.

De um dos dedos da professora, o anel brilhante violeta, começou a faiscar.

A castanha, de repente, sentiu uma leve compulsão por pegá-lo.

Draco parecia estar sentindo a mesma coisa, mas os dois se contiveram.

Alguns minutos se passaram, Hermione resolveu se manifestar.

—M-Malfoy?

—O que é Granger?

—Acha que ela...m-morreu? -      Questionou Hermione, quase chorando.

—Óbvio que não, sangue-ruim. Poupe-me de ver suas lágrimas. Ela só está cansada por causa da visão. – Explicou ele, tentando parecer indiferente.

—Você também viu?-Perguntou ela, apavorada.

—Vi o quê, garota?- Questionou debochado.

Mas era lógico que ele sabia ao que ela se referia.

—Os corpos...Eu e voc..

—É, É SANGUE-RUIM! EU VI...! – Berrou ele, impedindo que ela continuasse.

—Dá para parar de ser tão estúpido, por favor!? –Perguntou Hermione, agora que lágrimas escapuliam de seus olhos.

—Ah, é? E o que você vai fazer, chorar mais? –Inquiriu ele cínico.

—Não vou me rebaixar ao seu estado. Na visão.

—AQUILO NÃO VAI ACONTECER! – Gritou Draco, tentando inutilmente convencer a castanha e a si mesmo da verdade de suas próprias palavras.

Hermione revirou os olhos.

—AH, é mesmo? E quem te garante? A professora disse que tinha PREMONIÇÕES...! –Protestou a castanha em voz alta, rezando que ninguém pudesse ouvir. Só não conseguia se controlar.

—É, mas é simplesmente impossível.

—Que eu morresse? -Inquiriu ela com um aperto no coração, de certa forma se sentindo grata por ele tentar reconfortá-la dizendo que ela não morreria. Deu um leve sorriso, imaginando que realmente fosse isso.

—Não. – Draco respondeu com um sorriso cínico, destruindo o dela. – Que eu chorasse pela sua morte. – Revelou, com o sorriso agora mais acalorado e maldoso ao ver a expressão dela ao ouvir isso.

Aquilo foi quase como um rasgo no coração de Hermione. E ela não sabia porque aquelas palavras lhe afetaram tanto, mas involuntariamente, com toda aquela frieza da voz dele, foi quase como se sentisse o chão desmoronar. Como se não houvesse mais solo para pisar. E involuntariamente as lágrimas começaram a cair, mais dolorosas e traiçoeiras do que nunca. Ficou um tanto tonta.

Caiu no chão.

Draco de imediato se preocupou, achando que tinha ido longe demais. Quer dizer, ele só estava... Brincando.

—Granger? – Questionou abobado, para ela. Todo o sarcasmo anterior, desaparecendo. Correu em sua direção, um tanto desesperado. Ela estava encolhida no chão feito uma bola, com lágrimas no rosto. – Granger? – Perguntou, colocando uma de suas mãos frias no rosto dela. – Granger, não foi a intenção...Eu...quer dizer...Não queria ter dito aquilo e...

—Não me toque! – Ela disse. Fazendo o loiro se afastar, meio constrangido com aquela cena.

—Tá bom, tá bom. – Assentiu. Não conseguia vê-la chorar daquela forma. Era quase que um pouco torturante. –O que você tem?

Aos poucos ela se levantou sozinha, e secou as lágrimas.

—Eu tenho nojo de você. – Foi só o que ela conseguiu dizer. Ele se contentou com o xingamento.

—Eu não queria...

—Cala a boca.

Silêncio.

SILÊNCIO ABSOLUTO, que chegava até a incomodá-los. Não tinham vontade de se olharem.

—O que é esse anel na mão dela? – Questionou Hermione por fim.

—Não sei. –Respondeu Draco, dando de ombros.

—Eu já sabia que você diria isso. – Afirmou a castanha, indiferente. – Eu quero esse anel. – Disse Hermione, com um desejo compulsivo pelo objeto, que não conseguia compreender.

A garota arrancou o pequeno anel dourado, muito brilhante, que possuía uma pedra que agora estava vermelha-rubi em seu centro do dedo anelar de Matilde.

Apertou ele em suas mãos. Draco só observava.

A castanha, sentiu-se um tanto mais poderosa quando tocou aquele anel. Foi quase como se sentir dona de tudo.

—Uau...Esse anel é tão... – Ela não terminou a frase. Só começou a apreciar o anel, e de repente, da forma mais inusitada, ela viu que ao seu toque pequenas palavras foram sendo escritas naquela pedra larga e vermelha.

Franziu o cenho.

Primeiro, se formaram letras de uma caligrafia perfeita, que formaram uma palavra.

“Aliança Gritherin.”

E em seguida as palavras se apagaram, e o nome de Hermione pequeno nas extremidades do artefato também foi surgindo, conforme ela tocava na peça, parecia uma fumaça de tão sutil.

“Hermione Granger &...” Era a única coisa que dizia. Se apagou quando ela o colocou sobre a mesa, sem seu toque.

—MALFOY... – Chamou ela, por instinto, o loiro. Ele parecia meio perdido naquela cena.

—O que é, Granger?

—Olhe...Olhe isto! –Pediu a garota. Ele se aproximou da mesa de onde ela estava, e ela apontou o anel.

—Um anel. E daí?

—Espera. –Ordenou ela.

Envolveu o pequeno objeto em suas mãos. E de repente, a mesma coisa, “Aliança Gritherin” que se apagou E em seguida... “Hermione Granger &...” Em suas extremidades.

Draco ficou perplexo.

—Hmmm...Deixa eu ver isso. – E dito isso, tomou o anel das mãos da castanha.

O processo se repetiu.

“Aliança Gritherin.”

E depois se apagou.

Draco esperava que o nome da castanha, fosse aparecer, mas se surpreendeu.

“...Draco Malfoy.” Era isso que dizia, na outra extremidade.

Hermione que acompanhava o processo realizado pelo anel, ficou intrigada.

—Ué...Porque não apareceu o meu nome? –perguntou ela.

—Não sei. – Respondeu o loiro, hipnotizado pelo objeto.

—Espera... –Ela tocou no anel, que ainda estava nas mãos do loiro.

Em seguida surgiu o mesmo título.

“Aliança Gritherin.”

E logo após...

“Hermione Granger & Draco Malfoy.”

Os nomes se completavam.

O anel começou a faiscar, por alguma razão ao toque de ambos.

Os dois pareciam muito envolvidos em seus pensamentos.

—Porque nossos nomes aparecem aí? –Perguntou o garoto.

—Boa pergunta...eu...Acho que já li sobre...Essa tal de Aliança Gritherin.

—E?

—Teremos que nos inteirar sobre o assunto. Nossos nomes estão nesse anel.

De repente todo o drama da visão parecia esquecido.

—Ok, você faz a pesquisa, enquanto eu fico com esse anel.

—HÁ-HÁ. Boa tentativa, Malfoy. Você vem comigo. E com a aliança.- Precipitou-se Hermione, já praticamente saindo da sala.

—E a velha?

—Não foi nossa, culpa. O que aconteceu nessa sala fica nessa sala... – Ordenou Hermione, e aquilo significava que desde a visão, o choro e aliança. Tudo que acontecera ali, morreria naquele aposento.

—Certo, Granger.

—Vamos até a biblioteca. Temos que descobrir mais sobre essa aliança. – Sugeriu Hermione, desaparecendo pela sala na companhia de Draco.

De repente o que parecia sua vida algumas horas atrás, agora tinha mudado totalmente de rumo. A pouco tempo ela se sentia irritada com o beijo de Gina e Malfoy, e agora, ela estava tentando descobrir coisas COM ELE, sobre aquele anel que eles haviam roubado da professora, que de uma forma esquisita tinha seus nomes esboçados.

“A minha vida é mesmo muito estranha”. Pensou a castanha enquanto entrava na companhia de Draco para um corredor que daria na biblioteca.


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Notas finais do capítulo

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