Illusion escrita por leilane


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi integrantes da nave mãe, como estão?
Essa daqui é uma história que levou muuito tempo pra ser concluída por motivos de: eu parei de gostar de 5SOS, o que dificultou muito minha escrita!
Mas aqui está!
Espero que vocês gostem ♥



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— Caralho, outro grande show! - Calum nos congratulou, fazendo aqueles movimentos estranhos com Michael, cumprimento tipico pós show.
Estávamos parados no corredor do backstage, tomando litros e litros d'água para nos hidratarmos, sem contar os litros jogados no rosto e pescoço, logo secados por uma toalha que rapidamente aparecia de algum lugar. Olhei para meus três melhores amigos ali presentes, com os corpos cheios de adrenalina, extasiados com a gritaria, mas sem perder o olhar cansado e as olheiras profundas. Não poderia querer estar em outro lugar, ou em outra companhia. Na verdade, poderia sim.
— Então, vamos comemorar? - logo sugeri, retomando a atenção deles assim que chegamos ao camarim, me jogando no sofá e dando espaço para Ashton sentar assim que ele bateu as baquetas em minha panturrilha.
— Você ainda tem energia pra ir pra algum pub? - disse Calum do chão depois que se deitou no tapete.
— Eu tenho energia pra muito mais. - falei, abrindo um famoso sorriso carregado de malicia.
— Você não toma jeito. - Michael me jogou uma garrafa de energético vazia, sentando-se na poltrona mais próxima - Mas eu estou no mesmo pique, então eu topo!
Olhei ansioso para os outros dois. Fazia tempo que não saíamos nós quatro, desde que Ash começara a sair com uma garota. Não lembrava seu nome, mas também não me fazia diferença.
— Claro, sinto falta dessa vida de vagabundo que você gosta de manter. - Calum deu de ombros, levantando e indo com Michael trocar de roupa.
Voltei meus olhos para Ashton, que olhava a tela de seu telefone. Me inclinei para olhar também e revirei os olhos ao ver "Kate" escrito na tela, juntamente com uma foto dos dois fazendo careta.
— Qual é, uma noite para seus amigos... - empurrei seu ombro de leve - Você pode passar o dia inteiro com ela amanhã, pode até trazê-la para o show.
— Eu poderia mesmo que você não permitisse, Hemmings. - ele abriu um pequeno sorriso depois de um tempo e me olhou, jogando o celular na poltrona - Ela gosta muito da nossa música.
— Da nossa música ou do nosso baterista? - indaguei, rindo de sua cara de convencido.
— Ela adquiriu esse bom gosto com o tempo...
— Como assim?
— Antes de me conhecer, ela preferia você. - ele revirou seus olhos, levantando e indo na mesma direção que os dois outros integrantes da melhor banda da atualidade tinham seguido anteriormente.
— O que? - o segui rapidamente, gargalhando - Não que eu esteja surpreso, ninguém resiste ao charme de Luke Hemmings.
— Ou à sua alto confiança excessiva. - Michael saia do banheiro com uma camisa diferente e se aproximou para dar um tapa em minha nuca.
Ri e passei a mão pelo local, negando com a cabeça.
— Por que eu fingiria que me acho feio, ou tenho um péssimo cabelo, ou até mesmo um sorriso torto se eu sei que sou perfeito? - dei de ombros e me abaixei a tempo de desviar de toalhas e garrafas que voaram e minha direção.
— Você precisa abaixar sua bolinha, Hemmings. - Calum juntou uma blusa do chão e colocou em meus braços.
— Se elas preferem que eu não abaixe, quem sou eu para fazer o contrário? - indiquei com a cabeça a janela, onde se podia ouvir os gritos das fãs.
— Te esperamos lá fora, não demore. - ele nem quis me dar atenção, passando por mim e se juntando a Michael.
— Não vou repetir o que o nosso querido Hood disse. - Ash saiu do aposento logo depois de bater no meu ombro.
Eu não me importava com esses comentários já frequentes desde que eu liguei o botão "foda-se" pra mídia e decidi curtir enquanto nossa banda ainda tinha algum reconhecimento no mundo artístico. Poderia ser egoísmo da minha parte pensar em me divertir sem priorizar as consequências, mas eu sei que a nosso sucesso, ou até mesmo a banda, não vai durar pra sempre, e eu quero poder sentar com os meus netos algum dia e contar histórias interessantes dessa época. Queria que eles curtissem comigo, que fossemos como quatro mosqueteiros na noite, caçando uma diversão temporária, aproveitando enquanto somos jovens e sem se importar com o que ia acontecer amanhã. Mas como em toda banda precisa existir uma cabeça sensata, Ashton logo se acalmou.
Depois veio Calum, alegando estar cansado e saindo do seu foco principal, que era inteiramente a música. Michael persistiu comigo, como um bom melhor amigo faria.
Sai de meus devaneios com batidas fortes na porta. Sabia que o tempo estava passando, a adrenalina estava indo embora e dando lugar à exaustão. Não poderia perder essa oportunidade de ter um breve gostinho dos velhos tempos. Tirei minha regata e coloquei a blusa que Calum largara em minhas mãos, puxando as mangas para cima. Meu corpo ainda estava quente, pedindo por mais calor. Calor que eu poderia conseguir de duas formas: álcool ou uma mulher. Com minha lábia e meu rosto mundialmente desejado, eu poderia conseguir os dois em menos de meia hora. Peguei minha jaqueta e localizei o celular de Ashton, que não parara de vibrar desde que o mesmo o largou de lado.
— Desculpa Kate, mas hoje o Ashton é nosso. - sorri e desliguei o celular, colocando no bolso junto com minha chave do hotel e abrindo a porta para o corredor - Então, estão prontos para a noite de suas vidas?

 

               __________________________

 

Eu já estava completamente fora da casinha. Não lembro como havíamos chegado ao bar do hotel, ou por que havia uma garota pendurada em meu pescoço. Mas foi só olhar para seu decote que a ideia não me pareceu mais tão ruim. E foi nesse meu momento de lucidez que aproveite e coloquei minha mão em sua bunda, mordendo meu piercing e encarando descaradamente seu corpo. A garota olhou para mim com o mesmo olhar indecente, mordendo os lábios pintados de vermelho e descendo o olhar para minha calça. Sorri, reconhecendo seu tipo. Ia em pubs atrás de diversão com caras que lhe pagassem um drink, provavelmente para ser mais uma mulher orgulhosa por estar na lista de Luke Hemmings. Não me importava mais em ser apenas usado por elas para alcançarem algum status na mídia adolescente, eu as usava para conseguir o que queria: uma noite, uma transa.
— Jacky, peça para o gentil barman mais uma dose para todo mundo. - a garota que estava no colo de Michael gritou para a do meu lado, que assentiu e me olhou.
— Vamos deixar para o cavalheiro aqui. - ela se aproximou do meu pescoço e sussurrou perto da base do meu ouvido - Luke, peça mais uma dose para nós. Quero beber mais um pouco antes de subir com você para nos divertirmos à sós.
Apenas abri o sorriso mais malicioso que havia em meu estoque. Sem arrepios, ou excitação antecipada. Era apenas sexo e nada mais. Todas as provocações existentes já não faziam mais efeito em mim. Não me lembro da ultima vez que me arrepiei com um toque, ou uma palavra dita ao pé do ouvido. Ao longo do tempo, eu criei um lema para a fase que estava passando. Eu fodo, não faço amor. E não pretendo mudar isso tão cedo.
— Por que não deixamos a dose para depois da diversão? - me virei para sussurrar também, encostando meus lábios em seu pescoço e apertando sua bunda, sentindo sua reação de imediato.
Jacky, aparentemente era esse seu nome, concordou imediatamente e levantou, me puxando pela mão.
— Desculpa Nat, mas a dose você pede para o bonitão do seu lado. - ela se aproximou da amiga e se abaixou para falar algo em seu ouvido.
Seu vestido subiu instantaneamente, me fazendo rir baixo em negação. Depravada. O que a bebida não consegue fazer com uma mulher. Repugnante. Mas examinando bem seu porte e rosto, ela não parecia ter mais de 18. Talvez menos. Problemas. Talvez estivesse desesperada para buscar uma realidade que ela queria acreditar que era a sua, que ela queria que fosse a sua. Deprimente.
Aproveitei essa pausa para observar a sala. Michael agora olhava para seu copo e indicava ao barman que queria mais uma dose. Seu braço estava sobre a coxa da garota em seu colo, e sua mão, acariciando a parte interna, praticamente dentro da saia que ela usava. Rápido. Calum estava no bar, beijando afobadamente uma outra garota, suas mãos com livre acesso para o corpo feminino colado ao seu. Perversão. Malicia. Sexo. Escandaloso... Palavras que não saiam mais das manchetes e notícias ao nosso respeito. Mas a única pessoa que saia livre de todo esse peso, livre das acusações e dos xingamentos não estava ali. Isso era de se esperar.
— Onde está Ashton? - perguntei para Michael, assim que ele virou mais uma dose recém abastecida.
— Subiu logo que chegamos aqui. Ele bebeu algumas cervejas, doses só para acompanhar mesmo e alegou estar cansado. - ele balançou seu copo novamente.
Balancei a cabeça concordando. Devo ter sido levado pelo efeito do álcool novamente, pois retomei consciência quando abri a porta do meu quarto e fui empurrado bruscamente para dentro, minha jaqueta voando para o chão logo em seguida. Sorri, sendo atacado por lábios famintos e desajeitados devido à falta de coordenação.
Para nossas roupas estarem no chão foram segundos, e para estarmos na cama, milésimos. Eu beijava seu pescoço, sabendo o que ela desejava lembrar dessa noite. Fiz questão de deixar minha marca, um chupão na curva de seu pescoço, para ela olhar por uma semana no espelho e saber que passou por mim e não foi apenas fruto de sua imaginação juvenil.
— Ah Luke... - ela gemia precipitadamente, cruzando as pernas por minha cintura e me incentivando a concluir o ato.
Revirei os olhos. Ela realmente nao queria mais nada, mas no fundo queria se sentir diferente, especial para Luke Hemmings. Bom, eu tinha que dar o que ela queria. Nem que para isso precisasse atuar digno de um Oscar.
— Ah... Ahn...
— Jacky. - ela disse seu nome em tom frio, me puxando pelo cabelo e me obrigando a olhar em seus olhos.
— O que foi?
— Você não lembra o meu nome?
Ri secamente. Eu estava tentando, mas a quantia de álcool no meu organismo não me permitia segurar minha língua.
— Gata, não se preocupe com seu nome. Amanhã eu não vou lembrar nem da sua existência.
Aproveitei seu momento de choque para finalmente terminar o que começara, não me importando mais com seus sentimentos destruídos ou com o que ela lembraria dessa noite que pensou durante noites e noites, planejando como aconteceria esse momento especial.
Eu fodo, e só isso.


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Notas finais do capítulo

E aí? Me contem.



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