Porto Seguro escrita por Ero Hime


Capítulo 5
V. E se formos mais felizes de outra forma?


Notas iniciais do capítulo

ai esses dois pombinhos vivendo um amor proibido, eu adoro um bom drama romântico sim senhores



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Itachi sequer se concentrou no jantar. Cumprimentou seus companheiros de trabalho e designou os profissionais de maior confiança para o trabalho de Hiashi, sentando-se à mesa por mera formalidade.

A comida parecia fria e insossa. Sua garganta estava apertada, por conta da ansiedade e da impaciência; Itachi era considerava-se, de fato, um homem de extremo autocontrole, menos quando se tratava dela.

Com Hinata em seus pensamentos, nada mais importava.

Comeu e conversou trivialidades, como mandava o figurino. Retirou-se para seu quarto, tão impessoal e limpo como qualquer um dos cômodos de hóspedes da mansão. Tomou um longo e demorado banho, aproveitando a água quente para acalmar a própria respiração. Enquanto relaxava os músculos, ponderou se a distância física era realmente pior que estar tão perto, mas tão longe.

Itachi esperou o cair da madrugada, como, há tanto tempo, estava acostumado. Quando todos os seguranças do turno do dia já tinham se deitado, ele utilizava de conhecimentos longínquos para evitar as câmeras, seguindo, silencioso e discreto, rumo ao terceiro andar, onde residiam os aposentos da família principal.

Seguir pelos mesmos corredores, guiado somente pela luz do luar, era demasiado nostálgico para o homem. Contudo, a cada passo mais próximo do quarto, mais seu coração palpitava, como um adolescente em fuga.

Chegou na penúltima porta do corredor. As maçanetas douradas já estavam entreabertas, como tantas outras vezes no passado. Itachi as afastou silenciosamente, encostando-as atrás de si e passando a fechadura. Virou-se, e as portas da sacada nos fundos também encontravam-se abertas, fazendo com que o cortinado de voil dançasse.

Ela estava sentada na beirada da cama, esperando. Usava um robe de seda tão suave quanto sua pele, com uma fenda generosa para o busto. Assim que seus olhos se encontraram, acostumados com a escuridão que já fazia parte de seus encontros, Hinata levantou-se em um sobressalto, abrindo o maior dos sorrisos.

Quando se encontraram em um novo abraço, suas peles esquentaram imediatamente. Passada a saudade, tudo que restava era paixão.

Rapidamente, as roupas jaziam no chão, esquecidas, enquanto beijos e toques tentavam transmitir todo o amor que sentiam um pelo outro.

Itachi ainda se lembrava quando tornou Hinata sua. De todas as maneiras possíveis; foi na mesma noite em que a pediu em casamento, alguns anos atrás.

Embora fosse um homem adulto, tornava-se mal um adolescente apaixonado. Viu Hinata amadurecer, e amou cada uma de suas descobertas.

Contudo, também era capaz de sentir sua exaustão.

Abraçados, com um fino lençol cobrindo seus corpos, Hinata descansava a cabeça em seu peitoral, traçando desenhos com um toque delicado, pensativa.

— Queria que não tivesse que ser dessa forma. – suspirou, apoiando o queixo para fitar os olhos negros do homem – Queria que pudesse apresentá-lo apropriadamente para meu pai.

— Sabe que ele me mataria. – riu sem humor, mas ambos sabiam que era verdade.

— E se fugíssemos? – sugeriu, com a voz incerta. Itachi a fitou com intensidade.

— Acha que seríamos mais felizes de outra forma?

— Sei que seria feliz de qualquer maneira, desde que esteja com você.


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