Aqueles que Uivam escrita por Avatar Wan


Capítulo 22
A esfinge




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— Temos que achar uma forma de sair daqui. - Calebe procurou uma saída por todos os cantos.

 - Mas ainda não encontramos a Sophia. - Clarice estava apreensiva, tanto em relação com sua aluna, quanto no fato de ela mesma poderia perder a consciência novamente a qualquer segundo.

— Ah sim, a Kitsume.

— Você precisa aprender a lembrar o nome dos seus alunos.

— Eu chamo eles pelo número, é mais do que o suficiente.

— Que frio.

— Eu sou um amorzinho. - sorriu e deu uma piscadela.

 

Calebe e Clarice encontram-se com Eva, Éden, e Jhonata que estava um pouco ferido, porém já melhor.

— Seus ferimentos...

— Os ferimentos do monstro atrasaram meu poder de regeneração, mas agora já está tudo bem. E você ainda pode vislumbrar da vista única do meu peitoral.

 

Antes que Clarice pudesse dizer algo, Calebe tirou uma de suas camisas reservas do anel, e arremessou em Jhonata com força.

— Cubra-se, ou vai pegar um resfriado, princesa.

Clarice tentou esconder, mas deixou um riso escapar. Ela não sabia se ele realmente estava com ciúmes ou se fazia isso por que era o seu jeito.

— Quando as mocinhas acabarem, temos que ir. - disse Eva.

— Mas... para onde vamos agora? - Éden coçou a cabeça e ajeitou os óculos.

— A bruxa disse que quando estivermos próximos, vamos saber.

— O que ela mais disse? - perguntou Calebe.

— Qual a parte mais importante da planta?

— O caule. - respondeu Éden, e todos o encararam.- Que foi? Eu entendo um pouco sobre plantas.  

— É, mas já subimos e descemos e não encontramos nada.

— Então deve ser algo entre esse caminho.

Assim, eles procuraram por todos os cantos, no entanto, não encontraram nada. Em meio a sua procura, Éden lembrou-se que a bruxa velha havia feito uma pergunta anteriormente, e então ele procurou algo relacionado a isso.

— É claro! Ela não está relacionada a resposta, é sim a pergunta! São enigmas. - Éden procurou e procurou por pistas que tivessem relações com a pergunta, ou perguntas no geral, quando de repente se deparou com um pequeno desenho de esfinge na parede, por curiosidade o tocou, fazendo abrir uma passagem secreta.

 

BEM VINDOS A ESFINGE

Se você chegou aqui significa que está preparado para morrer.

Era o que estava escrito em um letreiro bem grande e colorido. Então nossos heróis entraram. Todo o local era brilhante e colorido, parecia que havia sido decorado por uma criança.

— Uma voz gargalhou ao fundo.

— Muhahaha!

 

Eva reconheceu a voz.

— É aquela pirralha!

.

Não ladro, e não mordo, mas também não deixo entrar, quem eu sou ? - perguntou a voz.

— O quê?

 

Tic tac, tic tac - imitou um relógio.

— Como supostamente deveríamos saber disso? - perguntou Clarice.

— Muito bem, vou acabar com tudo e vamos passar. - Calebe socou a própria mão em sinal de determinação.

 

Nem pensar, se vocês tentarem alguma gracinha, vamos acabar com vocês com magia.

— Malditas bruxas - Calebe lembrou-se como lobisomens são fracos contra magia.

 

Tic tac !

— O cadeado! - respondeu Éden.

 

Todos olharam para Éden sem entender.

— Que foi?! Eu posso saber uma charada ou outra.

— Você está sabendo demais hoje! - Calebe riu, e lhe deu um tapa nas costas de orgulho. Éden se encolheu e deu um pequeno sorriso, afinal, não é todo dia que se recebe um elogio do grande e renomado professor de história, Calebe.

A bruxa mais nova deu uma gargalhada, podem passar pobres mortais!

— Mas só tem um mortal aqui... - reclamou baixinho Jhonata.

Quantas vezes eu posso subtrair o número 1 do número 9581 ?

Todos olharam para Éden.

— O que é ? Eu não sei de tudo.

— 9581 ? - disse Eva.

— Errado!

O chão se abriu e Eva caiu em uma poça de lama, dando um grito tão feminino que todos jamais imaginariam ouvir.

— Sua bruxa vadia! Quando eu te pegar, você vai ver! - E logo voltou a ser a fera selvagem de sempre.

HAHAAHAHAHA! - A pequena bruxa gargalhou

— Pelo menos não está sendo nada perigoso caso errarmos. - Clarice tentou consolar o grupo.

 

Por enquanto... - Éden estava preocupado, mas não quis demonstrar, pois era o único humano, e não queria ser um peso para eles.

Sou liquido, mas não sou água, sou branco mas não sou neve. Quem eu sou?

— Essa eu sei ! - disse Calebe. Mas Clarice tampou a boca dele.

— É o leite! - gritou ela.

— Eu ia dizer isso! Por que tapou minha boca?

Clarice fingiu não ter ouvido e assobiou.

Muito bem espertinhos, vamos a última charada ! - A bruxinha estava irritada.

Falo mas não tenho boca, escuto mas não tenho ouvidos.

O espelho! - gritou Eva.

Errado!

A bruxa estendeu o guarda-chuva e voou um jato de água deixando Eva totalmente encharcada, e furiosa.

O livro? - Éden arriscou.

Pen Pen ! Eroou!

Um vento mágico varreu as roupas de Éden para longe, fazendo com que instintivamente Calebe tapasse os olhos de Clarice.

Suja e molhada, Eva partiu para cima da bruxa que se esquivou sem o menor esforço.

O celular ! - respondeu Clarice.

Errado! Nem sei o que é isso.

Clarice foi atingida por inúmeras bolinhas mágicas de tinta de várias cores.

Nem vou me arriscar. - disse Jhonata.

Só falta você lobo fantasma. - Apontou a bruxa.

Pensa bem Calebe, não podemos deixar essa piranha nos ganhar. - disse Eva tentando se enxugar.

A bruxinha riu alto.

Tinha que ser celular, não vejo outra opção ... a menos que...

.

.

.

.

.

— Telefone!

Tin tin tin!

— Temos um vencedor!

Confetes mágicos estouraram, e imediatamente todos se abraçaram. Logo em seguida depois se lembraram que estavam sujos, molhados e pelados.

Muito bem, agora poderão ver a sua preciosa Kitsune.

A bruxa abriu espaço para eles passarem e logo em seguida desapareceu.

Quando chegaram no local, avistaram a bruxa mais velha conversando com uma outra mulher, jovem, talvez fosse uma bruxa também , então essa mulher saiu e a velha bruxa se virou para os nossos queridos professores, e a Eva.

— Vocês queriam saber o que essa organização faz com seus alunos, contemplem.

Então o gelo que cobria a garota se rompeu, e de lá saiu uma enorme raposa de nove caudas, cada cauda representava um elemento ou a fusão deles.

— Que aberração. - disse Eva

— Essa aberração é minha aluna. - respondeu a Calebe antes de pular em direção a raposa.

— Para quem chama os alunos por número, essa é uma grande evolução. - Clarice sorriu para ele.

— Já vou te salvar número vinte e um, me aguarde. 

 


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