Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 2
Dia de Mudança




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Como realmente previsto, recebi alta no dia seguinte. Meu pai, um romântico, me recebeu com flores, ele foi junto com a minha madrasta Susan, que de má não tem nada. Meu pai teve sorte de encontrar alguém após a morte da mamãe. Ele vai ter alguém pra passar seus dias, ainda mais agora que não vou morar mais com ele. A luz do sol daquele dia lindo ofuscava a minha visão. Ainda com um pouco de dificuldade pra andar, meu pai me ajuda a caminhar até o Dodge vermelho dele. Meu pai tinha um mimo com aquele carro, eu sentia até um pouco de inveja do tratamento que aquele carro recebia. Ao sentar naquele carro, já me sentia em casa. Aquele cheiro de estofamento de couro, bem limpinho.  
Assim que cheguei em casa, minha madrasta havia preparado um café da manhã digno de princesa como ela diz.

— Isso tudo é pra mim ? – pergunto admirando toda aquela comida

— Sim querida! Antes de você ir amanhã, quero ter certeza que fiz o meu papel direito. – A abracei

— Você foi e é a melhor madrasta que uma pessoa pode ter. – dou um beijo em seu rosto – Agora posso comer? – Ela confirma com a cabeça e começo a atacar aquilo tudo.

Depois da comilança, subi para meu quarto e decidi arrumar as minhas coisas pra ir amanha à Vegas. Eu não sei ainda o que esperar da minha viagem, será que eu iria gostar dos meus novos colegas de trabalho? 
Rapidamente vou até meu armário, pego algumas malas e começo a empacotar tudo. Susan me ajuda sem mesmo eu pedir, já que eu ainda estou com muitas dores no corpo.

Escuto batendo na porta...

— Filha, posso conversar com você?

— Claro pai! Entra... – Ele entra e senta na cama ao lado de Susan

— Então querida, tenho uma proposta pra te fazer! – ele olha pra Susan e ela afaga seu braço – Pois então, durante o tempo que você passar no laboratório em Vegas, quero que você trabalhe para corregedoria.

— Como assim? E o meu trabalho como CSI? Terei que deixar de lado?

— Entendeste errado meu amor – ele ri – Como eu ia dizendo, você vai ser uma funcionaria honoraria. O laboratório de Las Vegas foi o único que eu não mandei ninguém pra "cuidar"

— Ainda não entendi papai! Você quer que eu cuide do laboratório? Mas lá não tem os delegados e subdelegados? Supervisores de campo?

— Tenho recebido vários relatórios adversos, quero que você me mantenha a par de tudo do que acontece lá. Quero relatórios verdadeiros, não aqueles onde os subdelegados tentam ganhar promoção por coisas que não fizeram ou tentam puxar saco pra ganhar promoção. Faria esse favor pra mim? – Olho desconfiada -  Filha! Ninguém irá descobrir o que está fazendo. Você continuará a fazer seus afazeres como CSI. Você só irá me manter informado do que acontece no laboratório. Você irá ganhar um salario razoavelmente bom, fora que a corregedoria irá custear sua moradia em Vegas, pelo tempo que precisar.

— Resumindo vou ganhar uma casa e ainda ser paga, só pra ser uma dedo duro? – Rimos – Gostei!

— Quase isso. Mudando de assunto, você já sabe como vai pra Vegas? 

— Com essa correria toda nem pensei nisso! – me viro e pego o notebook para entrar no site de viagens 
— Filha, abre a mão! – Ele me joga uma chave em minha mão

— A chave do seu Dodge? – Falo surpresa – Não pode ser! – Falo sem acreditar que meu pai deu seu brinquedinho pra mim

— Estou dando pra você, cuide bem dele.  – Corro até ele e lhe dou um abraço.

— Obrigada pai!

— Não tem o porque agradecer, você o merece. Você vai dirigindo até Las Vegas. Ah sim, quase me esqueci. Comprei um carro novo pra mim e não queria me desfazer desse. – Ele pisca e agacha pra pagar uma mala – Vou levar essas que você já fez pro carro, me da a chave de volta.

Eu não acreditava o que tinha acontecido naquele momento, meu pai havia me dado o Dodge.  Eu tinha o melhor pai do mundo...
No dia seguinte acordei por volta das 5h30, queria pegar a estrada o quanto antes, mas antes de sair meu pai me chamou pra mais uma conversa com ele.

— Érica, você tem alguma noção pra que te chamei aqui? – Sentamos no sofá

— Pra implorar que eu fique em NY? - brinco. Ele me entrega uma espécie de dossiê onde tinha tudo sobre todos os funcionários. – Então esse é o assunto da nossa conversa? – Ele assente – Pode começar!

— Conrad Ecklie, Subdelegado, bom profissional, mas muito autoritário, quero que o vigie, recebemos algumas reclamações dele durante o ano passado, a filha dele Morgan esta tentando virar uma agente.

— Os supervisores Gil Grissom e Catherine Willows?

— Grissom era supervisor chefe do turno integral, mas recentemente Ecklie relatou problemas com a equipe e decidiu subir Willows de cargo. São excelentes profissionais.

— E os demais?

— Bom, Warrick Brown assumiu recentemente problemas com jogos, segundo o último relatório ele esta fazendo acompanhamento. Greg Sanders acabou de ser promovido a csi, não há nenhuma ocorrência. Sara Sidle bom, ela ainda estamos investigando, no relatório de Janeiro houve um relato onde ela pode estar tendo um caso com Grissom....

— E isso o que impede? Você é a mamãe eram agentes do mesmo laboratório. 

— Eu sei, mas naquela época não era tão rigido quanto hoje querida, o estatuto não permite. 

— Papai, com isso não precisa se preocupar. Com o trabalho que tenho não tem como isso acontecer. Voltando, falta um....chama Nick Stokes

— Stokes, ótimo CSI. Um dos melhores, mês passado ele foi sequestrado. É uma pena que tem um caso pendente em sua ficha. Foi suspeito na morte da sua ex namorada prostituta. Mas o caso acabou sendo inconclusivo, por falta de provas pra incriminar alguém.

— Entendo...Melhor eu ir, tenho uma longa viagem. – Levantamos e ele me abraça com toda a força que há no mundo – Te amo pai, se cuida tá! 

— Eu também te amo filha! Eu não sei o que será de mim sem você aqui! – escorre uma lagrima em seu rosto enrugado 

— Pai em um mês eu venho te ver, não deixe de dar carinho pra Susan, ela vai ser sua única companhia enquanto eu não voltar. – eu o abraço novamente

— Vai filha! – ele me ajuda a levar as ultimas malas para o Dodge. 

— Tchau Susan, cuide dele por mim, ele merece ser feliz. – ela diz que sim com a cabeça em meio as lagrimas -  Amo você.

— Eu também amo você minha linda. – ela me abraça

— Eu preciso realmente ir! – eu entro no carro. Ao ligar o motor, já soa no radio Sweet Child O' Mine me recorda o dia que meu pai me levou ao show do Guns N' Roses. Deixar meu pai pela primeira vez após a morte da minha mãe estás sendo de cortar o coração, mas mudanças são necessárias.


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