Segunda chance para o nosso amor escrita por Denise Reis
Faltando um dia para o retorno de todos à capital, tendo em vista o final das férias de Kate, Castle a convidou para um passeio.
— Kate, a tarde está linda e o clima está uma delícia! Que tal darmos o nosso último passeio na praia, já que amanhã retornaremos à nossa rotina em Nova York.
— Boa ideia, amor! – ela olhou-se no espelho da sala de estar e constatou que estava bem.
— Você está linda!
Depois de trocarem um selinho e avisarem a Martha que iriam sair, Kate e Rick, de mãos dadas, seguiram até a praia.
Sentada na varanda, Martha, feliz, observava seu filho e a namorada andando de mãos dadas. O casal conversava e ria enquanto andava, sem pressa. Dava para ver como eles se davam bem.
— Eles formam um belo casal. – Martha suspirou ao pensar alto.
O casal trajava roupas frescas e apropriadas para o passeio.
Castle vestia bermuda de sarja e camisa de algodão com botões frontais.
Kate usava um lindo vestido comprido em linho natural, de alcinhas finas, com bordados coloridos e exóticos no bojo dos seios.
Ambos calçavam sandálias rasteiras em couro.
Ao alcançarem a areia da praia, eles tiraram suas sandálias e as deixaram sob uma árvore frondosa.
Felizes, andavam pela areia fofa e faziam mil planos para o futuro.
O mar estava calmo, mas, de repente uma ondinha do mar, mesmo fraca, chegou até os pés deles e dali em diante, a caminhada foi pela areia úmida e, de vez em quando, chutavam as marolas numa brincadeira que os faziam rir muito.
A caminhada seguia e vez ou outra eles se agachavam para pegar pedrinhas, búzios ou conchinhas interessantes. Umas tinha aparência de cones, outras eram redondinhas, ou tinham formato de moedas com furinho no centro e tantas outras aparências diversas. Umas quebradinhas e outras inteiras. Encontraram, inclusive, algumas estrelas do mar. Comentavam sobre os achados, mas logo os dispensavam.
— Veja, Kate. Uma porção de conchas lindas! – Castle apontou para algumas conchas que estavam sobre uma pedra a uns três metros distante deles, protegida, assim, das ondas do mar.
— É mesmo, amor. Lindas mesmo e elas são maiores do que as que encontramos pelo caminho.
— Vamos lá ver? – Castle a chamou e estendeu a mão para irem juntos.
Curiosa, Kate o seguiu e olhou uma a uma as conchas – Que linda, amor! Que perfeição!
Castle apreciava a felicidade de Kate por coisas tão simples.
E, assim, comentavam sobre as características de cada uma delas.
Kate admirava uma concha maiorzinha – Essa é diferente, Rick, pois está fechada. Hummm! Tô achando que vou encontrar uma pérola! – ela brincou!
— Opa! Agora fiquei animado! Abra, Kate. – Castle sugeriu – Mas cuidado que ao invés de pérola, pode ter algum bichinho... Nunca se sabe.
Cautelosa, Kate pegou com cuidado e ao abrir, ela sorriu.
— Está vazia! – ela simulou estar chateada, mas logo sorriu – Ainda não foi desta vez. – ela olhou a outra quase igual a anterior – Quem sabe naquela?
— Eu abro! – ele a provocou.
Só que Kate foi mais rápida e a pegou antes do Castle – Eu abro! – ela comemorou – Huuumm!! Essa é mais linda ainda. Veja, amor, toda lustrosa... Parece que alguém deu um banho de brilho...
— A natureza é perfeita, né... – ele a provocou.
— E também está fechada como a outra, quem sabe agora... – ela arqueou as sobrancelhas e deu um sorriso sapeca – Que venha a minha pérola! – ela anunciou.
Kate tentou abrir, mas não conseguiu e fez um bico engraçado, igual criança. – Está travada! – ela olhou para o namorado – Por acaso você tem uma chave aí no bolso? Eu quero forçar para abrir.
— Tenho uma coisa melhor!
Castle pegou seu canivete suíço.
— Hey, você anda com seu canivete suíço, é?
— Heloo! – ele zoou – Ah, meu bem, ninguém tem canivete suíço para deixar trancado numa gaveta. – ele comentou e ambos riram.
— Verdade! Então, me empreste que eu abro a concha.
Com gentileza, ele tirou a concha das mãos da moça – Eu abro, amor, para você não se cortar.
Ela aceitou a gentileza do namorado.
Com a pontinha do canivete, Castle forçou com cuidado a abertura da concha e quando percebeu que descolou as abas, ele guardou o canivete suíço, mas não a abriu, o que deixou Kate ansiosa.
— Hey, amor, abra que estou curiosa.
— Satisfarei sua vontade, mas vamos ter cuidado porque pode ter um bichinho aí dentro.
Ao ouvir a advertência, Kate deu um passo para trás, mas ficou atenta.
Ele direcionou a abertura da concha para Kate e assim que abriu as abas, Kate ficou boquiaberta e ergueu o rosto para o namorado e, após alguns segundos, ainda sem fala, retornou sua atenção para o conteúdo da concha.
— Jesus! – ela continuava pasma!
Neste momento, Castle se agachou e, pondo um joelho na areia da praia, de modo bem romântico, ele estendeu a concha na direção da namorada, olhando-a nos olhos – Eu te amo Kate! Sou completamente apaixonado por você há mais de quatro anos e nunca tive coragem de me declarar, até porque você não me dava espaço e eu não queria te amedrontar e com isso, quase não vivemos esse amor por conta do naufrágio. Agora que a vida nos deu esta segunda chance para o nosso amor, eu não quero perder mais um segundo... Tenho que ser rápido e preciso que você também seja. Katherine Houghton Beckett, você quer casar comigo?
Ainda sem palavras diante do maravilhoso anel de noivado estrategicamente escondido dentro da concha e com o surpreendente pedido de casamento, Kate olhava para o namorado e ele, mesmo sendo um assunto sério, não perdeu a oportunidade de provoca-la – Kate, eu disse que você tinha que ser rápida, amor – ele a alertou – Você entendeu que isto é um pedido em casamento, não é? – ele percebeu que Kate já sorria e, prosseguiu – Você tem que dizer “sim”. Fica a dica, ok?
O gracejo do Castle a despertou e ela ria, não somente porque ele era muito divertido, mas também porque ela estava muito feliz – Sim, eu digo sim! Claro que sim, amor. Claro que eu quero me casar com você!
Ela fez que ia pegar o anel, mas recuou o braço. Não sabia como agir e ele percebeu isso. Ele se ergueu e, deixando a concha sobre a pedra, ele pegou o anel e o colocou no dedo anular de Kate.
A moça estendeu sua mão um pouco à frente e admirava, ainda boquiaberta, o seu anel de noivado – Ele é lindo, Rick! – ela se jogou nos braços dele e o beijou. Não foi um beijo longo, mas foi bom o bastante para selar aquele momento mágico – Eu te amo tanto, Rick, que nem... Que nem consigo explicar. – ela se afastou um pouco e manteve seu olhar direto nos olhos dele – Claro que eu quero casar com você e vivermos juntos o resto dos nossos dias.
Ele deu um selinho na sua noiva e já ia abraça-la novamente quando Beckett se afastou, num rompante de curiosidade – Hey, amor... Mas o anel é de diamante de todos os tamanhos... Não tem pérola.
Castle vincou a testa, estranhando aquele comentário – Kate, anel de noivado é com brilhantes, meu amor, ou seja, diamante ou pedras preciosas com inúmeras facetas, mas se você preferir pérola, podemos trocar...
— Não! – Kate afirmou – Não precisa... Não importa se é de pérola, de diamante ou outra coisa... Poderia ser até de casquinha de coco que eu adoraria.
— Também posso dar um jeito nisso... – ele pilheriou e ambos caíram na risada.
— Pois fique o senhor sabendo que este anel não sai mais o meu dedo, entendeu, Sr. Castle?
— Bom saber disso, futura Sra. Castle!
... Continua...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!