Segunda chance para o nosso amor escrita por Denise Reis


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores, convido a todos para continuarmos juntos nesta linda viagem ao mundo mágico do amor CASKETT, mas antes, peço licença para pedir a Deus que continue nos dando saúde e harmonia.

Quero agradecer a presença de centenas de leitores que leram o primeiro capítulo.

Agradeço também aos comentários estimulantes das leitoras. Todos eles me deixaram bem felizes, tanto que respondi com o coração cheio de alegria.

Agradeço, pessoalmente, a “Jansenizia Brasil”, “Aline Freitas”, “Luana Lima SKKB” e “Adriana Tatsch” por terem registrado que esta minha nova história é uma das suas favoritas. Obrigada, queridas!

Um agradecimento especial para “Luana Lima SKKB” que, além de favoritar, também escreveu uma recomendação que me emocionou muito, cujo texto o site deixou estampado na página onde está a capa desta minha fanfiction. Obrigada, Luana!

Bem, agora PRECISO FAZER UM PEDIDO MUITO ESPECIAL... Mas é muito especial, de verdade. É sobre o enredo desta fanfiction. Sem me estender muito ou dar spoiler, preciso pedir que leiam com bastante atenção este capítulo. Se atentem a cada palavra e cada virgula, inclusive locais e nomes das personagens, pois, muitos diálogos, pensamentos e eventos que escrevi, vocês vão precisar mais adiante. Então, caso se sintam tentadas a pular alguns parágrafos, algum diálogo, algum pensamento ou mesmo algumas palavras, vocês não vão entender certas situações no meio e no final da história, pois vou fazer referência a alguns pontos ou simples detalhes que deixei registrado aqui, neste segundo capítulo. O capítulo está grande pois ele é muito importante para o desenvolvimento da trama. #FicaADica

Boa leitura, mas quero deixar registrado o meu imenso amor pelo casal CASKETT e, claro, aquela máxima: “O AMOR SEMPRE VENCE!”. Não esqueçam disso, ok? Eu não esqueci!

Denise
Em 24/04/2020 às 14:05 --------- Fiquem agora com o CAPÍTULO 2



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Richard Castle é um homem do bem, muito extrovertido e completamente apaixonado pela Detetive Beckett. Mesmo sem ser chamado, ele vai com muita frequência ao apartamento da Kate, já que sempre inventa um pretexto para vê-la, o que, aliás, ela adora, mesmo que o receba com desaforos e ironias, já que, sempre na defensiva, ela acha que precisa manter erguido o seu muro de proteção.

Katherine Beckett também é uma mulher do bem, alegre, mas reservada, e completamente apaixonada pelo Richard Castle, só que ao contrário do Escritor de Mistérios, a Kate só vai ao loft do seu parceiro somente quando é convidada, salvo nas oportunidades em que precisa vê-lo por conta de algumas emergências de trabalho.

Mas ela sempre é bem vinda na casa dele.

Naquela noite, portanto, quando foi convidada para a pizza, Kate foi recebida com muito entusiasmo por Martha e por Alexis, pois sempre fora muito querida. Os cumprimentos foram espontâneos e a conversa fluía com muita naturalidade.

As três se davam muito bem e estavam muito alegres.

Só que o Castle estava muito mais feliz com a presença dela na sua casa. Se ele pudesse decidir, Kate nunca sairia de lá. Contudo, a situação ainda não permitia, mas confiava que em breve, seus sonhos se tornariam realidade. Só não sabia como faria para isso acontecer.

Castle serviu vinho para os adultos e um suco de uva para sua filha, já que ela tinha apenas doze anos, muito embora fosse muito madura.

A pizza chegou e as brincadeiras continuaram até que Kate consultou o relógio e viu que já estava tarde.

— Oh, o tempo passou e nem reparei.

— Esqueça o relógio, Kate. - Castle ponderou.

— Que nada... Já está tarde! Foi ótimo ter vindo comer pizza com vocês, mas tenho que ir embora.

— Ah, não, detetive Beckett! – Alexis lamentou.

— Fique um pouco mais, Katherine! – Martha pediu.

— Não vá embora, Beckett! Fique para dormir; a cama do meu quarto é bem macia... – Castle convidou.

Apesar do coração de Kate ter dado um salto com aquele convite direto, ela preferiu levar na brincadeira e o dispensou de um modo divertido – Mas se eu dormir na sua cama, você vai dormir no quarto de hóspedes ou no sofá?

— Engraçadinha! – ele sorriu – Claro que eu vou dormir lá também. A cama é espaçosa e cabe nós dois. – Ele explicou.

— Entendi, mas vou ter que recusar. Pelo menos hoje, Castle. Outro dia eu fico para dormir com você na sua cama... Vou marcar na minha agenda... Anote na sua também... Que tal o dia 30 de fevereiro?

A risada foi geral, mas logo depois ele fingiu-se entristecido – Não se pode nem brincar...

As risadas continuaram.

Um pouco mais tarde o bocejo de Alex a entregou e ela mesma anunciou que estava com sono e já ia dormir – Boa noite, pessoal!

Eu também já vou dormir. Também já estou com sono. – Martha avisou, mas, na verdade, queria mesmo era deixar seu filho e a detetive Beckett sozinhos, pois desejava que os dois começassem a namorar.

Depois dos cumprimentos e dos beijinhos de boa noite, Martha e a neta subiram as escadas para os seus respectivos quartos.

— E aí, detetive... Agora eu posso dizer... Enfim, sós! – Ele a provocou.

— Sabe do que mais, Castle... – Kate sorriu – Daqui a alguns minutos você vai poder dizer, “Enfim, só!”, porque eu também já vou embora. – ela retrucou e piscou o olho para ele.

— Pelo menos eu tentei, né... – Castle brincou e a acompanhou até a porta e Kate foi embora, sem beijo, sem abraço, ou aperto de mão, nem mesmo como amigos, já que não tinham esse hábito.

..............................................................

Os dias se passavam e a rotina do Distrito seguia normalmente já que, infelizmente, os homicídios não paravam de acontecer.

Às oito horas da manhã, a bela e competente Médica Legista, Dra. Lanie Parish, se encontrava ajoelhada ao lado da vítima e fazia os exames iniciais para detectar o horário da morte, enquanto Kate Beckett estava atenta não somente ao corpo inerte, mas também analisava o ambiente que se transformara na cena do crime.

Ela procurava sinais de briga.

— Uma só perfuração... Tiro no coração. Calibre 38. Morte instantânea! A lividez e a temperatura do fígado indicam que ela morreu entre cinco e seis horas desta manhã. – Lanie declarou, e, imediatamente, preencheu seu relatório, ao tempo em que Kate também fazia similar registro no seu bloquinho de notas.

— Obrigada, Lanie! – Kate agradeceu.

Alguns policiais fardados interditaram a área.

No entanto, Esposito e Ryan passaram por baixo da fita de isolamento com o objetivo de se aproximar da Beckett.

— Acho que nunca vi uma mansão tão grande quanto esta... – Esposito comentou com uma expressão facial demonstrando admiração.

— E tão bem decorada... Parece que está preparada para fotografias de revista de decoração. – Ryan completou.

— Quando vocês dois terminarem a análise arquitetônica do ambiente, vocês podem começar a investigação policial para saber quem arquitetou este homicídio, ok, rapazes? – Kate ironizou, de forma ácida – Pensei que vocês soubessem a importância da rapidez para descobrir o assassino.

— Primeiramente vamos olhar os outros cômodos para admirar o estilo da decoração. – Ryan indagou, sem se tocar que o comentário da Beckett foi, na verdade, uma bronca.

— Boa ideia, Ryan! – Esposito assentiu, também alheio, igual ao Ryan.

— Façam como acharem melhor, meninos... Vocês podem tirar uma fotografia em cada um dos cômodos sofisticados, mas podiam começar tirando uma self com a vítima... Que tal? – Chateada, Kate prosseguiu com a reprimenda em tom de ironia – Só não peçam para ela sorrir... Acho que ela não vai poder.

Ao ouvir a segunda repreensão de Kate, Esposito enviou um olhar tenso para Ryan, seu parceiro que, desatento, somente naquele momento também compreendeu que o comentário de Kate foi uma descompostura.

— Ah, chefinha!!! Desculpa! Pega leve! – Ryan se manifestou todo constrangido por ter levado a reprimenda.

— E esta mulher, eihm... Belíssima! Uma gata! – Esposito se desligou novamente e começou a elogiar a beleza e a elegância da vítima.

— E muito bem vestida, eihm... – Ryan completou.

— E MORTA! – Lanie falou alto, chamando atenção dos rapazes.

— Não sabia que eu tinha arquitetos, decoradores e personal stylist na minha equipe. – Kate enviou um olhar ácido para os dois rapazes – Vocês dois beberam o que no café da manhã, eihm? Estão atarantados! ACORDEM! Só quero lembrar a vocês dois que temos pressa em desvendar o crime, ok?

Esposito e Ryan despertaram e passaram a procurar documentos da vítima – O nome da vítima é Madleen Rossi.

— Arquiteta e trabalha na ‘SUA CASA’, um famoso escritório Designers de interiores. – Ryan comentou ao encontrar várias pastas de documentos e projetos de decoração com o logotipo indicando o nome da empresa.

— Casada.

— Encontrei um documento que comprova que ela era uma das sócias do escritório.

— Achei uma agenda com capa em couro... Estou vendo aqui que no dia de hoje, no horário das dezesseis horas está registrado assim: “Assinar as petições de divórcio e a de dissolução da sociedade”, e ao lado deste agendamento há um círculo em caneta vermelha e dentro dele está escrito “chega de sofrimento”.  – o detetive voltou a página para o dia anterior – E no dia de ontem, às vinte e uma horas consta “jantar com o Bob para comemoração adiantada da minha libertação e início da felicidade.”

Os detetives Ryan e Esposito faziam um ping-pong de informações importantíssimas.

Um policial se aproximou da Kate – Com licença, Detetive Beckett. Encontrei o celular da vítima embaixo do sofá. – Um policial entregou o aparelho dentro de um saco plástico transparente, já que era uma das provas do crime. Todos estavam de luvas de látex azul.

Kate entregou o aparelho ao Esposito – Veja se há mensagens, Espo.

Usando luva de latex, o latino conseguiu manusear o aparelho e logo constatou que o celular não tinha senha para acesso – Vejam... Às vinte horas e quarenta e cinco minutos tem uma mensagem de voz de um tal Bob no celular da Madleen Rossi. Vamos ouvir.

Esposito pôs o aparelho próximo a todos.

 

️    “Oi, Mad, não vou poder ir ao nosso jantar. Sophia está com febre e eu a trouxe ao Healthy Child Hospital e não posso sair do lado dela. Estou tão preocupado, amor... Ela só tem cinco aninhos e está tão frágil e choramingando porque não quer tomar injeção. O médico plantonista me avisou que pode ser uma virose. Eles farão alguns exames nela e depois terá que ficar em observação por algumas horas.”

 

Ao final da mensagem de voz, as pessoas se entreolham.

— Vamos ouvir agora a resposta de Madleen Rossi. Ela enviou vários áudios. – Espo informa e todos continuam em silêncio a espera das próximas mensagens que logo começam.

 

️    “Oi, amor!

Espero que a Sophia fique logo boa, Bob.

Sua filha é um fofura!

Eu bem sei o que é ver um filho adoentado...

Você sabe que o meu Phil tem a mesma idade da Sophia.

Não se preocupe com o nosso jantar.

Temos a vida toda para milhões de jantares.

Não saia de perto da Sophia.

▶️  Fiquem com Deus!

Mande notícias, amor.”

 

— Somente estas mensagens? – Beckett indagou.

— Não, Beckett. Há outras duas. São menores... Devem ser as despedidas. Vamos ouvir.

 

️      “Beijos, Mad! Te amo!”

 

 

 ️    “Bjs, Bob, Te amo❤️ Dê notícias.”

 

Kate anotava algumas coisas no seu bloquinho e depois se dirigiu aos meninos – Vão ao Healthy Child Hospital para averiguar o horário em que essa criança, a Sophia, deu entrada na Emergência e qual o horário em que ela teve alta. Também quero saber o nome do acompanhante dela e de todos os profissionais de saúde que a atenderam. Preciso de cópia do prontuário médico. Descubram o paradeiro desse tal Bob e o levem à Delegacia para colhermos depoimento dele.

Os meninos estavam atentos às determinações da chefe.

— Rapazes, nestes documentos que vocês encontraram aí, preciso saber os nomes que constam na composição societária da empresa de Madleen Rossi – Beckett avisou – Levem tudo isso à Delegacia.

Ryan folheou novamente os documentos – Achei, Beckett! – Ryan avisou –Aqui!... – ele lia silenciosamente o papel, em busca do quanto solicitado por Kate – Ops! Só há dois sócios, a Madleen Rossi e... – Ryan levantou as vistas para encontrar os olhares curiosos dos colegas e depois, quase como um suspense, mencionou o nome do outro sócio - Jonathan Rossi. Este é o nome do sócio da nossa vítima! Pelas informações que constam aqui, deixa bem claro no documento que eles são casados entre si.

O silêncio aconteceu.

Neste momento, todos na sala cruzam os olhares e Kate demonstrou estar irritada com o crime.

— Então... – Esposito comentou – Segundo a agenda de Madleen Rossi, ela iria assinar às dezesseis horas de hoje, a petição do divórcio e a dissolução da sociedade e a gente sabe que tanto um assunto quanto o outro seriam com a mesma pessoa: o Jonathan Rossi que além de marido, ele também era sócio dela.

— Acho que esse tal de Jonathan Rossi estava muito chateado... – Kate alfinetou – Não é um homem... É um monstro! – Kate encheu o peito de ar e dilatou as narinas, pois estava com raiva e com sede de justiça – Vão atrás dele, meninos. Vão agora! Acredito que ele tem muitas explicações para dar. Neste momento ele deve estar infernizando a vida do seu advogado.

Os meninos já estavam de saída quando Kate os chamou novamente. – Espo e Ryan! Um momento! Preciso saber se há mais alguém na residência. – Kate perguntou – Parentes ou empregados... Vasculhem tudo com os policiais que estão aqui. Não deixem escapar nada, nem um metro quadrado desta mansão. Varandas, sótão, porão, lavanderia, edícula, área de serviço e até nos locais mais improváveis, inclusive a garagem.

— Vamos procurar.

Seguidos por outros policiais, os meninos saíram quase correndo para fazer a busca e a Kate fez uma ligação telefônica para o Capitão Montgomery. Ela narrou os fatos e dissertou sobre as evidências e ainda informou que Jonathan Rossi, caso fosse culpado, deveria estar pretendendo fugir do país, e, como o Capitão era a autoridade máxima da Delegacia, Kate fez um pedido.

— Capitão, a título de sugestão, que tal se o senhor solicitasse ao Juiz a expedição de um Mandado que evitasse a fuga o Jonathan Rossi?

— Eu estava pensando justamente isso, Beckett! Muito bem! – Montgomery não somente concordou, como a elogiou e a ligação foi desfeita.

— Com exceção do Mordomo, não há mais ninguém na mansão... – Esposito informou assim que retornou e, neste momento trocou olhares com alguns policiais que os acompanharam na diligência e com o Ryan que conversava com alguém ao celular.

Ansiosa para resolver o caso, Kate o interrompeu e quis saber de mais informações – Qual o nome do Mordomo? Eu quero ouvi-lo. Levem-no à Delegacia. – Kate determinou.

Esposito fez uma expressão de pesar no rosto e, após trocar olhares tensos com os policiais, ele fitou Beckett.

— O mordomo também está morto, Beckett. Um tiro nas costas. Nós o encontramos em um pátio coberto nos fundos da casa, deitado de bruços sob uma poça do seu próprio sangue e perto dele estava um aparelho de telefone sem fio, modelo antigo. Sim, isso mesmo, um telefone fixo. – Espo concluiu e, concentrado na investigação, apontou o dedo na direção do seu parceiro – Ryan está se comunicando com a operadora de telefone para ver se consegue mais informações.

Naquele momento Ryan encerra a ligação e, ansioso para comunicar tudo que descobrira, se aproxima da Beckett e do Esposito e começa a atualizá-los – Pois é... Entrei em contato com a operadora do telefone fixo para averiguar o último registro telefônico e fui informado que partiu daquela linha o chamado de emergência, 911, mas que ninguém falou nada. Também fiquei sabendo que apesar do Atendente da Emergência não ter ouvido a voz da pessoa que telefonou, gritos foram ouvidos com nitidez, depois o som de um tiro, seguido de silêncio. E foi justamente por conta do som do tiro que a polícia veio ver o que aconteceu e encontrou a Madleen Rossi e logo nos convocou.

— Façam com que a equipe técnica consiga digitais em tudo que for possível. - Kate ordenou a dois policiais fardados e depois se dirigiu à Médica Legista – Lanie, acho extremamente cansativo você ter duas vítimas para examinar. Vou convocar o Dr. Perlmutter para te ajudar.

— Faça isso, amiga. Obrigada! – Lanie agradeceu e voltou sua atenção para o corpo sem vida.

— O Castle vai adorar trabalhar neste caso... Esposito comentou – Tem todos os ingredientes para um bom livro... Riqueza, beleza, traição, caso amoroso, ciúmes, divórcio, disputa por dinheiro...

— E Mordomo! – Ryan acrescentou, dando um sorriso bobo – Lógico que o Castle vai fazer a piadinha de praxe, dizendo que o Mordomo já está descartado do rol de possíveis culpados. – Ryan fez a piada e recebeu um olhar atravessado de todos, principalmente da Beckett.

— Mas você é mesmo sem noção, eihm, brother... – Javier o repreendeu;

Ryan fez uma cara de paisagem, mas não retrucou.

— Você até parece filhote do Castle, Ryan... – neste momento o Esposito olhou em volta – Hey, por falar no Castle, ainda não o vi por aqui.. Ele está demorando a chegar ou será que já chegou e está bisbilhotando a mansão?

— Eu chamei o Castle, mas ele disse que não virá... – Kate anunciou.

— Não acredito! – Esposito mostrou-se incrédulo.

— Sério? Por que ele não vem? – Ryan indagou, curioso.

— Não seja por isso... Vou enviar umas fotos para ele... ele vai adorar! – Espo comentou e logo recebeu um novo olhar atravessado da sua chefe imediata.

— Você recrimina as atitudes do Ryan, mas age igualzinho, Esposito. – Beckett reclamou chateada – Nem sei quem é pior.

— Ops! Entendi, chefinha! Nada de foto!

Kate sentia muita falta do Escritor.

Desde o início da parceria, a presença do Castle dava segurança a Kate, além do que, a inteligência e as ideias dele faziam falta no andamento da investigação. Até as ideias bizarras e muitas vezes engraçadas faziam falta, pois Beckett sabia que o Castle as citava apenas para provoca-la e ela adorava isso nele. Ela sentia falta até das piadinhas inconvenientes, muito embora, algumas vezes, até desrespeitava a vítima, como os meninos acabaram de fazer, o que era imperdoável.

A simples menção ao nome do Castle causou uma aflição e um vazio muito grande na Beckett e o fato de ter que guardar esse sofrimento para si, fazia com que ela ficasse nervosa por qualquer coisa, tipo, tolerância zero, e, infelizmente, por falta de controle, ela descontava nos meninos – Hey, sabem que não estão num parque de diversão, não sabem? O que é que ainda estão fazendo aqui, rapazes? Vocês já deveriam estar no Healthy Child Hospital. Vão lá investigar tudo que eu mandei. Lembrem-se que quero cópia do prontuário médico da paciente Sophia, uma criança, e também os nomes dos médicos e toda equipe que a atendeu, inclusive o nome do seu acompanhante... um tal de Bob, aquele das mensagens do WhatsApp... Quero tomar o depoimento dele na delegacia.

Os meninos já iam sair quando ela os chamou novamente e eles até ficaram assustados, esperando uma nova bronca.

— Meninos, peço desculpas pelo modo azedo que eu tenho tratado vocês esta manhã... Mesmo que vocês tenham se comportado de maneira indevida, acho que exagerei na dose da bronca. Meu dia hoje não está nada bom e por mais que eu procure me distanciar do caso, estas cenas e os fatos em si, me impressionaram bastante.

Os rapazes demonstraram sensibilidade e aceitaram as desculpas da chefe.

— Relaxa, Beckett! Está tudo bem! – Ryan deu um leve toque amistoso no ombro da colega.

— Vamos fazer justiça, chefinha! – o latino deu uma piscada de olho camarada para a chefe.

— Pode ficar tranquila!

— Enquanto vocês vão ao Healthy Child Hospital, eu vou à casa dos pais da Madleen Rossi para comunicar a morte da filha deles e também vou querer saber onde está o Phil... Se está na escola... Como ele é uma criança, imagino que os avós possam ter uma ideia acerca do paradeiro dele.

Os rapazes foram embora para dar continuidade à investigação.

Kate não falou mais nada e passou a caminhar pela cena do crime, observando e anotando outros detalhes.

Atenta a tudo a sua volta, Lanie ficou preocupada com a amiga e passou a sondar – Querida, você disse que o Castle não vem... Aconteceu alguma coisa com ele?

— Pois é, Lanie... Eu falei com o Castle hoje cedo. Ele estava de saída para os Hamptons.

— Ele foi para os Hamptons, assim do nada? – Lanie estranhou – Numa terça feira?

Demonstrando tristeza, Kate passou a explicar – Ele não foi passear, amiga. Disse que o livro está atrasado e precisa escrever o último capítulo. Gina o ameaçou com uma multa caso ele não cumpra o prazo.

Kate fez uma expressão de nojo ao mencionar o nome da Editora do Castle.

— Ah, Lanie, eu conheço muito bem o Castle... Quando ele está sem inspiração ele foge do computador e, como sempre, ele passa mais tempo me seguindo do que escrevendo, aí perde o prazo...

— Claro, querida. O cara é apaixonado por você.

— Pode parar! E ele não fica somente me seguindo... Ele também gasta horas e horas jogando vídeo game online com garotos da Índia. É como eu sempre digo, o Castle parece criança!

— E você adora! – Lanie não parava de provocar a amiga.

— Pode parar! Já falei! – Kate ralhou novamente – Mas agora ele tem que se concentrar, pois me disse que tem apenas dez dias para concluir o livro. Ele sabe que a Gina não perdoa. – Kate comentou repetindo a careta ao mencionar o nome da Editora do Castle.

— Eca! – Lanie também não gostava da Gina.

— E a gente sabe, né, que a Gina até pode ser uma ótima Editora, mas morre de raiva porque o Castle não quis reatar o casamento deles, então, ela não perde a chance de ser rígida com ele e aproveita estas raras oportunidades para massacrá-lo.

— Parece que o Castle não sabe com quem lida, né...

— Pois é. Ele bem sabe que aquela loira azeda é uma peste!

Kate encerrou o papo e seguiu sozinha para a ampla sala de estar da mansão.

Lanie deu ordem para que o pessoal da sua equipe retirasse o corpo e logo depois se aproximou da amiga.

— Vamos ver o corpo do Mordomo.

As duas seguiram até pátio coberto nos fundos da casa onde estava o corpo do Mordomo e já encontraram a área isolada com a fita própria.

As duas moças passaram por baixo da fita e, apesar de acostumadas com tais cenas, ficaram chocadas com o estado em que o homem estava.

Lanie fez todos os procedimentos necessários e tomou todas as anotações.

Kate conversou com alguns policiais que estavam no local e registrou muitas coisas no seu bloquinho. Ela precisaria de todas as anotações minuciosas para elaborar o relatório que deveria fazer ao final do caso.

— Vou mandar levar os dois corpos ao Necrotério e depois eu te dou mais detalhes, Kate.

— Faça isso, Lanie! Já convoquei o Perlmutter, viu. – Kate aquiesceu e deu um sorriso fraco – Ele já está na sala dele a espera do corpo da segunda vítima.

 - Obrigada, amiga.

Percebendo que sua amiga estava triste, Lanie resolveu animá-la e a melhor forma de fazer isso era provoca-la. Kate precisava sair daquele estado de torpor – Saudades do seu Escritor, amiga? – Lanie cochichou para Kate – Até um cego vê que ele te faz falta.

— Eu não estou com saudades dele, Lanie... – Kate replicou bem baixinho e ficou toda atrapalhada com as palavras – E fique você sabendo que ele não é “meu”...

— Ah, querida, mas ele não é “seu” porque você não quer, né, amiga... Você não dá chance.

— Lanie, ele tem milhares de mulheres atrás dele... Atrizes, modelos e um monte de mulheres lindas...

— Mas ele não quer nenhuma delas. Ele só quer você. A única linda que ele quer, é você! Ele ama você, Kate. Abra o olho e abra o coração, amiga. Se posicione!

Impaciente, Kate revirou os olhos ao ouvir o comentário da amiga – Pra mim, já deu, viu, Lanie! Eu estou com a nítida impressão de que você anda lendo muita história de amor, Lanie. É isso! Está tendo alucinações românticas. – Kate falou no intuito de cortar aquele assunto que a incomodava bastante – Lanie, história de amor não faz parte da realidade... É ficção, sabia? Pura fantasia! Coisas da imaginação de escritores cheios de ideias tolas e muitas vezes esquisitas.

— Pois eu acho que você poderia ler pelo menos uma história de amor por mês, Kate, quem sabe, assim, você ficaria mais doce e com o coração mais leve. – Lanie aconselhou – Experimente!

— Prefiro ler histórias policiais.

— Ãanhããã!!! – Lanie ironizou – Hey, Kate, você disse que Castle tem dez dias para entregar o livro, ou seja, dez dias que você não vai tê-lo ao seu lado nas investigações... Socorro, Jesus! – Lanie mostrou-se aflita e simulou fazer uma oração – Que Papai do Céu me ajude! Então, como sou sua amiga, já sei que vou ter que aguentar seu mal humor por dez dias... Fazer o que, né... – Lanie deu uma boa risada – Tenho até pena dos meninos!

Kate fez bico ao ouvir o comentário de Lanie.

— E por falar nos meninos, Kate, hoje você foi muito dura com eles, viu... Foi uma bronca atrás da outra.

— Ah, Lanie... Eu reconheço que exagerei e até pedi desculpas, mas... Fala sério, amiga! Acho que as vezes os meninos se comportam como garotos de nove anos na Disneyland, igual ao Castle... Ao invés de focar exclusivamente na investigação eles ficam falando amenidades como se estivessem escrevendo coluna de fofoca... E o pior, ficam falando asneiras e fazendo piadinhas. Acho uma total falta de respeito com a vítima. Inaceitável!

Lanie simulou uma expressão de chateada – Já vi que estes dez dias vão demorar muito para passar. Pior ainda se você estiver de TPM. Socorro!!! – Lanie brincou – Que Deus me ajude! Aliás, que Deus te ajude... Quem sabe se nesse período de saudade você resolve assumir que ama o seu escritor e vai atrás dele lá nos Hamptons e se declara, eihm, mocinha?

— Lanie! – Kate ralhou – Pode parar!

Mas Lanie continuou – Taí, os Hamptons é um lindo local para iniciar uma história de amor. Aquelas praias... Ahhhh que delícia!!!

— Lanie, acho bom você ir logo embora, senão terei que convocar um Médico Legista para examinar seu corpo... Talvez o próprio Perlmutter. Ele vai avaliar o corpo do Mordomo e depois pode analisar o seu também. – Kate ameaçou a amiga.

— Você está intragável, amiga! Como eu já disse, esta saudade que você sente do Castle está maltratando não somente o seu coração; Está avariando também a sua mente e o seu senso de humor, viu... – Lanie provocou e, como previra, recebeu um olhar atravessado da amiga – Eu vou embora antes que eu seja a próxima vítima. Não quero que o Perlmutter veja o meu lindo corpinho pelado. – Lanie saiu sorrindo e deixou Kate rindo com a pilhéria.

..............................................................

Os dias se passaram e outros casos começaram a ser investigados, no entanto, os assassinatos da Madleen Rossi e do seu Mordomo continuaram sem conclusão. Os depoimentos das testemunhas, as provas técnicas e as câmeras de segurança apontarem que o culpado era Jonathan Rossi, o marido da vítima. No entanto, ele fugira e nem mesmo a CIA e o FBI conseguiram localizar o fugitivo.

— Odeio quando não consigo fazer justiça com a família das vítimas. – a detetive Beckett comentou com o Capitão Montegomery durante a reunião semanal.

— Também não gosto disso, Beckett.  – Detesto ver o nome da Madleen Rossi e do seu Mordomo no rol dos crimes insolúveis, ainda mais que foi um caso fácil de investigar. O que a gente não contava era que o Jonathan Rossi fugisse.

Beckett se dirigiu até o armário para guardar a única pasta de crime insolúvel da semana e depois que a arrumou, obedecendo a ordem alfabética dos seus respectivos nomes, consultou novamente a da Madleen Rossi e a abriu, fixando as vista na fotografia do Jonathan Rossi, o culpado foragido – Eu gosto de olhar bem a fotografia do assassino para ficar registrado no meu cérebro. Fico imaginando o que se passou na cabeça desse monstro para matar a esposa... Deixar uma criança órfã e fugir. A criança ficou sem a mãe e sem o pai. Ele matou não somente a esposa; ele destruiu a família inteira, o que inclui o filho deles, os pais dela, os pais dele, inclusive os amigos do casal. E como se isso não bastasse, ainda matou o Mordomo, ou seja, outra família em pedaços.

Montgomery concordou com a detetive e depois de algum tempo deu por terminada a reunião – Ainda bem que a CIA e o FBI continuam fazendo o rastreamento dos foragidos. Cabe a nós acreditar no sucesso destas operações.

 

 

Um mês depois...

Kate invade o Necrotério e vai até a mesa de inox onde o corpo de uma vítima estava estirado, parcialmente coberto por uma manta branca.

Cuidadosa, Lanie examinava as perfurações, fazia medições, retirava amostras do tecido, fragmentos do projétil e os colocava em lâminas de vidro para estudo em laboratório. Ela também consultava suas informações e acrescentava outras.

— Pobre homem! Cinco tiros e trinta perfurações feitas com faca serrilhada. – Lanie comentou.

Kate não fez nenhum comentário e isso chamou atenção da médica legista.

— Ainda não tenho informações para te dar sobre a vítima, Kate. Preciso de um prazo maior.

— Não vim aqui por causa dele, Lanie. – Kate apontou para a vítima.

— A saudade do Castle está te fazendo muito mal, amiga! – Lanie comentou, amorosa, preocupada com o estado entristecido de Kate.

Kate ouviu o comentário da amiga e mostrou-se abatida – Hoje completam trinta dias que o Castle viajou.

— Hey, Kate! Mesmo ele te telefonando nos primeiros dez dias, você ficou uma pilha de nervos e brigava comigo e com os meninos a cada segundo. Depois você ficou ansiosa por mais dez dias, aguardando uma ligação ou o retorno dele, só que ele não te ligou nem apareceu. E nestes últimos dez dias você parece uma mosca morta... Anda cabisbaixa para todo canto, silenciosa, com o olhar caído e triste. E o pior é que eu posso te provocar o quando quiser e você não reage. E isso é muito estranho... Você não está se alimentando. Acho, inclusive, que está mais magra... – Lanie estava mesmo preocupada e falava com muito carinho com Kate – Amiga, a saudade do Castle está te matando, literalmente. Lógico que você ainda não percebeu, mas, como sou sua amiga, vou te dizer uma coisa: Você precisa tomar uma decisão.

Sem se chatear com todos aqueles comentários de Lanie, Kate observa a amiga com olhar de dúvida – O que eu devo fazer, Lanie? Juro que eu não sei...

— Sério que eu vou ter que te ensinar o que fazer, Kate?

Neste momento Kate se senta no sofá do Necrotério e começa a chorar e essa cena é algo completamente nova para Lanie, quase bizarra, principalmente porque se tratava da Kate Beckett.

Lanie se sentou ao lado da amiga e a amparou, com carinho – Hey, amiga!

— Acho que o Castle se cansou de me esperar, Lanie... Só que agora eu não me aguento de saudade dele.

— Até que enfim você acordou! Então, amiga, porque você não telefona para ele, eihm? Ou melhor... Porque você não vai até os Hamptons e faz uma surpresa. Garanto que ele vai amar! Peça o endereço para a Martha.

— Eu já telefonei para o celular dele, Lanie, mas a ligação cai direto na caixa postal.

Lanie entortou a boca, pensativa, e voltou a dar dicas – Então dê um telefonema para Martha. Ela deve saber algo, pois ele deve telefonar todos os dias para falar com a Alexis, do mesmo modo que ele te telefonou nos dez primeiros dias.

— Eu também já fiz isso, amiga... Eu telefonei para Martha e ela me falou que tem vinte dias que o filho não telefona para ela. Segundo Martha, o Castle iria fazer um passeio de barco pelas praias da região, assim que finalizasse o livro... – Kate enviou um olhar triste para Lanie – Ele até me disse isso também e... – Kate continuou olhando para a amiga - Ele até me convidou, Lanie, mas eu, claro, muito burra, não aceitei.

— Não acredito! – Lanie ficou pasma – O Castle te convidou para fazer um passeio de barco e você recusou?

Kate não respondeu nada, apenas continuou com o rosto cheio de lágrimas.

Lanie ficou penalizada com o sofrimento da amiga – Oh, amiga... Você bem que deveria ter ido.

— Só que já tem vinte dias que ele não deu mais notícias.

— Nossa Senhora! A Martha também deve estar aflita com a falta de notícias do filho.

— Sim, está..., mas o pior é que ela tem que disfarçar muito para a Alexis não perceber nada.

— Ah, meu Deus!! Que situação, eihm, Kate... – Lanie entregou lencinhos de papal para Kate enxugar as lágrimas.

— Pois é... – Kate enxugou os olhos e a face com as toalhinhas de papel, então, de repente, se sentou ereta e olhou séria para Lanie – Tive uma ideia. Eu vou pedir ao Capitão Montgomery para ele interceder junto à Polícia dos Hamptons e a Guarda Costeira.

— Não entendi...

— Ah, Lanie. Vou pedir para o nosso Capitão pedir que façam uma busca, já que o Castle não dá notícias há vinte dias... Mas antes eu mesma vou telefonar para Gina... – Kate revirou os olhos, demonstrando ciúmes da loira.

— Kate! – Lanie a repreendeu.

— Ok!! Ok!! Eu sei que não é hora de eu ter raiva dela... Vou telefonar e perguntar pelo Castle. Somente isso! Preciso saber se ele realmente entregou o livro dentro do prazo.

Depois de localizar o número do telefone da editora do Castle, Kate fez a ligação e a loira não tardou a atender.

Kate pôs o aparelho no modo ‘viva-voz’.

— Gina Griffin. – a loira se identificou ao atender.

— Olá, Gina, aqui é a detetive Beckett... Kate Beckett!

Com a voz um tanto quanto enciumada e arrogante, Gina fez uma saudação – Ah, boa tarde, Detetive Beckett!

— Boa tarde, Gina! – Kate procurou manter-se plácida, já que precisava de informações importantes.

— A que devo sua ligação... Confesso que estou surpresa. O Rick não me disse que você iria me procurar. Ele deveria ter me prevenido... – a loira falou de modo rude.

Kate encheu o peito de ar, engoliu em seco e procurou manter-se calma.

— Pois é... – Kate falou serena – Ele não sabe que eu estou te telefonando.

— Não? – Gina demonstrou estar curiosa, porém não perguntou mais nada, deixando Kate sem saída.

No entanto, Kate teria que continuar a averiguação.

— Não, Gina, o Castle não sabe. Na verdade, já tem um mês que ele não aparece no Distrito...

— Vai ver que ele, finalmente, se deu conta de que não precisa mais ficar andando do seu lado para se inspirar nas cenas de crimes, Detetive... Imagino que ele já tenha assunto para mais de cem livros, ou, quem sabe, achou outra musa para criar uma nova personagem. Talvez tenha se cansado de você e da Nikky Heat.

Aquele comentário venenoso deixou Kate furiosa.

Kate se armou para dar uma resposta atrevida, mas Lanie, que ouvia a conversa, deu um sinal de repreensão para a amiga, o que fez Kate mudar de ideia e resolveu, então, não ficar na sintonia desagradável de Gina. Melhor agir com inteligência.

Kate Decidiu fazer uma pergunta sobre o livro, quem sabe, assim, a loira azeda daria alguma dica sobre o paradeiro do Castel... ou seja, Kate jogaria o verde para colher maduro.

— Por falar em livro, Gina, o Castle está todo contente porque conseguiu entregar o livro!

— Vejo que você está por dentro das coisas, Detetive.

Kate e Lanie respiraram aliviadas com aquela informação fornecida pela Gina.

Sem emitir som, Kate fez um sinal com os lábios – “Bingo!” e Lanie entendeu.

— Ainda bem que o Rick finalizou o livro. – Gina prosseguiu – Ele enviou o arquivo do último capítulo para o meu e-mail e disse que iria fazer um passeio de barco. Disse que precisava de um tempo. Agora, enquanto o Rick está relaxando, a minha equipe está fazendo a revisão do livro e em breve teremos o lançamento que, com certeza, você vai, apesar de eu não gostar nada da ideia... Você não é bem-vinda... – Gina falou, venenosa.

Lanie tentou tapar a boca da amiga, mas Kate conseguiu falar.

— Ah, com certeza eu irei ao lançamento, Gina. Nem tenha dúvida. O Castle sempre me leva à tiracolo. Imagina se eu iria deixar de comparecer ao lançamento, até porque eu sou a musa dele, não é... – Kate provocou – Enquanto você fica fazendo a revisão da história da Nikky Heat, que é a minha versão ficcional, eu, a verdadeira, de carne e osso, estou aqui fazendo o trabalho que inspira o Castle a escrever livros.  – Kate não perdeu a oportunidade de espezinhar a loira.

Sem fazer som, Lanie move os lábios e Kate consegue fazer a leitura labial – “Já chega!” – Lanie fez cara de malvada e Kate a atendeu.

 - Adeus, Gina! A gente se vê no lançamento do mais novo livro da Nikky Heat! Assim que eu encontrar o Castle vou pedir a ele uma dica para a cor do vestido que eu devo usar no lançamento.

Kate desligou o aparelho antes mesmo de ouvir o cumprimento da loira ou qualquer comentário azedo.

— Que mulherzinha chata, eihm... – Kate comentou, espumando de raiva.

— E você, eihm... não perdeu a oportunidade de espezinhar. Não conhecia esse seu lado ciumento.

— Mas você ouviu, Lanie, ela...

— Katherine Beckett! – Lanie a repreendeu – Você esqueceu completamente o motivo pelo qual você telefonou para a Gina.

— Oh, meu Deus! – Kate caiu em si.

— Pelo menos eu vi que você voltou a ficar nervosa. Viva! Então, amiga, continue a reagir, porque somente assim vai conseguir encontrar seu escritor.

— Sim! O próximo passo é falar com o Capitão Montgomery... Porque ninguém fica vinte dias passeando de barco naquela região dos Hamptons... Acho que seria monótono... Ainda mais se ele estiver sozinho... – Kate olhou tensa para a amiga – Isso se o Castle realmente estiver sozinho... Ai, que ódio!

— Assim que eu gosto de ver. Minha amiga reagindo... Minha amiga tendo sentimentos contraditórios... Morrendo de amor e de ódio pelo seu escritor... – Lanie deu uma gargalhada gostosa.

A médica legista pegou a amiga pela mão e já ia sair da sala de necrópsia quando viu o corpo da vítima estirado na mesa de inox.

— Oh, amiga!!! Não posso te acompanhar porque ele, apesar de morto, precisa de mim... Mas vá falar com o Capitão e depois me dê notícias. Coragem!

Kate abraçou a amiga e depois saiu andando rápido. Iria procurar o Capitão Montgomery.

 

 

... Continua...

 

 


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Notas finais do capítulo

Muita calma nessa hora!!!
Mas, sem querer dar spoiler, eu repito: "O AMOR SEMPRE VENCE!"
Continuem confiando em mim e no amor que eu sinto pelo CASAL, Richard Castle & Kathernie Beckett. Sempre!!



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