Segunda chance para o nosso amor escrita por Denise Reis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá!!

Como a maioria das pessoas do mundo, eu também estou de quarentena por causa da COVID-19, e orando muito para que os cientistas descubram um medicamento para combater o Novo Coronavírus ou, pelo menos, uma vacina capaz de proteger a população.


Então, como forma de ocupar a minha mente e a mente de vocês com coisas boas, escrevo esta história de amor CASKETT que, apesar de ter algumas cenas tensas, sei que vai ajudar a alegrar os nossos corações.

Tenho um pedido a fazer: Peço que continuem a acreditar em mim e no meu amor por este casal, ok?

Vocês já me conhecem e já provei nas minhas outras histórias que acredito naquela máxima... "O amor sempre vence!"


Boa leitura e, se possível, comentem, favoritem e recomendem. Irei amar e, obviamente, me sentirei animada para prosseguir.

Um beijo no coração de todos!!

Denise
Em 23/04/2020 às 14:43 --------- Fiquem agora com o CAPÍTULO 1



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Mais um caso encerrado com sucesso na 12ª Delegacia de Homicídios da cidade de Nova York.

Richard Castle, o famoso escritor de bestseller, deixou o distrito acompanhado da linda e competente Detetive Katherine Beckett. Eles eram parceiros na resolução dos crimes.

Já no estacionamento, caminhavam lado a lado e seguiam na direção do carro dela, já que, como de hábito, a moça iria leva-lo para casa.

Apesar de viveram às turras, eles eram muito amigos e tinham o hábito de conversar acerca de qualquer assunto, inclusive sobre família, viagens, fatos do cotidiano e, naquele exato momento eles falavam sobre si, falavam dos acontecimentos marcantes do dia, mais especificamente a respeito do caso de homicídio finalizado, quando, de repente, o bonitão perguntou algo inusitado.

Ao escutar aquele pedido inesperado do Castle, Beckett ficou pasma e sua expressão facial não escondia sua surpresa.

Kate interrompeu a caminhada e tocou levemente no braço do seu parceiro com a intenção de fazê-lo parar.

Ele parou.

Atônita, ela o encarou e ele, por sua vez, ficou a espera de uma resposta ou mesmo uma explicação para o espanto dela.

De início, Kate até supôs que aquela estranha pergunta poderia ser uma das suas piadinhas, só que desta vez ele extrapolara, já que o assunto não era nada engraçado. Muito pelo contrário, era agourento.

— Sério, Castle!? – Kate indagou, aborrecida – Se isso foi uma piada, não sei se você reparou, mas eu não consegui achar graça.

Ao vê-la chateada, ele também cessou seus passos e ficou de frente a ela e a olhou com atenção.

— Hey, o que foi, Kate? Como assim, “agourento”? Você está se referindo a que, exatamente, Beckett? – Ele parecia não entender o motivo da explosão dela.

Kate o encarou de forma severa, mordeu o cantinho esquerdo dos lábios, inclinou levemente a cabeça para o lado e, em seguida, balançou o rosto de um lado para o outro, demonstrando sua habitual falta de paciência com ele, situação esta que se repetia todas as vezes em que o Castle fazia uma peraltice ou falava coisas absurdas.

Kate o amava muito, e, na tentativa de não demonstrar seus sentimentos, sempre que podia vivia reclamando com ele e algumas vezes o tratava com descaso, atitude que ela reconhecia ser desprezível, já que essa não é a forma ideal de se tratar alguém que se ama. No entanto, ela agia assim, já que morria de medo de admitir para si mesma este amor, e, pior ainda, medo de aceitar as investidas dele.

— Jura que você está se fazendo de desentendido depois de brincar com algo tão sério, Castle?

O escritor franziu a testa, demonstrando que, realmente, estava sem entender o motivo da reprimenda.

 — Brincar? Como assim, Kate?

No entanto, suas feições mudaram rapidamente ao captar o motivo da chateação de sua parceira e, espirituoso, logo ergueu o dedo da mão esquerda – Ah, já sei o motivo da sua explosão... Entendi! Entendi agora! Só que eu não estou brincando, detetive! Estou falando sério! Eu nunca iria fazer graça com um assunto tão importante. Aliás, importantíssimo!

Ao ouvir o tom grave, quase solene, da voz do parceiro, Beckett ficou boquiaberta e arregalou os olhos, mas ficou em silêncio.

— Hey, Beckett, não fique assim. Deixe-me explicar.

Se a Beckett tinha seus segredos, Castle também possuía os dele. O que Kate não sabia é que, realmente, ele não estava mesmo de brincadeira, muito menos chateado com a reação dela, até porque, apesar de não gostar do jeito indelicado que ela reagira, supunha que aquele era o modo como ela se protegia do mundo, principalmente dele.

Muito perspicaz, desde que a conhecera, Castle percebeu o muro protetor invisível que Kate, inconscientemente, construíra ao seu redor e que este tal muro tinha o objetivo de afastar todos que se aproximavam e que gostavam dela, principalmente ele. 

Beckett permanecia com a fisionomia irritada ao mirar o parceiro – Você disse que o assunto é sério. – ela afirmou – Ok! Então, desenvolva, Castle!

— Ok! Farei isso. Que tal durante um jantar, eihm, Detetive? – Castle sorriu, num galanteio, a fim de quebrar o clima tenso.

Sempre espirituoso, ele não se cansava de relevar aqueles rompantes de Kate e continuava a provoca-la – Poderemos ir àquele Restauran...

Kate revirou os olhos diante daquele convite – Não, Castle! – ela o interrompeu – Nada de restaurante! Nada de encontros! Fale logo! Que assunto sério é esse? Pode começar a explicar!

Kate olhou para os lados e viu que estavam sozinhos no estacionamento do Distrito – Fale aqui mesmo. O pátio está vazio e não tem mais ninguém para nos ouvir. – ela disse, seca e semicerrou os olhos em tom quase ameaçador.

— OK! Você não quer ir ao restaurante. Mas... – sorridente e obstinado, ele apontou para a conhecida cafeteria em frente à Delegacia – Mas que tal um Caffè Latte? – ele sugeriu e logo apelou – Hummmm! Já consigo sentir o cheirinho... E deixe de ser chata, porque você adora Caffè Latte que eu sei...

As papilas gustativas da moça ansiaram pelo Caffè Latte.

Respirando fundo e mostrando-se paciente, Beckett aquiesceu e não conseguiu esconder o sorriso – Richard Castle, você é incansável, eihm... – ela brincou.

— Sempre! – ele piscou levemente para ela

— Ok! Vamos tomar esse café. – Kate aceitou o convite.

— Perfeito! – ele sentiu-se vitorioso.

— Mas seja breve, combinado? O caso de homicídio que concluímos hoje durou mais tempo do que esperávamos e, apesar de eu procurar me distanciar e focar somente nos fatos, ele me afetou e estou exausta! Garanto que você também está.

— Hey, Kate, que tal você desacelerar, eihm?

Ela deixou escapar um sorriso, mas não falou nada, apenas deu de ombros e o seguiu até a cafeteria.

Já na cafeteria e sentados à mesinha de costume que ficava ao lado do janelão de vidro, ambos bebericavam a bebida fumegante, cujo aroma inigualável perfumava o ambiente, quando Kate o instigou – Então, Castle...

— Hey, Beckett! Tente respirar! Calma! – ele brincou.

— Pode começar a falar.

— Acho que vou mandar tirar este café da sua frente, viu... – Castle fingiu que procurava a garçonete – Vou substituir o Caffè Latte por chá de camomila.

Ela riu da caçoada dele – Nada disso! Deixe o meu Caffè Latte aqui.

Demonstrando sua usual elegância com Kate, Castle começou logo se justificando – Ok! Antes de mais nada, Beckett, peço desculpas se falai algo inadequado... Mas te juro que não vi motivo para você ficar tão exaltada com a minha pergunta, ou melhor dizendo, a minha preocupação. Vou te explicar...

— Fique à vontade, Castle. – ela aspirou o aroma delicioso do café e sorveu um gole.

— Mas peço que você não me interrompa e permita que eu conclua o meu raciocínio. – ele piscou o olho para ela e deu um lindo sorriso, desarmando-a.

— Ok! – Beckett devolveu-lhe o sorriso e mostrou-se paciente – Não vou te interromper, Castle.

— Bem, Kate, já faz algum tempo que eu ando muito preocupado com o futuro da Alexis. Sei que ela não é tão criança... Ela tem doze anos, mas ainda precisa de mim... E eu fico me expondo a perigos nestes casos de homicídios... Tiros, venenos, sequestros, explosões e tantos outros riscos e incidentes... E hoje não foi diferente... – a expressão do rosto dele era tenso.

Kate fez menção que iria interrompê-lo, mas não o fez.

Castle prosseguiu sua explanação – Kate, eu e você quase morremos hoje. Ficamos sufocados e trancados naquele galpão. O gás carbônico quase nos matou, Kate! A nossa sorte foi que mesmo sem boa visibilidade, por conta da fumaça do local, você ainda conseguiu desarmar aquele crápula, dar um tiro no peito dele e ele ficou desacordado... Mas nossos pulmões estavam esgotados... Eu não tinha mais condições de respirar. Se o Esposito e o Ryan não tivessem chegado com a tropa de elite... Deus do Céu! Nem quero imaginar... E é por isso que eu fico preocupado da Alexis me perder... Sim, eu posso morrer durante uma investigação...

Sensibilizada com o relato, Kate ponderou e o interrompeu, mas o fez com muita delicadeza.

— Eu entendo sua preocupação, Castle. Lógico que eu entendo e acho mesmo que você precisa se poupar, mas... – ela titubeou, mas seguiu em frente – Mas você pode muito bem evitar isso. Você sabe que não há necessidade de você me acompanhar nos casos de homicídio. Até porque não precisa participar de todas as diligências, principalmente estas perigosas, pois, como você sempre diz, não trabalha na delegacia e não é pago para isso.

Em nenhum momento Kate foi rude. O tom de voz que usou foi suave. Ela não o rechaçou, como sempre fazia e Castle percebeu isso.

Ele reconheceu que Beckett foi muito amável ao fazer aquelas ponderações e isso o deixou feliz.

Apesar dos argumentos de Kate, ele continuou a justificar a necessidade de participar das investigações.

— Eu sei, Beckett, mas não consigo parar de te seguir. – ele falava sério, sem fazer uma das suas costumeiras piadinhas – Tudo porque você me convocou para depor como testemunha daquele caso de homicídio onde o assassino copiou o modus operandi dos meus livros. Você sabe que ao final daquele caso eu fiquei tão impressionado com seu jeito firme e competente e, lógico, com sua beleza, que meu bloqueio criativo desapareceu e vi que precisava te acompanhar nos casos para poder escrever sobre você...

— Hey! – ela reagiu com rapidez – Você não escreve sobre mim, Castle... Você escreve sobre a Nikky Heat! – Kate o corrigiu.

Brincalhão, Castle fez uma careta diante da reprimenda da Beckett – Tudo bem... Pois é... Eu já estou no terceiro livro sobre a Nikky Heat e sei que ainda existem trilhões de coisas para escrever sobre você...

Ao receber um novo olhar mortal da Beckett, por ter se referido mais uma vez a ela e não a Nikky Heat, ele interrompeu sua fala, mas logo continuou.

— Ops!... Ato falho! Como eu estava dizendo, ainda existem trilhões de situações e fatos sobre a Nikky Heat para eu escrever. Não posso deixar de te seguir, Beckett.

— Castle, você já me acompanhou em centenas de casos e já tem assunto que podem render mais de cinquenta livros. E não sou a única a pensar assim. Tanto o Esposito quanto o Ryan já me disseram isso e você insiste em me acompanhar e se expor ao perigo.

Richard Castle ficara completamente impressionado pela Detetive Beckett desde o dia em que a conhecera, sentimento que, com o passar do tempo se transformou em amor. Ele via nestas investigações diárias uma oportunidade de ficar perto dela e, quem sabe um dia, ganhar o seu amor.

— Eu te juro que preferia continuar a investigar sozinha. – ela falou, mesmo sabendo que era mentira.

— Huuum! – ele zombou – E perder a minha preciosa ajuda? – ele a provocou – Duvido! – ele arriscou – Até porque tenho certeza que você sentiria a minha falta...

Apesar de saber que ele estava certo, ela deu uma risada sarcástica – Sua modéstia me comove, Castle! – ela ironizou, simulando uma indiferença que estava longe de sentir, mas logo sorriu, pois ela o achava muito divertido – Não vou sentir sua falta!

— Huuummm!! Não captei verdade na sua voz, Beckett! – Ele assegurou.

Apesar de ele fazer algumas traquinagens e as vezes falar coisas inconvenientes durante as investigações, era inegável que o Castle colaborava muito nas resoluções dos casos. A inteligência dele era algo incrível. Seu conhecimento geral era vasto. Na verdade, ele era uma enciclopédia ambulante, pois fazia milhões de pesquisas para escrever seus livros e tinha uma memória formidável e muitos destes conhecimentos foram necessários em muitas das investigações de homicídio.

— Ok! Eu me rendo! Confesso que sua ajuda é mesmo muito valiosa. – Kate revelou – Mas se você colocar na balança, não vale a pena você se arriscar a deixar sua filha sem pai...

— Eu sei, Beckett. É uma preocupação normal de qualquer pai e de qualquer mãe. Essa preocupação aconteceu no momento exato em que eu segurei a Alexis nos meus braços pela primeira vez. Naquele milésimo de segundo eu vi que aquele pequenino ser era responsabilidade minha. Mas sei também que qualquer pai ou qualquer mãe pode sofrer acidente ao atravessar a rua, ao descer uma escada, ao pegar uma doença, ao fazer uma viagem de avião, ônibus ou carro... Sei lá...

— Mas se você puder evitar...

— Evitar como, Beckett? Do mesmo modo que não podemos colocar nossos filhos numa redoma, os pais também não podem ficar na redoma. Temos que sair de casa para fazer um monte de coisas. Os pais não podem deixar de trabalhar, do mesmo jeito que não pode deixar de sair à rua, entende? – ele se expressava com emoção na voz – Ninguém pode se deixar vencer pelo medo.

— Então, porque você me perguntou sobre...

— Então, chegamos aonde eu queria chegar. Talvez eu tenha tropeçado nas palavras e por isso que você ficou chateada. Mas agora eu vou perguntar de um jeito melhor.

Beckett não respondeu nada. Apenas olhou para o homem que era o amor da sua vida, cujo sentimento ela jamais confessaria.

— Então, Beckett, usando melhor as palavras, o que eu quero saber é se você poderia cuidar da Alexis caso eu morresse durante um caso de homicídio ou... – a voz dele embagou, mas logo continuou a falar – ... Ou morresse em algum acidente...

— Juro que não gosto deste assunto. – Kate admitiu e sentiu seu coração gelar. Sentiu um frio na coluna. 

Visivelmente emocionado, Castle não falou nada.

— Mas por que eu, Castle? – Beckett indagou, de modo doce.

— Porque a Alexis te adora e porque eu sei que você também a ama, apesar de tentar me convencer que não sabe lidar com crianças ou adolescentes.

— Mas e a Meredith?

— Jura que você está me perguntando isso? – Castle pareceu indignado – Ah, Kate! Eu já te contei do que a Meredith é capaz! Aquela víbora!

— Hey, Castle, calma!

— Você sabe que a Meredith não liga a mínima para a filha e dá para contar nos dedos da mão direita as vezes em que ela a visitou depois do divórcio, e olha que a minha filha tinha menos de um ano. E nestas poucas vezes que fez isso, foi somente para tentar aumentar a pensão. Ainda bem que na última vez que a Meredith entrou na justiça com este pedido, o Juiz não somente indeferiu o aumento do valor da pensão, como também não viu motivo para eu continuar pagando tal verba, já que ela é uma mulher saudável o bastante para se sustentar com a carreira de atriz, e também porque ela não tem despesas com a filha, já que Alexis mora comigo. E o Juiz ainda disse que se a carreira de atriz não prosperar, a Meredith pode muito bem arranjar outra atividade, já que tem saúde para isso. E você sabe disso, Kate. Eu te contei tudo.

— Sim... Eu sei... Peço desculpa por tocar no nome daquela mulher... – Kate estava sendo franca – Eu também a odeio pelo que ela fez com você e com a Alexis.

— Tudo bem! – Castle percebeu sinceridade em Kate – Ainda bem que a máscara dela caiu logo no início.

— Deixemos de lado a Meredith... Castle...

— Ok!

— Bem, voltando ao seu pedido... Veja bem, não que eu esteja me recusando assim do nada... Mas... Porque eu, eihm? Logo eu que não tenho nenhuma experiencia com criação de filho. Seria mais prudente você pedir isso para a Martha. Ela é uma excelente avó! Ela é animada, jovial e ama a neta. Aliás, é a Martha que cuida da Alexis quando você viaja pelo mundo para fazer lançamentos dos seus livros ou mesmo quando você vai para os Hamptons e se isola para escrever e cumprir seus prazos.

— Eu sei de tudo isso, Beckett, mas sei também que a minha mãe não é mais tão jovem quanto aparenta e a Alexis não pode ficar desamparada caso aconteça algo comigo e com a avó dela. Ela iria ser enviada para um abrigo de crianças, pois tenho certeza que a Meredith não interromperia sua carreira de atriz para cuidar da filha. Ela até poderia pegar a guarda da filha somente para tomar posse da minha fortuna, no entanto, tenho certeza que entregaria minha filha nas mãos de babás... Nem quero pensar nisso... – Castle passou as mãos pelos cabelos, em sinal de sincera aflição só de pensar naquela hipótese – Deus me livre!

O assunto tenso pesou a atmosfera daquela mesa e nenhum dos dois terminou de beber o café. O som do telefone celular do Castle interrompeu os pensamentos dos dois.

As feições tensas do Castle se transformam em um lindo sorriso assim que ele conferiu o identificador de chamadas e viu a imagem de sua filha na tela.

— Oi, meu anjinho! – ele a cumprimentou quando atendeu a vídeo chamada.

— Oi, Papai! – a garota jogou um beijo no ar para o pai.

Beckett logo viu que não era necessário ser uma boa detetive para detectar amor naquelas vozes e nos olhos do Castle. Era fato! Ele não era somente um amigo e um homem admirável. Ele era um pai maravilhoso e dedicado!

— Você ainda não chegou em casa... Estou com saudades!

— Eu também estou com saudades, querida!

— Então venha logo para casa, pai. Você ainda está ajudando a Detetive Beckett, é? Você sabe que eu fico preocupada e fico morrendo de medo de você receber um tiro, papai... Não posso te perder, pai, você é tudo para mim!

Ao ouvir aquelas palavras, Kate e Castle trocaram um olhar de cumplicidade, face a coincidência do assunto que ora conversavam.

— A investigação já acabou e o assassino já foi preso, filha. Eu estou tomando um café com a Detetive Beckett.

Castle esticou o braço e posicionou o telefone celular de modo que a câmera também capturasse o rosto de Kate.

— Oi, Alexis! – meio sem graça por ter ouvido o lamento da garota com relação ao pai, Kate exibiu um sorriso tímido – Eu estou em uma cafeteria com o seu pai! – ela conseguiu mostra-se mais animada, a fim de afastar a tristeza da garota – Está tudo bem com seu pai, querida e logo, logo ele estará com você aí do seu lado.

— Oi, Detetive Beckett! Bom te ver! Nunca mais te vi! – animada ao ver o pai e a detetive, a garota exibiu um sorriso genuíno - Estou com saudades de você também, viu. Porque não vem com o papai aqui para o loft, eihm... Aí a gente pode pedir pizza... Melhor do que a gente comer a comida da vovó – ela sussurrou e piscou o olho, em sinal de segredo.

— Eu estou ouvindo, viu, mocinha... – a voz da Martha, um pouco mais distante, foi ouvida e os quatro deram risadas – Mas adorei a ideia, Katherine. Venham os dois... – Martha se aproximou da tela do celular e reiterou o convite – Venha comer uma pizza conosco, querida! Você é sempre muito bem vinda aqui. Nós te amamos!

Meio sem graça com o convite e com a repentina declaração de amor, Kate enrubesceu e ficou sem reação – Ah... Oh... É que... Então...

— Então você vem, né, Detetive Beckett? – Alexis afirmou – Eu já vou fazer o pedido da pizza. Venham logo. Beijos.

A garota encerrou a ligação antes mesmo da Kate confirmar ou negar a sua ida ao loft.

Houve um tempo em que Alexis não demonstrava simpatia pela Detetive Beckett, pois achava que ela colocava o Castle em perigo, mas depois, a conheceu melhor e se afeiçoou muito à Beckett e gostava de telefonar para ela para tirar dúvidas sobre coisas de meninas. Segundo Alexis, a Kate entendia de certas coisas que a avó não sabia e o pai, muito menos...

— Vamos! – Castle se levantou da cadeira e ficou no aguardo da Kate fazer o mesmo, mas ela não fez.

— Eu não posso ir, Castle. – Kate mostrou-se temerosa.

Katherine Beckett era uma policial segura, forte e sabia tomar decisões difíceis na hora certa quando se tratava da sua vida profissional. No entanto, no lado pessoal, ela era muito medrosa e tinha receio de se arriscar e Castle sabia disso.

— Hey, você não vai fazer esta desfeita com a Alexis. – ele usou de apelo emocional – Ela vai ficar triste quando perceber que eu fui sozinho... Se você não for ela vai ficar magoada, Kate, e talvez até chore e nem queira jantar... Ela vai se sentir rejeitada por você.

— Menos, Castle! – Kate torceu a boca e revirou os olhos ao repreendê-lo – A Alexis não é mais uma criancinha...  Além do que, isto é chantagem emocional!

— Juro que nem percebi... – ele pilheriou.

Kate não comentou nada, apenas sorriu diante da cara de menino travesso que ele fez.

— A Alexis te adora, Kate! Ela te ama!

— Eu também a amo, Castle! Ela é uma garota adorável! Impossível não amar a Alexis. Ele é a filha que qualquer mãe queria ter.

— Menos a Meredith! – ele falou, e, impensadamente, a Kate pôs o dedo indicador dela nos lábios dele, de modo a silenciá-lo e este gesto foi muito fofo.

Ao perceber o ato de extremo carinho e intimidade, Kate retirou sua mão dos lábios dele e ficou rubra – Desculpa, Castle.

Ele amou tudo aquilo e, aproveitando que ela ficara sensível, focou no convite para comer a pizza - Então, você vai comigo... Anda! Vemos! – Castle mostrou-se animado – Levanta logo porque não queremos comer pizza fria, né? – ele brincou – Nem queremos fazer a Alexis esperar...

Kate se levantou e enquanto andava ao lado do Castle, ela argumentou – Mas nem terminamos de conversar sobre...

— Depois falamos sobre isso. Temos tempo.

 

... Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do início desta linda história de amor.
Sim, pode acreditar, será uma linda história de amor.
Aguardo comentários, favoritação, recomendação.



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