Ao chegar ao quarto, Kate tomou uma ducha rápida, apenas para tirar o cloro do corpo. Vestiu um baby-doll, se jogou na cama, abraçou o travesseiro, puxou o edredom sobre o corpo e recapitulou a madrugada de amor que tivera com o homem que amava.

Arrepiou-se ao se lembrar dos detalhes, das carícias, dos beijos e do modo delicioso e viril com que fizeram amor.

Seus lábios já estavam em meio sorriso e procurava aceitar o que acontecera, quando caiu em si para o fato que não fizeram amor.

— Você é uma tola, Kate! – ela pensou alto ao se recriminar – Você, sim, fez amor, mas ele, fez apenas sexo. Sim, um sexo maravilhoso, é verdade... – ela ponderou – , mas foi somente sexo. Ele nem te conhece.

Ela girou o corpo e apertou sua cabeça no travesseiro e chorou – Mas ele disse que nestes últimos seis meses, ele nunca sentiu nada igual.

Abraçada ao outro travesseiro, ela continuou chorando até que o sono a venceu e quando isso aconteceu, os primeiros raios do sol já iluminavam seu quarto.

Do outro lado da parede, Castle se encontrava pelado na varando depois de ter tomado uma ducha quente. Estava com a mente confusa e com o coração apertado. Adorou cada toque e cada carícia trocado com Kate. Ele nunca tinha se sentido assim.

Ele observava os raios solares que começavam a aparecer ao refletir sobre a última parte do seu pensamento – Meu Deus! Que droga! – ele blasfemou e entrou no quarto e foi para cama.

Recostado nos travesseiros macios, ele estava arrasado – Claro que eu nunca me senti assim. Apesar de meus documentos confirmarem que tenho quase quarenta anos, eu só tenho seis meses de idade. Eu só me lembro dos últimos seis meses da minha vida e neste curto período de tempo não encontrei nenhuma mulher que eu me interessasse. Kate foi a primeira mulher que eu fiz amor e eu adorei! E eu estou tão assustado quanto ela, justamente porque eu não consigo me lembrar de nada do meu passado... Eu não consigo me lembrar dela. Só que nesses seis meses de minha vida eu nunca senti isso que sinto por ela. Aliás nem sabia que essa coisa no meu peito pudesse existir até ela aparecer na minha frente. Se isso é amor, que Deus me ajude! Eu quero viver este amor com a Kate.

Com esse pensamento em mente ele puxou o edredom sobre seu corpo, nem se importando em pegar uma nova calça de pijama no closet. Ficaria pelado mesmo e seu pensamento continuou em Kate, na emoção que sentia só em pensar nela, na sensação de olhar para ela e ouvir a voz dela que, de um jeito maravilhoso, o deixava arrepiado. Pensou também na feliz surpresa daquela noite e no prazer que compartilharam na piscina.

... Continua...