Segunda chance para o nosso amor escrita por Denise Reis


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá!!

Quero agradecer a "Rita Vieira" por ter incluído esta minha nova fic na sua relação de fanficictions favoritas. Obrigada, querida!

Bem, o que vimos até aqui foi que a Martha a Alexis e a Kate estiveram unidas para encontrar o Castle. Elas conseguiram! Etapa vencida com sucesso! ✔

Apesar de todo amor que a Kate sente pelo Castle e de toda a vontade que teve de se jogar nos braços dele, e o encher de beijos e abraços, a Beckett precisou continuar sendo racional e prática pelo próprio bem dele. Muito altruísta, ela pensou primeiro no bem estar dele, antes de pensar em si própria.

CONVITE: Vamos continuar comigo mergulhando nesta história de amor CASKETT?

Boa leitura!
Em 29/04/2020, às 17:28 --------- Fiquem agora com o CAPÍTULO 12



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Conforme Beckett previra, o Capitão Montgomery agiu muito rapidamente e fez isso em conjunto com a polícia local e as forças federais, ou seja, o FBI e a CIA.

A prisão do Jonathan Rossi, causou espanto para todos os moradores do vilarejo, pois, ninguém imaginava que ele seria um assassino.

Só que, para surpresa da CIA, do FBI, da 12ª Delegacia de Polícia e da Polícia dos Hamptons, foi constatado que o criminoso não era somente o assassino da Madleen Rossi e do seu Mordomo.

Com ajuda de cães farejadores, os Investigadores Federais encontraram quatrocentos e cinquenta quilos de cocaína, em pequenas embalagens, tudo escondido em caixotes armazenados no sótão da casa. Encontraram também dois milhões de dólares escondidos em malas de couro. E para piorar ainda mais a situação dele, ele e a mulher que o acompanhava nos Hampton, estavam envolvidos com tráfico de bebês. No porão da casa foram encontrados cinco bebês, cujas idades variavam de dois meses a dois anos que viviam escondidos em um local muito bem montado, com acomodações próprias para as crianças. Nas paredes havia isolamento acústico para os vizinhos não ouvirem os choros.

O caso do assassinato de Madleen Rossi e do seu Mordomo foi encerrado e a repercussão da prisão do Jonathan Rossi, envolvendo, inclusive, drogas e tráfico de crianças, foi notícia nos jornais de todo o mundo.

Atendendo ao pedido da detetive Beckett, o Capitão Montgomery não comentou com JR que Kate esteve envolvida na sua prisão. Os jornalistas também não obtiveram aquela informação. Ninguém também fazia ideia que o Castle deu todas as dicas necessárias para o encerramento do caso.

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Os dias que se seguiram foram de muito trabalho tanto para a equipe da polícia, quanto para o advogado do Castle, o Dr. Radesh Fayad.

Foram dias de muitas emoções para Kate, Martha e Alexis e, obviamente, para o próprio Richard Castle.

Depois de conversar bastante com o Castle, o Dr. Burke percebeu que ele já estava pronto para saber sua verdadeira identidade e assim, com todas as cautelas de praxe, o médico fez a importante revelação.

Todos do Restaurante Sol Dourado ficaram abismados ao saberem que o João Marinho era Richard Castle, um escritor bilionário. Ele próprio ficou surpreso, pois não conseguia se recordar de nada, nem mesmo do naufrágio. Ele só se recordava de ter despertado com curativos na cabeça, nas pernas, nos braços e no tronco, sobre uma cama simples na casa de uma senhora que depois ficou sabendo tratar-se da curandeira da região e que todos a tratavam por “Vovó” e, por coincidência, mãe do dono do restaurante que lhe salvara a vida e que lhe dera emprego.

A polícia colheu depoimento da Curandeira, bem assim de todos os empregados do restaurante, seus proprietários e das pessoas que conviveram com o Castle nos seus últimos seis meses de sua vida em que viveu como João Marinho.

Não houve obstáculo na investigação e todos colaboraram no que podiam.

O Restaurante Sol Dourado fez questão de oferecer o almoço naquele último dia de trabalho da equipe da polícia.

O momento da despedida do amigo foi comovente e não teve um que não se emocionasse com a partida dele, pois, assim como o Castle, o João Marinho também era um homem agregador, de bem com a vida e de muito bom humor que, com muita facilidade, fizera camaradagem com todos.

Ao dar adeus, Richard Castle prometeu que continuaria mantendo contato com os amigos verdadeiros que o acolheram naqueles seis meses.

Muito bem trajado com as roupas que a Kate providenciou, Richard Castle deu adeus aos amigos e, consequentemente, a João Marinho.

Ele retornaria para sua vida antiga.

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 Por volta das quinze horas chegaram à casa dos Hamptons.

— Esta é a nossa casa, papai. – Alexis segurava a mão do pai assim que desceram do carro.

Ao segurar a mão do pai, a criança passava-lhe segurança.

Martha e Kate estavam ali e admiravam pai e filha... Não somente a menina inocente que se mostrava forte para o pai. Elas analisavam também o homem que, naquele momento ímpar, enchia o peito de ar e procurava reconhecer o local.

Parado ao lado do carro, ele analisava a parte externa da mansão, que ficara sabendo ser sua. Ficou impressionado com a imensidão e com o luxo da residência, bem como do lindo jardim que a circundava.

Dava para ver que ele estava assustado com tudo que acontecia, mas, espirituoso, fazia graça para tornar a situação mais leve.

— Nem posso prender a respiração para contar a quantidade de janelas da frente desta casa, senão eu morro asfixiado. – ele comentou, divertido, para disfarçar o medo do desconhecido.

— Menos, papai... Menos! – Alexis deu uma risada gostosa, diante do chiste do pai – Nem tem tanta janela assim.

— Eu estou aqui pensando quanto tempo terei que ficar debaixo deste sol quente para aparar todo esse gramado. Nem dá para ver onde acaba. – Castle continuou pilheriando e Alexis se divertia com isso.

— Temos Jardineiro, papai.

— Se você está dizendo... – ele continuava sorrindo.

Perceber que Alexis estava se sentindo nas nuvens do lado do pai parecia um sonho para Martha e Kate e naquele momento elas se entreolharam. Nem precisavam falar nada, pois os olhares traduziam a felicidade que sentiam. A alegria aumentava a cada segundo, principalmente ao notar o som das risadas do Castle e os olhinhos miúdos que fazia durante o riso.

— Quando eu não estava pescando, de vez em quando eu me afastava um pouco do Restaurante Sol Dourado e passeava pelas praias onde ficam as mansões dos ricos e famosos, dos bilionários e das celebridades. No entanto, por mais que eu as achasse maravilhosas, nunca me passou pela cabeça ter uma, até porque seria impossível comprar com o dinheiro que eu ganhava pescando os peixes. E agora vocês me disseram que eu sou dono de uma daquelas casas... – ele estava pasmo – Eu sou o dono desta mansão... Esta, por exemplo deve ser uma das mais lindas desta região.

— Relaxa, papai. Nem pense nessas coisas, papai. Vamos entrar.  Estou com sede.

Dr. Burke assistia a cena e analisava tudo na condição de médico.

— Está tudo bem, Castle! Você está ótimo! – Dr. Burke o encorajou – Que tal você nos convidar para entrarmos na sua casa, eihm?

— Vamos entrar, né... – Ele estava no meio de um redemoinho, mas se sentia confiante ao lado do médico. Ele também se sentia protegido ao lado daquela criança, que, conforme comprovaram, era sua filha. A mesma segurança, ele também sentia na presença de Martha, que era sua mãe.

Sentir-se amado pela filha e pela mãe era tranquilizador.

Ainda havia Kate, uma mulher belíssima e muito decidida que mexia com o coração dele. Até o presente momento era um mistério o que ela representava na antiga vida dele. Ninguém lhe falara nada sobre o seu passado. Ele tinha curiosidade para saber o que ela fora um dia e também ficava a matutar o que ela poderia ser... Sabia apenas que a presença de Kate causava um misto de emoções... Seu coração acelerava, seu peito queimava e isso não era ruim, muito pelo contrário; era maravilhoso! Ele se sentia seguro e em paz só de olhar para ela. Ele confiava nela, e isso era bom.

Muito embora o Dr. Burke o tivesse prevenido que apesar de ele já ter se afeiçoado às três, não era para ele usá-las como um suporte, como também não deveria pesquisar na internet seu próprio passado para saber como levava a vida. Ele não poderia fazer isso com o objetivo de facilitar as coisas e poder repetir. Ele não deveria fazer as coisas somente porque o Richard Castle fazia. Ele deveria se permitir ter um tempo para se redescobrir. Deveria deixar que sua vida retornasse e que tudo ressurgisse naturalmente, inclusive o amor e o trabalho.

O Dr. Burke também aconselhou que uma mudança brusca dos hábitos na vida do Castle poderia acarretar num choque muito grande, por isso recomendou que ele permanecesse no mesmo tipo de ambiente praiano por um tempo, talvez duas a três semanas, e o melhor lugar seria os Hamptons.

O médico foi cauteloso ao dizer que ele não deveria ter medo de enfrentar a realidade em Nova York, até porque, as sessões de terapia aconteceriam lá. Mas tudo ao seu tempo.

Como uma guia de turismo, Alexis o levou para conhecer todos os cômodos da casa com o objetivo dele se sentir acolhido.

Atento a tudo que Alexis fazia e falava, Castle considerou impossível não amar aquela criança.

A palavra “papai” ainda soava estranha aos seus ouvidos, no entanto, na voz de Alexis, pareceria uma linda melodia.

Ainda que tivesse ficado naturalmente assustado e sem entender o que acontecia, Castle se apaixonara pela criança de longos cabelos ruivos desde o momento em que ela pulara nos seus braços, o abraçando pelo pescoço e o enchendo de beijos. E agora ficara sabendo que a pequena era sua filha. Deus era mesmo muito bom com ele.

Uma sensação esquisita acontecia quando escutava seu novo nome.

No entanto, na voz de Kate, soava agradável.

O jantar aconteceu às dezoito horas e o Dr. Burke ainda permanecia na mansão a pedido de Beckett, pois queria muito conversar com ele sobre o Castle. Fariam uma reunião.

— Eu já estou morrendo de sono. Vou dormir! – Alexis anunciou assim que terminou de se alimentar e logo se despediu de todos e, para espanto geral, pediu que o pai lhe colocasse para dormir e lhe contasse uma história, como fazia quando ela era bem pequena.

— Alexis, você já está bem grandinha, meu anjo. – Martha a admoestou, com carinho.

— Ah, vovó. Só hoje... Eu estou morrendo de saudade de receber o beijo de boa noite do papai.

— Por mim, tudo bem! Estou adorando ser seu pai, Alexis.

Seguida pelo pai, Alexis se retirou e foi para o seu quarto.

— Martha... – Kate pediu a atenção de Martha – Você pode, por favor, fazer companhia para o Dr. Burke? É porque... Você sabe que eu estou ocupando o quarto do Castle... E ainda não tive tempo de retirar minhas coisas de lá...

— Vá, querida.

— Vou usar o tempo dele colocar a Alexis na cama. Acredito que vão conversar, já que a Alexis está morrendo de saudades do pai... – Kate comentou, sorridente.

— Vá, querida. - Martha repetiu.

— Serei rápida! – e, dirigindo-se ao médico, ela avisou – Quando o Castle retornar a gente conversa, não é, Dr. Burke?

— Com certeza! Fique à vontade, Kate.

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Muito rapidamente, Kate recolheu suas coisas de toilette no banheiro da suíte, bem como suas roupas e pertences e arrumou tudo nas sacolas e malas. Como fora rápida, aproveitou para tomar um banho.

Escolheu um lindo vestido floral que o pôs sobre a cama e correu para o chuveiro.

Após o banho, ela se enrolou numa toalha e fez uma maquiagem rápida e se preparava para começar a se vestir quando a porta do quarto foi aberta e o Castle entrou, flagrando-a com a toalha em volta do corpo.

Ela ainda tinha o cabelo preso com um grampo para que não se molhasse com o jato do chuveiro.

— Oh! – Castle demonstrou estar extasiado por ter encontrado Kate seminua – Por mais que eu quisesse, não esperava ter esta visão tão especial. – ele comentou num tom divertido, fazendo Kate se sentir nua.

— Você pode me dar licença, por favor?

— Durante a incursão, a Alexis me informou que este é o meu quarto... Então... – ele anunciou em tom divertido.

Diante da provocação, Kate revirou os olhos e encheu o peito de ar, demonstrando estar chateada.

— Sério!? Você podia, pelo menos, ser um cavalheiro e sair ou, pelo menos, virar de costas, pois eu estou...

Ele a interrompeu e completou o a frase dela de acordo com o que ele via – Pelada! Você está pelada!

— Eu não estou pelada! – ela contestou com veemência – Eu estou... – ela ficou sem saber como explicar – Estou enrolada em uma toalha.

Kate apertava a boca, constrangida, e revirava os olhos, chateada por ter que passar por aquela situação.

Com um leve sorriso no rosto diante da situação, Castle balançava a cabeça lentamente, de um lado para o outro, em negativa, ele explicou – A palavra é “pelada”. Você está é pelada mesmo, Kate, e muito linda. Sabe de uma coisa? Você é linda até mesmo quando está chateada e revira os olhos...

Irritada com aquele comentário, ela tentava apertar a toalha no corpo. Ela o olhou furiosa e mordiscou o canto inferior dos seus lábios

Ao vê-la, sensual, ele passou as mãos pelos próprios cabelos, na tentativa de se acalmar – Nossa Senhora! Assim você me mata, Kate... Te conheço há tão pouco tempo, mas já adoro quando você dá essa mordidinha sensual no cantinho dos seus lábios... – Huuummm!! – Acho excitante! – enquanto falava, ele se aproximava dela, vagarosamente, como um lobo cercando um cordeiro indefeso.

Assustada, Kate pensava que se ele se recordasse quem era mesmo a Kate Beckett, saberia que ela não tinha nada de cordeiro inocente, no entanto, naqueles trajes... ou melhor dizendo, ‘sem’ trajes, ela estava mesmo indefesa e tentou recuar, mas logo sentiu a parede fria nas suas costas nuas.

“Fim de linha” – ambos pensaram.

— Não se aproxime, Castle, ou... – ela o ameaçou, em vão.

— “Ou” o que, Kate... – ele sorriu ao retrucar, mas não tinha sequer um traço de crueldade na sua voz, muito menos nos seus olhos.

Ele não atendeu ao pedido da jovem e seguiu em frente até parar diante de Kate e, lentamente, ergueu sua mão direita e tocou os fios de cabelo dela que estavam desalinhados na testa dela e depois, de um modo muito suave, tirou o grampo que prendia os longos cabelos.

As longas mechas imediatamente cascatearam pelos ombros de Kate, cobrindo os seios que, por sua vez, estavam parcialmente encobertos pela toalha felpuda.

— Castle... – ela estava nervosa. A fala quase não saiu.

— Ah, Kate, como eu te desejei desde o primeiro segundo que eu te vi lá na varanda do restaurante. – ele murmurou ao ouvido dela, onde deixou pequenos beijos.

A voz máscula, o hálito quente e o suave contato dos lábios dele na sua orelha a fizeram perder a fala. Kate estava trêmula e arrepiada.

Mesmo louca de amor e desejo por ele, ela sabia que aquele não era o momento para eles mudarem o status da relação, até porque ele não a conhecia realmente. O que ele sentia era somente desejo e não era isso que ela queria. Ela queria muito mais. Se ela quisesse somente desejo, teria se entregado logo que ele começou a segui-la nos casos de homicídio.

— Castle, por favor, não continue... – ela sussurrou.

— Veja bem. – ele sussurrou – Se você usava o meu quarto é porque você é muito mais do que amiga da família, Kate... Percebi que você não usa aliança de casamento ou anel de noivado... Ou seja, infelizmente você não é minha mulher ou minha noiva, mas tenho certeza que somos bem próximos e que existe algo muito forte entre nós, Kate. Nossos olhares e nossos toques são intensos e acredito que não é só questão de pele.

Kate gelou ao ouvir aquele comentário. Ela ficou em êxtase, mas precisava se conter.

 - Você é minha namorada, nos amamos e nossa paixão e vida sexual é intensa. – ele afirmou – Só pode... Por isso que nos sentimos assim... Estamos pegando fogo, Kate.

Beckett estava que não se aguentava de emoção. O esforço que fazia para se conter estava doendo até a alma.

— E além disso... – Castle continuava sedutor –, você é naturalmente muito carinhosa com minha filha e com minha mãe. Por isso estava tão empenhada em me encontrar? – ele deu outros beijinhos na orelha dela, deixando-a tensa – Por isso que a Alexis disse que você me ama.

— Castle! – a voz de Kate quase não saía, mas ela conseguiu repreendê-lo e tentou se afastar, mas não teve êxito – Eu não quero ter esta conversa com você..., ainda mais vestida assim...

— Você não está vestida, Kate... – sussurrando, ele a corrigiu e o fez de um jeito bem sedutor, deixando-a arrepiada e ele fez questão de comprovar ao tocar os pelos eriçados do braço dela.

O clima estava excitante. 

— Eu a deixo arrepiada, Kate... – ele a olhava nos olhos e os corações de ambos batiam acelerados – Você também me deixa assim, moça... Excitado... Você precisa me tocar. – Castle sussurrou e com carinho, pegou a mão direita de Kate e a colocou sobre o peito másculo, onde ela pode sentir que o coração dele, realmente, batia acelerado – Nós fomos feitos um para o outro... Pode acreditar!

— Castle! – ela respirava com dificuldade – Isso não está certo, Castle... – ela sussurrou – Mesmo sendo o Castle, você ainda pensa como o João Marinho... Você não me conhece verdadeiramente... – ela levantou o rosto e fixou seu olhar nos olhos dele numa descarga de emoções e, sem se conter, tocou o rosto dele com carinho, numa suavidade apaixonante.

— Isso, Kate! – ele murmurou e fechou os olhos, mas logo os abriu.

Assim que abriu os olhos, ele aproximou seu rosto do de Kate e, como um passe de mágica, tocou os lábios dela com os seus. Apenas um toque, o bastante para fazê-los perder a fala.

Sedutor, ele afastou os lábios e ao olhá-la nos olhos, a encontrou ainda de olhos fechados e, sonhadora, ela passava a ponta da sua língua no local onde antes os lábios dele haviam encostado.

Kate entreabriu os olhos e se deparou com o olhar quente dele.

— Devemos ter paciência, Castle... Eu preciso esperar o seu retorno e você precisa fazer a mesma coisa – um nó se formou na garganta dela e quase não conseguia mais falar – eu já esperei tanto, Rick... Mas sei que preciso esperar um pouco mais – ela confessou enquanto lágrimas brotaram dos seus olhos – Não é questão somente de pele e corpo, Rick... É a alma... São sentimentos... – ela tremia – Sem querer dar dicas da sua real personalidade, mas já dando... O Castle que eu conheço e amo é um homem apaixonado e carnal, mas ele também pensa assim, como eu penso... Ele valoriza os sentimentos nobres, inclusive e principalmente o amor.

Aquelas palavras tocaram no coração dele e ele se afastou um pouco – Então você realmente me ama, Kate. – ele indagou emocionado.

— Sim... – Kate falou tão baixinho que ela mesma quase não ouviu – Mas isso já não é novidade... A Alexis já tinha dito... – Ela fechou os olhos, encabulada, pois fazer aquela confissão para ele, pela primeira vez, a assustou. Aquela situação a deixava estranha e sua respiração estava muito acelerada e seu peito subia e descia de forma acentuada.

A visão de Kate com o seio inflado e respirando com dificuldade, causou nele uma sensação maravilhosa e desconhecida que naqueles seis meses de vida, nunca tinha vivenciado.

Apreensiva, Kate fechou os olhos, refletindo o que deveria fazer.

Só que o desejo do Castle foi mais forte do que a cautela e não conseguiu evitar de se aproveitar dos olhos fechados dela. Ele se aproximou sorrateiramente e encostou seu rosto no dela. Não forçou um beijo, apenas tocou seus lábios nos lábios dela, desta vez com mais intensidade e, após alguns segundos, ao se afastar, aí, sim, depositou ali um selinho.

Só que selinho causou um rebuliço no coração dele e, como se os lábios dela o chamassem de volta, ele a beijou verdadeiramente e o reencontro dos lábios se deu de um jeito suave e muito natural. Foi um ato consensual. Os lábios se entreabriram e as línguas se buscaram numa carícia deliciosa. Não foi um beijo violento, mas também não foi nada casto.

Mesmo amando cada segundo daquele beijo, Kate tentou afastá-lo, mas não insistiu tanto assim e o beijo prosseguiu sem resistência e foi finalizado por muitos selinhos.

Assim que afastou o rosto, Castle deu alguns passos para trás e neste momento ela entreabriu os olhos e, involuntariamente, passou sua língua onde os lábios dele depositaram o beijo, tal e qual fizera há alguns instantes.

Aquela atitude não passou despercebida por ele e isso o deixou ainda mais excitado e feliz, contudo, estava decidido a não tirar mais proveito daquela situação, muito menos do amor de uma mulher por um homem que ainda não era ele.

— Eu prometo para mim mesmo que vou saber te esperar Kate. Vou saber esperar eu me reencontrar. Mas eu já te adianto que se o Castle que você ama sentir a metade da sensação e da emoção que eu já sinto por você... Ele é um homem de muita sorte por ter o seu amor.

De um jeito tão próprio de quando o Castle estava tenso, ele passou as mãos pelos cabelos, na tentativa de buscar se acalmar.

Ele deu um longo suspiro, passou a língua pelos lábios para umedecê-los e, depois de um novo suspiro ele se dirigiu até a porta do quarto e avisou – Não é o que eu realmente quero, Kate, mas precisamos começar a reunião. Dr. Burke está a nossa espera.

O silêncio que se fez foi profundo, mas ele o quebrou ao olhar para a mala e as sacolas de Kate – Você quer que eu leve estas sacolas e a sua mala para um dos quartos de hóspedes?

— Sim, por favor. – Kate indicou a mala e as sacolas que ele poderia levar – Pode ser este quarto de hóspedes aí do lado...

— O quarto ao lado do meu?

— Sim. – ela sussurrou – O outro quarto de hóspedes está preparado para o caso do Dr. Burke aceitar pernoitar aqui nos Hamptons.

— Ok! – depois de recolher as sacolas e a mala ele avisou - Estarei na sala aguardando você para a nossa reunião com minha mãe e com o Dr. Burke.

— Descerei logo.

— Não demore. – e deu um lindo sorriso, abrindo a porta e retirando-se do quarto com as sacolas e a mala dela.

Assim que Castle deixou o quarto, Kate se sentou na cama, como se suas pernas não mais aguentassem suportar seu próprio peso.

Sentada e com os cotovelos apoiados nos joelhos, Kate pôs as mãos no rosto, em posição de oração – Meu Deus! Peço-lhe que continue me ajudando a aguentar ficar do lado deste homem que eu tanto amo, mas que não tenho o direito de sequer tocá-lo e beijá-lo... Ah, meu Deus... Nós nos beijamos! Fazei com que ele recobre a memória e volte a ser o Richard Castle... Preciso que ele volte a ser o homem que me ama verdadeiramente. O homem que eu amo de corpo e alma.

 

 

... continua...


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Notas finais do capítulo

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AVISO: Esta é uma história de ficção e as soluções que eu escrevi aqui sobre Medicina e Direito não podem ser comparados com a realidade. Todas elas são frutos da minha imaginação.

➡️Preciso que vocês me informem o melhor dia e o melhor horário para eu postar o próximo Capítulo.



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