Segunda chance para o nosso amor escrita por Denise Reis


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá, quero agradecer a "Glaucia", por ter favoritado esta minha fic. Obrigada, amiga.


Em 27/04/2020, às 15:39 --------- Fiquem agora com o CAPÍTULO 10



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Kate tinha quase certeza que o homem que acabara de entrar pela porta principal do restaurante se tratava de Jonathan Rossi, o monstro que assassinara Madleen Rossi e o seu mordomo.

Beckett interrompeu abruptamente seu assunto com João Marinho e ficou bem próximo a ele a fim de segredar algo importante, como tinha hábito de fazer com o Castle – Seja discreto.

— O que houve? – ele indagou, também sussurrando, mostrando-se reservado, mesmo que seus olhos estivessem atentos.

— Depois eu te explico... – Beckett piscou para ele, pedindo ajuda.

Mesmo sem compreender o que acontecia, João Marinho deu a entender que colaboraria.

Captando o retorno positivo de João Marinho, Beckett explicou – Aquele homem ali... – ela indicou a mesa onde o tal homem se sentou – Você já o viu antes? – Kate perguntou para João Marinho, tomando muito cuidado para não chamar a atenção de ninguém, principalmente do tal suspeito.

— Um de cabelo claro, com cachos compridos... camisa azul e bermuda jeans, que está acompanhado de uma mulher que está com um carrinho de bebê?

— Exatamente!

— Todos o conhecem por aqui... Aquele é o JR!

Beckett refletia que não podia ser coincidência o fato daquele homem ser conhecido como “JR”, ou seja, as iniciais de Jonathan Rossi. Ela estava quase certa que aquele era o assassino de Madleen Rossi.

Percebendo que a moça estava pensativa, João Marinho continuou a explicação acerca do JR.

— As pessoas da praia comentam que ele chegou aqui um pouco antes de mim. Ele é morador da região e aquela é a mulher dele...

— Ah, quer dizer, então, que ele mora em uma daquelas mansões da região, onde estão as casas de verão dos ricos e famosos... Você é amigo dele?

— Não! – João Marinho foi categórico – Eu digo “não” para as duas perguntas que você me fez, Srta. Beckett. Ele não mora nas mansões e ele não é meu amigo.

— Então... Ele mora aonde?

— Ele mora em uma casa enorme de aparência muito simples, mas... Veja bem, eu não sou fofoqueiro, mas do jeito que você está falando, imagino que existe algo muito errado com esse cara, então, preciso te dizer que Ana, a garçonete, já foi lá para um trabalho temporário, e comentou muito secretamente com a gente, que a casa dele é muito estranha.

— Estranha? Como assim, “estranha”? O que foi que ela viu por lá?

— Como eu falei, a fachada da casa é toda simples... Eu diria até que é bem feinha mesmo, mas o estranho é que a Ana disse que a parte externa da casa não tem nada a ver com o interior, pois, por dentro, parece uma mansão dessas dos ricos e famosos e que é a coisa mais fantástica que ela já viu. Além da decoração ser perfeita, os espaços são amplos e os aparelhos domésticos são do último modelo, ou seja, tudo lá é muito caro, nada compatível com o exterior da residência, que nem tinta nova na parede tem. Está toda desbotada e descascada. Onde deveria ter um jardim, tem mato por todo lado. Parece uma casa desabitada.

— E por que a Ana ou vocês não chamaram a polícia para investigar essa coisa estranha? Isso não é normal.

— Devo confessar que eu quis fazer isso, mas meus amigos tiveram de me segurar para eu não agir. Não gosto de ver nada errado. Era muito óbvio que ele esconde alguma coisa. O que? Eu não sei. Só sei que eu sou muito curioso e até quis investigar, mas meus amigos me impediram. Então eu quis ir à polícia, pois pensei igual a você. A vontade de investigar me corroía, mas, como o pessoal daqui não se envolve com a vida dos vizinhos, então, eu relaxei. E foi melhor mesmo, pois não tenho documentos... Acho que os perdi no acidente de barco. E, obviamente, a polícia não iria acreditar em um homem sem documentação. Seria mais fácil eles me prenderem do que começar a investigação contra o JR.

Ao ouvir aquela informação, Kate teve mesmo certeza que o João Marinho era mesmo o Castle, então trataria disso depois, já que o mais importante ela já sabia: Richard Castle estava vivo.

Kate se levantou, deu alguns passos para sair do campo de visão dos clientes e João Marinho foi atrás dela, ficando longe de Martha e Alexis – Mas agora você vai me contar tudo que você sabe. – ele a instigou.

Kate percebeu que havia em João Marinho o mesmo perfil investigativo do Richard Castle e o mesmo senso de justiça. Os olhos dele, passavam confiança. Lógico que era o Castle!

— Se eu te contar, você jura que não vai falar para ninguém? – Beckett indagou.

— Juro! – ele afirmou.

— Veja bem... Se a minha memória não está me traindo, aquele é Jonathan Rossi. O JR, como ele se apresenta para vocês aqui no vilarejo... Ele é um foragido da polícia de Nova York. Ele matou a esposa e o Mordomo.

A expressão de espanto e ódio que surgiu no rosto dele era idêntica a que o Castle fazia – Mas é mesmo muito cara de pau! Presunçoso! Ainda teve a petulância de usar a alcunha de JR, ou seja, as iniciais do seu próprio nome... Ele acreditava, realmente, que sairia impune.

— Pois é... – Kate concordou.

— Você tem certeza disso, Srta. Beckett?

— Tenho! Principalmente depois das informações que você me deu sobre a casa dele.

— Ah, vejo que fui útil!

— Você é um colaborador nota dez!

— Obrigada! – ele brincou.

— Em Nova York ele é um arquiteto bilionário e quando esse povo rico quer burlar a justiça, providenciam outras contas em bancos nos paraísos fiscais... E como o FBI e a CIA vetaram sua saída do país, muito natural que ele procurasse se esconder aqui, num local onde ninguém imaginou que ele estivesse... Um vilarejo simples e uma casa aparentemente sem luxo. E para superar a falta de conforto, ele projetou um interior imponente e, para isso, deve ter contratado mão de obra barata para executar.

— Foi isso mesmo que aconteceu. Ele contratou um pessoal daqui mesmo.

Kate fez uma expressão de prazer por ter acertado.

— E o que é que você vai fazer, Srta. Beckett?

— Por favor, para de me chamar de Srta. Beckett. Só Kate ou Beckett.

Ele sorriu diante daquele pedido – Ok, Beckett!

— Bem... Eu não sou daqui... – ela piscou para ele – Sou turista e tenho o mês inteiro de férias. Estou hospedada em outra praia. Vou voltar pra lá e telefonar para a polícia.

— Jura? – ele gostou daquela notícia – Eu bem que poderia ter investigado isso. Claro que é muito estranho morar numa casa feia e estragada por fora e ser uma mansão milionária por dentro. Se ele não fosse um assassino, poderia ser um mafioso... – João Marinho ficou a refletir... – Poderia ser também um investigador da CIA, disfarçado... Bem, mas você já falou que ele é o criminoso...

Kate ouviu o comentário de João Marinho, que pensava do mesmo modo do Castle, e ela só não riu, porque estava preocupada com JR.

— E eu fico imaginando uma coisa... – ele comentou – Acho que os investigadores devem ter ficado frustrados quando encontraram o corpo do Mordomo...

— Porque?

— Ah... Com o Mordomo morto, ficou óbvio que ele, o mordomo, não era o assassino dessa tal Madleen Rossi.

— Castle! – Kate o repreendeu – Tenha respeito com as vítimas!

— Eu já te disse que eu não sou o Castle! Meu nome é João Marinho.

— Ah, desculpe...

— Mas... voltando a falar sobre a casa do JR... Estou aqui pensando uma coisa... Essa coisa toda de foragido morando em uma casa simples por fora e uma mansão por dentro, com certeza daria uma ótima história para um livro de mistério. – ele comentou.

Os últimos comentários dele apertaram o peito de Kate, pois só confirmava que ele era mesmo o Castle.

Mas Kate logo foi tirada do devaneio com a pergunta seguinte.

 – Hey, agora que eu acordei... – ele fez uma expressão de dúvida – Como é que você sabe de todas estas informações sigilosas, Beckett? – ele estava muito curioso – Ops! Já sei. Você é uma Agente do FBI ou da CIA e está disfarçada... Está fingindo ser uma turista em férias.

— Depois eu te explico. Eu agora tenho que ir embora para telefonar para a polícia.

— Sério que você vai embora e me deixar sem resposta? Você vai embora depois de eu ter te contado tudo? E nem vai me dizer se você trabalha para o FBI ou para a CIA? – ele sussurrou, demonstrando que entendia que aquele assunto era sigilo.

— Eu volto, mas tenho que ir agora. – Beckett garantiu – Tenho pressa em telefonar para a Polícia.

— Você vai mesmo? Logo agora que estávamos nos entendendo... – ele fez aquele último comentário em tom sedutor, sorrindo.

— Estávamos, é? – ela indagou e sorriu de volta.

— Sim... Claro que estávamos. – ele respondeu, convencido, o que divertiu Kate.

— Eu volto! – ela prometeu.

— Ok! Vou te esperar. Quem sabe... Você disse que está de férias... Caso você não seja do FBI ou da Cia, então temos o mês inteiro pela frente.

— Eu não sou do FBI ou da CIA. – muito feliz porque o Castle estava vivo e bem ali na sua frente, ela sorriu ao fazer aquela revelação.

— Adorei saber que você é mesmo uma turista e que temos chance... – falou com charme e confiança, bem do jeito Castle de ser –  Mas confesso que fiquei um pouco frustrado por saber que você não é uma Agente do FBI ou da CIA, disfarçada. – ele fez uma careta engraçada que os levou a rir – Vou te aguardar, Beckett. Poderemos nos conhecer melhor, moça...

Parecia que os dois estavam a sós, só que Martha e Alexis assistiam, silenciosas, ao diálogo e sussurros do casal que, anteriormente, segredavam sobre Jonathan Rossi.

— Então, eu já vou! Amanhã eu retorno, como combinei. – Beckett afirmou.

No entanto, aquela abrupta decisão de Kate fez com que Martha e Alexis resolvessem se manifestar.

— Eu também queria que ficássemos aqui, Kate. – Alexis admitiu.

— E eu também. – Martha afirmou.

Kate enviou um olhar de súplica para Martha – Hoje não, Alexis! Mais tarde a gente conversa.

— Mas você vem mesmo, Beckett? – João Marinho indagou – Posso esperar mesmo?

— Claro que pode! Eu já te disse que venho. Pode confiar em mim. – Beckett afirmou e deu um sorriso maroto para ele – Pode ter certeza que eu só vou embora agora porque não tem outro jeito. Minha vontade é te levar comigo ou ficar e... conversarmos... – ela expressou seu desejo e deixou nas entrelinhas que falava sério, o que ficou confirmado pelo sorriso sedutor que dirigiu a ele no final, mas logo caiu em si e falou sério – E também tem aquele outro assunto... Aquele... – de forma discreta, ela olhou na direção da varanda frontal do restaurante, onde estava o JR .

Ele entendeu.

— Além de querer te ver novamente, Beckett, juro que estou muito curioso com tudo que aconteceu agora. Estou mesmo ansioso para saber o motivo de todas estas demonstrações de carinho de vocês três e porque esta linda menina me chamou de “papai”. – ele piscou o olho para a garota e deu um sorriso maroto, deixando Alexis toda contente – E também tem aquele outro assunto... – ele sussurrou e Kate entendeu que ele se referia a JR.

— Estou chateada por ter que ir embora, Beckett! – Alexis se queixou.

— Minha querida, eu prometo que voltaremos.

— Você sabe que eu posso vim aqui sozinha, não sabe? – a garota ameaçou.

— Mas você não vem, não é mesmo, porque você é uma garota obediente. – Beckett afirmou, amável, em tom de repreensão velada.

A menina torceu a boca, insatisfeita. – Tudo bem, eu não venho sozinha. Mas você vai me trazer – Alexis afirmou, chateada por não poder ficar – Pode esperar, papai... eu vou voltar.

— Huuummm!!! Gostei de você, Alexis! Você é uma garota firme e decidia, igual a Beckett!

— Sim, sou decidida, você acertou! Mas vou fazer uma correção: Você não apenas “gosta” de mim. Você me ama! – Alexis emendou e exibiu um lindo sorriso.

João Marinho ficou embasbacado com a ousadia da garota – Se você diz... Eu acredito!

— Pode ter certeza! – Martha completou, firme, e exibiu um sorriso alegre.

— Isso mesmo, nós três te amamos! – Alexis finalizou, fazendo Kate ficar com o rosto mais vermelho do que um pimentão.

— Bom saber! – ele comentou com um sorriso feliz ao olhar para as três, e, ao final, fixar o olhar somente em Kate.

A troca de olhares entre Kate e João Marinho era contínua e eletrizante. Ela estava ansiosa, já ele, ostentava um lindo sorriso provocante e galanteador.

Apesar de nunca terem se encontrado antes, ele adorou saber que aquela linda moça o amava.

Ambos foram tirados do devaneio ao ouvirem a voz de Martha – Você não falou que precisávamos ir, Kate. Então vamos! – Martha a provocou.

— Ah... Claro! – ela confirmou.

— Já sei que esta noite vai ser longa. Vou esperar vocês três amanhã. Espero que não seja um trote. – João Marinho avisou.

— Ah, não é um trote. Pode confiar na gente! – Alexis afirmou e deu uma piscadinha de olho para ele – Pode ficar despreocupado porque nós voltaremos.

— Eu prometo que voltaremos! – Martha arrematou.

— Eu também! – Kate falou baixinho.

Alexis se jogou novamente nos braços dele, dando um abraço apertado e o encheu de beijos. – E eu te imploro para não desaparecer novamente, papai.

— Não estou entendendo essa história sobre eu desaparecer novamente, mas pode ficar tranquila que eu estarei aqui ansioso para ver vocês. Eu moro aqui e não vou para canto nenhum. – suas feições estavam leves. Ele estava feliz – Sou um homem de palavra!

Martha retirou Alexis dos braços dele e aproveitou para lhe dar um beijo estalado no rosto do jovem.

As três já se afastavam quando ele, com uma voz sedutora chamou Beckett e ela voltou a ficar perto dele – Faltou você – ele sussurrou.

— Eu? Faltou o que? – Kate indagou, curiosa.

— Não vou ganhar um beijo seu, Kate?

— Quem sabe depois... Se você merecer. – Com o rosto rubro, Kate respondeu baixinho, só que desta vez num tom mais leve e faceiro, quase sedutor – Talvez até mais de um...

O comentário sedutor de Kate fez os olhos azuis dele cintilarem e seus próprios olhos verdes ficaram mais brilhantes.

Atenta aos mínimos detalhes dos olhares trocados entre os dois, Martha sorria e torcia para que eles, finalmente ficassem juntos. O mais difícil de acontecer, já acontecera, que foi encontra-lo vivo e fisicamente saudável.

Martha e Alexis assistiam a cena como se fossem espectadoras de um filme romântico, mas a cena foi rapidamente interrompida porque a “mocinha”, de um jeito esplêndido, abandonou o cenário e passou por elas, sozinha, dando um passo para deixar o local, abandonando o “mocinho”, saudoso e com um olhar de esperança.

— Eu voltarei, criança! – Martha avisou.

— Ela me chamou de “criança”! – João Marinho riu, pois achou engraçada aquela forma de tratamento – Logo eu, um homem com quase um metro e noventa de altura. – ele sorriu, maroto.

 

— É! – Kate sorriu de volta, completamente maravilhada com o que via, mas tentava disfarçar – Ah!... Sua mãe é assim... Ela faz a mesma coisa comigo... Sempre!

— Você falou “sempre”... – ele indagou para Beckett

Com um lindo sorriso no rosto, Beckett olhou para ele – Depois te explico isso e muitas outras coisas. – ela piscou o olho, deixando-o ainda mais curioso.

A expressão do rosto dele não escondia a ansiedade para vê-la novamente. Ele queria que as três retornassem, mas a Beckett, em especial, o deixava abrasado e ele gostava dessa sensação.

— Sigam-me! – Beckett se dirigiu para Martha e Alexis.

Martha e Alexis seguiram Kate.

Para não ficar no campo de visão do JR, Beckett decidiu sair pela saída lateral do restaurante e, neste momento, se depararam com a garçonete e Kate cuidou de se despedir da moça com um belo sorriso – Até breve, Ana! Obrigada!

Com um sorriso de felicidade, Ana correspondeu ao aceno das três turistas.

Ao saírem do restaurante, Kate, sem parar de andar, falou em tom de segredo para as duas – Não parem de andar, não olhem para trás e não me perguntem nada agora. Quando chegarmos em casa eu explico tudo.

— Mas Kate... – Alexis tentou argumentar.

— Meu anjinho, quando eu digo “tudo” é “tudo” mesmo, ok? Podem acreditar. Só posso adiantar que o que eu tenho que falar para vocês, não posso falar em público.

Martha e Alexis não entenderam aquele mistério todo, mas não contestaram. Seguiram em frente.

Já tinham andado cerca de quinhentos metros quando Kate parou abruptamente e fez uma cara de pavor.

— O que foi, Katherine? – Martha questionou preocupada.

— Oh, meu Deus! Não pagamos a conta do restaurante! – Kate confessou – Demos um calote! Que vergonha! Temos que retornar.

— Eu paguei a conta, criança! – Martha esclareceu.

— Ah, que alívio, Martha! Então, vamos continuar andando até o ancoradouro.

Rapidamente pegaram a barca que as levaria para a praia onde estavam localizadas as casas de verão da alta sociedade, das celebridades e, inclusive, a mansão do famoso bilionário, autor de vários bestsellers, Richard Castle, o homem que, graças a Deus, Martha, Beckett e Alexis tinham acabado de reencontrar

Assim que a barca começou a andar, Kate ficou bem próxima de Martha e Alexis.

Amorosa e muito contente, Beckett passou seus braços ao redor dos ombros da criança, num abraço – Por enquanto, só quero dizer que eu não estou me aguentando de tanta felicidade por termos, finalmente, encontrado o seu pai. Eu quero pular de alegria.

— Eu também, Kate! – Martha comentou e se juntou ao abraço, sendo acolhida pela neta e pela detetive – Estou numa felicidade maravilhosa.

— E eu, então, eihm! Reencontrar meu pai foi o melhor presente que a vida me deu.

— Mas em casa conversaremos melhor. Prometo. – Kate avisou.

Durante o trajeto marítimo, Kate se escorou na balaustrada do barco e olhava as ondas sendo tragadas pela embarcação. Seu coração ainda batia acelerado e agora, suas mãos tremiam, talvez porque não pudera abraçar e beijar o homem que amava, do jeito que seu corpo e sua mente pediam.

Só que, por enquanto, não poderia contar acerca da sua verdadeira identidade para ele, muito menos leva-lo de volta para a sua própria casa, pois, do jeito que ele estava confuso, nunca iria acreditar nela e o pior, poderia resultar num choque irreversível. Ele nunca acreditaria que seu verdadeiro nome era Richard Castle.

Antes de pensar em revelar sua verdadeira identidade, Kate teria que pedir ajuda médica. Ela não queria assustá-lo e também teria que pedir ajuda da polícia para comparecer ao local e comprovar que o Castle estava vivo e que usava nome diferente porque, na verdade, não sabia quem era. Agindo assim, com estas precauções, Kate tinha certeza que ele não seria indiciado por falsidade ideológica, muito menos por crime fiscal, até porque, morava de favor na casa dos donos do restaurante onde, aliás, trabalhava como pescador.

Por amor, ela o deixou no restaurante. Mas muito em breve, ele retornaria a sua própria casa.

Beckett se sentia mais alegre do que se tivesse ganho sozinha um bilhete premiado e, num rompante de felicidade, abraçou novamente Martha e Alexis – Eu não estou conseguindo controlar minha alegria por termos encontrado o Castle!

— Eu também, Kate! – Alexis afirmou – Eu queria sair gritando por aí... – ela ria.

— E eu, então... Meu coração de mãe estava em pedaços e agora está inteiro, mas muito acelerado!

Ficaram, assim, conversando sobre a felicidade que sentiam.

Com o coração apertado enquanto conversava com Martha e com a Alexis, Kate previu que aquela tarde seria de muitas ligações telefônicas e de muitas providências.

Ela se sentia muito feliz e ao mesmo tempo muito triste, pois, ela vira o Castle, mas não pode abraça-lo. Mas tinha consciência que precisava continuar otimista. Pensando desse jeito, teria muito tempo para abraça-lo.

 

 

... Continua...


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Notas finais do capítulo

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