Férias na Praia escrita por amethyst


Capítulo 1
Mergulho no Mar


Notas iniciais do capítulo

Eu sou totalmente apaixonada por Turma da Mônica Jovem, e mesmo tendo alguns capítulos prontos, acho que tô postando essa história meio no impulso, então, perdoem se houver qualquer mudança na sinopse ou outra coisa.

Os casais estão praticamente definidos, e por mais que eu goste de xavenise, eu tenho que reconhecer, principalmente depois das edições mais recentes, que jerenise é melhor e eu sou apaixonada neles. Como podem ver, essa história é obviamente Denise x Jeremias, por isso tenho até medo ninguém ler kkkkk.

Vocês já vão ter uma ideia dos outros casais durante esse capítulo e no máximo, no próximo. Eu espero realmente que vocês gostem, comentários são sempre bem vindos e me motivam.

*** Há menções de anorexia nesse capítulo, se você não se sentir bem com esse tópico, pode pular se quiser, não é mencionado nada forte, mas acho melhor avisar ***



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/789535/chapter/1

 

Férias na praia já estava virando um clichê.

— Sério mores, vocês precisam ser mais originais. Eu adoro pegar um bronzeado, mas praia de novo?

— Ah vai Dê, dessa vez vai a galera toda, vai ser mais divertido. Pode confiar. – Mônica sorriu e ela revirou os olhos, fazendo Magali rir.

— Você ainda tá hesitando por causa dessa história de Xavecão e Denise do futuro e tals?

— Ah, sei lá Magá. É esquisito. Eu não queria ficar com essa história de futuro apocalíptico na cabeça toda vez que a gente saísse de férias. E eu sei que ele nem vai estar lá, mas eu só lembro dele me empurrando pro Xaveco como se eu fosse uma mercadoria que ele queria vender, pra mim não dá. Amor próprio que chama, gatas.

— O Xaveco garantiu que ele não tá mais lá. E se ele aparecer, tanto faz. – Mônica deu de ombros enquanto ajudava a amiga a fechar a mala – Ele não decide seu futuro, se você não quiser o Xavequinho agora, e daí?

— Tá bom. Vou confiar dessa vez. A gente vai como?

— Os parentes do Xaveco arranjaram duas vans pra levar a gente.

— Então, até amanhã manas. Prometo que não sumo, não sintam minha falta.

Elas riram e se despediram. Denise olhou para as malas que havia acabado de fazer e suspirou, rezava para não estar errada quanto à sua decisão. Ela não queria ser a empaca rolê, já que todo mundo tinha confirmado presença. Até a Carmem.

Sentiu o celular vibrando no bolso da calça e desbloqueou a tela para ver quem havia mandado mensagem. Olhou para o nome do contato onde se lia Parceiro de crime. Cebola.

C: Tudo certo pra amanhã, Dê? A Mô me disse que você não tava muito afim.

D: Relaxa more, minha presença tá garantida. Só acho que praia tá virando rotina pra gente.

C: Vocês nem me chamaram da outra vez, me esqueceram no churrasco.

Denise riu alto e balançou a cabeça antes de responder.

D: Fofo, você e a Mô nem se olhavam na escola, achou que a gente ia te chamar pra poder provar a torta de climão que você ia levar?

C: Haha, engraçadinha. Bom, agora tá tudo de boa, então eu quero ver a senhorita bem animada e surfando.

D: Não força a amizade, anjo. Se eu entrar no mar já é pra glorificar.

C: Eu te faço entrar por bem ou por mal.

D: Faz-me rir. Olha que eu nunca mais falo com você.

C: O que seria de mim, meu Deus?

D: Anjo, você não teria uma namorada se não fosse por mim. Agora boa noite que eu preciso do meu sono da beleza antes de aguentar aquele povo todo numa van.

C: Bom saber que você nos ama. Boa noite, Dê.

D: Boa noite, more.

Ela sorriu e colocou o celular para carregar antes de apagar a luz e deitar em sua cama. Amanhã a viagem seria longa e ela precisava descansar. Então tentou limpar todos os pensamentos que passavam por sua mente e fechou os olhos.

X

De quem tinha sido a ideia de deixar o Titi encarregado da playlist da viagem? Sinceramente, ela agradecia pela existência de fones de ouvido. Ao seu lado, Carmem dormia calmamente com uma revista abandonada no colo. Como ela conseguia dormir com a música naquela altura, Denise não sabia, mas ela estava no limite. Virou para trás procurando onde Titi estava pra mandar ele abaixar um pouco o volume, mas encontrou os olhos de outra pessoa.

Jeremias estava ao lado do melhor amigo, que ria com os outros garotos enquanto gritavam a letra da música que tocava. O garoto olhou para cima por um segundo, vendo Denise o olhando, o que fez um sorriso aparecer em seus lábios. Ele acenou para ela, que retribuiu e sorriu igualmente. Em seguida fez um gesto com a mão indicando para diminuir o volume da música, apontando para os próprios fones. Ele assentiu e bateu levemente no ombro de Titi, chamando sua atenção.

— Cara, abaixa um pouco, na moral. Nem todo mundo curte esse som.

O amigo revirou os olhos mas fez como pedido e Jeremias voltou seu olhar à menina de marias-chiquinhas que o olhava com um sorriso de lado, jogando-lhe um beijo em agradecimento. Ele riu e encostou-se no banco.

Ele não sabia o que sentia por Denise, mas a garota certamente o fazia bem. Ela era divertida e engraçada e muito bonita, claro. Mas acima de tudo, era uma companhia ótima, depois de tudo aquilo de “Portal das Trevas” que eles passaram, ele tinha tomado coragem de chamar a garota para um cinema, e ambos se divertiram e combinaram de sair novamente, mas não tinham tido muito tempo depois por conta da escola, bom, até agora.

Claro que ele não tinha a intenção de ficar com a garota nas férias e depois acabar tudo. Na realidade, ele realmente queria usar aquele tempo para conhecê-la melhor, e depois, quem sabe?

Jeremias foi tirado de seus pensamentos por Franja gritando que haviam chegado. Ele se levantou e caminhou até a porta quase sendo atropelado pelos colegas. Mônica e Magali foram imediatamente cumprimentar Xaveco, seguidas pelas outras garotas, enquanto o restante retirava as bagagens das vans.

— A Bia já deve chegar, enquanto isso vocês podem ir lá e escolher os quartos. Mas acho que alguém vai ter que dormir na sala. Podem ficar até três pessoas em um quarto. – Xaveco informou indo ajudar os amigos com as malas – Depois nós voltamos e pegamos uma onda.

Jeremias viu Cebola entregar as malas de Denise para a própria, que seguiu Mônica e Magali para dentro da grande casa de praia.

— Topa jogar vôlei depois, mano? – Titi perguntou cercado por Maria Mello, Marina, Cascão, Cebola, Isa e Nimbus.

— Fechou. Só vou guardar minhas coisas.

— Nimbus levou as minhas malas e as dele na sala, vai lá e coloca as suas. A gente vai preparar a rede.

Jeremias se dirigiu para dentro da casa e colocou as malas em um canto da sala, encontrando com Denise na volta.

— Tá indo aonde, fofo?

— Jogar vôlei com uma parte da galera, topa?

— Passo. Mas eu vou pegar um bronzeado e assisto vocês jogando.

— Beleza, torce pra mim?

Ela riu e assentiu. Ele correu até os amigos que o aguardavam. Ele, Titi, Marina e Isa contra Cascão, Cebola, Nimbus e Maria Mello. Denise deitou em uma cadeira de praia ao lado de Carmem, enquanto do outro lado, sob um guarda-sol, Cascuda e Franja liam livros. Ela revirou os olhos. Já Mônica e Magali nadavam enquanto Xaveco e Bia ensinavam Aninha a surfar.

O jogo começou e depois de alguns minutos, o time de Jeremias ganhava de 3x2 e ela não podia esconder o sorriso. E não só por ele ficar incrível sem camisa. Talvez se ficasse mais na companhia do garoto ela poderia deixar toda a história de romance planejado com Xaveco de lado. Talvez ela pudesse mudar o futuro. Ela só queria ter controle do próprio presente.

Seu celular vibrou e ela desviou o olhos do jogo para encarar o nome do contato. Embuste. Ok, ela não tinha ideia do que Zeca poderia querer, mas já queria revirar os olhos só de pensar.

Não é que Denise odiasse o garoto. Mas ele dava nos nervos desde que eram crianças, e tudo bem, eles já chegaram a ficar por um tempo, mas não tinha sido nada sério. Ela nunca tivera um relacionamento e isso a deixava irritada.

Claro, ela era a Denise e não vivia pra correr atrás de namorado, mas olhando Mônica e Cebola, Marina e Franja dava vontade de ter alguém também. Desde que ela pudesse escolher esse alguém. Seu celular vibrou de novo, mas o que realmente chamou sua atenção foi a comemoração de Jeremias e Titi. O de cabelos cacheados a olhou com um sorriso quase infantil de felicidade e ela riu enquanto batia palmas.

Cebola sentou ao lado dela e ela revirou os olhos com a cara emburrada que ele fazia.

— Ai que judiação, ele perdeu.

— Eu só tô enferrujado. Podia ter ganhado.

— Claro. Se fosse num videogame.

Ele a olhou e levou a mão ao peitoral fingindo estar ofendido.

— Sabe que eu ainda posso te jogar na água né?

— Se os seus dois neurônios restantes funcionam você não vai nem ousar, more.

— Tem razão.

Ela guardou o celular na bolsa e um segundo depois ele a levantou colocando-a sobre o ombro dele e correu até o mar.

— Ah, eu te mato, Cebolácio, me leva de volta, infeliz. Socorro! Help!

Ele a jogou na água e ela ouviu as gargalhadas de Mônica e Magali.

— Suas traidoras! Amigas da onça, é isso que vocês são!

— Quanto drama, Dê, é só água.

— Quando vocês acordarem encharcados também vai ser só água, aí a gente vê quem vai estar rindo.

— Mas cê tá brava? – Cebola riu e ela não conseguiu mais fingir irritação. Apenas jogou água nele, que revidou. O resto do grupo se aproximou e todos começaram uma guerra de água.

Xaveco e Bia usavam as pranchas como escudo enquanto Cebola tinha Mônica sentada em seus ombros, ambos jogando água em Magali, que usava Cascão como escudo humano. O mesmo gritava todos os palavrões que conhecia para os amigos pararem, até que ele começou a revidar também. Titi mergulhou e puxou os pés de Cebola enquanto Marina empurrava a amiga dos ombros do namorado.

Todos se entreolharam e gargalharam. Já estava escurecendo, então eles resolveram entrar e tomar banho, para que pudessem decidir com o restante o que iriam jantar. Como a casa possuía quatro banheiros, Denise, Carmem, Titi e Cebola foram os primeiros a correr para os mesmos, pois não queriam ter que esperar o restante. Quando todos terminaram, Xaveco os reuniu na sala.

— Então, eu esqueci de fazer compras então a gente vai ter que se virar com as três pizzas congeladas aqui.

— Sem ofensa, mas você é o pior anfitrião do mundo. – Carmem resmungou e o loiro revirou os olhos.

— O que mais me impressiona é que ela disse “sem ofensa”. – implicou Cascuda fazendo todos rirem e Carmem mostrar o dedo do meio para ela.

Mônica, Cascuda e Xaveco foram os responsáveis por colocar as pizzas no forno e olhar até que estivessem prontas. E enquanto isso, o restante se dividiu para fazerem diversas coisas.

Maria Mello parecia tensa a cada minuto que passava. Parecia que o jantar não ficava pronto nunca, e ela não queria que ficasse, para ser sincera. Isa pareceu notar a tensão nos ombros da amiga e sentou ao lado dela no sofá.

— Tá tudo bem, Má?

— Ah, tá sim, por quê? – disse tentando disfarçar.

— Porque você tá sentada toda encolhidinha aqui, e eu tô preocupada.

Claro. Maria pensou. Eu sou sempre motivo de preocupação.

— Eu... Não tô com fome.

— Maria...

— É sério! Não tô me sentindo muito bem, acho que foi o jogo mais cedo...

— Eu já li que isso pode ser um efeito de-

— Não. Fica tranquila, Isa. Eu almocei bem, só preciso descansar um pouco, ok? Vou pro nosso quarto.

Isa, mesmo frustrada, sabia que não ia adiantar força-la à nada. Maria tinha que tomar as próprias atitudes, e isso não significava que ela iria desistir, mas não sabia como podia ajudar sem parecer que queria controlar a amiga.

Carmem observava a cena de longe, mordendo os lábios de nervosismo. Suspirou, e foi falar com Isa assim que Maria se levantou e saiu.

— Tá tudo bem com a Maria? – perguntou em um tom quase tímido.

Isa arqueou as sobrancelhas, surpresa estampada em seu rosto pela atitude da Frufru, o que não passou despercebido pela mesma. Porém logo se recompôs e a encarou.

— Ela disse que não tá com fome e que precisa descansar porque não tá se sentindo muito bem, por conta do jogo hoje. Mas eu não tô me sentindo mal, nem ninguém mais que jogou. Eu sei que não parece nada demais, mas eu já li sobre isso. Esse cansaço dela e ela se sentir enjoada pode ser por conta da anorexia.

— Ela não procurou um médico?

— Acredito que sim, mas... Não é fácil, Carmem, não é uma doença que simplesmente desaparece. Eu achei que ela tava melhor, mas agora eu não sei mais, e isso tá me deixando muito nervosa. Eu quero ajudar, mas não posso pressioná-la, ela precisa querer melhorar também.

— Eu não sabia que era assim tão sério... – Carmem suspirou.

— Muita gente não sabe. Talvez nem a Má tenha percebido o quanto é sério. Eu tive dificuldade em aceitar meu corpo também, mas não passei pelo mesmo que ela. Olha, eu percebi que você tá preocupada...

As bochechas de Carmem adquiriram um tom mais rosado, porém Isa não pareceu notar.

— Se quer ajudá-la, Carmem, acho que devia dar uma pesquisada primeiro, assim como eu. Afinal, ela tem que se sentir confortável com a gente e nós não podemos simplesmente olhar pra ela e mandá-la procurar um médico.

— Você tá certa. Vou fazer isso agora. – Isa sorriu pra ela, que retribuiu nervosamente.

Não sabia de onde aquela vontade de ajudar Maria Mello tinha vindo, mas já havia escutado como distúrbios alimentares eram comuns entre meninas de idade delas. Além disso, Maria era modelo, e isso com certeza influenciava na visão que a garota tinha de si mesmo.

Carmem queria ajudar. Só queria que Maria Mello percebesse...

— O quão linda ela é. – murmurou para si mesma.

X

— Cá... Cá... Cá!

Cascuda pulou levemente com o susto que levara. Mônica sorriu e revirou os olhos, apontando para as pizzas que a loira supostamente deveria estar observando.

— Acho que já estão prontas, se não vão queimar.

— Ah, claro. Foi mal. – colocando as luvas, retirou as pizzas com a ajuda da amiga, colocando-as em cima da mesa que Xaveco havia arrumado.

— Tá tudo bem? Você tá meio avoada e isso não é muito comum.

— Relaxa, Mô. Não é nada muito grave, eu acho. Eu e o Cás brigamos uma semana antes de virmos pra cá, o clima não tá bom ainda.

— Nossa, ele não comentou nada. Foi alguma coisa séria?

— Na verdade foi uma coisa muito simples. Isso que me preocupa. A gente vem brigando cada vez mais por coisas triviais, sabe? Tenho medo do nosso namoro acabar.

— Imagina, Cá. Isso não quer dizer que vocês não se gostam mais. Eu e o Cê também brigamos por umas besteiras as vezes, é normal. Garanto que isso é passageiro.

— Espero que você tenha razão. Bom, - Cascuda esfregou as mãos tentando mudar de assunto, não queria pensar em um possível término no momento – É melhor chamarmos todo mundo, o cheiro tá tão bom que eu juro que comeria tudo sozinha.

— Credo. – Mônica riu enquanto saía para chamar o restante – Tá parecendo a Magá.

Cascuda cruzou os braços, o sorriso sumindo de seu rosto.

Por alguma razão também não queria pensar em Magali.

X

Denise saiu da casa e suspirou ao ver o semblante daquele boné tão familiar. O garoto estava sentando próximo ao mar, violão nos braços, tocando uma melodia calma. Ela admirou o visão por alguns segundos antes de se juntar a ele.

— E aí, gato?

Jeremias sorriu pra ela, parando de tocar.

— E aí, Dê?

— As pizzas tão prontas e você sumiu, alguém tinha que vir atrás de você. Sorte minha te pegar tocando.

— Sorte minha que foi você quem veio me procurar. – sorriram um para o outro – Quero aproveitar essas férias pra compor alguma coisa e você me inspira.

Denise agradeceu o fato de a luz da lua não ser suficiente para permitir que o garoto visse sua expressão afetada e ruborizada.

— Se fizer alguma música eu quero meus créditos por ser sua musa inspiradora, fofo. – ele riu e olhou em direção à casa – Mas sério, ajudo no que precisar. Agora, é melhor a gente voltar antes que não sobre nada pra gente.

Jeremias riu e se levantou, estendendo a mão para ajudá-la. Os dois andaram calmamente e apenas se soltaram quando passaram pela porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso, queria muito saber o que vocês acharam. Já tenho uns capítulos prontos e tô adorando escrever os casais demais. Peço desculpas qualquer erro, e, a respeito da anorexia da Maria Mello, eu estou tentando retratar esse assunto da melhor forma possível e com respeito, então, qualquer coisa que você achem/saibam sobre esse tópico podem me mandar mensagem. Quero fazer o melhor possível.

Até o próximo gente! E, ai ai, a Denise e o Jeremias não são uma fofura?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Férias na Praia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.