Believe In Magic: Um novo começo. escrita por Gab Murphy


Capítulo 23
Capítulo 22




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A sineta tocou alta um pouco depois do Prof. Tofty ter voltado para o Salão Principal, pois tinha levado Harry para fora. Depois do surto do garoto, Amélia ficou preocupada demais para se concentrar de novo, mas mesmo com o estômago embrulhado com a aquela sensação ruim que iria era estranhamente familiar conseguiu terminar todas as questões. Entregou a prova e, junto com Hermione e Rony, foi atrás de Harry.

Correram, empurrando estudantes para fora do caminho, obviamente sob muitos protestos furiosos. O avistaram no topo de um degrau de mármore indo apressadamente ao encontro dos amigos.

— Harry! - Amélia disse, olhando-o assustadoramente. - O que aconteceu? Você está bem?

— Onde você esteve? - disse Rony.

— Venham comigo - disse Harry rapidamente. - Vamos, tenho algo para contar.

Foram até o primeiro andar, numa sala de aula vazia da qual Harry rapidamente fechou a porta no momento que entraram.

— Voldemort pegou Sírius.

O coração de Amélia acelerou, a sensação na boca do estômago mesmo que parecesse familiar, a garota não conseguia lembrar o motivo. Mas tinha suas suspeitas.

— O quê? - Amélia perguntou dando um passo para trás, a mão direita apoiada na barriga.

— Como você…

— Eu vi. Agora. Quando eu fiquei desacordado durante o exame.

— Mas... Mas onde? Como? - disse Hermione, ficando pálida.

— Eu não sei como. Mas eu sei exatamente onde. Existe uma sala no Departamento de Mistérios cheia de esconderijos com pequenas bolas de cristal e estavam no final da porta noventa e sete... Estava tentando usar Sírius para conseguir algo que ele queria de lá... Torturava Sírius... Dizendo que no final iria matá-lo!

Harry estava com sua voz trêmula, como se estivesse em pânico. Puxou uma cadeira e sentou, contendo-se.

— Como nós chegaremos lá? - Harry perguntou.

Fez-se um momento de silêncio. Depois Rony disse:

— Che-chegar lá?

— Chegar ao Departamento de Mistérios, então poderemos resgatar Sírius - gritou Harry.

— Mas Harry... - murmurou Rony.

— O quê?

Amélia não sabia bem como reagir aquele pedido, era algo um tanto quanto irracional? Sim, mas ela o entendia, sua única família corria risco de vida (ou achavam que corria), se ela estivesse no lugar dele não estaria nem aqui ainda. Porém, por outro lado, ela entendia Rony e Hermione.

— Harry - falou Hermione, assustada. - Ahn... Como... Como você sabe que Voldemort entrou no Ministério da Magia sem ninguém notar?

— Como eu sei? - observou Harry. - A pergunta é como nós chegaremos lá!

— Mas... Harry, pense nisso! São cinco horas da tarde... O Ministério da Magia deve estar cheio de gente... Como Voldemort e Sírius entraram sem serem vistos? Harry... Eles provavelmente são os dois bruxos mais procurados no mundo... Você acha que poderiam chegar num prédio cheio de Aurores sem serem notados?

— Eu não sei, Voldemort usou uma capa de invisibilidade ou coisa semelhante! - berrou. - De qualquer forma, o Departamento de Mistério estava sempre completamente vazio quando eu estive…

— Você nunca esteve lá, Harry - disse Hermione tranquilamente. - Você sonhou com esse lugar, só isso.

— Não são sonhos comuns - berrou, levantando-se e se aproximando dela. Amélia ficou atenta a qualquer movimento violento dele. - Como você explica aquilo sobre o pai de Rony? Quando ele veio eu já sabia o que tinha acontecido com ele!

— É um bom argumento - Amélia falou tranquilamente, olhando Hermione.

— Mas isso é... É impossível! - disse Hermione desesperadamente. - Harry, como Voldemort capturou Sírius se estava em Grimmauld Place todo este tempo?

— Sírius provavelmente não aguentou e foi respirar um ar puro - falou Rony, parecendo preocupado. - Ele estava desesperado para sair daquela casa por anos…

— Eu não sei, pode ter muitos motivos! - Harry se afastou de Hermione. - Talvez Sírius seja só mais uma pessoa que Voldemort não liga em machucar…

— É só um pensamento - disse Rony. - O irmão de Sírius era um Comensal da Morte, não era? Talvez contou a Sírius o segredo de como obter a arma!

— É... Então é por isso que Dumbledore estava tão preocupado em manter Sírius trancafiado nesse lugar o tempo todo! - falou Harry.

— Olha, eu sinto muito - chorou Hermione - mas nada faz sentido, nós não temos provas de nada disso, nenhuma prova de que Voldemort e Sírius estão lá…

— Também é um bom argumento, Harry - Amélia falou, agora olhando para Harry.

— Hermione, Amélia, Harry os viu! - disse Rony, as rondando.

— Ok - disse ela, olhando assustada, mas ainda determinada. - Eu tenho que dizer isso…

— O quê?

— Você... Isso não é uma crítica, Harry! Mas você faz... Uma espécie de... Eu digo... Não que você tenha um pouco de um... Instinto de salvar pessoas? - ele a contemplava.

— E o que vem a ser o significado de "instinto de salvar pessoas"?

— Bem... Você... - ela olhou apreensivamente para ele. - Quero dizer... Ano passado, por um instante... No lago... Durante o Torneio... Você não deveria... Quero dizer, você não precisava salvar a irmã de Delacour... Você ficou um pouco... A levou…

Uma fúria se alastrou pelo corpo de Harry, Amélia pode ver, começou com ele mudando o peso da perna esquerda para a direita, depois cresceu o tronco e por último seus olhos brilharam.

— Quero dizer, foi bom para você e tudo... - falava Hermione rapidamente, olhando positivamente para o rosto de Harry. - Todos acharam algo maravilhoso que você fez…

— Foi engraçado - disse Harry entre os dentes - porque eu definitivamente lembro de Rony dizendo que eu perdi tempo bancando o herói... É o que você acha disso? Você acha que eu agi como o herói de novo?

— Não, não, não! - disse Hermione, olhando apavorada. - Não é o que eu quis dizer!

— Bem, nós entendemos o que você quis dizer, por que nós estamos perdendo tempo aqui! - Harry gritou.

— Eu estou tentando dizer, Voldemort conhece você, Harry! Ele pegou Gina e foi até a Câmara Secreta para atrair você para lá, é algo que ele faz, ele sabe que você é o tipo da pessoa que socorreria Sírius! É o que ele está tentando fazer, atraí-lo para o Departamento de Mistérios!

— Hermione, não importa se ele vai me atrair ou não, levaram McGonagall para St. Mungus, agora não existe ninguém da Ordem em Hogwarts para nós dizemos, então se nós não formos Sírius morrerá!

— Mas Harry, o que você sonhou... Era só um sonho, não era?

Harry suspirou frustrado. Hermione andava atrás dele em alarme.

— Você não conseguiu! - Harry gritou para ela. - Eu não estou tendo alucinações, isto não é um sonho! O que você acha que eram as aulas de Oclumência, por que você acha que Dumbledore queria me prevenir dessas coisas? Porque eram REAIS, Hermione, Sírius capturado, eu nunca mais o verei. Voldemort o pegou e ninguém mais sabe, isso significa que nós somos os únicos que podemos salvá-lo, se nós não fizermos isso tudo bem mas eu vou, entendeu? E se eu me lembro corretamente você não tem um problema com meu instinto de salvar pessoas quando era você, eu a salvei dos dementadores - ele se virou para Rony. - Ou quando foi sua irmã, eu a salvei do basilisco.

— Eu nunca disse que eu tinha um problema! - disse Rony.

— Mas Harry, você acabou de dizer - disse Hermione -, Dumbledore queria que você aprendesse a tirar essas coisas da sua mente, se você fez Oclumência você jamais verá isso…

— SE VOCÊS ACHAM QUE EU APENAS ESTOU AGINDO COMO EU NUNCA TIVESSE VISTO…

— Sírius disse a você que não há mais nada importante do que você mantivesse controle da sua mente!

— ENTÃO EU ESPERAVA QUE ELE DISSESSE ALGO DIFERENTE SE SOUBESSE O QUE EU ACABEI…

A porta da sala se abriu. Amélia, Harry, Rony e Hermione se entreolharam. Gina entrou curiosa, seguida por Luna.

— Oi - disse Gina. - Nós reconhecemos a voz de Harry. O que você estão falando?

— Nada - disse Harry rudemente.

Gina levantou as sobrancelhas

— Não há necessidade de falar comigo dessa forma - ela disse tristemente. - Eu só iria perguntar se podia ajudar.

— Bem, você não pode - disse brevemente Harry.

— Você está sendo muito rude, você sabe - disse Luna serenamente.

Harry se virou. A ira transbordando pelo seu corpo.

— Espere - Amélia disse rapidamente. - Espere... Harry, elas podem ajudar.

Harry, Hermione e Rony a olharam.

— Olha - continuou -, Harry, nós precisamos nos certificar se Sírius realmente deixou o Quartel General.

— Eu já lhe disse, eu vi…

— Harry, eu estou pedindo a você - Amélia falou, meio desesperada para encontrar um meio de acabar aquela briga. - Por favor, vamos verificar que Sírius não está em casa antes de sairmos até Londres. Se descobrimos que ele não está lá eu juro que eu e nem ninguém - olhou para Hermione que concordou com a cabeça - impedirá você. Eu irei, eu farei qualquer coisa para tentar salvá-lo.

— Sírius está sendo torturado AGORA! - gritou Harry. - Nós não temos tempo a perder.

— Mas se for uma armadilha de Voldemort, Harry, nós precisamos ter certeza, nós precisamos.

— Como? - reclamou Harry. - Como nós teremos certeza?

— Nós usaremos a lareira da professora Umbridge e se conseguimos entrar em contato com ele - disse Hermione com um olhar encorajador - usaremos isso de novo, mas precisamos de alguém para vigiar, por isso precisamos de Gina e Luna.

Tentando entender o que estava se passando, Gina disse imediatamente.

— Sim, nós faremos isso.

— Quando você disse "Sírius", você estava falando sobre Stubby Boardman? - perguntou Luna.

Ninguém respondeu.

— Ok - disse Harry agressivamente tanto para Amélia como para Hermione. - Ok, se vocês acham que vai ser rápido estou com vocês, se não eu estou indo para o Departamento de Mistérios agora mesmo.

— Departamento de Mistérios? - disse Luna, um pouco surpresa. - Mas como você pretende chegar lá?

Harry a ignorou novamente. Quem estava começando a ficar irada era Amélia, ele não deveria tratar ninguém assim, não importava a situação.

— Certo - disse Hermione, torcendo as mãos entre as cadeiras. - Certo... Bem... Um de nós vai encontrar Umbridge e mandá-la na direção oposta, mantê-la longe da sua sala. Elas podem dizer... Eu não sei... Que Pirraça está agindo fora do comum…

— Eu farei isso - disse Rony imediatamente. - Eu falarei que Pirraça está arruinando a sala de Transfiguração ou coisa parecida, são milhas de distância da sala dela. Vamos pensar nisso, eu posso convencer Pirraça a fazer isso, se eu o encontrar no caminho.

Com aquela situação, Hermione não foi contra destruir a sala de Transfiguração.

— Ok - ela disse. - Agora, nós precisamos manter os estudantes fora do caminho da sala enquanto tentamos entrar ou alguém da Sonserina vai tirá-la do caminho.

— Luna e eu podemos ficar até o final do corredor - disse Gina - e avisar as pessoas para não descerem porque alguém soltou Gás Garroteante - Hermione a olhou surpresa. A menina continuou. - Fred e Jorge estavam planejando isso antes deles saírem.

— Eu vou tentar manter Filch ocupado - falou Hermione. - Ok. Depois, Harry, você e Amélia estarão debaixo da capa de invisibilidade e entrarão na sala e falarão com Sírius…

— Ele não está lá, Hermione!

— Eu disse, você pode verificar se Sírius está ou não enquanto eu vigio, eu não acho que você deve está lá sozinho, Lino já provou que as janelas são frágeis, mandando aqueles pelúcios através delas.

Mesmo estando com raiva e impaciente, Harry aceitou a companhia da amiga.

— Eu... Ok, obrigado - murmurou.

— Certo, bem, mesmo fazendo isso tudo eu não acho que poderemos ficar lá por mais de cinco minutos - Amélia disse, olhando aliviada para Harry por ter aceitado todo o plano -, mesmo com Hermione tentando distrair Filch.

— Cinco minutos serão o suficiente - disse Harry. - Vamos.

— Agora? - disse Hermione, chocada.

— Claro que agora! - disse Harry, feroz. - O que você acha, nós esperaremos até o final do jantar ou algo? Hermione, Sírius está sendo torturado bem agora!

— Eu... Oh, certo - disse ela desesperadamente. - Você vai e pega a capa de invisibilidade e iremos ao seu encontro no final do corredor de Umbridge, ok?

Harry não respondeu, saiu da sala às pressas, Amélia foi logo atrás dele. Subiram dois andares e encontraram Simas e Dino, que os acompanharam para bater papo sobre uma comemoração até o dia amanhecer para celebrar o fim dos exames, na sala comunal. Sabia que Harry mal os ouviu, por isso a garota ficou responsável por respondê-los, ao menos até o buraco do retrato, pois logo ela também não dava mais atenção a eles.

— Harry, você quer par de galeões quebrados? Harold Dingle queria vender a nós um Firewhisky…

Mas os dois se afastaram e avançaram pelo corredor, em poucos minutos encontraram Rony, Hermione, Gina e Luna, que estavam juntos no final do corredor.

— Consegui. Prontos?

— Certo - murmurou Hermione. - Então Rony, você vai até Umbridge... Gina, Luna, se vocês conseguirem desviar as pessoas do corredor... Vou atrás de Filch... Harry e Mel fiquem embaixo da capa e esperem até o caminho estar limpo…

Rony caminhou até o fim da passagem enquanto Gina empurrava estudantes na outra direção, seguida por Luna. Hermione logo saiu das vistas.

— Por ali - Amélia murmurou. - Você está bem, Harry? Você está pálido.

— Eu estou bem - disse secamente, tirando a capa da invisibilidade de sua mochila. - Aqui - ele jogou a capa por cima de suas cabeças.

— Você não pode descer! - Gina estava falando para as pessoas. - Sinto muito, mas vocês terão que rodear porque alguém jogou Gás Garroteante por ali…

Podiam ouvir pessoas reclamando, uma voz disse "Eu não vejo nenhum gás".

— Porque é invisível - disse Gina num tom convincente - mas se você quiser atravessar tome cuidado, depois nós teremos o seu corpo como prova para o próximo idiota que não acreditar na gente.

Aos poucos todos desviaram. As notícias sobre o Gás Garroteante pareciam ter se espalhado e ninguém mais vinha por aquela direção. Quando o último barulho se cessou Amélia falou:

— Eu acho que foi o melhor que conseguimos, Harry, vamos.

Foram até o final do corredor onde Luna estava de pé, passaram por Gina, ela sussurrou.

— Não se esqueça do sinal.

— Que sinal? - murmurou Harry quando se aproximaram da porta de Umbridge.

— Uma música alta "Weasley é o nosso rei" se virem Umbridge vindo.

Harry pôs o canivete de Sírius entre a porta e a parede. A porta se abriu e entraram na sala. Amélia suspirou aliviada..

— Achei que ela poderia ter acrescentado uma segurança extra depois do segundo pelúcio.

Saíram debaixo da capa; Amélia apressou-se e foi até a janela, prestar atenção no sinal. Harry foi até a lareira, pôs o Pó de Flu e jogou nela, surgindo chamas esmeraldas. Ele se ajoelhou e pôs sua cabeça dentro das chamas e disse.

— Número doze, Grimmauld Place!

— Sírius? - Amélia o ouviu gritar como se estivesse longe. - Sírius, você está aí?

— E então? - Amélia disse.

— É o menino Potter, sua cabeça está no fogo - a voz de Monstro soou distante. - Para que ele veio, Monstro quer saber?

— Onde está Sírius, Monstro?

O elfo-doméstico deu um gemido.

— O mestre se foi, Harry Potter.

— Para onde? Para onde, Monstro?

Amélia não ouviu uma resposta de Monstro e a garota ficou realmente desesperada.

— Eu estou lhe avisando... E Lupin? Olho-Tonto? Algum deles, algum deles está aí?

— Ninguém está aqui! - disse o elfo-doméstico num gemido. - Monstro acha que ele terá uma conversa com sua senhora agora, sim, ele não tinha uma chance por um bom tempo, o mestre de Monstro foi afastado dele por ela... Mestre não diz ao pobre Monstro onde ele estava indo - disse o elfo.

— Mas você sabe! - gritou Harry. - Não sabe? Você sabe onde ele está!

Fez-se um momento de silêncio, depois o elfo começou a falar.

— Mestre não vai voltar do Departamento de Mistérios - disse alegre. - Monstro e sua senhora estão sós de novo!

Fez-se silêncio. E então a porta se abriu de supetão e antes que Amélia pudesse fazer qualquer coisa Emília Bulstrode a segurou por trás.

— Você! - gritaram Harry e Umbridge juntos.

A atual diretora foi até a lareira, agarrou Harry e o arrastou através das chamas.

— Você acha - murmurou - que depois de dois pelúcios eu deixaria mais um tolo entrar em meu escritório sem meu conhecimento? Eu tenho Feitiços Sensoriais escondidos, instalados no caminho da minha porta depois de você ter entrado - gritou para alguém que Amélia não pode ver, a garota tentou tirar a varinha do bolso, mas Bulstrode já a havia pego. Tentou se soltar, mas acabou batendo em algum lugar duro demais.

— Eu estava tentando pegar minha Firebolt! - rosnou Harry.

— Mentiroso - ela bateu na cabeça dele. - Sua Firebolt está debaixo das masmorras, como você sabe muito bem, Potter. Você tinha sua cabeça no fogo. Com quem você estava se comunicando?

— Com ninguém - disse Harry, tentando fugir dela.

— Mentiroso! - gritou Umbridge. Amélia pode ouvir o som de alguém sendo jogado para longe. Depois de lançar mais um olhar raivoso aquela garota estranha, olhou ao redor e pode ver Malfoy jogando a varinha de Harry no ar e a pegando de novo.

Muitos alunos da Sonserina entraram, seguravam Gina, Rony, Luna e Hermione e, para surpresa de Amélia, Neville, que estava sendo arrastado por Crabbe e parecia sufocado. Todos foram pegos.

— Pegamos todos eles - disse Warrington, olhando Rony, apontou para Neville. - Esse tentou fazer com que eu parasse de falar com ela - apontou para Gina - então eu o trouxe também.

— Bem, bem - disse Umbridge, olhando Gina. - Bem, parece que Hogwarts vai ter uma área livre para os Weasley, não é?

Malfoy riu alto. Umbridge lhe deu um sorriso largo e se sentou, olhando para os capturados.

— Então, Potter, você pôs espiões em volta do meu escritório e mandou esse bufão - apontou para Rony e Malfoy riu mais alto - dizer-me que Pirraça estava se vingando na Sala de Transfiguração, quando eu sabia perfeitamente que ele estava ocupado limpando os telescópios da escola, o Sr. Filch tinha acabado de me informar. Claramente, era muito importante para você falar com alguém, foi Alvo Dumbledore? Ou o tonto do Hagrid? Duvido que foi Minerva McGonagall, eu escutei que ela está muito mal para falar com alguém.

Malfoy e outros amigos do Esquadrão Inquisitorial riram. Amélia tentou mais uma vez se soltar, mas não importava a força que colocasse, Emília era ainda mais forte. Pelo canto do olho viu Harry também tentar se soltar.

O rosto de Umbridge estava contraído.

— Muito bem - disse falsamente. - Muito bem, Sr. Potter... Eu lhe dei a chance de você falar espontaneamente. Você recusou. Eu não tenho alternativa para forçar você. Draco, chame o professor Snape.

Malfoy colocou a varinha de Harry em seu bolso e saiu da sala contente, e foi aí que Amélia lembrou que Snape também era membro da Ordem.

Fez-se silêncio no escritório exceto pela inquietação e esforço dos alunos da Sonserina em os manter sob controle. Rony, com os lábios sangrando no carpete de Umbridge, lutava contra Warrington; Gina estava tentando bater no pé de uma garota do sexto ano, Neville estava ficando púrpura enquanto Crabbe o apertava com os braços; Hermione estava tentando afastar, em vão, a menina que a segurava para longe. Luna, no entanto, estava livre do outro lado do carpete, olhando vagamente a janela e aborrecida pelo o que aconteceu.

Todos tentavam mostrar tranquilidade quando ouviram passos no corredor e Draco Malfoy entrou na sala seguido por Snape.

— Você queria me ver, senhora? - disse Snape, olhando para os alunos com indiferença.

— Ah, professor Snape - disse Umbridge, sorrindo e se levantando. - Sim, eu gostaria de outro pote de Veritasserum, o mais rápido que você puder, por favor. Você pode fazer mais, não pode? - disse com sua voz ficando branda e doce como sempre acontecia quando ficava brava.

— Certamente - disse Snape -, vai demorar um ciclo lunar, então eu terei em torno de um mês.

— Um mês? - estremeceu Umbridge. - Um mês! Mas eu preciso disso essa tarde, Snape! Eu acabei de encontrar Potter usando minha lareira para se comunicar com pessoa ou pessoas desconhecidas!

— É mesmo? - falou Snape com interesse, olhando Harry. - Isso não me surpreende, Potter nunca mostrou muito interesse para seguir as regras da escola.

Seus olhos frios fitaram Harry.

— Eu gostaria de interrogá-lo! - repetiu Umbridge, irritada, e Snape passou a olhar seu rosto furioso. - Eu quero que você providencie uma poção que o force me falar a verdade!

— Eu já lhe disse - disse Snape tranquilamente - que eu não tenho um Veritasserum no meu estoque. Mesmo que você queira enfeitiçar Potter, e eu lhe asseguro que ficarei contente se o fizer, eu não posso lhe ajudar. O único problema é que a maioria da ação da poção é temporária, a vítima não tem muito tempo para dizer a verdade.

Snape olhou de novo fixamente para Harry. Amélia tentou de novo se soltar da garota que a prendia.

— Você está com problemas - guinchou a professora Umbridge e Snape voltou a olhar para ela, as sobrancelhas levantadas. - Você está sendo tolo! Eu esperava, Lúcio Malfoy sempre falou bem de você! Agora saia do meu escritório!

Snape deu um sorriso irônico e se virou para partir. Amélia sabia que era a única chance de alguém da Ordem saber o que estava acontecendo sair da sala, então se Harry não falasse nada, quem falaria seria ela.

— Ele pegou Almofadinhas! - Harry gritou. - Ele pegou Almofadinhas no lugar em que estava escondido!

Snape parou com a mão na maçaneta da porta.

— Almofadinhas? - chorou a professora Umbridge, olhando para Harry e Snape. - O que é Almofadinhas? Onde estava escondido? O que significa, Snape?

Snape olhou em volta e parou em Harry. Seu rosto impassível. Ninguém saberia dizer se havia entendido ou não, mas Amélia rezava para Harry não ousar falar mais nada na frente de Umbridge.

— Eu não faço ideia - disse Snape secamente. - Potter, quando eu quiser que você grite bobagens, lhe darei um Poção da Incoerência. E Crabbe, afrouxe o seu golpe um pouco. Se Longbottom sufocar teremos muitos documentos para preencher e receio que serei obrigado a mencionar isso em suas referências, se algum dia você se candidatar a um emprego.

Ele fechou a porta atrás dele fortemente, deixando Amélia ainda mais nervosa e preocupada. Snape era a última esperança. A garota olhou para Umbridge, que parecia estar se sentindo do mesmo modo.

— Muito bem - disse Umbridge. - Muito bem... Eu não tenho escolha... É mais um problema de disciplina da escola... E isso falha do Ministério... Sim... Sim…

Ela parecia estar falando consigo mesma ou algo parecido. Estava se movendo nervosamente, batendo sua varinha na mão e respirando apressadamente enquanto todos a olhavam.

— Você está me provocando, Potter... Eu não quero fazer isso - disse Umbridge enquanto se movia pela sala - mas às vezes as circunstâncias justificam o uso... Eu estou certa que o Ministro vai entender que eu não tinha escolha…

Malfoy a olhava com uma expressão satisfeita no rosto. Amélia se remexeu mais, não sabia o que ela pretendia, mas não queria descobrir. Só de imaginar ela machucando Harry, seu coração doía de um modo que nunca havia sentido antes.

— Terei que usar a Maldição Cruciatus - disse Umbridge quietamente.

— Não! - Amélia gritou, desesperada, se antes não conseguia ficar parada, agora havia piorado significativamente. - Professora Umbridge, é ilegal.

Mas Umbridge não se manifestou, olhou para Harry com uma expressão que nunca tinha sido visto antes, ela levantou sua varinha.

— O Ministro não quer que você quebre as leis, professora Umbridge! - exclamou Hermione.

Nesse momento, mesmo não parando um minuto de se mexer, as lágrimas rolavam pelo rosto de Amélia.

— O que Cornélio não sabe não lhe tira pedaço - disse Umbridge que agora ofegava levemente ao apontar sua varinha para partes diferentes do corpo de Harry, provavelmente tentando decidir onde doeria mais. - Ele nunca soube que mandei os Dementadores atrás de Harry verão passado, mas ainda assim ficou encantado de ter a oportunidade de expulsá-lo.

— Foi a senhora? - gritou Harry. - A senhora mandou os Dementadores atrás de mim?

— Alguém tinha de agir - sussurrou Umbridge, a varinha apontando diretamente para a testa de Harry. - Estavam todos se queixando que queriam silenciá-lo, desacreditá-lo, mas eu fui a pessoa que realmente fez alguma coisa... mas você conseguiu se livrar, não foi, Potter? Mas não hoje, nem agora. - E inspirando profundamente, ordenou. - Cruc

NÃO! - Amélia gritou, desesperada demais.

— Não... Harry... teremos que contar para ela! - berrou Hermione ao mesmo tempo.

— Nem pensar! - respondeu Harry.

— Teremos, Harry, ela obrigará você a falar, de... de que adianta…

E Hermione começou a chorar fracamente nas costas das vestes da menina atrás dela. A garota parou imediatamente de querer esmagá-la contra a parede e se afastou com nojo.

— Ora, ora, ora! - disse Umbridge triunfante. - A Senhorita Perguntadeira vai nos dar algumas respostas! Vamos, então, menina, fale!

— Her...mi...ni... não! - gritou Rony através da mordaça.

Gina arregalava os olhos para Hermione como se nunca a tivesse visto antes. Amélia mal conseguia ver Hermione, tanto por causa das lágrimas como pela posição que estavam, mas não parava de negar com a cabeça. Neville, ainda ofegante, encarava-a também.

— Desculpe... desculpe, gente - disse Hermione. - Mas... não dá para aguentar…

— Certo, certo, garota! - disse Umbridge, segurando Hermione pelos ombros, atirando-a no cadeirão de chintz (e finalmente fazendo ela entrar no campo de visão de Amélia) e se curvando para ela. - Agora, então... com quem Potter estava se comunicando ainda há pouco?

— Bom - Hermione engoliu em seco. - Bom, ele estava tentando falar com o professor Dumbledore.

Amélia parou meio voando no ar, meio sufocada pelo aperto de Bulstrode. Rony congelou, os olhos arregalados; Gina parou de tentar pisar os dedos dos pés de sua captora; e até Luna pareceu meio surpresa. Felizmente, a atenção de Umbridge e seus policiais estava concentrada exclusivamente em Hermione.

— Dumbledore! - exclamou Umbridge, ansiosa. - Você sabe onde Dumbledore está, então?

— Bom... não! - soluçou Hermione. - Experimentamos o Caldeirão Furado, no Beco Diagonal e o Três Vassouras e até o Cabeça de Javali…

— Menina idiota... Dumbledore não vai ficar sentado em um pub com o Ministério todo à procura dele! - gritou Umbridge, o desapontamento gravado em cada ruga frouxa de seu rosto.

— Mas... mas precisava contar a ele uma coisa importante! - gemeu Hermione, apertando ainda mais as mãos contra o rosto. 

— Então? - perguntou Umbridge com um súbito arroubo de excitação. - Que é que vocês queriam contar a ele?

— Nós... Nós queríamos contar que está p-pronta! - engasgou-se Hermione.

— Que é que está pronta? - Umbridge exigiu saber, e tornou a agarrar Hermione pelos ombros e a sacudi-la de leve. - Que é que está pronta, menina?

— A... a arma.

— Arma? Arma? - repetiu Umbridge, e seus olhos saltaram de excitação. - Vocês estiveram pesquisando algum método de defesa? Uma arma que poderia usar contra o Ministério? Por ordem do Prof. Dumbledore, é claro.

— S-s-sim - ofegou Hermione -, mas ele teve que partir antes de terminar, e ag-g-ora terminamos e não c-c-conseguimos encontrá-lo p-p-para avisar!

— Que tipo de arma é essa? - disse Umbridge asperamente, suas mãos curtas ainda apertando os ombros de Hermione.

— Não sabemos r-r-realmente - disse Hermione fungando alto. - Só f-f-fizemos o que o P-P-Prof. Dumbledore disse p-p-para fazer.

Umbridge se endireitou, parecendo exultante.

— Leve-me até a arma - disse.

— Não vou mostrar a... eles - disse Hermione com a voz aguda, olhando para os alunos da Sonserina por entre os dedos.

— Não cabe a você impor condições - disse a professora com aspereza.

— Ótimo - argumentou Hermione, agora soluçando, o rosto nas mãos. - Ótimo... deixe eles verem, espero que a usem contra a senhora! Na verdade, eu gostaria que a senhora convidasse uma multidão para vir ver! S-seria bem feito... ah, eu adoraria que a escola t-toda soubesse onde está e como usá-la, e quando a senhora aborrecesse alguém, ele poderia d-dar um jeito na senhora!

Toda aquela história que Hermione inventou estava convencendo a todos, até mesmo a Amélia. E essas palavras produziram um forte impacto em Umbridge; ela olhou com rapidez e desconfiança para sua Brigada Inquisitorial, seus olhos saltados detendo-se por um momento em Malfoy, que foi lento demais para disfarçar a expressão de ansiedade e cobiça que apareceu em seu rosto.

Umbridge estudou Hermione por outro longo momento, então falou num tom que claramente pensava ser maternal.

— Muito bem, querida, então vamos só eu e você... E levaremos Potter também, está bem? Levante-se agora.

— Professora - disse Malfoy, ansioso -, Profª Umbridge, acho que alguns membros da Brigada deveriam ir com a senhora para cuidar…

— Eu sou funcionária credenciada do Ministério, Malfoy, você acha realmente que não posso cuidar de dois bruxos adolescentes sem varinha? - perguntou com rispidez. - De qualquer modo, não me parece que essa arma deva ser vista por alunos. Você vai ficar aqui até a minha volta garantindo que nenhum desses - ela fez um gesto abarcando os cinco que ficariam - fuja

— Certo - disse Malfoy, parecendo ofendido e despontado.

— E vocês dois, podem ir à minha frente para indicar o caminho - disse Umbridge, apontando Harry e Hermione com sua varinha. - Andem então.


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